As vantagens de ter te conhecido. escrita por Kchan


Capítulo 2
Nin – Leve mudança.


Notas iniciais do capítulo

Olá amiguinhos, as musicas desse capitulo são Loving U- sistar, e pro finalzinho Alone-Sistar. Se divirtam!! kisu Komodachi -Kchan.



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Acordei bem cedo, mal tinha nascido o sol me arrumei, coloquei um short larguinho e uma regata goiaba vibrante, trancei o cabelo. Ouvir a barriga roncar, e obedecendo a seus pedidos desci pra cozinha. Abri um danone me encostei na bancada e enquanto olhava as colinas pela porta de vidro da cozinha, era fascinante, o sol ainda alaranjado entre as pequenas colinas comparadas a ele a imensidão verde, o que era raro aonde eu morava.
Terminei e resolvi lavar a colher, que escorregou da minha mãe e fez o maior barulho na pia de alumínio quando olhei para cima em direção a porta de vidro vi mais de um reflexo, gelei.
–Ohayou Yu- era a Kazue, que sorriu a me ver.
–Ohayou Kazue me virei e sorri. Acordei-te? Me desculpa.
Que isso, já esta na hora de todos acordarem, eu quero agitação nessas férias ela estendeu a mão que passou raspando no meu ombro, eu arregalei os olhos. Ela tinha tirado do armário uma panela e começou a bater junto com uma colher, gritando ohayou e subindo as escadas.

Eu ri.

Era meu segundo dia com aquelas pessoas, quase estranhas para mim, e eu já estava amando. Amando a paisagem, amando as conversas, amando poder estar sendo precipitada em amar demais. Era tudo muito novo pra mim, pelo menos ali no Japão, as pessoas sorrindo pra mim, era tudo muito acolhedor.
Depois de muito insistir, consegui convencer todos de fazer uma trilha numa das colinas mais alta, coloquei meu tênis, enchemos as bolsas de comida e toalhas e fomos.
A conversa era boa, não só boa, era ótima rimos o caminho todo, a Mika quase caiu quando enroscou em uma raiz e quase de propósito se apoiou no Ichiro, que segurou seu braço e sorriu.. A Kazue passava repelente de cada cinco em cinco minutos. Depois de andar uma hora quase fizemos uma parada. Comemos umas frutas e logo continuamos.
A cada passo que eu dava a vista era mais linda, e das pontas eu já conseguia ver quase toda a cidade vizinha.
Assim que chegamos no topo, depois de três horas da Kazue reclamando dos mosquitos, da Mika, sempre esbarrando no Ichiro, da Sayuri tirando várias fotos comigo, e depois com a turma toda. Eu sentei numa pedra, e sorri, eu vi que aquilo é o que eu queria pra mim, as amizades, as risadas e até as fotos. Sentia-me quente, não só pelo sol mais pelas pessoas. Sentia-me viva, inteiramente viva, eu sorria por tudo isso e pra tudo isso.
Olhei para trás e vi o Tadachi, uma regata esportiva vermelha e uma bermuda preta, ele estava radiante, me olhava de vez em quando e eu olhava de volta, ele piscava e sorria. Entrava na conversa de todos ria de tudo. Entre um passo e outro ele me chamava a atenção. Era impossível não olhar. Realmente não sei o que ele tem que tanto me cativa, talvez os olhos, ou a pela mais bronzeada dali, ou o jeito dele, ele era sexymente brincalhão- se isso realmente existe- ah mais nele existia. Não sei como consegui prender minha atenção nele tão facilmente. Suas piadas seu rosto sua pele. Tudo chamava atenção e por mais que eu tentava não conseguia parar de olhar e suspirar.
Tentei disfarçar.
Assim que chegamos em casa, a mesa já estava posta tinha todo tipo de comida ali. Vários assuntos rolavam desde os micos que a Mika pagou no alto da colina, até os gostos musicais de cada um. Descobri que a nossa caçula gostava de musica clássica, e que a Kazue de musica tradicional.
–E você Yu - sorriu lindamente o Douglas- gosta de que tipo de musica?
–Kpop, e ainda ouço algumas musicas brasileira.
–Olha sobre o kpop eu também, quais cantores? um rolinho e outro ele sorria.
Bom o que eu mais ouço no momento é 2ne1, mais já curto de tudo. eu disse. Ele me encarou e sorriu suavemente.
–Boa escolha- ele piscou, e eu consenti. Acho que elas são bem diferentes do que a gente escuta por aqui, mais, você também é bem diferente.
Eu tentei disfarçar o flete que ele quase deu, perguntando várias coisas para a Kazue, sobre as viagens de modelo, sobre como é ser fotografada.
–E como foi seu primeiro desfile? perguntei.
Foi em Tokyo, fui chamada de ultima hora, não foi uma coisa muito grande não. Eu estava vestindo uma nova estilista, eu e mais cinco meninas da mesma agencia, eu era a novata ali. Como não tinham as minhas medidas eu acabei vestindo um numero menor ela deu um leve sorriso- e calcando três números menores que meu pé, acabei caindo- ela ria , e aos poucos todos nós rimos.- Mais eu não fiquei ali caída não, levantei peguei a sandália na mão abri um dos botões da camiseta e continuei desfiando, sorri para todos e ainda ri do meu tombo.
Parei um pouco de prestar atenção na conversa que estava rolando na mesa, e imaginei como seria se fosse comigo. A dois dias atrás eu poderia dizer que sairia da passarela sem pensar duas vezes, acho que eu faria diferente agora. Teria coragem de enfrentar de frente como a Kazue fez. Ou não.
Depois de comer até não podermos mais me sentei no sofá coloquei um dos meus fones no ouvido e deixei a musica no volume que eu pudesse ouvir e ao mesmo tempo conversar, as trocas de olhares com o Tadachi era quase inevitáveis, algumas piadinhas rolaram mais eu mal dei atenção. Por mais que ela brincalhão pouca coisa eu sabia sobre ele, eu queria saber mais, queria desvendar o que ele tinha que me chamou atenção.
Resolvemos assim, do nada ver um filme de terror. Eu concordei sem receios. Mentira. Porque sou corajosa. Mentira de novo. A verdade é que eu me encolhi no sofá e mal abri os olhos.
Depois de terminar o filme fui pra varanda, eu sentia a brisa de leve balançar meu cabelo, respirava fundo meditei sobre algumas coisas aleatórias, e me veio a cabeça Tadachi, era incrível como eu me prendia a esse menino. Nunca me imaginei assim, presa a um menino. Ouvi alguns passos e tentei não virar para trás com a esperança de ser ele, senti uma mão no meu ombro olhei pelo lado era o mesmo. Eu sorri.
Ele puxava assuntos que eu nunca tinha conversado com ninguém, sorria e falava lentamente, me prendia no seu dialogo, Ele chamava atenção com os olhos perguntava muito de mim e mal falava dele. Eu estava paralisada, hipnotizada pela beleza e a forma de falar que ele possuía, eu sorria lentamente lendo cada palavra que seus lábios diziam. Eu sentia desejo de conhecê-lo melhor, não só desejo, sentia necessidade.
Fomos interrompidos pela Mika, que convidou todos para uma espécie de festa que ia rolar no centro da cidade.
Subi pra me arrumar junto com as meninas, como a esta era noturna tentei me vestir mais apropriada, coloquei uma calça leguin preta de cintura alta, uma blusinha de manga caída e um sneaker brilhoso, soltei o cabelo e deixei a Katsu me maquiar abusei do perfume. Era a primeira vez que eu saia a noite no Japão, sem ser pra casa do Ichiro em um dos jantares que ele convidava eu e a Mika. Olhei-me várias vezes no espelho e mal me reconheci, eu realmente estava linda, o efeito esfumaçado da sombra me deixou com o olho mais puxado do que de uma índia, o batom vermelho que eu nunca ousei usar, estava mudada. Eu tinha gostado da maquiagem, da roupa de me sentir daquele jeito.
Vamos ver o que o Tadachi fala agora- piscou a Mika, eu corei, fiquei mais vermelha que o meu batom.
Não tem o que dizer- retruquei.
Eu vi vocês dois na varanda piscou.
Quem não viu? Katsu jogou charme. - Eu percebi os olhares curiosos em cima do gato Yu ela ironizou e sorriu.
AH eu desconversei- novas amizades- menti.
Ah, você esta afim dele- Sayuri me imitou.
Confesso- sentei na cama- Alguma coisa me prendeu nele, não só por ele ser bonito, mais pelo seu mistério. Seu jeito de falar. O jeito que me olha o jeito que conversa comigo, o jeito dele. Ele tem alguma vibração que me prendeu, me deu curiosidade de entender seu jeito sua fala. De conhecer o quem por baixo do lindo sorriso, e do olhar cativante.
– Você acredita em amor a primeira vista Yu?- Disse a Katsu e sentou na minha frente.
–Não, eu acredito em atração, em curiosidade amor pra mim é quando você conhece alguém quase que inteiramente, é saber como lidar com os defeitos e amar as qualidades. Mais acredito em paixão- sorri- entendo que é quando o a curiosidade toma conta, quando a necessidade de ter aquele alguém e entender aquele alguém todas me fitaram, eu apenas sorri- é uma preparação pro amor.
–Você esta apaixonada minha cara- piscou Kazue.
– Estou apenas curiosa. - eu sorri.- e muito.
Levantei da cama e desci as escadas, meditei na conversa, sorri maliciosamente em pensar em todas as curiosidades possíveis, em paixão e amor. O mais perto que eu cheguei de gostar de alguém foi quando me tornei amiga colorida do Edu, depois disso nunca cogitei em conhecer alguém mais profundamente, ninguém nunca me chamou atenção como ele me chama- eu sorri- eu queria ter sua atenção também.
Sentei no sofá depois de me olhar no espelho da sala, e fitei a televisão, estava passando um show da BoA, quando alguém sentou do meu lado. Me assustei.
–Calma, não sou o Tadachi- me fitou o Ichiro- há rumores..
– ciúmes?- o fitei e sorri.
Não mais toma cuidado. - ele cogitou. - de acordo com a sua mãe, eu que to cuidando de você. - ele riu.
–Já sentiu curiosidade por alguém, é incrível- eu sorri- qualquer coisa eu te conto, você sabe que eu conto.
– hm, - ele parou um pouco pra pensar e logo continuou- Só toma cuidado com as falsas paixões retrucou se referindo a Sayu- eles podem machucar.- ele piscou e se levantou
Todos desceram, e quando deu onze horas entramos na van e fomos cantando BoA o tempo todo já que era a cantora que todos gostavam. Quando chegamos, era um barzinho especialmente de kpop, eu sorri pra Mika que fez veneração estava tocando Big Bang eu vibrei, o lugar era aconchegante a pista era grande as cadeiras eram mais banquinhos de vidro em um tom de azul que se encaixava com o local, o bar era quase no centro em forma de circulo, e o dj erava no andar de cima, na área vip, onde a gente tinha passagem, graças ao pai da Mika. O lugar estava bem cheio, as meninas me puxaram pra pista, dançamos quase juntas, os meninos estavam ali perto, Mika com seu vestido vermelho quase que dançava pro Ichiro, que olhava sem parar pra japonesa-italiana.
A festa estava ótima, no começo fiquei meio acanhada de dançar, depois me soltei junto com a Katsu que mesmo sem querer roubava vários olhares. Resolvemos comprar bebidas, eu estava me divertindo tanto e gostava daquilo.
Começou a tocar Trouber Maker- Now. Eu não me aguentei e fui dançar, e de repente um quase estranho começou a dançar comigo, como se fossemos a dupla, era o Douglas, eu me divertia como nunca. Já na segunda rodada de bebida eu estava mais alegre ainda as meninas e eu roubávamos a pista. Era incrível me divertir assim, sempre fui uma menina caseira, não sei se foi por falta de amizades pra sair, por vergonha de conversar, só sei que eu estava adorando.
Eu não pensava em mais nada, a não ser me jogar na dança, trocava vários olhares com o Tadachi, que me respondia com sorrisos, eu estava tão feliz e me sentindo tão bem quanto a musica I feel good Exid.
Depois de várias rodadas de bebida eu estava mais que alegre, mais não chegava a estar bêbada, nessas alturas eu estava dançando eletrônicas americanas junto com Tadachi, foi ai que dei conta por mim, parecia estar tudo mais lento, que estávamos só eu e ele ali, tínhamos a mesma sintonia, o mesmo ritmo ele dançava super bem. Ele me segurava pela mão. Foram incríveis, aqueles olhares aquela sintonia, o ritmo. Ele era incrível.
Já era madrugada, resolvemos pagar a conta e ir embora. Eu estava morta. Eu ainda sentia o que o álcool faz, mais estava mais calma do que antes, estava ciente.
Na van sentei do lado do Tadachi, não por minha escolha, e não que eu não esteja adorando, mais foi o pedido sutil dele ao Ichiro sai dae eu sorri, o fitava quitava enquanto ele falava qualquer coisa, eu tentei imita-lo, lambia os lábios e olhava fixamente nos olhos. Logo fomos interrompidos pela conversa em grupo. Querendo ou não meus olhos não saiam dele.
Chegamos da festa, sentamos na varanda e com várias musicas tocando bebemos mais um tanto. Até que eu resolvi pegar uma blusa no quarto, subi as escadas cambaleando um pouco, me sentei sobre a cama e vi as estrelas da janela, peguei a blusa e ainda olhando pra janela ouvi alguns passos, virei sorrindo achando que era alguma das meninas e me surpreendi quando vi que era o Tadachi, ele estava me olhando sério, me fitando mais do que de costume. Ele disse alguma coisa sobre eu estar bonita e foi fechando a porta.
Eu estremeci.


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