Como ela podia esquecer do aniversário dele? Como? Ele que sempre foi atencioso, amoroso, sempre se preocupando e atento a tudo que diz respeito a ela, aos filhos e a família. Bruno pensava isso tudo e andava de um lado para o outro pisando forte enquanto esperava Lia na rua do condomínio.

Lia: Aniversariante velhooo – grita e se pendura no pescoço dele lhe dando um abraço.

Bruno ri e cumprimenta a amiga e ela logo percebe o olhar triste dele e a cara amarrada. Ela resolveu então tentar distraí-lo a todo custo enquanto iam rumo ao shopping no carro dele. Ela cantava as músicas, contava piadas, mas a cara dele realmente estava fechada. Várias pessoas ligaram para ele enquanto estavam juntos. Rasta, Nélio, Olavo, Vilma, Mirela, Clara falou com ele, sua chefe, doutora Marcela, até Miranda que estava viajando ligou. Mas sua amada, sua loira nada. Até os filhos o olharam como se tivesse algo especial hoje, menos ela. Estava preocupada demais com a casa.

Lia: Um real pelos seus pensamentos

Bruno: Sua amiga não lembrou do meu aniversario

Lia: A Ju? Nem liga ela é assim mesmo – dá de ombros.

Bruno: Não, até ela e Gil me ligaram, o Victor me mandou mensagem e o Dinho também, todo mundo mandou. O Fera cara, claro que a Rita estava por trás, enfim, a Fatinha não lembrou.

Lia: Não creio, impossível – fala boquiaberta, mas por dentro estava rindo muito da cara de cachorro abandonado dele.

Bruno: Nem eu estou acreditando, primeiro eu achei que ela estivesse armando algo, mas ao que tudo indica ela não lembrou mesmo.

Lia: Ela é avoada, você sabe. Só não esquece a cabeça porque está gruda.. – ele a interrompe

Bruno: Vá me desculpar, mas nada justifica, eu que deveria ser o avoado, o esquecido, o irresponsável, não ela. E não é machismo, é normalmente como as coisas acontecem. E o amor faz com que a gente recorde sempre das coisas Lia. Quando a gente guarda no coração, a gente lembra. – Lia fica comovida com as palavras dele, dava para ver a tristeza no olhar do moreno, mas ela não podia estragar a surpresa, a loira a mataria. – Vamos para casa?

Eles já haviam dado várias voltas pelo shopping e ele havia escolhido o tal presente. Já ia dar 12:00 quando eles pegaram o caminho de volta para casa. Ele deixou Lia em casa e depois foi para sua, os pensamentos sempre presos na loira e o esquecimento de seu aniversário. Ele estacionou o carro e quando entrou em casa, viu que tudo estava silencioso demais. Então ele andou até a cozinha e viu um bilhete de Fatinha preso na geladeira “ Fui para casa da minha mãe , Lavinia insistiu muito. Qualquer coisa, me ligue, o almoço está no microondas”.

Bruno amassou o papel e jogou longe, a raiva estava estampada em seu rosto. Ela realmente tinha esquecido do seu aniversário, então ele decidiu que dormiria para esquecer tudo ou sairia com seus amigos. Claro que vindo do moreno, a segunda opção pareceu ser mais atrativa e ele optou por ela.

Porém, antes ele foi até o quarto dos bebes com uma ultima esperança de ser armação de Fatinha, mas eles não estavam lá e nem as bolsas. Foi no quarto de Lavinia e nada também, as coisas da menina tinham sido levadas. Então ele foi para seu quarto e tentou ligar para os amigos, mas chamava e ninguém atendia. Jogou o celular com raiva na cama e resolveu encher a cara em casa mesmo. Desceu as escadas e foi até a dispensa, que ficava na lavanderia, onde guardava as cervejas. Ele estava de costas para a porta e não viu quando alguém se aproximou.

Fat: Nós não combinamos que você não ia mais beber? Ainda mais em minha ausência?

Bruno: Para completar estou ouvindo vozes, e dela ainda por cima. Não podia ser de outra? – respira fundo e puxa a caixa de cerveja de dentro da dispensa pegando algumas latas.

Fat: Você tem certeza que vai beber? Justo no dia do seu aniversário?

Bruno: Não tem porque ficar sóbrio nesse dia, estou sozinho mesmo. Aliás, por que minha consciência tem que ter justo a voz da Fatinha? – ele se vira, caminha para sair da área, mas ao levantar o olhar dá de cara com a loira o encarando, o desejo brincando em seu olhar. Ele ficou tão nervoso com a visão que largou as latas no chão. Foi cerveja para tudo que é lado.

Fat: Menino levado vai ter que limpar tudinho – ela diz com a voz rouca e um sorriso safado no rosto só para provocá-lo. Ela estava usando uma camisa social branca dele que cobria até menos da metade de suas coxas e uma lingerie preta que dava para ver pelos botões abertos da camisa e pela cinta liga que ela estava usando, preta também. Nas mãos ela tinha um bolo de chocolate com alguns morangos por cima.

Bruno demorou para raciocinar e ficou esfregando os olhos pensando ser uma miragem.

Bruno: Se for sonho, por favor não me acorde Deus. – sorri olhando para o teto.

Fat ri: Vem ver se não é sonho, mas vem rápido por favor porque bebes não esperam mamãe e papai brincar por muito tempo não. – ri e Bruno se aproxima dela acariciando seu rosto e admirando cada parte de seu corpo descoberto.

Bruno: Aonde você se escondeu? E nossos filhos? – ela ri

Fat: Você tem certeza que quer falar sobre isso agora? Porque eu não quero. – ela coloca o bolo sobre a tábua de passar roupa em que estava apoiada e o puxa pela gola da camisa o beijando com desejo.

As mãos de Bruno que estavam no rosto dela passaram para seu cabelo e a loira pulou em seu colo, ele a segurou e a colocou sentada sobre a máquina sem perder o contato dos lábios. Ele desceu as mãos da nuca da loira pelos braços e parou na cintura apertando de leve, depois ele apertou as coxas dela com força e ela gemeu em sua boca. Bruno desceu os beijos para o pescoço dela e depois para o busto descoberto, enquanto isso a loira aproveitou para dar mordidas na nuca dele que estava a sua altura. Bruno suspirou fundo e parou para observá-la. Ela sorriu com o prazer estampado nos olhos em ver que ele já estava animado e que por mais que não tivessem tanto tempo para se curtirem, eles davam um jeito e mantinham acesa a paixão do relacionamento.

O moreno se aproximou de sua loira novamente e a puxou pela nuca a beijando e aproveitando para desabotoar a camisa que ela estava usando. Ela o empurrou de leve.

Fat: Eu... que.. faço.. isso.. hoje, você só olha – fala ofegante se separando dele com dificuldade. – ela saiu da área e foi puxando ele pela gola da camisa até o quarto. Claro que o caminho foi feito entre beijos e paradas para se encostarem nas paredes e as mãos passearem pelos corpos.

Ao entrar no quarto ela fecha a porta e o joga sobre a cama. Ela sobe na cama em seguida e começa a retirar a blusa e a cinta liga de forma sensual, deixando apenas as peças íntimas para ele tirar. Ela senta sobre a barriga do moreno com uma perna de cada lado do corpo dela e o ajuda a tirar a blusa, assim que ele o faz, ela começa a espalhar beijos e mordidas pelo tórax dele. Ele solta um gemido baixo e ela começa a retirar a calça dele. Rapidamente Bruno inverte as posições, termina de tirar a calça e os sapatos e começa a espalhar beijos por todo o corpo de sua loira. Enquanto isso ela crava as unhas nas costas do moreno deixando marcas que quando o calor do momento passasse ele sentiria arder demais.

Bruno começou a retirar as peças íntimas da loira ao mesmo tempo que ela tentava tirar sua cueca, claro que causou uma embolação e provocou riso nos dois. Ela mordeu o lábio inferior dele ainda rindo e quando conseguiram se livrar das ultimas peças que faltavam, o moreno pegou a camisinha no criado mudo, colocou , beijou sua loira com muito amor e desejo e a penetrou. A loira sempre achava que cada “dia de amor, tarde de amor, noite de amor” com ele fosse a melhor, ele sempre se superava. Mal sabia ela que o moreno pensava o mesmo sobre ela. Os dois se completavam da melhor maneira possível e enquanto se uniam, beijos eram trocados e gemidos roucos eram soltos nos lábios um do outro. Quando a loira chegou ao ápice do prazer instantes depois, deu uma mordida no ombro de seu moreno e ele puxou seu rosto a beijando. Após alguns segundos, o moreno também chegava ao ápice.

Eles respiravam juntos, ofegantes, ela com a cabeça deitada sobre o peitoral dele tentando se recompor e antes mesmo que isso ocorresse, Bruno começou a beijá-la no pescoço e dar várias mordidas, que ficariam marcadas, no local. Quando ela sentiu a mão dele descer pelo seu corpo vagarosamente, como se fosse para tortura-la, e apertar várias vezes a parte interna de sua coxa, ela fechou os olhos com força e mordeu o braço dele tentando conter o prazer que estava sentindo. Ele a puxou para mais perto fazendo seus corpos se encaixarem novamente e a loira não conseguiu se conter mais impulsionando seu quadril para frente, e era o que Bruno precisava para saber que ela o queria novamente tanto quanto ele. Ele a puxou sobre ele e ela quem ditaria os movimentos agora. E com isso mais um ciclo de amor começava.

Quando eles ainda estavam se recompondo, agora apenas acariciando sem malícia um ao outro, ela passando a unha de leve nos braços dele e ele fazendo carinho em seus cabelos, ele resolveu falar quebrando o silencio confortável que estava instalado.

Bruno: Não me importo nenhum pouco se você esquecer meu aniversário todo ano – ri e dá um beijo no alto da cabeça dela. Ela sorri.

Fat se afasta um pouco e encara ele: Seu safado – sorri e morde o lábio dele de leve – Eu sabia que você ia gostar, mas deu um trabalho enorme, muita gente envolvida

Bruno ri: Quer dizer que todos sabiam que íamos fazer sexo hoje? – ele a olha boquiaberto

Fat: Claro que não amor, que tipo de mulher acha que eu sou? Uma safada? – ela faz cara de santa e ele a encara rindo – Mas sério, para eles eu faria uma surpresa normal – ela faz aspas com a mão e ele acaricia o rosto dela.

Bruno: Não quero saber como você fez, só quero dizer que a cada dia que passa eu me apaixono mais por você, e não apenas por nos completarmos apenas na cama, mas sim por nos completarmos na alma. – o olho da loira se enche de água e sem ela menos esperar seus olhos começam a transbordar. Bruno enxuga as lágrimas dela com beijos e depois da um beijo delicado nos lábios dela.

Fat: Hoje é meu dia de te falar palavras bonitas, não queira roubar meu posto ok? – sorri para ele – Quero dizer que eu também me apaixono por você a cada dia que passa, na verdade a cada minuto, você é um homem perfeito para mim. Eu realmente amo até os seus defeitos, até as nossas brigas são amáveis. – os dois riem – E muito obrigada por ter me assumido, por ter lutado por mim e pelo nosso amor, até mesmo quando eu desisti. E obrigada principalmente por ser um pai maravilhoso, você é muito mais do que eu sonhei. Você caiu do céu, um anjo lindo que apareceu – ela cantarola a frase final para ele lembrando a música. Ele sorri e os dois se beijam, quando o desejo começava a aflorar novamente a campainha tocou e eles foram obrigados a se separar.

A loira vestiu as peças íntimas e colocou uma blusa do moreno com um short de ginástica curto por baixo e desceu as escadas correndo. Ela já adivinhava quem seria. O moreno desceu atrás terminando de colocar o short pelas escadas.

Miranda: Me desculpe, mas eles já estavam ficando entediados com essa bisa velha aqui – faz uma careta e a loira ri.- Segurei o máximo que eu pude.

Bruno: Dona Miranda? – ela o encara furiosa – Ops Miranda – ri – Quer dizer que a senhora que raptou meus filhos? – sorri e a cumprimenta a ajudando a entrar na casa com as bolsas e o carrinho.

Fat: A senhora foi um anjo vó, muito obrigada mesmo – sorri e a beija no rosto – Agora entre para comer o bolo com a gente vai. – ela pega Gustavo no colo que estava com a mão na boca e a testa franzida ameaçando um choro. Sinal que a fome estava surgindo.

Bruno pegou Alice no colo que sorria e mexia os bracinhos e as perninhas. As mãos agora agarravam a orelha do pai que sorria bobo para a princesinha dele. A loira foi amamentar Gustavo enquanto Alice estava distraída com o moreno. Miranda ficou um pouco na sala conversando com eles e depois subiu para descansar.

Bruno: Minha loira, mais surpresa?! – sorri emocionado e a loira o encara do sofá onde estava conversando e amamentando Guga.

Fat: Achei que você nunca fosse notar e eu tivesse que falar – faz careta

Bruno: Você está linda minha princesinha – encara a filha que o olhava com uma mão na boca e a outra segurando o dedo do pai.

Os bebes estavam usando um body personalizado, o da Alice era rosa claro e tinha fotos dela com o pai e dela com o pai e a mãe e Gustavo estava usando um azul claro com fotos dele com o pai e com a mãe e ambos continham a frase “Tenho o melhor pai do mundo, moreno nós te amamos”

Depois de amamentar Gustavo, a loira amamentou Alice que relutou um pouco ao sair do colo do pai, mas quando começou a sentir o leite ficou quieta na hora.

Fat: Essa vai ser muito baba ovo do pai, nossa – revira os olhos e ri. Bruno estava fazendo Gustavo arrotar e sorriu de volta.

Eles ficaram na sala vendo desenhos e brincando com os filhos e a noite chamaram Miranda para cantarem parabéns com o bolo derretido que a loira tinha comprado e esquecido na área de serviço em cima da tábua de passar. Mas nem o moreno e nem a loira se importavam com o gosto do bolo, estavam felizes demais para isso.