No Limite do Desejo - Segunda Temporada escrita por MariBelas


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Volteeeeeeeeeeeei e o capítulo está bombástico, até eu que escrevi fiquei com o coração na mão em diversos momentos :/// Mas antes que me batam, me xinguem, eu avisei para quem me tem twitter que era para preparar o coração ><

Boa leitura, segurem o core e as lágrimas :O hahahahahaha E não deixem de comentar e de me seguirem no twitter: @paivadorigon



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Alice e Gustavo - 1 ano e quase 5 meses - Outubro - Continuação

Fatinha fechou os olhos com força, respirou fundo e abriu os olhos encarando Bruno. Ela não sabia se faria o certo, se ia se arrepender depois da decisão ter sido falada, mas no momento ela via isso como a coisa certa a fazer.

Fat: Não vou terminar nosso relacionamento porque sou fraca e não tenho coragem pra isso e também porque apesar de tudo eu ainda te amo – ele relaxou ao ouvir essas palavras – mas também não quero continuar como estamos, então quero um tempo.

Bruno: Oi? – ele perguntou confuso – Você sabe que eu não concordo com isso de tempo né? Para mim isso é adiar um término.

Fat: Pense como quiser Bruno, eu não acho isso, acho que podemos ter um tempo e ficarmos melhor para lidar com todas as situações e podemos reatar muito melhor do que estamos.

Bruno: Isso é fugir da discussão, dos problemas, é não querer.... – a loira o interrompe.

Fat: Você quer o que então Bruno? – ela altera o tom de voz. A verdade era que estava de saco cheio, ela queria um tempo pra ela, era pedir muito? Queria poder pensar sozinha, estar sozinha, e mais do que tudo queria ficar bem com ele, mas sabia que se não tivessem esse tempo não ia dar certo. – Você quer que eu termine com você? É isso? Porque ou damos um tempo ou então nosso casamento vai acabar antes mesmo de ter começado.

Bruno: Só estou dizendo o que penso, mas se é isso que você quer, então eu aceito. Mas ainda acho que podíamos conversar. – ela revira os olhos.

Fat: Eu vou continuar no quarto e você passa suas coisas pro quarto de hóspedes e por favor tente não demonstrar irritação na frente dos nossos filhos, para eles tudo estará como sempre. – ela se levanta e vai em direção as escadas. O moreno se levanta e a segura pelo braço a virando pra ele.

Bruno: Você tem certeza que é isso que você quer? – ele sussurra aproximando sua boca da dela. Ela vacila por um momento fechando os olhos. Ele sorri ao vê-la entregue e roça seus lábios no dela. A loira imediatamente coloca seus braços envolta do pescoço dele e ele a prende pela cintura junto ao seu corpo. Sem mais delongas o moreno sobe as mãos pelas costas dela e a prende em seu cabelo iniciando um beijo intenso, com desejo, saudade, e com um toque de despedida. A loira passa as mãos pelo braço dele aproveitando o momento, as línguas estavam em completa sintonia, os lábios eram mordidos em meio ao beijo e depois de alguns minutos eles se separam. Ela o encara, passa a mão nos lábios dele que agora estavam vermelhos, respira fundo, se vira e sobe as escadas correndo.

No momento que entrou no quarto e trancou a porta Fatinha pôde desmoronar, ela chorou como se não houvesse amanha. Seu coração estava partido, pelas palavras dele mais cedo, pelas palavras dele agora e principalmente porque não conseguia deixar de amar esse moreno idiota. A decisão do tempo era a mais difícil que ela já tinha tomado em sua vida, mas era a necessária porque se não fosse isso eles estariam separados definitivamente daqui alguns dias. Ela deitou em sua cama abraçando o travesseiro dele e sentindo todo seu perfume e foi assim que acabou adormecendo, com os pensamentos e os sonhos girando em torno de seu moreno babaca.

Bruno não estava muito longe disso, ele sentou no sofá e passou as mãos pelos cabelos, sinal de que estava nervoso/aflito, ele se permitiu chorar como um bebe. O coração dele também estava quebrado, porque sabia que o tempo tinha sido motivado por ele, ele tinha sido o babaca da história. Ele magoou a mulher que mais ama nesse mundo. Ele respirou fundo enxugando as lágrimas e decidiu que aproveitaria esse tempo para se organizar melhor e terminar sua monografia e seus trabalhos, para reconquistar sua loira e para controlar melhor seu estresse. Ele subiu as escadas e foi em direção ao quarto dos filhos. Os dois dormiam tranquilamente sem nem desconfiar de nada que acontecia com os pais. Ele depositou um beijo na testa de cada um e foi para o quarto de hóspedes tentar dormir.

O pior ainda estava por vir, afinal o aniversário de Bruno era dia 26 de outubro, ou seja, no fim desse mês. E com certeza ele não teria a surpresa que teve no outro ano. Ele acordou no domingo, um dia depois da loira pedir o tempo, pensando em seu aniversário e no que ele faria. Faltavam duas semanas para o dia fatídico. Ele respirou fundo, se levantou e foi para o seu quarto pegar suas coisas, a loira não estava mais lá. Ele aproveitou para tomar banho, colocou uma bermuda e pegou algumas coisas para levar para o quarto de hóspedes. Quando ele estava saindo foi de encontro a ela que estava entrando no quarto.

Bruno: Desculpa, eu não te vi estava distraído – ele falou e deu espaço para ela entrar. Ela confirmou com a cabeça e entrou no quarto. Ele foi em direção ao quarto de hóspedes e depois desceu as escadas encontrando os filhos brincando na piscina de bolinhas no meio da sala. Ele só conseguia ouvir as risadas e gritos dos dois. Então ele colocou a cabeça na porta do brinquedo e começou a assoviar. Na hora os filhos olharam para ele e se jogaram em seu colo.

Ali ele percebeu que a dor que estava sentindo diminuiria porque tinha esses presentes de Deus na vida. Ele abraçou os filhos e acabou caindo na piscina de bolinhas com eles.

Assim que a loira desceu, estava com uma roupa de malhar e avisou a Bruno que estava saindo para caminhar.

Bruno: Vai com o seu personal? – ele perguntou de dentro da piscina com a testa franzida.

Fat: O que nós combinamos Bruno? Quer que eu relembre? – ela o encarou e ele suspirou.

Ele voltou a brincar com os filhos e ela deu um beijo nas crianças saindo de casa. A loira só voltou na hora do almoço e encontrou os filhos já alimentados e brincando no tapete em frente a televisão. A piscina de bolinhas já não estava mais no meio da sala e Bruno estava conversando com alguém. Por um momento ela achou que fosse no telefone porque só ouvia a voz dele, mas de repente começou a ouvir uma voz de mulher e na hora seu corpo ficou tenso. Ela se obrigou a respirar fundo e foi ver quem era. Relaxou um pouco ao ver que era Rita, mas fechou a cara ao ver quem estava ao seu lado, Ana.

Fat: O que essa garota está fazendo aqui Bruno?

Bruno: Apesar de eu não te dever satisfações, vou dizer, ela é do C.R.A.U e nós estamos voltando com o projeto agora que estou me organizando melhor.

Fat: Agora que você não tem que se preocupar em me dar atenção, você quer dizer né?

Bruno: Não é nada disso Fatinha e você sabe muito bem que você que decidiu isso, não eu.

Ana: Perai, vocês não estão mais juntos? – ela segura um sorriso.

Rita: Ana, não provoca. Fatinha fui eu que pedi pro Bruno aceita-la de volta no C.R.A.U porque querendo ou não, quem deu a ideia do projeto foi ela, nós só colocamos em prática, mas o nome e as causas principais veio da cabeça dela.

Fat: Você vai me desculpar Rita, mas que se dane que foi ela que deu a ideia, essa mulher é uma cobra, ela quase arruinou minha vida. E pelo visto voltou para tentar concluir o que ainda não conseguiu – ela encarou Bruno com a decepção no olhar – E pelo visto vai conseguir dessa vez. – ela respira fundo, pega os filhos no colo que começam a se debater e a choraminga por não estarem entendendo nada e quererem continuar brincando e vai em direção as escadas.

Bruno pede licença as duas e sobe atrás da loira.

Bruno: Você pode se acalmar pra gente conversar? – ele falou enquanto via a loira arrumar a bolsa das crianças sem soltá-las, o que era quase impossível. – Aonde você vai que está arrumando a bolsa deles?

Fat: Vou pra casa da minha mãe, até você terminar essa reunião ridícula. – ela colocou Alice e Gustavo no berço e continuou arrumando a bolsa deles. Bruno a segurou pelo braço.

Bruno: Para com isso Fatinha, não tem necessidade de nada disso, você está exagerando.

Fat: Exagerando? – ela se soltou do braço dele e o encarou – Você não se lembra o quanto eu sofri por causa dessa garota Bruno? O quanto nós sofremos? O quanto nosso relacionamento sofreu? Ela quase destruiu o casamento da minha mãe, quase destruiu minha família e principalmente quase destruiu nossos filhos Bruno. – ela grita a última parte na cara dele.

Bruno: Para de gritar que você está assustando as crianças – ele encara os filhos que estavam chorando desde que a mãe os pegou de repente na sala – Não era minha intenção te afrontar ou fazer você ficar mal, eu esperava só a Rita aqui e quando a Ana apareceu a Rita me convenceu de deixa-la ficar.

Fat: Bruno se você quer manter contato com essa mulher o problema é seu, mas eu não quero ela na minha casa. Ela me fez muito mal e eu não consegui perdoá-la e sei que ela ainda te quer, então se você conseguiu perdoá-la, façam bom proveito, mas longe daqui.

Bruno: Eu vou pedir para elas irem embora e depois penso no que eu faço em relação a reunião do C.R.A.U. E eu não perdoei a Ana, só que para completar ela é irmã do Nélio, então não é simples afastá-la assim. – a loira se apoiou no berço e respirou fundo.

Fat: Faça o que você quiser Bruno, eu quero ficar sozinha com os meus filhos.

Bruno suspirou e ia saindo do quarto quando ouviu Alice gritar “papai” “papai” e chama-lo com a mãozinha. A loira ergueu o olhar para a menina e ela continuou encarando o pai e o chamando com o rosto vermelho de lágrimas. O moreno se aproximou e a pegou no colo.

Bruno: Oi Lilica papai já vai voltar, é rapidinho meu amor, - a menina se agarrou mais na blusa do pai e colocou o rostinho em seu ombro. O moreno passou a mão nos cabelos lisos da filha e depositou um beijo em sua bochecha. – Vou descer com ela e já volto.

Fat: Só não deixe aquela mulher tocar na minha filha – ela falou ainda de costas dando atenção para Gustavo que estava mais calmo e brincava com os cabelos da mãe.

Bruno desceu e explicou toda a situação para Ana e para Rita. E deixou claro que só voltaria para o C.R.A.U depois que se resolvesse com sua loira. Ana ficou desapontadíssima com a notícia, mas fingiu entender. Rita lamentou tudo e disse que eles poderiam ir se falando por email e ela o colocaria a par de todos os projetos. Ele agradeceu e as levou até a porta. As duas se despediram de Alice que não tirava o rosto dos ombros do pai.

Bruno: Lilica se você tiver o temperamento igual o da sua mãe, eu estou ferrado – a menina levanta a cabeça e coloca as mãozinhas no rosto do pai babando seu nariz todo. – Papai te ama tanto Lilica – ele abraça a menina e vai deitar no sofá para assistir um desenho com a filha.

A mais nova palavra da menina era Frozen, além de mamãe é claro.

Alice: Frozi, frozi – ela batia palminhas e encarava a televisão. O moreno sorriu e colocou o dvd que ela tinha ganhado da tia de presente.

Bruno: É a milésima vez que você assiste isso hein Lilica, está na hora de achar um novo desenho pra você – ele se deitou e a menina deitou na barriga do pai encarando a tela.

Depois de alguns minutos os dois estavam dormindo tranquilamente e foi assim que Fatinha os encontrou. Ela tinha tomado banho e estava indo preparar o lanche das crianças, mas parou na sala e ficou observando a cena. A loira acabou se emocionando, ela amava os filhos e seu moreno mais que tudo e lamentava as coisas não estarem sendo fáceis para eles. Ela espantou seus pensamentos assim que viu o moreno se mexer e foi em direção a cozinha. Depois de preparar o lanche dos filhos, papinha de pera, ela foi buscar Gustavo e o sentou na cadeirinha. Deixaria para Bruno a missão de dar papinha para Alice. O dia correu tranquilamente, eles se revezaram para cuidar das crianças e fazer seus trabalhos da faculdade.

A noite a loira deu o jantar aos filhos, deu banho neles e os colocou para dormir. Dessa vez Alice colaborou e dormiu rápido. Após isso Bruno entrou e depositou um beijo nos filhos indo para o quarto de hóspedes dormir. A loira estava subindo as escadas e o observou olhar para o quarto deles e depois se encaminhar para o de hóspedes passando a mão nos cabelos e suspirando. Naquela hora ela teve vontade de desistir do tempo que tinha pedido e se jogar nos braços dele, teve vontade de fazer amor com ele a noite toda de tanta saudade que estava, mas ela não podia desistir agora. Ela precisava ser forte pelo bem da relação deles, então respirou fundo e foi em direção ao seu quarto, tomou um banho demorado para ver se esvaziava a mente, colocou a camisola e foi dormir. Só que dessa vez não tinha mais o travesseiro dele para abraçar.

Fat: Droga, ele ter levado, é o único travesseiro que aquele idiota gosta – ela resmunga e vai até o armário pegar uma blusa dele. Ela troca a camisola pela blusa dele e volta para a cama. E adormece sentindo o cheiro do seu moreno.

Bruno não teve a mesma sorte, o quarto de hóspedes não era em nada familiar e nada tinha o cheiro de sua loira, então só restava ele ficar relendo seus textos do trabalho para dormir.

Eles não sabiam como seria a rotina da casa dali para frente, principalmente nos dias de semana, porque já estavam acostumados a contar sobre seus problemas no trabalho ou na faculdade, estavam acostumados ao beijo de boa noite, estavam acostumados e amavam a companhia e a parceria que tinham.

E assim as semanas passaram rapidamente, Lia deu uma bronca gigante em Fatinha quando soube que ela tinha pedido um tempo ao Bruno, mas depois que escutou direito os argumentos da amiga e acabou entendendo. De manha Bruno ficava com os bebes e quando a loira chegava ia para o trabalho e só se viam novamente a noite quando o moreno voltava da faculdade. Ele tinha duas matérias ainda para cumprir e ele mudou para a noite já nesse finalzinho para não ter que ficar muito tempo em casa no clima ruim que estava e também para conseguir ficar com os bebes pela manha. Então o moreno e a loira mal se viam. A vida estava um corre corre e a saudade só aumentava. Até que chegou o dia do mesniversário do neném, quando eles iam completar oficialmente 1 ano e 5 meses de vida, dia 25 de outubro, e no dia seguinte o papai deles comemoraria 24 anos de vida.

O mesniversário não foi muito comemorado, a loira saiu com as crianças para o shopping e encontrou os pais, a avó, a irmã e alguns amigos da faculdade lá. E a noite Bruno levou um bolinho para eles cantarem parabéns para as crianças. Nesse dia Bruno ficou até mais tarde na sala terminando sua monografia para entregar a sua professora para que ela desse os últimos retoques. A loira cuidou das crianças, as fez dormir e depois ficou andando no corredor de um lado pro outro pensando no que fazer em relação ao aniversário de Bruno. O que ela queria mesmo era que o ano passado se repetisse, então ela sorriu com a ideia que teve, foi até o quarto colocou uma lingerie vinho com renda preta que ainda não tinha usado, colocou uma das camisas do moreno que estavam no armário e desceu as escadas lentamente quando já tinha passado da meia noite.

Só que ela não contava que ele estivesse no telefone com alguém. Ela parou no fim da escada e ficou observando/escutando tudo. Ele ria e agradecia alguém. Podia ser Olavo dando os parabéns, pensou ela. Então se aproximou mais um pouco para pegá-lo de surpresa, mas coitada da loira, ela que foi pega de surpresa quando ele colocou no viva voz para buscar algo no notebook e ela ouviu uma voz feminina.

x.x: Ai Bruno queria estar aí para te dar os parabéns pessoalmente.

Bruno: Calma querida, vamos nos ver terça quando você voltar de viagem e você vai poder dar não só parabéns pessoalmente como outras coisas ao Brunão aqui. - ele ri arrancando risadas da mulher do outro lado da linha.

Fatinha não podia acreditar no que estava ouvindo, não podia acreditar que ele tinha esquecido ela e arrumado outra tão fácil. Ela sentiu tudo rodar, viu tudo preto e tentou sair do local sem ser notada, mas desastrada que era e tonta do jeito que estava acabou derrubando o vaso que estava próximo ao balcão onde ela estava apoiada. Assim que o vaso caiu no chão e se espatifou, Bruno olhou para trás e o olhar deles se encontrou. Ele sabia que ela tinha escutado tudo, então ele se despediu rapidamente da mulher do telefone e foi caminhando em direção a Fatinha.

Bruno: Eu posso explicar, calma – ele se aproximou lentamente dela enquanto ela criava forças para fazer a pergunta que estava presa em sua garganta quase a sufocando.

Fat: Há quanto tempo? – ela falou com a voz embargada.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e se acalmem e confiem em mim ok? hahahaha Beijos e até o próximo :*



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