How it ends escrita por Mardybum


Capítulo 14
Capitulo 14


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, obrigada pelos comentários!!
E não é que eu acertei a cena que eles se jogam bolas de neve? hahaha quando vi na tv surtei tipo OMG eu escrevi isso ontem mesmo! kkk rede globo nos observando e não é a primeira vez hahaha
Enfim, espero que gostem desse capítulo!

Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/514769/chapter/14

Gina entrou em casa, com o gosto dos lábios de Ferdinando ainda em sua boca e sua voz ainda em sua memória. Estava muito distante após, enfim, assumir seu amor pelo engenheiro agrônomo e quase nem ouviu o que seus pais tanto falavam. Mas ouviu seu nome e soube que aquela conversa que sua mãe tanto adiava chegaria naquele instante.

–Ieu vo durmi mãe, espero ocê dispois. - Ouviu seu pai dizer e se deu conta que a professora Juliana já tinha ido se deitar e que estava à sós com dona Tê. Como da última vez que falara nesse assunto, o nervosismo da mulher era evidente.

–Fia...Eu acho i seu pai acha também que já passo da hora deu falá co cê sobre uns assunto...

–Intão fale, o que a sinhora tem pra me dize? - Perguntou Gina, embora já soubesse qual era o assunto.

–Eu preciso lhe pergunta...– A voz de dona Tê estava tremendo, ela não sabia como falar sobre isso com a filha - Ocê sabe como se faiz fio nessa vida?

–Ara mãe mai é craro qui ieu sei!

–Intão me diz! Como é que se faz? -Dona Tê pergunta. Já era a terceira vez que sua mãe falava sobre esses assuntos com Gina e na última ela conseguiu escapar. Mas se lembrou da primeira vez, a qual a mãe tinha lhe dado uma explicação nada convincente sobre de onde surgem os bebês. Disso surgiu uma ideia a Gina.

–Ara mãe...Ieu já sei, num preciso lhe dize!

–Precisa sim fia. Agora cum esse seu namoro com o dotô Nando, seu pai i eu tamo cheio de preocupação.

– Tá certo! É assim:Primero ocê faz um buraquinho, pranta a semente e rega. Ai ocê reza reza reza... pra dispois nasce um pé de couve. - Gina se lembrara da explicação que sua mãe tinha lhe dado a um tempo atrás e resolveu usa-la. Não pode negar que se divertiu ao ver a reação de sua mãe.

–Mai fiia, num é assim que se faiz fio nessa vida não!

–Intão mi explica mãe, comu é que que se faz um bebê bem bonito? - Perguntou Gina, vendo sua mãe ficar em estado de choque na hora. Mas ela ainda não tinha ouvido nada.

–Ai fiia... É dificil lhe ixpricá essas coisa... - Disse, tentando escapar. Mas quem queria mesmo escapar era Gina, que estava cansada e a coisa que mais queria era estar deitada em sua cama, com os olhos fechados, lembrando de Ferdinando. Ou melhor, estar com ele. Nisso, Gina teve outra ideia do que dizer para fechar aquela conversa com chave de ouro.

–Intão mãe vamo encerrá esse assunto logo que ieu quero dormi! - Disse, se levantando e fingindo já estar indo para a cama. Nisso, se virou e falou:– Ah mãe, isquici de lhe dize, se o Nando saí da casa do pai dele i vortá a mora aqui, ocê pergunta pro pai se ele pode durmi comigo, do mermo quarto. Ai a senhora mi explica direitinho o que eu num posso faze quando tivé dormindo abraçadinha com ele. - Depois de falar isso, subiu as escadas e foi para seu quarto, deixando uma dona Tê chocada para trás. Entrou em seu quarto e viu que Juliana já estava dormindo. Se trocou e deitou em sua cama pensando na conversa, que de certa forma fora divertida. Mas pensando também que não seria má ideia que acontecesse mesmo a última coisa que disse. Morria de saudades de Ferdinando, mesmo eles tendo se encontrado naquela mesma tarde. E daria tudo para tê-lo junto dela naquele momento.

–----------

Ferdinando voltou para sua casa feliz mas com uma certa preocupação, precisava convencer seu pai a pedir a mão de Gina. Mas como faria isso, ele não sabia. Percebeu que tinha que ter uma conversa séria com ele. O encontrou sentado em sua poltrona quando chegou na casa.

–Nandinho onde é que ocê tava até essa hora? Num me diga que tava na casa do Pedro Farcão? - Perguntou o coronel.

–Tava sim meu pai. E tava com a minha namorada Gina. -Respondeu, enfatizando a palavra "namorada".

–Mai aquela uma agora já é namorada do cê? Ferdinando, já te disse isso e repito: Aquela muié num é procê.

–Meu pai, ieu acho que quem decide quem é melhor pra mim so eu mermo. I ieu preciso lhe pedi uma coisa.

–Pois peça.

–Ieu preciso que o senhor vá na casa do amigo Pedro Falcão pra pedi a fia dele em casamento pra mim. -Disse Ferdinando, sem enrolar. Precisava falar isso uma hora ou outra. O coronel Epa parecia que não acreditava no que acabara de ouvir.

–Mai é nunca que eu vo faze isso! Até parece!– Disse.

–Se ocê num fize isso, ieu vô me casá com ela de uma forma ou outra. Posso inté robá ela pra ieu.

–Fio, ocê num vai dá uma de Zelão!– Respondeu, se lembrando de que o capanga tinha ameaçado sequestrar Juliana.

–Pois se for preciso ieu faço isso! I lhe digo mais, domingo agora a Gina vem almoça aqui com nois. Ieu já inté pedi pra Amância faze um armoço especial.

–Eu num vô permiti isso meu fio! Assim ocê me mata de desgosto!!– Disse Epaminondas, mas Ferdinando o deixou falando e subiu para seu quarto se deitar. O almoço fazia parte de seu plano para ficar noivo de Gina. Tinha tudo em mente a alguns dias, iria comprar a aliança e colocá-la no dedo dela antes do almoço. Tinha ideia até do que iria dizer, e faria tudo para que o momento fosse o mais especial para Gina, tanto como seria para ele. No dia seguinte iria contar a ela sobre o almoço e esperava do fundo do coração que tudo continuasse dando certo.

–----------

Gina tinha voltado da lida e estava conversando com Juliana na cozinha. Hoje foi mais um dia em que ela não conseguiu se concentrar direito pois não conseguia parar de pensar em Ferdinando. Confessou isso a Juliana, que lhe disse que ela não parava de pensar nos beijos dele, o que não deixava de ser verdade. Mas não pensava apenas nos beijos, pensava na voz, no que ele dizia a ela, pensava em seu toque, em seus olhos, em sua companhia, em como ela se sentia feliz estando com ele. E de repente sua mãe chegou e disse a melhor coisa que podia ouvir naquele momento:

–Fia! O dotô Ferdinando tá te esperando lá na sala.

Gina sorriu e correu o mais rápido que podia, pois ansiava vê-lo. Ele estava sentado no sofá, de costas para ela.

–Eu num isperava meu frangotinho aqui a essa hora. -Ferdinando riu com o apelido que Gina lhe deu.

–Ieu num tinha nada melhor pra fazê.

–I num veio faze nada por cá? - A cada frase, Gina se aproximava. Agora Ferdinando já havia se levantado.

–Ieu vim Gina...Só pra lhe vê. - Ferdinando já disse muito essa frase para Gina, mas ela nunca teve tanto efeito como teve daquela vez, a deixando instantaneamente envergonhada e mais corada do que já estava.

–Ara Ferdinando, ocê num mi digue isso...

Ieu nunca vô cansa de dize que lhe amo...menininha.– Ao ouvir isso, Gina se jogou aos braços de Ferdinando, o beijando e girando atê a janela. Nunca havia se sentindo tão feliz ao ouvir aquelas palavras e principalmente em estar com ele. Ao final do beijo, ele continuou. - Gina, ieu quero que ocê vá almoça na minha casa nesse domingo. - Ela ficou nervosa ao ouvir aquilo. Sabia que o pai dele não gostava nadinha dela.

–Ara Nando, mai purque isso agora?

–Purque ieu quero lhe apresentá pra minha família ara!

–Mai ieu já conheço a sua família!

–Mai dessa vez vai se diferente, ieu vo lhe apresentá como minha namorada. Ieu prometo que todo mundo vai lhe tratá muito bem. I se num tratá, ocê sabe que eu vô sempre lhe protegê, di tudo nessa vida. - Ao ouvir as últimas palavras, Gina ficou mais tranquila e o abraçou. Se sentia muito mais protegida nos braços de Ferdinando, isso não era mentira. E talvez aquele almoço pudesse ser melhor do que ela imaginava que seria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que o próximo capítulo saia mais rápido e que tenham gostado desse!! Comentários são sempre bem vindos, beijoooooos :3