How it ends escrita por Mardybum


Capítulo 12
Capitulo 12


Notas iniciais do capítulo

Olááá gente!! Aproveitando o final de semana para escrever, ainda mais depois da cena maravilhosa que teve hoje, "Meu Frangotinho", "Menininha" :3
Espero que gostem do capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/514769/chapter/12

Gina não sabia o que tinha dado nela, mas ver Juliana tão próxima a Ferdinando a tinha deixado louca. O que estava acontecendo para ele a esquecer de uma hora para outra? Será que o fato dela ter ignorado seu pedido de namoro contribuiu para isso? A professora estava mesmo certa, Ferdinando havia desistido dela? Todas essas perguntas estavam martelando em sua cabeça enquanto ela subia as escadas, correndo e se trancando em seu quarto.

Ferdinando correu atrás dela, no fundo sabia que o plano da professora não era uma boa ideia e acabou dando no que deu. Subiu as escadas e percebeu que a porta de seu quarto estava fechada.

–Gina! Gina abra já essa porta! Ara! –Pediu.

–Ieu num vo abri causo de que eu num quero falá co cê i nem cum ninguém - Disse Gina, tentando se segurar para não chorar.– Vorta lá pra professora, ocês tava se dando tão bem. -Ironizou.

–Gina, aquilo era ideia dela procê senti ciúmes ara! Agora abra essa porta que ieu preciso falá co cê.

–Abru nada!

–Ara! Pois ieu vo ficá esperando aqui, arguma hora ocê há de saí daí -Respondeu Ferdinando.

Gina não respondeu a última frase de Ferdinando e afundou a cabeça no travesseiro. Precisava de um tempo para pensar. Ver que ele poderia deixa-la a qualquer hora havia mexido com ela. Mas Ferdinando disse que aquilo era só para fazer ciúmes, será mesmo? Gina pensava nisso e em tudo relacionado ao engenheiro, principalmente seus beijos. Se lembrava do gosto da boca de Ferdinando, não podia negar que gostava de quando ele a beijava. Começou a chorar, a liberar tudo que estava sentindo e sentia uma tristeza muito grande. No fundo sabia que sentia algo muito forte por Ferdinando, mas que alguma parte dela insistia em esconder, negar e repelir. Algum tempo havia se passado, Gina não sabia quanto. Minutos ou horas? Não tinha a mínima ideia. Pensava se Ferdinando ainda a esperava quando voltou a ouvir sua voz.

–Gina ocê tá bem? Abra essa porta! Ocê num vai quere dá uma de covardona agora, ou vai? Vai arrepiá carrera?

Gina se lembrou do que dizia a Ferdinando. Agora parecia que havia se passado tanto tempo e quem estava "arrepiando carreira" agora era ela mesma. Tinha medo de amar. E precisava ter coragem e deixar de uma vez por todas o que sentia dominar. Precisava quebrar essa barreira que tinha. Então se levantou e abriu a porta.

–Até que infim ocê aresorveu abri essa porta ara! - Disse Ferdinando, se levantando. Estava sentado no chão e quase passando pro sono.

–Abri ara, ieu num so uma covardona! Que qui ocê tem pra falá cum eu?

–Gina, ieu num gosto mai do cê... - O coração de Gina parou ao ouvir aquela frase, mas voltou a bater mais forte do que nunca– Ieu AMO ocê! AMO! E ieu quero sabe se ocê gosta de mim, me diga de uma vez por todas! -Disse Ferdinando, a encostando na parede e deixando seu rosto perto do dela. Gina se afastou dele e disse:

–Ieu num sei Ferdinando, ieu gosto muito do cê mai num sei. Todo mundo fala desse tar de amor, ieu nunca que senti isso i nunca que quis sabe de senti. - Gina se sentou na cama e Ferdinando se sentou ao seu lado. As lágrimas começaram a querer descer sobre o rosto de Gina e ela virou a cabeça para tentar disfarçar.

–Gina, oia pra mim. -Disse Ferdinando, segurando seu queixo e encontrando seus olhos. Percebendo seus olhos, continuou - Num chora, senão ieu choro também. - Ferdinando enxugou suas lágrimas com os dedos.

–I quem disse que ieu to chorando... - Gina disse, mas deu um soluço no meio da frase.

–Gina, ocê nunca sentiu nada de diferente quanto a gente tá perto... Quando ieu lhe beijo...– Seus rostos estavam perto demais naquele momento. Ela permaneceu calada, o que deu a Ferdinando um tipo de resposta, uma afirmação. - Si ocê num sabe o que é amá Gina...Ieu quero lhe ensina...a vida intera. - E ao dizer isso, seus lábios colaram como se fossem imãs. O beijo começou calmo, mas foi aumentando. Ferdinando deitou Gina na cama e o beijo estava cada vez mais intenso. Aquele momento estava sendo perfeito, mas se não parassem algo mais acabaria acontecendo. Então Ferdinando interrompeu por um momento e olhou nos olhos de Gina. Ela havia se entregado ao seu beijo como somente uma mulher apaixonada faria. E o jeito que ela estava o olhando o fez sorrir e continuar a beija-la, mas dessa vez se levantando e saindo daquela posição. O beijo continuou, os dois sentiam milhares de sensações quando aquilo acontecia e tinham vontade de nunca parar. Mas quando o fôlego faltou, Gina se soltou e olhou para Ferdinando, com a respiração ofegante. Naquele momento, ela acabara de ter a certeza de que era com aquele homem que ela queria passar a vida inteira. Sorriu e se entregou aos seus braços, dessa vez tomando a iniciativa do beijo. Ferdinando se sentia o homem mais feliz do mundo naquele momento. Os dois pararam de se beijar no mesmo momento e com as testas encostadas, Gina disse baixinho.

–Ieu lhe amo Ferdinando.

Ele se afastou e olhou incrédulo para Gina. Precisava confirmar se aquilo estava acontecendo mesmo.

–O que ocê disse? Repete? - Disse, sorrindo.

–Ara ocê ouviu o que ieu disse! Ieu disse que lhe amo.

–I ocê num sabe como eu estou feliz ao ouvir isso da sua boca! - Ferdinando estava radiante e beijou a amada outra vez. Nunca se cansava e nunca iria se cansar.

–------------------------------------------------------------------------------

–Cadê a Gina dona Juliana?

–Ela deve estar na lida Dona Tê. - A professora queria esconder o verdadeiro paradeiro da amiga, sabia que Ferdinando estava junto com ela.

–Mai ieu vo da uma olhadinha no quarto da Gina, preciso deixá uns lençol lá.

–Não Dona Tê! Deixa que eu mesma levo pra senhora. - Disse Juliana, se pondo na frente dela.

–Num precisa se encomodá, ocê já deve di te muito trabaio. - Disse, subindo as escadas. Tarde demais pra impedir, pensou Juliana ao ouvir um grito.

–Pela mor de Deus o que é que tá contecendo aqui! - Dona Tê disse, ao encontrar Gina e Ferdinando se beijando, sentados na cama da moça.

–Nada não mãe, nada. É...é qui nois agora somo namorado. - Disse Gina. Ferdinando não ia mais aguentar nenhuma emoção pra aquele dia. Surpreso, confirmou:

–É verdade dona Tê...eu já havia pedido a mão da Gina para seu marido e agora mesmo ela aceitou– Sorriu para Gina. Antes que dona Tê pudesse comentar algo sobre o lugar que estavam, ele completou - I agora, se a senhora mi da licença, a gente precisa de te uma conversa lá fora. –Puxou Gina e saiu do quarto. Passou pela professora Juliana, que estava feliz pelos dois finalmente se acertarem, colocou seu casaco e saiu da casa.

–Gina, ocê aceito mermo o meu pedido de namoro?

–Aceitei ara!

–Mai intão purque ocê num aceito ontem de uma vez?

–Purque no começo ieu fiquei cum um poco de dúvida sabe? Ieu nunca amei ninguém na minha vida mai ieu sei que no fundo ieu sinto argo por ocê...Si ocê mi quise mermo sabendo qui ieu num so letrada i nem estudada que nem ocê...nois é namorado sim.

–Mai é craro que ieu quero Gina, da onde que ocê tiro essa idéia?

–Ah ié umas coisa que vem na minha cabeça di veiz enquando. Ieu até fico sem jeito i sem sabe o que falá perto docê.

–Pois trate de tirá logo essas ideia da sua cabeça, porque foi isso mesmo, o seu jeitinho, que me fez gostá tanto do cê quanto eu gosto agora. -Gina sorriu ao ouvir isso, meio envergonhada.– Ieu lhe amo minha cara. Ieu nunca que vo cansa de te dize isso. I muito menos de te beijá. - Deu um sorriso safado que só ele sabia dar ao falar isso.

– I agora ocê num vai mai precisa mi robá mai bejo nenhum. - Gina disse

–Aaara! - Ferdinando disse antes dos dois se beijarem. O tempo estava frio, mas eles estavam mais quentes do que nunca. Os dois se beijavam com desejo, para compensar todo aquele tempo que passaram apenas com vontade. Eles não falaram mais nada, apenas ficaram se beijando até se despedirem. Talvez aquela tinha sido a primeira vez que tinham conversado sem nenhuma grosseria. Mas a primeira de muitas que iriam vir pela frente, porque agora entre eles era só amor, amor e amor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Escrever sobre Ginando é sempre ótimo, ainda mais quando eles começaram a namorar (finalmente!)
Achei muita sacanagem não terem exibido a cena da conversa deles -_-
Maaas, como sempre, espero que tenham gostado e comentem o que acharam, é importante pra mim.
Beijooooos e até logo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "How it ends" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.