How it ends escrita por Mardybum


Capítulo 15
Capitulo 15


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por acompanharem a fic!! Beijos e boa leitura :3



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Ferdinando acabara de convidar Gina para um "almoço especial" em sua casa no domingo. Para ele, aquilo iria ser mesmo muito especial, pois já estava planejando a tempos oficializar seu noivado, mas para ela, aquilo seria um pouco assustador. Não sabia se seria bem recebida na casa grande dessa vez e mesmo depois de Ferdinando a tentar acalmar de todas as maneiras, a ruiva continuava com um certo receio desse almoço. Os dois se sentaram no sofá da casa de Pedro Falcão, mas antes perceberam de relance a presença de Dona Tê os observando. Ferdinando sempre gostou da senhora, pois ela sempre o tratara bem, mas desde que ele voltou para a casa do pai, o tratamento mudou muito, principalmente quando aquele violeiro o qual não gostava nem de lembrar morava naquela casa. E agora, ele estava mais se incomodando do que simpatizando com a mãe de Gina. Como não viram mais nada, deixaram quieto e continuaram a conversar.

–Gina, ocê sabe que ieu quero muito me casá co cê... E ieu já inté pedi pro seu pai. - Disse Ferdinando.

–Ara frangotinho, ieu quero me casá co cê também. - Gina respondeu, não podendo esconder o sorriso. Mas percebendo que ele queria lhe dizer outra coisa, perguntou: - Mai u que foi?

–É qui u seu pai me disse...ele mi pediu pru meu pai vim aqui pedi sua mão em casório. - Gina não soube mais o que dizer, conhecia seu pai muito bem pra dizer que ele era teimoso como ela e quando tinha algo na cabeça, era difícil tirar dela. E também sabia que pedir sua mão em casamento era uma das coisas que o coronel Epaminondas não faria nem morto.

–I agora Nando?

– Agora é que si seu pai continua insistindo com isso, o meu vai vim aqui pedi sua mão nem que seje amarrado. –Ferdinando disse isso pra tranquilizar Gina, mas sabia que nem amarrado seu pai iria vir. Mas se casar ele iria, e até a possibilidade de roubá-la de seus pais havia passado por sua cabeça. O sossego do casal acabou quando a voz de Dona Tê surgiu, vindo da escada.

–Mai o dotô Nando continua aqui ainda pai! Desse jeito num vai dá, num vo mais podê desgruda o zóio desses dois!–Reclamou a mãe de Gina.

–Dexa eles mãe! Mai pensando bem, é bão o dotô Nando tá aqui, ieu preciso te uma prosa com ele, sacomé. - E ao ouvir isso, Gina e Ferdinando se olharam com receio. Sabiam do que Pedro Falcão queria falar.

Boa noite seu Pedro.– Disse Ferdinando.

–Óia dotô Ferdinando, ocê sabe que ieu faço muito gosto do seu namoro ca minha fia, mai ocê já falo co seu pai?

–Olha seu Pedro, ieu até que tentei... –Ferdinando começou a explicar.– O meu pai num tem nada contra a Gina, muito pelo contrário, mai ele disse que num vem pedi a mão dela nem amarrado...

Pedro Falcão não gostou nada do que ouviu e disse:

–Intão num vai te casório ninhum!

Gina já estava cansada dessa conversa, quem decidia se haveria casamento ou não era ela. Então foi até seu pai e disse:

–Ara pai ieu acho uma besterage essa história de falá pro pai do Nando pra vim pedi minha mão. Ieu num vo me casá com o pai, vo me casá com o fio! - Ferdinando não pode deixar de sorrir ao ouvir isso da amada. A essa hora até dona Tê, que não perdia uma prosa, tinha aparecido.

– Mai essa menina tá ficando maluca pai!– Disse.

–Olha Dona Tê, seu Pedro... ieu quero mi casá com tudo que é direito...Mai só num garanto o consentimento do meu pai.

–Intão isso só num basta! - Disse Pedro Falcão.

–Mai pra ieu basta!– Disse Gina, impressionando a todos, inclusive Ferdinando. - Ieu num faço questão nenhuma do seu pai vim aqui Nando... -

–Intão ieu já me considero seu noivo Gina.– Ferdinando já não podia ficar mais feliz do que já estava. Enfim, tudo estava dando certo entre os dois. - Amanhã mermo ieu vo comprá as nossas aliança.

–Ieu também me considero sua noiva Nando. - Gina respondeu, para descontentamento de seus pais. - E ieu posso í junto? Pra vê o tamanho do meu dedo ara!

–Pode sim Gina. Ieu passo pra te buscá amanhã.

–Já passo da hora do dotô Nando vortá pra casa, ocê num acha pai? -Disse Dona Tê.

–Ieu já to indo Dona Tê... - Respondeu Ferdinando, que já estava ficando impaciente com a futura sogra.

–Ieu posso ir junto co cê Nando? - Perguntou Gina, deixando dona Tê pior do que já estava.

–Não não não, ocêis sozinho por esses mato, di jeito ninhum!! Í pras Anta ocês inté pode, mai isso já é demais!

–Intão...inté Gina... - Ferdinando disse tristonho, não acharia nada mal ir embora na companhia da namorada. Mas já iria para as Antas com ela no dia seguinte, então isso já estava o suficiente, por enquanto.

–Inté Nando. - Os dois se despediram com um beijo.

Gina desejou "boa noite" aos seus pais e foi dormir. Pensava em tudo que Ferdinando havia lhe dito naquele dia, sobre o almoço e sobre o noivado. Nada deu certo no primeiro dia em que foi para a Casa Grande, mas será que dessa vez tudo seria diferente mesmo? Aquilo não saia de sua cabeça. E ainda Ferdinando iria lhe comprar uma aliança. Nunca tivera nenhum tipo de joia, e nem se interessava em ter. Mas agora se animava com o dia seguinte. Adormeceu logo em seguida.

Quando acordou, se lembrou de ter tido um sonho com a cidade das Antas, a sorveteria de lá e o coronel Epa. Mas não se lembrava de como foi o sonho. Decidiu esquecer daquilo e pensar no dia que teria. Se levantou e sentiu vontade de se arrumar melhor para ver Ferdinando, como da vez em que eles foram falar com o prefeito. Mas só tinha um vestido, aquele que Ferdinando havia lhe dado de presente, então teve que por aquele mesmo. Mas arrumou o cabelo de forma diferente, apenas prendeu algumas mechas para trás e não pôs o assessório, uma espécie de rede, que Juliana havia posto. Desceu para tomar café e depois esperou que Ferdinando chegasse. Logo ouviu alguém bater na porta e se levantou, ansiosa.

–Olá menininha.– Ferdinando disse, arregalando os olhos ao ver Gina novamente de vestido e lhe dando um beijo. - Vamos?

–Oi Nando. Vamu sim. - Ferdinando estava com um casaco de inverno e Gina colocou uma capa. Se despediram de dona Tê e Pedro Falcão e foram para a cidade das Antas de automóvel.

–Ieu vô lhe leva pra uma joalheria Gina i vô comprá duas aliança: Uma procê i uma pra mim, craro. - Disse Ferdinando, enquanto dirigia e recebia beijos de Gina no rosto.

Chegando nas Antas, os dois tiraram a capa e o casaco de inverno, pois, incrivelmente, na Vila de Santa Fé nevava enquanto na cidade fazia sol. Caminharam de braços dados até chegarem a joalheria.

–Ocê iscolha bem Gina. A aliança num pode ficá nem larga i nem apertada no seu dedinho. - Disse Ferdinando. Ela estava encantada com todas que poderia escolher. No meio delas, achou uma com pedras verdes e imediatamente se lembrou da terra, das plantações. O único amor que Ferdinando e Gina tinham em comum, que agora estava junto com o amor que sentiam entre eles. Escolheu aquela. Ferdinando a pegou, colocou em seu dedo e beijou sua mão, com lágrimas nos olhos. Serviu perfeitamente em seu dedo, e os dois perceberam que seria aquela mesmo. Suas mãos se juntaram e eles se olharam, com todo o amor que sentiam e toda a felicidade que estavam sentindo. Selaram aquele momento com um beijo. Aquele momento que estaria na memória dos dois para sempre.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentários são bem-vindos :3
Até o próximo capítulo o/
Beijoos.



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