No Limite do Desejo - Segunda Temporada escrita por MariBelas


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Leitoras mais lindas do mundo, chegueeeeeeeeeeeei!!!!!!!!!!!!! Podem parar de surtar, de querer botar ovo (teve leitora que ia fazer isso), e de querer me matar, estou postando!!!

Já deixo registrado aqui que n sei se gostei muito desse capítulo n, tive muitas ideias e tentei colocar todas nele. E pra vcs verem como sou legal, ia parar numa parte tensa, mas resolvi poupar vocês, dessa vez. N se acostumem hahahahah

Não deixem de comentar aqui no fanfiction, é mt importante. Para quem ainda n me segue no twitter: @paivadorigon

E quero dizer que estou MUITO feliz com as minhas leitoras, vcs são incríveis e quero colocar todas num potinho *-* Agr vamos ao capítulo!!!



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26 de outubro – Alice e Gustavo 5 meses – Bruno 24 anos - Continuação

00:10

Bruno: Há quanto tempo o que? Que estou no telefone? – a encara confuso.

Fat: Não seja idiota Bruno, ou melhor, não me faça mais de idiota. Há quanto tempo vocês estão juntos?

Bruno: Eu não estou junto com ninguém Fatinha, você entendeu tudo errado – ele a encara e se aproxima. Ela fecha os olhos com força e segura as lágrimas que estavam ardendo em seus olhos para serem liberadas.

Ela estava com vontade de socar Bruno e depois socar a cara da piranha que estava com ele no telefone.

Fat: Para com essa desculpinha ridícula que todos os homens usam “você entendeu tudo errado” – ela falou de forma debochada - Confessa logo Bruno, as consequências vão ser menos ruins pra você e pra ela. – ele pareceu entender o que ela estava dizendo, finalmente, e ficou indignado a encarando.

Bruno: Peraí, você acha que eu te trai? E com a minha chefe? – a loira ri de forma irônica.

Fat: Ainda por cima está pegando a chefe – ela bate palmas – Bravo Bruno, traindo duas mulheres ao mesmo tempo, grande homem você é – ele parou de andar em direção a ela e ficou com o corpo tenso, travado.

Bruno: Peraí, você realmente acha que eu te trai e pior você está achando que estou te traindo com várias mulheres?! Com quantas? Só pra eu saber.

Fat: Não seja ridículo Bruno – ela grita se aproximando dele e dá um tapa em sua cara.

Bruno fechou os olhos na hora, não pela dor física porque os dedos dela eram frágeis e a mão leve, mas sim pela dor que aquilo significava para ele. Bruno podia ser um garanhão do tipo que atrai atenção de todas as mulheres e sabe disso, mas desde que se relacionara com Fatinha mudou completamente, nunca a trairia. Só tinha olhos para ela.

Bruno: Quem estava no telefone comigo era minha chefe – ele fala pausadamente sem olhar pra ela e de repente foca os olhos nos olhos dela. – Ela viajou há algumas semanas e volta na terça... – a loira o interrompe com uma risada irônica cruzando os braços.

A essa altura ela estava com o rosto molhado de lágrimas e vermelha pela raiva.

Fat: Essa parte eu ouvi não precisa me lembrar, se quiser até repito pra você, ela vai te dar parabéns pessoalmente e outras coisa também – ela treme só em pensar nisso e as lágrimas caem com mais força – Eu só quero saber há quanto tempo isso está acontecendo seu idiota – ela grita e parte para cima dele de novo, mas o moreno é mais rápido e segura os braços dela a encarando.

Bruno: Eu sinceramente não consigo acreditar que você acha que eu estou te traindo, essa sua desconfiança está acabando comigo.

Fat: E você acha que eu estou como? – ela fecha os olhos.

Bruno: Vou falar só mais uma vez, ela é minha chefe e as outras coisas que ela vai me dar são os presentes e a resposta de projetos que eu ajudei a elaborar e ela levou para serem aceitos em Londres. E sobre o apelido se é que você vai perguntar, todos que trabalham comigo passaram a me chamar assim desde que eu semana passada vendi um projeto muito importante para o reconhecimento da nossa empresa. Se você quiser pode ligar para todos que você conhece e perguntar, ou melhor, liga do meu celular e vai ser a primeira palavra que eles vão soltar. – ela fraqueja nos braços dele ao ouvi-lo falar e mais ainda ao ver seu olhar decepcionado, magoado e verdadeiro demais para quem podia estar fingindo.

Fat: Me solta Bruno, não quero mais contato com você, não por hoje. Além do mais nós ainda estamos dando um tempo – ele a solta devagar e a encara.

Bruno: Agora eu que preciso agradecer pelo seu pedido de tempo porque você mais do que ninguém deveria saber que eu jamais te trairia, jamais. Depois que te conheci nem em sonhos pensei em um dia ter outra mulher se não você. Eu te amo mais do que a mim mesmo e fiquei na minha essas semanas todas porque foi uma escolha sua, porque por mim eu já teria te agarrado e feito amor contigo todas as noites de tanta saudade. – ela limpou as lágrimas e o encarou, seu coração quebrava mais a cada palavra dele e a cada olhar decepcionado que ele lhe dava – E eu não sei como você não reconheceu a voz da Michele ( n lembro o nome que dei pra chefe dele --), ela veio no aniversário das crianças falou contigo, você sabe que me tornei amigo dela e que a apoiei em vários momentos na empresa e na vida pessoal dela. – a loira fez menção de falar e o moreno a interrompeu – Ainda não terminei, por mais que eu tenha ciúmes de voce Maria de Fátima – ela fechou os olhos ao ouvir ele pronunciar seu nome daquele jeito – por mais que eu de meus ataques, eu jamais desconfiaria de uma traição sua, até porque eu não confio nos caras, mas tenho uma confiança inabalável na mulher que eu amo. Agora licença porque esse assunto está encerrado pra mim – ele enxuga as lágrimas que caíram em algum momento durante a discussão e que ele só percebeu agora.

A loira fica parada atordoada observando ele pegar suas coisas e seu notebook e passar por ela subindo as escadas. Realmente ele nunca tinha desconfiado dela em relação a traição, seus ataques de ciúmes nunca foram acusando ela de algo, normalmente era com raiva dos homens que se aproximavam dela. Ela respirou fundo e foi em direção ao sofá, era o máximo que ela conseguia andar no momento. Deitou ali se encolhendo e chorou tanto, porque sabia que tinha destruído a ultima esperança de reatar algo com ele. E foi chorando que ela acabou pegando no sono.

Seu sono estava tão profundo que ela não ouviu os filhos chorando de madrugada e só acordou meio dia com Lia a sacudindo. A loira resmungou e abriu os olhos lentamente.

Fat: Me deixa, eu quero dormir mais.

Lia: Fatinha vai dar meio dia – ela fala calmamente sacudindo a amiga.

Fat: Oi? – ela se senta rapidamente e sente sua cabeça girar e seu corpo doer, então se toca que tinha adormecido no sofá – Cadê meus filhos? Eles já comeram? Ai como sou uma mãe irresponsável – ela passa as mãos pelo rosto e seus olhos doem.

Lia: Relaxa, eles já estão alimentados e brincando lá no quarto com Dinho e Bruno. – ao ouvir o nome dela seu corpo tremeu e ela segurou as lágrimas

Fat: Acabou amiga – ela encarou Lia e a marrentinha só fez abraça-la, sem dizer nada, apenas ficou abraça a ela acariciando seus cabelos enquanto sentia o corpo da loira tremer devido ao choro e aos soluços. – Eu não quero que ele me veja assim, me tira daqui por favor.

Lia: Tudo bem, mas o que aconteceu? Ele me ligou desesperado dizendo que você estava mal e que era para eu vir te cuidar – ela coloca os cabelos da amiga para trás.

Fat: Mesmo bravo comigo ele ainda se preocupa, que idiota que eu fui cara, eu podia ter sentido só ciúmes, mas não, tive que acusa-lo, justo ele – ela balança a cabeça negativamente.

Lia: Tudo bem, vamos subir e você me conta com calma, você precisa deitar. – a marrentinha ajuda a amiga a se levantar, pois ela ainda estava tonta e quando elas estavam virando para entrar no quarto, Bruno saia do quarto dos bebes rindo com Alice no colo e Dinho com Gustavo. O clima ficou tenso e Guga fez questão de quebra-lo gritando mamãe e impulsionando seu corpo para o colo da mãe. Depois que a loira pegou Gustavo no colo, Alice fez o mesmo e acabou no colo da mãe. A loira estava fraca então não conseguiu segurá-los por muito tempo.

Fat: Eu não to me sentindo bem Lia, pega eles – ela entregou as crianças no colo da Lia e saiu correndo para o banheiro de seu quarto. A loira estava com ânsia de vomito, mas não tinha nada em seu estomago então não podia colocar nada pra fora.

Lia chegou a tempo de segurar os cabelos dela antes que a loira perdesse os sentidos. Na hora a marrentinha gritou por Bruno e ele apareceu para ajudá-la. Ele colocou a loira na cama e se virou para Lia.

Bruno: Eu não posso mais ajudar a partir daqui Lia, mas cuida dela para mim, por favor – a menina concordou com a cabeça e podia ver no olhar dele o quanto ele estava magoado, o quanto ele também parecia quebrado e antes que o moreno saísse do quarto, Lia perguntou.

Lia: Vocês não estão se separando não né?

Bruno: Não quero pensar nisso agora Lia, a prioridade é criar nossos filhos da melhor maneira possível, é só nisso que penso agora.

Ele saiu do quarto e Lia foi cuidar da sua amiga, ela já estava de olhos abertos e chorava.

Fat: Eu não posso ficar sem ele Lia, na verdade eu não consigo – ela falava entre soluços.

Lia segurou a amiga nos braços e a acalmou com palavras de conforto. Depois desceu para buscar algo para a amiga comer. Após ter forçado Fatinha a comer e a tomar um chá, Lia fez a amiga tomar banho,colocou uma roupa confortável nela e ficou acariciando seus cabelos até a loira pegar no sono.

Fatinha dormiu e só acordou no fim da tarde. Assim que abriu os olhos encontrou Lia ao seu lado com uma bandeja com um lanche que pelo visto era pras duas.

Fat: Nem em horas como essa você perde o apetite hein?!

Lia: Eu posso estar morrendo, mas vou continuar comendo meu amor. Comida é o melhor da vida, depois de fazer sexo é claro – a loira arregala os olhos e ri.

Fat: Não me conte suas intimidades por favor .

Lia: Ok, mas coma alguma coisa se não serei obrigada a contar onde foi a última vez fiz sexo com Dinho – a loira pega um pedaço de pão e começa a belisca-lo – Sério loira, come alguma coisa pelos seus filhos poxa, eles precisam de você e eles ainda mamam, então realmente precisam de você. Eu não sei o que aconteceu entre você e o Bruno, mas sei que a decisão do tempo foi sua – a loira a encara – mas a prioridade na sua vida e na dele tem que ser sempre o bem estar das crianças.

Fatinha escuta tudo com atenção e resolve desabafar comigo, ela conta toda a discussão com Bruno sem omitir nenhum detalhe. Lia tinha algumas expressões em alguns momentos, mas segurou a opinião para dar no final de tudo.

Fat: E foi isso e acabou, the end, game over, finish – ela fala beliscando o pão com os dedos.

Lia: Primeiro pare de drama pf, não faça a Juliana – ela revira os olhos – Não acho que tenha acabado, vocês se amam e quando o amor é verdadeiro ele prevalece (para a leitora de Portugal, estou usando sua frase). Além disso, não sei se fosse eu no seu local teria conversado, acho que teria partido para agressão logo, teria arrancado cada cacho do Dinho com o dente – ela ri e Fatinha acabou rindo junto – É difícil porque nós somos impulsivas sabe e isso acaba atrapalhando em qualquer relação. – ela respira fundo – eu tento me controlar, mas é complicado mesmo, só acho que acusar de traição realmente é pesado, ainda mais para um homem tão romântico e água com açúcar como o Bruno – ela revira os olhos.

Fat: Eu me arrependi de ter acusado ele e não de ter tido ciúmes, mas a reação que eu tive foi a de acusação, se eu pudesse voltar atrás, mas eu não posso. – ela suspira e Lia limpa as lágrimas que começavam a cair dos olhos da amiga.

Lia: Como eu disse acho que é hora de você passar por cima disso, por mais difícil que seja, e se cuidar porque seus filhos só tem um ano e não entendem nada, então precisam de você.

Dinho entra no quarto nessa hora e senta do outro lado da loira na cama acariciando seus cabelos.

Dinho: Bom como eu já sei de toda história porque ouvi tudo atrás da porta e Bruno me contou algumas partes também, posso dar meu palpite. – a loira o encara com atenção – Você lembra quando seu pai deixou sua mãe sozinha? – ela concorda com a cabeça - e você teve que assumir a casa, a sua irmã, se assumir e ainda cuidar da sua mãe? – ela concorda lembrando de tudo e apertando os olhos para as lágrimas teimosas caírem. – Não queira fazer igual a ela, não estou julgando sua mãe, só estou dizendo para você ser forte e não fazer igual. Porque eu vi seu sofrimento todos os dias e você tinha uns 11 / 12 anos, seus filhos tem quase dois. Precisam mais de você do que nunca e não perca a oportunidade de vê-los crescer, de dar amor todos os dias, de educa-los, só porque você e Bruno brigaram. Seja forte, aliás desperte a força que eu sei que você tem ai dentro – ele aponta para o coração dela e Lia funga enxugando as lágrimas.

Fat: Por que você está chorando também amiga?

Lia: Meu namorado é muito inteligente, fico emocionada – ela enxuga as lagrimas.

Dinho: Ela tá de deboche Fatinha, mas escute o que eu falei e pense direitinho.

Fat: Eu vou pensar – enxuga as lágrimas – e você tem razão, aliás você sempre tem razão – ela sorri e Lia revira os olhos. Dinho abraça a amiga e Lia acaba se juntando a eles um tempo depois. – Agora quero ver meus filhos – ela se levanta e vai em direção ao quarto dos bebes cm Lia e Dinho.

Ao chegarem na porta encontram Bruno na poltrona contando uma historinha para os filhos, que estavam sentados cada um em uma perna do moreno atentos ao livro que ele segurava. Fatinha ficou com dó de interromper, apesar da saudade que estava dos filhos e só ficou ali observando.

Ela voltou para o quarto, conversou mais um pouco com os amigos e acabou adormecendo.

Mas se você pensa que o dia “trágico” acabou por aí, engano seu. Era aniversário de Bruno, sua chefe tinha dado abono ( folga) para ele na segunda, então assim que os filhos dormiram ele resolveu sair com Rasta e Nelio como há muito não fazia. Só que ele chegou de madrugada um pouco alterado e acabou derrubando algo no corredor dos quartos chamando atenção da loira. Assim que ela saiu do quarto e acendeu a luz do corredor deu de cara com ele se escorando nas paredes rindo a toa. Ela balançou a cabeça negativamente e ele veio em direção a ela.

Bruno: Muito obrigada pelo belo aniversário, pela bela festa e pelo belo presente, foi o melhor dia da minha vida – apesar de bêbado, dava para ver os resquícios da magoa em seu olhar. A loira se afastou dele tampando o nariz.

Fat: Você está bêbado, eu já disse que não quero você bêbado aqui em casa – ela o encarou firme.

Bruno: Ok mamãe, da próxima vez vou para casa da minha chefe, já que você supõe que eu te traio com ela – ele ri e vira as costas para ela indo para o quarto de hospedes cambaleando.

A loira segura a vontade de avançar em cima dele e soca-lo até não aguentar mais e depois enche-lo de beijos claro porque a saudade estava a matando. Ela foi para o quarto, fechou a porta e não conseguiu dormir. Ela só ficou tranquila e relaxou quando deitou no colchão no quarto dos filhos.

O dia seguinte prometia e rezemos para que prometa coisas melhores que o dia de hoje.

Primeira semana:

Segunda-feira – 10:00

A loira levantou de madrugada várias vezes para amamentar os filhos porque eles estavam agitados, chorando, e provavelmente sentindo que os pais não estavam bem. Ela sabia que não seria fácil, mas torcia para começar a semana de uma forma melhor, e pra completar graças a bebedeira do Bruno ela não pode ir a aula.

INICIO DA LIGAÇÃO

Fat: Ele chegou bêbado Lia, já disse, e eu não ia deixar meus filhos.. – ela para de falar porque é interrompida – ok nossos filhos com ele. E nem me peça pra ter calma, a semana está começando de uma forma péssima.

Lia: Relaxa amiga, tenta focar em outras coisas, vai fazer cursos, limpar a casa, não sei.

Fat: Eu queria acordar desse pesadelo, só isso. – ela estava sentada no chão da sala e Alice e Gustavo brincando na sua frente. Alice anda até ela chamando “mamãe” e lhe dá um beijo. Aquele ato modifica algo nela, de repente ela enxerga que precisa lutar pelos filhos independente de Bruno ou de qualquer outro homem.

Ela se despede da amiga, que promete visita-la a noite e vai cuidar dos filhos.

Bruno acorda lá pelas 14:00, toma banho, desce as escadas toma um remédio pra dor de cabeça e vai brincar um pouco com os filhos. Nenhuma palavra é dirigida a Fatinha mesmo ela estando sentada na sala junto com eles. Ao sentir que vai continuar sendo ignorada ela levanta e vai pro quarto. As lágrimas já ardiam em seus olhos, mas ela as obrigou a ficar ali mesmo. Respirou fundo e resolveu focar em seu trabalho da faculdade. Ela faria de tudo para ocupar seu tempo, já que Bruno ia evitá-la, então ela faria o mesmo com ele. Mas o que ela não tinha em mente era que as coisas quando estão ruins e nós reforçamos isso, elas só tendem a piorar. E com isso, a terça-feira fatídica que motivou a discussão deles chegou.

Ela acordou cedo, foi para a faculdade e assim que retornou para casa sorridente por ter tirado uma ótima nota no trabalho se lembrou que não tinha com quem dividir aquilo. Aliás, ela tinha, mas não era o cara que ela amava, não era o pai dos seus filhos e ao ver Bruno ali todo arrumado e cheiroso sentado no sofá da sala brincando com os filhos, seu coração quebrou mais. Ele era o marido perfeito, o pai perfeito e ela o rotulou como o canalha perfeito. Ai se arrependido matasse. Ela ficou alguns minutos parada na porta apenas observando ele. E ali ela teve medo de perdê-lo. E ela podia tentar fazer algo para não perde-lo, mas ela escolheu fazer justamente o contrário.

Fat: Você jura pra mim que não tem nada com sua chefe? – ela perguntou fechando a porta da sala e encarando seu moreno.

Ele respirou fundo nitidamente exausto física e emocionalmente, colocou os filhos no tapete, deu um beijo na cabeça de cada um, sussurrou um ‘eu te amo’, pegou sua mochila e foi em direção a porta. Mas antes que ele a alcançasse a loira se enfiou na frente.

Fat: Olha nos meus olhos e fala a verdade Bruno, por que você tá fazendo tudo isso comigo?

Bruno suspirou e a encarou: Eu não vou discutir mais com você, não preciso te jurar nada porque quem ama, confia. Pelo menos eu aprendi assim. E tem mais, quem fez isso tudo com a gente foi você, baseada em uma conversa.

Fat: Uma conversa suspeita, que se fosse o contrário você também desconfiaria.

Bruno ri de forma irônica: Você realmente não me conhece, eu teria ciúmes, mas não te acusaria de nada Maria de Fátima. Agora licença que eu preciso ir, tenho uma reunião importante.

A loira o encarou e sem pensar duas vezes colou seus lábios no dele. Bruno ficou tenso ao sentir os lábios dela, por um momento pensou em relaxar e se envolver, mas não podia fazer isso com eles, até porque eles não eram só atração física, não eram só desejo carnal e sexo, eles eram amor; e precisavam voltar por amor e não apenas por saudade carnal. Então ele a afastou lentamente.

Bruno: Você pediu um tempo, então mantenha sua palavra e acho que realmente estamos precisando disso. – ele passou por ela e saiu,

A loira ficou ali estarrecida, sem acreditar que ele tinha negado um beijo dela. Ela foi até o sofá sentou e ficaria perdida em seus pensamentos e em suas lágrimas se não fossem os filhos pedindo sua atenção. Ela realmente precisava mudar, ela tinha que conseguir parar de pensar nele, de querer ele, parar de tentar burlar o tempo que ela mesma pediu. Ela respirou fundo e decidiu que ignoraria a existência de seu ex moreno.

E assim novembro chegou com maestria e muitas mudanças. Bruno estava oficialmente dormindo no quarto de hóspedes, todas suas coisas estavam lá agora e ele não entrava mais em seu antigo quarto. Depois de um tempo ele e Fatinha começaram a trocar algumas palavras, o básico para boa convivência e harmonia da casa. Só conversavam por muito tempo se o assunto fosse sobre a casa, sobre os filhos ou algum problema no horário que estava estipulado para ficar com as crianças. O mesniversario foi comemorado em casa mesmo, sem muitos convidados e comilanças. Apenas o bolo, doces e alguns salgadinhos. Todos estranhavam a distancia do casal, mas não questionavam nada e quando questionavam a resposta era a mesma: todo relacionamento precisa de um tempo né, estamos nessa fase. Na última semana Bruno encerrou a faculdade, passou em todas suas matérias e na semana seguinte teria a apresentação da sua monografia, que também já estava terminada e ajustada. E se desse certo viraria um projeto na empresa que trabalhava Bio Vita, uma empresa voltada a cuidar do meio ambiente e do bem estar dos animais. Tinha uma área voltada para ser humano, mas era menor.

Quanto a Fatinha, ela tinha decidido focar em sua carreira, depois da faculdade ela ia para casa cuidava dos filhos, estudava e a noite tinha conseguido um estágio numa empresa de produção de festas tipo baladas, mas eram baladas vips, então Bruno cuidava das crianças para ela. E assim eles estavam levando a vida. A loira tinha conhecido mais pessoas no condomínio porque ia as reuniões e passeava todos os fins de semana com os filhos pelo parque do local e por esse envolvimento acabou sendo nomeada produtora de eventos do condomínio. Ela organizava as festas, tanto as que eram pedidas por moradores, como as comuns que estão marcadas em nossos calendários, como festa junina, pascoa, etc. Ela estava feliz, realizada, mas não completa.

A verdade é que nenhum dos dois estava completo, eles estavam felizes sim pelas suas conquistas profissionais, mas na área do amor a felicidade nem passava na porta. Vocês sabem, Bruno e Fatinha sempre foram cabeças duras e impulsivos, nada na relação deles foi fácil, só que dessa vez eles estavam quase dois meses sem se falar direito. E esses defeitos talvez comuns e inocentes estavam afetando um amor que podia durar para sempre e ser tão lindo e mais verdadeiro que o de conto de fadas. E a única forma de isso ser realizado é: um dos dois vai ter que ceder. Um dos dois vai ter que abaixar a guarda. Mas será que o casal Brutinha consegue isso?

10 de dezembro – Monografia de Bruno – 18:00

Todos já estavam sentados a espera da apresentação de Bruno, sua família ( Vilma, Olavo, Miranda, Lavínia, Fatinha e os filhos). A loira não queria estar ali, não porque não o apoiava, mas sim para não causar nervosismo nele. Afinal eles não estavam bem. Mas os filhos estavam mais agitados e choravam por tudo, então ela resolveu ficar.

Ele apresentou seu projeto de forma mais natural, espontânea e maravilhosa possível. Dedicou sua monografia aos filhos e a família. A loira sentiu um aperto no coração por não ser mencionada mais diretamente, mas era compreensível. Bruno foi aplaudido pela banca e recebeu a nota máxima. O orgulho por ele era imenso naquela sala, estavam todos felizes e resolveram comemorar esse avanço profissional dele em um restaurante próximo.

Fat: Parabéns Bruno, estou muito orgulhosa de você – a loira sorriu sem graça e se aproximou abraçando ele. O moreno segurava Alice por uma mão e Gustavo pela outra, então o abraço foi meio desajeitado e ele acabou rindo.

Bruno: Obrigada am.. quer dizer Fatinha – sorri sem graça e ela sorri de volta, feliz por ele ainda pensar nela como amor.

Quando ela ia voltar a falar, uma mulher chegou próximo a eles sorrindo.

Michele: Brunão parabéns, já soube que tirou a nota máxima – ela riu e abraçou o moreno – Parabéns, desculpa não ter chegado antes, fiquei presa no transito

Bruno: Tudo bem querida, obrigado por ter vindo, tu é importante, sabe disso – ele sorri de volta. – Falem oi pra tia Michele crianças – eles acenam e sorriem para a moça loira.

Fatinha só queria sumir dali, apenas isso. Não bastava seu moreno ter sido fisgado por ela, agora seus filhos. Ela podia estar exagerando, mas o ciúmes cega as pessoas. Quando Olavo se aproximou e avisou que estavam prontos pra ir a loira pensou em uma desculpa rápida. Mesmo Michele a cumprimentando e conversando com ela, não se sentiria bem em sentar na mesma mesa que eles e ver essa intimidade entre os dois e com ela Bruno todo sério.

Fat: Gente eu não vou não – Bruno a encara buscando seu olhar, mas ela o desvia, sabia que se ele olhasse em seus olhos ia ver que estava mentindo – Tenho uns eventos do estágio para planejar e não estou me sentindo muito bem – ela passa as mãos pelo cabelo e percebe Bruno a encarando como há muito tempo não via. Ele a olha por inteiro e lentamente, ela percebeu isso algumas vezes antes quando ela estava saindo para as baladas que produzia, mas era algo discreto. Agora ele estava a encarando descaradamente.

Bruno: Você sabe que não precisa ser assim né?! Que você também é importante, apesar de tudo – ele a encara e agora ela sustenta seu olhar.

Fat: É melhor assim, você vai se sentir mais a vontade e eu também – ela sorri e se despede de todos contestando os pedidos da avó de ficar com ela em casa. – Tchau filhotes, mamãe vai esperar vocês em casa com disposição pra ver mil desenhos e ler mil livros tá?! – ela beija e dá cheiro nos filhos e eles gargalham babando a bochecha toda da mãe. Ela encara Bruno e acena pra ele. – Mais uma vez parabéns e aproveite.

Ele agradece e a encara novamente enquanto ela se dirige a um táxi. Ao chegar em casa ela resolve tomar banho e passa a tarde toda vendo filme, comendo pipoca e brigadeiro. Nada de organizar eventos, estava igual uma adolescente sofrendo pelo namorado. Ela sorriu de tão ridículo que era esse pensamento. Ela não era mais adolescente, tinha amadurecido bastante em vários aspectos e pelo olhar de Bruno hoje mais cedo, ele gostava ainda mais dessa mulher que ela se tornou. Então ela decidiu que cederia, mas como assim justo a Maria de Fátima vai ceder? A que pediu o tempo, a mais cabeça dura? Sim, ela mesma, ela decidiu que lutaria por ele, mas com suas armas de mulher. O problema é que Bruno já tinha deixado claro que eles tinham que voltar por amor e não apenas por desejo carnal. Mas por quanto tempo será que Brunito vai persistir nisso e resistir a loira?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem, sejam sinceras e digam se o nível do capítulo caiu e tudo mais. Beijos e adoro mt vcs



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