O Dia Depois do Amanhã escrita por Joy


Capítulo 2
Em Busca de Respostas - REPOSTADO


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, terminei de revisar e mudar algumas coisas no capítulo e espero que vocês gostem. Nesse capítulo o personagem principal é...

...Bom vou deixar que vocês descubram, beijos. ^_^



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Pássaros cantavam nas árvores, voavam, brincavam e dançavam naquele céu azulado, com suas poucas nuvens que eram quase transparentes. As borboletas se encontravam com as mais belas flores dos jardins naturais, existentes quase que por maioria nos diversos campos. Pequenos esquilos corriam entre as árvores coloridas com a imensidão diversificada de tons verdes. As manhãs estavam tranquilas e cheias de vida novamente, não se encontrava ar mais puro em nenhum outro lugar, olhar para o céu não era mais sinônimo de preocupação e sim de alivio, admiração e prazer.

O brilho da paz era abundante na terra onde o sol nasce. Há tempos não se viam grandes confrontos de youkais ambiciosos, podia-se dizer que tudo estava seguindo seu curso normal na vida, como um rio que se segue em uma direção apenas, e não muda.

Após a derrota de Naraku, a vida dos nossos heróis não poderia estar mais tranquila, raramente apareciam youkais de nível médio para lhes dar um pouco de ação. Todos estavam aproveitando e se deleitando com essas férias prolongadas, exceto Inuyasha e Miroku, que seguiam inquietos atrás de pequenos conflitos que surgiam uma vez ou outra.

Era como se só existisse o tal vilão para perturbar aquele monótono país iluminado pela estrela maior e beijado pelo quinto maior satélite natural do Sistema Solar. Como fora derrotado parecia que nenhum mais tinha coragem para desafiar Inuyasha e seu destemido grupo, apenas os mais desprovidos de inteligência conhecidos como youkais fracos se atreviam a tal.

Suas famas tomara tamanha proporção que só bastava escutar o nome Inuyasha para que algum conflito fosse vencido. Mas, nossos amigos não estavam satisfeitos. Por um tempo, comemoraram a ideia de não haver mais batalhas. No entanto, aquela celebração terminou dando lugar a um vazio no coração de cada componente, sim todos sentiam falta, por mais que a maioria não demonstrasse.

Todos estavam sentindo falta da emoção, da ação, do perigo, da adrenalina, de tudo que envolvesse uma boa e demorada luta pela sobrevivência. Afinal de contas eles haviam aprimorado suas habilidades não podiam simplesmente se conformar com tudo que estava acontecendo, ou melhor, não estava acontecendo nada. Nada que realmente interessa-se a ponto de se armarem para um combate perigoso.

Com tanto tempo livre Miroku se perdia em devaneios tentando tirar dúvidas que surgiram em sua mente, que por vezes ao dia aparecia desocupada.

Sinto-me como se algo estivesse para surgir a qualquer momento. — Pensa ele acariciando sua esposa nas nádegas, como se estivesse distraído.

— Miruku! Eu já lhe falei para parar com esses seus atrevimentos! — Sango repreende seu marido dando-lhe um tapa com sua mão pesada no rosto do amado, e o mesmo parece nem ter notado fato e isso não passa despercebido aos olhos atentos da mulher.

— Querido, o que houve acabei de lhe bater e você simplesmente não reagiu?

— Sangozinha, Sangozinha estamos casados a seis anos e você ainda não se acostumou com meu jeito carinhoso? — O monge responde tentando justificar-se dando uma desculpa qualquer.

— Você não me engana Miroku tem algo lhe incomodando sim. — Insiste Sango convencida que iria tirar alguma informação do marido.

— No tempo certo Sangozinha... No tempo certo. No tempo certo você saberá. Primeiro preciso comprovar minhas suspeitas. — Diz ele de forma pausada como se soubesse de algo que apenas Sango não tinha conhecimento e por fim levantando e caminhando em direção à porta de sua humilde cabana, localizada na aldeia de Kaede-sama.

Sango permanecia estática enquanto o observava se afastar, a muito não via seu marido com aquele olhar misterioso que ela conhecia bem o significado. Ele saíra para pesquisar. Mas, pesquisar o quê? A jovem mulher ainda não havia tido tempo para pensar no passado e vasculhar suas lembranças mais profundas daquela época, sim ela percebeu que Miroku se referia ao passado, o conhecia muito bem e mais que ninguém, sabia da ansiedade no coração do monge, sempre procurando por situações que continham ação.

Embora também sentisse falta das emoções contidas nas aventuras, sua vida de dona de casa estava mais agitada que uma festa da primavera com misturas de cores, flores e pessoas por todos os lados, tinha se estacionado em três filhos graças aos conselhos de sua amiga Kagome, que conhecia formas de se prevenir, porque aprendera em seus estudos na era atual.

Vivera agradecida por todas as longas conversas que tivera com ela, não queria mais dores de cabeça. Pois, eram dores de cabeça que estava tendo com apenas três crianças, amava seus filhos, mas com tal motivo não queria nem por um decreto pensar em trazer mais nenhum ao mundo.

A atitude de Miroku a incomodou por uns instantes, mas logo ao entrar as crianças correndo em casa, uma atrás da outra, culpando umas as outras por algo que Sango não estava nem interessada em saber, se desperta de seu transe assumindo novamente seu papel de supermãe, colocando cada uma delas de castigo e correndo para desamarrar as caudas de Kirara, que vociferava desconforto ao lado de fora da cabana.

— Ele não te levou Kirara. — Diz com um olhar confuso para o felino, sem saber distinguir se o que saíra de sua boca era uma afirmação ou interrogação, pois, por mais que quisesse Kirara não poderia respondê-la.

˜

Depois de um longo tempo caminhando em uma direção que nem mesmo sabia qual, depara-se com um youkai desnorteado e sem pensar duas vezes o imobiliza com seus Hama no Fuuda (selos espirituais). Agonizando de dor o youkai não cessa de pronunciar o nome Midoriko, que faz Miroku se sentir cada vez mais confuso com a situação em que se encontrara.

Então, quando o monge finalmente toma consciência do local em que estava, percebe que o youkai retornava da direção do vilarejo dos Taijiya (Exterminadores de Youkais).

Um poderoso clã de humanos treinados para exterminar diversos tipos de youkais, que foi completamente devastado por Naraku, o mesmo que usou o irmão de Sango como arma para matar um grupo de exterminadores enviados numa missão em que ele estava. Logo após Naraku usa alguns youkais para destruir a fortaleza dos Taijiya e acabar com todos daquele vilarejo, deixando como sobreviventes da tragédia apenas o casal de irmãos.

Localizado naquele vilarejo existe a caverna onde a Shikon no Tama foi criada, um solo considerado por todos sagrado, lugar que não se pode entrar com intenções impuras no coração, pois havia uma barreira protegendo-a de estranhos. Mas, por quê? O que aquele youkai foi fazer lá? Melhor, ele estava retornando da caverna porque não conseguiu entrar ou, estava escapando de dentro da caverna? Enquanto o monge Miroku fazia essas perguntas mentalmente, o youkai imobilizado desmaiava.

— A alma da miko. — Disse o youkai antes de desmaiar, uma frase que deixou o monge mais perturbado do que estava anteriormente.

Essa frase o faz analisar e querer investigar o interior da caverna, curioso o monge se aproxima da aldeia, avista os túmulos dos Taijiya feitos por ele e seus amigos, faz uma breve reverência às almas dos entes queridos de sua amada e segue adiante. Ao se aproximar da caverna as lembranças da última vez que esteve naquele lugar invadem sua mente como um pequeno flashback.

“— O que é isso? — Pergunta Inuyasha espantando-se com os ossos aparentemente petrificados, ou melhor, estavam cristalizados.

— Isso é o que sobrou de muitos demônios, dragões, aranhas, monstros e outros youkais que se juntaram para formar um único youkai para uma batalha. Uma batalha para combater apenas uma humana. — Explica a exterminadora se retirando das costas de Inuyasha."

— Lembro-me muito bem desta caverna.

Realmente não era uma simples caverna para ser esquecida tão facilmente, era histórica e mais precisamente um túmulo, o local de descanso para uma poderosa guerreira e seus temíveis inimigos.

Ao aprofundar-se no interior da caverna, admira-se com sua beleza sombria de um tom misterioso e no mesmo instante atraente aos olhos do monge, que fica estagnado com a forma que os corpos estavam cristalizados, como se uma frente fria e gélida os tivessem atingidos sem dar-lhes chance de escape.

Faz uma reverência ao vislumbrar a bela sacerdotisa e levanta o olhar aos poucos enternecido com a cena à sua frente. A miko estava em posição de ataque contra um grande youkai dragão, sua expressão era serena.

Numa situação como a de Midoriko, eu não teria uma expressão como esta no olhar. — Pensa.

De fato, numa luta entre a vida e a morte não havia tempo para tranquilizar-se da forma que a mulher parecia-lhe a vista. Era como se ela já tivesse um plano completo, arquitetado em sua mente, para desvencilhar-se das garras dos youkais.

— Mas pelo jeito não teve sucesso. — Diz Miroku num tom de voz baixo e pensativo. E trata de repreender a si mesmo ao lembrar-se da bravura daquela mulher humana. — Hã! No que eu estava pensando? Ela planejou tudo corretamente, era a única que podia purificar os corações demoníacos de youkais que habitavam as terras naquele tempo.

Realmente eternizar-se numa joia com uma única e nobre intenção, não causar mais danos aos humanos e aos youkais de bom coração que povoavam todas as aldeias daquela extensão terrestre, imensamente sofrida por inúmeras guerras. Um plano genial e admirável, somente ela poderia realiza-lo.

Qualquer pessoa que ao percorrer seu corpo com os olhos, chegaria à conclusão que aquela batalha a miko havia perdido. Sorri ao lembrar-se que naquele dia Inuyasha afirmou erroneamente o mesmo, não se conteve apenas com um leve sorriso de divertimento e soltou um baka (idiota) por seus lábios.

Embora seu semblante fosse calmo e sereno, faltava-lhe o coração, estava sem o braço esquerdo, sem contar nos ferimentos que não eram visíveis, pois seu corpo não estava em condições para tal. Era evidente o nível de dificuldade que Midoriko teve de enfrentar, mas dessa história já sabemos o desfecho.

O desespero já se fazia presente na humilde casa de Sango, em pouco tempo a aldeia inteira estava apreensiva a seu lado. Ela não entendia o motivo de tanta demora. Miroku não era de ficar fora por tanto tempo, já havia se passado um dia e meio e ele não dera nenhum sinal de vida.

— Ele está bem, não se preocupe tanto Sango. Miroku sabe se cuidar muito bem e os youkais que ele pode encontrar pelo caminho não oferecem grande perigo para um monge experiente como ele. Fique calma, por favor. — Explica Kagome tentando consolar a amiga.

Mas as palavras de sua amiga não lhe eram suficientes, pois já sabia de tudo isso e sabia também que seu marido saíra para pesquisar, mesmo assim seu coração doía, era um sentimento preocupante demais. O que a jovem mãe não sabia era qual decisão tomar, ficar em casa esperando e se afligindo cada vez mais, praguejando seu marido por tanta raiva que sentia naquele momento ou sair para procura-lo e sentir-se aliviada em descobrir que Miroku estava bem? Essa dúvida que a deixava num estado emocional pior que o anterior.

— Keh! Não sei por que se preocupa tanto com o Miroku, aquele safado deve tá se engraçando com alguma mulher por aí!

— Inuyasha! Não está ajudando, olha o estado dela. — Irrita-se Kagome com a atitude do hanyou.

— Não se preocupe com isso Kagome, antes ele esteja fazendo tal coisa do que correndo algum perigo. — Responde Sango num tom entristecido.

Nesse momento entra a menina Rin pela porta da cabana esbanjando simpatia, deixando Kohaku seu amigo e irmão de Sango abobalhado com a beleza da jovem. Ela acaba de retornar do rio localizado numa área reservada e muito bela da floresta, que com frequência ia refrescar-se. Sem saber o que estava acontecendo a pequena cumprimenta seus amigos de forma alegre. Mas, logo sente o clima tristonho e pergunta docemente.

— O que aconteceu? Porque Sango está chorando? — Pergunta a menina, fazendo com que os olhares se voltassem novamente para Sango que agora derramava algumas lágrimas.

— Menina Rin, onde estava que não sabe do que está acontecendo? — Pergunta a senhora Kaede calmamente.

— Bom, ontem o Senhor Sesshoumaru veio me visitar novamente, depois eu fiquei distraída com minhas amigas e as crianças da aldeia até tarde, fui dormir e quando acordei pela manhã tomei meu dejejum, depois fui brincar e me banhar no rio, onde fiquei até agora. — Rin responde com um sorriso encantador no rosto. — Mas o que aconteceu?

— Claro. Espere que já te dou uma resposta, mas não precisava me passar um relatório tão detalhado, bastava dizer que estava distraída por aí. — Fala Kaede divertindo-se da resposta comprida da menina. — Miroku saiu ontem pela manhã e até agora não voltou, por isso Sango está aflita desse jeito.

— Fique calma Sango ele deve estar distraído assim como eu. — Depois de tomar ciência da situação, em vão Rin tenta confortar a amiga mostrando mais um de seus belos sorrisos, mal sabia ela que Miroku realmente estava distraído.

˜

— Será que acabou mesmo hein, Midoriko?

Perguntava-se o monge como se conversasse com um amigo intimo, como se estivesse dialogando com a sacerdotisa e como se ela realmente estivesse ali, não apenas seu corpo cristalizado numa forma magnifica. Ele falava como se ela pudesse ouvi-lo e o mais interessante é que Miroku esperava pelas respostas.

Já fazia um bom tempo que Miroku estava parado em frente aquela imagem da sacerdotisa, estava tão distraído que não tinha noção de quanto tempo havia se passado, e não se perguntava mais nada, não ousava falar nada apenas a admirava. Colocava-se na mesma situação do corpo de Midoriko e aqueles youkais, ele estava como uma estatua.

Paralisado ali, semelhante a um arqueólogo que ao fazer uma descoberta a estuda à procura de pistas, de uma deixa para uma nova aventura. Miroku vasculhava a fundo aquela cena pesquisando quem sabe uma pequena resposta para suas perguntas, e de repente.

“A alma da miko.”

A voz daquele youkai ressoava em sua mente, quando ele pronunciou as mesmas palavras e acrescentou.

— A alma da miko... Hum... O que estou deixando passar despercebido? O que aquele youkai estava dizendo e como ele saiu daqui?

Chegou à conclusão que talvez aquele youkai fosse um espírito não lacrado totalmente, só não havia percebido por conta de sua preocupação.

Kah! Não devia ter te salvado.

Que? Quando foi que fui salvo por você?

Acorde! E não se faça de besta!

Não estou fingindo! Eu fui salvo pela Midoriko-sama!

Você está doido?!

Arrrgg...”

— Hum... Esse youkai dragão reagiu a presença da joia, porque sua alma não estava totalmente lacrada. — Diz olhando para o longo corpo do youkai a sua frente e lembrando-se de sua conversa com Myouga sobre o ocorrido. — Já a de Midoriko estava. Mas, se ela estava completamente lacrada, porque Myouga também a viu? Porque enxergar Midoriko se na realidade era Inuyasha? Então, quem foi que o salvou?

Após voltar a se perguntar, e perceber que suas dúvidas somente aumentavam. Miroku abre novamente a boca para apenas pronunciar.

— Inuyasha... E alma de Midoriko... Hum...

Essas palavras juntamente a seu jogo de dúvidas cria uma distorção no tempo, para que o monge tivesse uma visão do exato momento que o velho Myouga teria sido atacado.

O espaço a sua volta começa a destorcer-se e tudo a seu redor muda aos poucos sem pressa alguma, adquirindo outro brilho e uma cor diferente. Miroku observava a mutação que ocorria cheio de curiosidade no olhar, isso não era tão impressionante para um monge como ele. Não depois de sua saga com Inuyasha em busca da derrota do asqueroso Naraku, Miroku já não se impressionava com pouca coisa.

Sentia-se curioso, pois desejava saber o que viria depois daquela mudança temporal. Logo, reconhece o dia e seus amigos que faziam parte da ocasião, lembra-se que ele também estava presente no ocorrido. Sua posição na caverna muda pondo-o ao lado de Myouga para que pudesse enxergar tudo do ponto de vista do pequenino.

“— Kirara fuja! Chame Inuyasha-sama e Miroku! — Mal ele acabou de falar e Kirara deu um salto em direção a uma fenda. ­— Qual o problema Kirara? Entendo! Temos que pegar a Shikon no Kakera de volta!

Nesse momento o dragão youkai acorda e enlaça Kirara a apertando forte, fazendo o animal soltar um rosnado alto de dor.

— Kirara!... Espíritos de youkais... Eles estão ficando mais fortes, aguente firme, Kirara! Não desista! Hum! Essa é!... — Nesse momento a sacerdotisa aparece, lançando com sua espada um forte golpe de poder e derrotando o grande youkai. —... Midoriko-sama!”

E esse foi o momento que Inuyasha apareceu, mas havia algo de errado. No lugar de Inuyasha ele avista a sacerdotisa Midoriko, que logo após o salto e a derrota do dragão youkai, ela desce pousando calmamente e parando a poucos metros do monge.

O cenário congela como quando apertamos o pause no controle remoto de um aparelho de DVD, ou no teclado de um computador, então a miko começa a caminhar em sua direção.

— Seu coração não tem maldades monge e você está cheio de dúvidas. Certo?


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Notas finais do capítulo

Gente está aí, o dia hoje foi bem corrido meu sobrinho estava aqui em casa me tirando do sério. Foi bem difícil me concentrar, mas consegui. Amanhã não terei tempo, então trabalharei no próximo somente na segunda.

Por favor comentem, e se tiver algum erro me digam que corrigirei. Mas, comentem é muito importante pra mim.
Beijos pessoal.



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