How it ends escrita por Mardybum


Capítulo 13
Capitulo 13


Notas iniciais do capítulo

Olááá genteee!! Novo capítulo pra vocês!! Obrigada a todos que acompanham a fanfic! Beijooos



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Gina acordou radiante naquela manhã. Se lembrava de tudo que tinha ocorrido no dia anterior, dos beijos que Ferdinando havia lhe dado e de que agora eles eram namorados. Se antes ela já vivia pensando em Ferdinando, agora então ela simplesmente não conseguia tirar o engenheiro de sua cabeça. Se lembrava de ter descido para tomar o café como em todas as manhãs, mas naquela tudo estava diferente. Ela estava diferente, se sentia mais leve, como se estivesse flutuando. Não havia nem prestado muita atenção no que sua mãe dizia, só lembrava de que havia lhe dito que queria ter uma conversa "de mãe e filha" mais tarde. Gina já sabia sobre que assunto seria, estava na cara e no nervosismo da voz de sua mãe. Já havia tentado falar sobre isso com a filha, mas sem muitos resultados. Ela cresceu na roça, sabia de tudo um pouco. Não sabia de todos os detalhes, mas tinha consciência do que ocorria entre um marido e uma mulher e não conseguia levar a sério o jeito de sua mãe quando tentava a alertar. Saiu para a lida, como todos os dias, mas algo estava estranho. Ela estava mais distante do que nunca, seus pensamentos estavam apenas em uma pessoa, em um certo engenheiro agrônomo. Apenas não sabia que ele estava pensando nela naquele mesmo momento.

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Ferdinando nunca havia se sentido tão feliz em sua vida quanto se sentira naquele dia. Finalmente conseguiu conquistar sua amada, e não se sentiu nada arrependido por não ter desistido dela. Havia passado tanto tempo se declarando e tentando ficar com ela que agora não queria perder mais tempo. Planejava pedir sua mão em casamento, em noivar, em comprar as alianças, no casamento, na lua de mel...ah esse último pensamento sempre arrancava um sorriso de Ferdinando. Mas acima de tudo, ansiava passar a vida inteira com sua amada.

Se dirigiu para a casa de Pedro Falcão para ter uma conversa séria com ele. O encontrou e logo foi perguntando de Gina, mas foi informado que ela estava trabalhando. Então começou a falar sobre seus futuros planos, mas recebeu uma resposta não muito animadora...

–Ieu so totarmente a favô...mai o seu pai, coroner Epaminhondas tem que vir aqui prá modo de pedi a mão da minha Gina, sinão num tem casamento.

Ferdinando congelou na hora. E agora, como convenceria seu pai? Sabia que depois de conquistar Gina ele teria outro obstáculo pela frente. O coronel era completamente contra seu namoro com Gina, mas com o tempo ele acharia um jeito de convencê-lo.

–Bom seu Pedro, ieu vô me indo. Inté. - Se despediu Ferdinando.

–Mai já fio? Num si esqueça de falá com seu pai coroner, inté.

–Pode dexá seu Pedro, ieu num vô mi esquece... - Disse, com uma certa preocupação. Mas que sumiu numa fração de segundo, porque agora ele procuraria Gina. Só o pensamento de se encontrar com a ruiva já o fazia sorrir.

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Gina estava trabalhando mas nem prestava atenção no que estava fazendo. Até que ouviu uma voz. Uma voz que nunca poderia esquecer.

–Giiina....

–Ara Ferdinando mai que susto! - Disse a ruiva, sorrindo com a visão do namorado.

–Mai que sardade que eu tava do cê.– Disse Ferdinando, dando beijinhos no rosto de Gina.

–Ara mai nois si vimo onte mermo!

–Mai um dia já é suficiente pra eu te saudade do cê menininha. - Gina sorriu envergonhada ao ouvir isso. Adorava quando Ferdinando a chamava de "menininha".

–Cê veio só pra mi vê? Ou veio faze mais arguma coisa por cá? - Perguntou Gina, enquanto caminhava com ele.

–Ieu vim pra falá co seu pai...Mai aproveitei pra vê ocê...lhe dá uns bejo...–Disse, sorrindo de lado e se aproximando de Gina, que olhou para a neve e teve uma ideia. Se abaixou e pegou um pouco de neve com as mãos, formando uma bola e jogou em Ferdinando.

–Ara! Giiinaa ocê num faz isso comigo...–Pegou um pouco de neve e fez a mesma coisa que Gina, que ria como ele nunca tinha visto antes, até ele jogar. - Menininha!

–Frangotinho! - Respondeu, voltando a rir. Aquilo tinha se tornado uma guerra de neve e os dois se divertiam como a tempos não se divertiam. Quando se cansaram, os dois se abraçaram e se sentaram na neve, próximo a uma árvore.

–Araa...– Gina se encostou em Ferdinando, que a beijava e abraçava. - Grassado.

–Grassado o que Nando? - Disse Gina, confusa.

–Grassado como tudo aconteceu entre a gente....eu num podia falá duas palavra i já saia briga...agora nois tá assim, namorando. -Respondeu Ferdinando, lembrando.

–Verdade...Mai agora ieu num quero mai brigá co cê. –Disse Gina, dando um pequeno beijo em Ferdinando.

–Nem eu minha querida. Ocê si lembra de como a gente se conheceu?

–Ieu mi lembro poco do cê quando era menino...ieu num gostava do cê, sabe, por se fio do coroner. - Respondeu Gina.

–Pois ieu mi lembro do cê. Ocê era uma menininha muito linda.

–Ara Ferdinando ocê num me diga essas coisa. - Disse, ficando mais vermelha do que já estava.

–Digo sim i lhe digo mais, ocê tá ainda mai linda agora. Disse, beijando a namorada.–Maai continuando, ocê lembra de quando ieu vortei? Ieu me lembro do cê dize que num tinha prazer nenhum quando ieu bejei a mão da dona Juliana- Disse Ferdinando, rindo, se lembrando da cena.

–Ara Nando, ieu nem sei purque eu lhe disse isso. Ieu tava braba.–Disse Gina.

–Braba que nem ocê fico quando ieu fui morá na sua casa. Mai ieu lhe digo que isso foi a melhor coisa que ieu fiz na vida. -Ferdinando disse.

–Hoje im dia ieu também acho isso. -Respondeu Gina.

–Ocê lembra quando a professora Juliana disse que ocê gostava deu? -Questiona Ferdinando.

***

–Num aconteceu nada purque a professora gosta do Renato i não de mim.

–Quem gosta de você é a Gina.

***

–Ara i num é que ela tava certa? - Disse Gina, dando beijos pelo rosto de Ferdinando. - I ocê foi atrás de mim na cozinha quando ieu levantei.

–I ocê era tão jaguatirica qui trato de saí de lá rapidinho. Mai sabe Gina, ieu acho que foi nesse dia que ieu comecei a repará mais nocê...Ou foi antes. Ara num sei! Mai sei que num momento ieu comecei a lhe admira muito. Pelo seu amor pela terra, pela sua corage...por tudo. Ieu queria muito vê ocê com um vestido bem bunito...I inté te convidei pra i passea comigo nas Antas.

–Ieu me lembro Nando...sabe no fundo no fundo ieu queria i...mai precisava de um impurrãozinhu do pai. -Disse Gina, rindo. -Mai ieu já tinha ido co cê nas Antas antes, por causa do Lepe...

***

–A última vez que ieu tinha viajado di trem ieu ainda era uma menina.

–I ocê num tem medo?

–Medo de que ara!

–Esqueci que eu to falando com a moça mais corajosa da vila...Mai corajosa que um homem.

***

–Mai esse passeio num tinha nem um poco de romantismo, vamos e convenhamos, desses ieu prefiro o segundo, mermo ocê sendo tão dificer. - Disse Ferdinando.

***

–Descurpa, descurpa Gina. É que ieu queria vê ocê bem bunita.

–Mai pra que?

–Pra que? Pra quem sabe ieu possa mi apaixona pelo ocê.

***

–Ieu disse que ia mi apaixona pelo ocê...I mesmo si ieu num te visse de vestido ieu iria do mermo jeito. Alinhais, acho que ieu já tava de asa caída procê nessa época.

–Dispois ocê inté disse que quiria me bejá.

***

–O que ieu quero lhe dize Gina...É que ieu morro de vontade de lhe dá um beijo!

***

– I queria mermo. I ainda quero! - Disse, beijando a ruiva que correspondeu sorrindo.

–Mai dispois ocê saiu la de casa...I dispois nois brigo...I dispois ieu chamei ocê de covardão...I dispois...– Disse Gina, olhando para Ferdinando e sorrindo com a lembrança. Ele soube do que Gina estava falando e sorriu de volta.

***

–...Ieu acho também que ocê nunca mais vai me chamá de covarde. Estamos entendidos?

–Covardão!

–Aaara! Gostosona!

***

–Ieu lhe bejei pra prova qui num era nenhum covarde...Mai no fundo, no fundo mermo ieu queria aquele bejo. Mai dispois ieu achei que aquilo tudo era uma bobagera minha.

–Mai ieu gostei do seu bejo...Dispois disso ieu fiquei lelé, num conseguia mai pará de pensá nisso. Só queria que num fosse robado. Mai agora ieu num ligo mais causo de que agora ieu vo sempre lhe beja meu frangotinho. –Disse Gina, dando um beijo em Ferdinando na mesma intensidade do primeiro. Depois de se separarem, ela continuou.– Dispois disso, ocê toda hora me pedia bejo. Ieu num sabia o que faze...Mai agora ieu sei.

–Ieu queria continuá bejando ocê sempre. Queria prová sua boquinha docê otra vez. Ara ieu me lembro quando vortei pra casa naquele dia, ieu tava tão feliz que parecia que tinha visto um passarinho verde. - Disse Ferdinando, rindo e arrancando sorrisos de Gina também.- Mai feliz mermo ieu me senti no dia que vi ocê de princesa Gina...e dispois daquele dia ieu sabia que ocê seria a primera e única dama da minha vida.

***

–...Eu lhes apresento...a princesa Gina!

–Mai ocê tá parecendo mermo uma princesa, Gina...

***

–Ara Nando... - Disse Gina, sorrindo e olhando para o sorriso do namorado. Os dois começaram a se beijar, se lembrando de como o amor deles surgiu do nada, mas era um amor tão verdadeiro e tão forte que pareciam que agora um pertencia ao outro.

–Ginaaa!!!– Eles se separaram assustados e perceberam que Dona Tê estava os olhando de longe. - Já tá tarde vem jantá!

Já havia se passado quanto tempo? Incrível como quando estava perto de Ferdinando ela não conseguia ter noção de mais nada a não ser de que estava feliz perto da pessoa que amava. Se despediu dele com um beijo, não muito demorado mas não menos intenso e entrou. Pela cara que sua mãe estava, elas teriam uma longa conversa naquela noite, a qual Gina não queria nem pensar.


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Notas finais do capítulo

Enquanto os VPAs estão adiantados, a minha fanfic está atrasada em relação a novela :S Mas eu queria escrever tanta coisa sobre o namoro deles e o tempo está curto...A conversa sobre as "Plantações de Couve" seria nesse capítulo mas terá que passar para o próximo...Espero poder escrever logo.
Ah desculpe se eu errei algum diálogo das cenas anteriores dos flashbacks, é que não tive tempo de rever então tirei da minha memória mesmo hahaha.
Beijoooos e até logo, comentem o que acharam!!