Percy Jackson e a Dimensão dos Assassinos escrita por The Plasma Alchemist, Fernanda Morgenstern


Capítulo 46
A Batalha


Notas iniciais do capítulo

Eagle: Então gente... esse cap está enorme!
Fê: Poxa... não vai dar nem "Oi"?
Eagle: Desculpa gente... Oi! Tá feliz?
Fê: Agora sim... haha. Até lá em baixo gente



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POV Percy

Todos se preparavam para o pior. O acampamento estava todo a postos para a batalha. Will estava abraçado com Alice e eu com Annabeth. Estávamos todos concentrados, porém preocupados pela batalha de nossas vidas. Malaqueus viria com um enorme exército de templários na linha de frente e monstros poderosos atrás. Como um tabuleiro de xadrez. Harpias serviriam de distração, como “peões adicionais”. Elas podiam provocar um enorme problema como o dia que quase quebrei as costas salvando Annabeth. Se bem que no final, aquilo até que ajudou um pouco.

Ártemis apareceu para as Caçadoras. Ela disse que não poderia participar da batalha pois teria de defender o Olimpo dos lacaios que as Ameaças enviariam. Mais alguns deuses apareceram como ela. Todos confortando, encorajando e fornecendo armamento a seus filhos e filhas. As filhas de Afrodite estavam sendo preparadas há algumas semanas a usar melhores técnicas de batalha. Pois... aquela não era sua melhor habilidade, se posso dizer. Thalia ajudava muito a concentrar suas amigas caçadoras e Christopher estava ao meu lado também. Thalia desceu para nos ver. Lembrei de como éramos muito chatos e briguentos um com o outro quando ela tinha voltado a forma humana e começado a ficar no acampamento. Ela estava feliz agora e éramos realmente muito mais próximos. Chris estava até um pouco feliz com as novas habilidades com raios e que poderia usar um Pégaso dos estábulos na batalha. Eu poderia usar Blackjack, mas como líder eu preferia estar na linha de frente. Annabeth estaria mais atrás para ter um melhor campo de visão e bolar umas estratégias. Will também usaria seu dom de filho de Atena para a estratégia. Mas na linha de frente ao meu lado. Ele lutava muito bem também e tinha pensamentos rápidos. Filhos de Apolo haviam sido divididos. Alguns estariam em batalha mas outros na enfermaria para cuidar dos feridos.

Will e Alice estavam abraçados e Chris nada fazia. Annabeth me abraçou também e percebi que suas mãos tremiam. No círculo que conversávamos estávamos: Eu, Annabeth, Will, Alice, Thalia e Chris. Thalia saiu depois de um tempo para voltar para as Caçadoras. A essa hora os deuses já haviam voltado para o Olimpo. E eu tinha de motivar meus amigos. Pois, no final de contas. Eu era o líder dos Assassinos dali e Annabeth também havia se juntado a nós. Não sou bom em animar as pessoas mas até que me tornei um bom líder nos últimos dias. Senti que não precisava de um discurso mas eu faria algo mesmo assim.

Gente – Falei fazendo dirigirem a atenção para mim de forma que eu não esperava. – Vocês sabem o que passamos, quem perdemos e o que ganhamos. Nós temos mais do que o suficiente para vencer essa guerra e acabar com isso. Chris irá pelos céus com Blackjack. Ele é um ótimo Pégaso e pude treiná-lo ultimamente. Você podia atacar lá de cima...

– Não Percy. Eu irei pelo chão. Quero ir na linha de frente e além do mais deixarei outra pessoa usar ele pelos ares. – Disse ele me interrompendo. Aquilo me alegrava um pouco. Queria que meu amigo estivesse comigo.

– Bem, continuando... Annabeth ficaria mais atrás para ter um melhor campo de visão e bolar estratégias. Will também é filho de Atena e faria isso na linha de frente, junto comigo e Chris. Alice, também vai na linha de frente para abrir caminho com os relâmpagos. Junto com Chris. Esse é o plano.

Annabeth e Will ficaram surpresos pelo meu senso de estratégia. Que eu pensava não ter no começo. Eles disseram que seria a melhor alternativa possível.

O tempo passou e era começo da tarde. Quase duas horas, pra ser exato. Fizemos barreiras e realmente fiquei surpreendido pela determinação de TODOS. Estávamos nas posições e Quíron iria na batalha também. Esperávamos a chegada do exército para avançarmos. Estávamos nos mesmo lugares do dia que uma espécie de touro mecânico invadiu o acampamento. Aquilo me lembrou de Tyson. Eu não o via há séculos.

Poucos conversavam. Eu estava quieto olhando para a barreira. Quer dizer, onde ela ficava. Após o Velocino ter sido roubado, o medo era muito maior. Mesmo assim, monstros não entravam por ali desde o dia em que se quebrou. Como se estivessem poupando eles para as batalhas finais. Eu continuava calado e meus amigos também. Chris estava à minha direita e fiquei feliz em ver um sorriso de determinação e audácia em seu rosto. Will também fazia o mesmo. Eu não via motivos para não ter essa confiança também. Parecia que estávamos pedindo que os inimigos chegassem logo, se olhasse de outro jeito.

Muitos se assustaram quando o chão começou a tremer e o som de gritos e de monstros se aproximavam. Em certo momento, pude saber que já haviam passado do lugar onde ficava a barreira.

– É agora! - Sussurrei acionando Contracorrente.

ATACAR!!! – Ordenou Quíron

Todos gritavam otimistas e avançaram correndo para a frente para o confronto. Eu estava correndo bem e mesmo após acionar meu escudo ao tocar em meu relógio, era o mais rápido e o primeiro de todos da linha de frente. Olhei para o lado, e, quase me alcançando, estava Clarisse. Que parecia demonstrar toda a raiva do mundo nos punhos que seguravam a espada. Acho que se deixassem ela sozinha com os cães infernais de Hades, eles sairiam adestrados.

O primeiro templário fui eu quem peguei. E nem minha espada precisei usar. Estava correndo muito rápido e quando saltei com os pés no ar, causei um nocaute para sempre. Caí em pé e pude perceber que literalmente TODOS da linha de frente que chegaram depois de mim fizeram o mesmo. Ali começava a batalha de nossas vidas.

Os primeiros templários foram fáceis de derrubar. Parecia que estavam poupando os melhores para o meio e o final. Eles continuavam a entrar no acampamento, mais e mais. Dois deles tentaram e atacar ao mesmo tempo. Mas Contracorrente deu conta do recado. Nem mesmo precisei de um segundo golpe. Um movimento de foice pôde derrubá-los de primeira.

Alice Lançava raios junto com Chris abrindo todo o caminho para avançarem. Will gritava para os dois, onde deveriam atacar. Flechas de filhos de Apolo e das Caçadoras foram lançadas desde o começo. Eles ficavam mais no meio, junto à Annabeth.

Ainda era começo de batalha. Começávamos a avançar cada vez mais. Até que as harpias deles entraram em combate. Muitas foram caindo pelas flechas, mas as que não tinham sido atingidas, pegavam meio sangues pelos ombros e os jogavam lá do alto. Uma harpia havia pegado Clarisse. Mas, do jeito que ela é, não demorou para matar o monstro e cair rolando no chão. Após isso acontecer até Annabeth já estava no meio da batalha. Chris lançou uma série de relâmpagos furiosos à frente, eletrocutando e pulverizando uma dúzia de inimigos. Ficamos surpresos com a nova habilidade que ele aprendeu.

– Alice! Tente também, a energia começa dos pés! – Gritou ele para a irmã que estava do seu lado.

Não entendi muito bem, mas ela sim. Ela deu uma rápida investida à frente com a espada. Pude ver que uma energia veio desde os pés até a ponta da lâmina e lançou uma série de relâmpagos poderosos que reduziram uma dúzia de inimigos ao pó. Will me sussurrou antes que outro inimigo nos atacasse:

– Clarisse está com problemas!

Olhei para onde ela estava e mesmo que ela sempre foi chata, metida e cheia de ego (e descontava a raiva em mim com um brinquedo), tinha de ver o que acontecia. Ela estava cercada. Nada que um banho de ondas não resolvesse para ela retomar o controle da situação. E acho que pode ter sido um erro. Tenho certeza que depois ela iria ser MAIS chata comigo. Iria tentar mostrar que ela era melhor do que eu e com certeza nem mesmo obrigado ela diria.

Voltei para a posição e quase caí no chão de susto, quando o primeiro monstro “deles” entrou em combate. As harpias já tinham começado o terror desde o começo, mas, agora era pra valer. Se uma pessoa visse de longe, acharia que fosse um monte de ursos. Mas ali a coisa era diferente. Uns vinte ursos enormes pularam sobre nós. Seu pelo era curto e escuro. Se passasse a mão neles, além do pelo, sentiria a dura e quase impenetrável pele negra do animal. Era um escudo natural. Suas enormes garras cortariam até Aegis, como um pão. Eles pularam longe e caíram mais atrás. Quero dizer, alguns deles. Uns cinco caíram na nossa posição. Olhei para o alto e um desses ursos caiu na minha frente. Quase congelei ao ver seus olhos vermelhos raivosos e os dentes enormes e pontudos.

Ele tentou me rasgar em três com suas garras da pata dianteira direita. Desviei rolando para a direita, esbarrando em Will que ao notar aquilo, finalizou o templário que enfrentava para me ajudar. Chris e Alice enfrentavam um juntos, lançando raios que poderiam matá-lo mais facilmente do que usar adagas e uma espada dourada.

Com Contracorrente consegui ferir o monstro. Desferi um golpe na testa do urso causando um sangramento tão inofensivo, que parecia que eu tinha tirado uma casquinha de picada de mosquito do monstro. Bronze celestial não parecia funcionar tão bem com monstros de alto nível e que têm armadura natural. Pelo menos deu tempo à Will acabar com mais um templário que nos ameaçava. O monstro então avançou tentando nos atropelar. Rolei para a esquerda, voltando para meu lugar, e Will para a direita, se afastando mais de mim. Ele parou, e, surpreendendo o meio sangue atrás de nós, ele virou e tentou nos atacar por trás. Acho que tínhamos irritado ele a ponto de não estar satisfeito até tirar nossas cabeças do lugar.

– Percy! O ponto fraco dele é o peito! A pele fica mais fraca nessa região! Eu vou fazer ele ficar em pé pra você atacar! – Gritou Will. Não sei como ele percebeu isso. Acho que ele entendeu as aulas de Ciências melhor do que eu. Mas acho que como ele vivia em no século XV, essa não era a desculpa ideal.

Me concentrei e desviei do golpe do monstro que podia abrir meu estômago. Consegui arranhar seu pescoço com a ponta de minha espada. Ele fez um rugido de dor. Will guardou a espada e liberou as adagas de pulso dos dois braços. Ele as fincou nos ombros do urso e o empurrou para trás. O urso tentava freiar e pressionou as patas traseiras no chão. Seus rugidos de dor quase molhavam o rosto de Will de baba. O urso logo estava em pé. Eu tinha de atacar antes que ele caísse em cima de meu amigo. Corri e enfiei Contracorrente no coração do monstro. Ele cairia em cima de Will se eu não tivesse ajudado a empurrar o urso para a frente. Que caiu de costas no chão.

Fiquei preocupado com Annabeth lá atrás. Mas mais e mais templários nos atacavam e tínhamos que nos defender e contra-atacar.

POV Annabeth

Eu pude ver Percy e Will matarem um daqueles ursos. Tenho quase certeza de que Percy não sabia o nome desse ser. De novo. Depois podia explicar pra ele o que era um Misha. Um deles caiu bem na minha frente também. Mas o que me irritou, foi que algum filho de Apolo no meu lado, estragou a diversão atirando uma flecha certeira dentro da boca do monstro. Depois que ele estava quase caindo de dor foi fácil de mais para acabar com ele.

O tempo passava e íamos conseguindo acabar com quase todos eles. Só faltavam mais alguns templários. Porém dezenas e dezenas de monstros. Eu estava cansada da chatice de ficar ali no meio. Então corri e cheguei do lado de Percy. Ele se assustou.

– Annabeth! O que está fazendo aqui!? – Ele falou

– Eu é que não vou ficar lá trás!

Ele não respondeu. Continuamos a luta e fiquei surpresa com Thalia. Ela liderava bem e estava longe da onde estávamos. Mas eu podia vê-la. Ela lançava flechas rápidas e certeiras. Levei um susto quando uma harpia tentou me pegar. Com minha espada, consegui acertar suas garras, e então ela caiu. Will estava ao meu lado e matou outra que tentou se aproveitar da distração. Eu continuava desatenta e um templário tentava me acertar. Mas Percy conseguiu chutá-lo e lançar ondas por cima dos inimigos mais adiante. Chris e Alice perceberam a chance e lançaram raios na mesma hora. A eletricidade foi conduzida pela água e então com a força desses relâmpagos, pôde evaporar o dobro de inimigos que o normal. Tudo corria bem. Forçamos eles a recuar e muitos fugiram do acampamento. Os monstros é que iriam incomodar.

POV Percy

O último templário já era. O primeiro monstro que vi, era um gigante. Observando melhor, era um ciclope. Lembrei-me de quando Tyson nos ajudou a enganar um. Tyson não gostava muito dos próprios ciclopes (o que eu achava estranho). Mas não era um ciclope qualquer. Como aquele urso, tinha olhos vermelhos vidrados. Ele tinha uma espada enorme. Mais alta do que eu, se comparasse. Sua armadura era pesada e forte. O único jeito seria atacar a cabeça.

– Annabeth! Eu distraio ele e você ataca! – Gritei para ela.

Ela assentiu e botou seu boné de invisibilidade. O monstro se surpreendeu. Ataquei ele tentando acertar um golpe no rosto. Ele se defendeu com a espada e tentou me partir em dois. Eu saltei e sua lâmina passou por baixo de meus pés. Annabeth subiu em suas costas, mas o monstro não sentia por causa da armadura. Eu pude saber, pois vi a marca de suas botas sujas nas costas do ciclope.

– Volte aqui pequenino! – Gritou ele raivoso.

– Me acerte grandão! Acho que você é fraquinho... – Disse eu, tentando incomodá-lo para Annabeth ter tempo de conseguir se pendurar direito e acertar seu pescoço.

Ele gritou e tentou me decapitar. Me abaixei e raspei Contracorrente em sua luva de ferro. Ele largou a espada com um ranger de dor. No mesmo segundo, uma espada atravessava seu pescoço. Era Annabeth. Seu boné caiu e com o canto do olho o monstro a viu. Ele caíra para trás e Annabeth conseguiu pular antes que suas costas a esmagassem. Mais ursos viam em nossa direção. Fiz uma onda em cima de dois deles e Chris lançou relâmpagos da ponta de sua espada, novamente. E de novo com sucesso. A única coisa que sobrou deles, foi a poderosa e quase impenetrável pele. Peguei uma delas e cobri como uma capa. Eu estava distraído e percebi que um manticore se aproximava. Era como o Sr. Espinheiro que enfrentamos a tempos e tempos atrás. Ele lançou espinhos venenosos de sua cauda. Me virei de costas e ergui a pele do urso demoníaco, que me defendeu. Larguei-a e arremessei facas na direção dele. Não fez muito efeito mas deu tempo de Alice lançar alguns raios que o derrubaram.

As flechas das Caçadoras podiam até parecer chuva da visão deles. Eram tantas flechas por segundo que parecia impossível ainda haverem muitos monstros ainda de pé. Mas o tempo passou e ainda corríamos risco. Um urso veio para cima de mim com rapidez. Olhando em volta, eu não via mais ninguém. Eu acertei seu rosto com Contracorrente com um forte movimento. Ele caiu.

Só havia mais um monstro. As flechas eram ignoradas por sua armadura. Era um ciclope muito bem armado e seu escudo poderia defender até um tiro de tanque. Ele chutava para longe muitos meios sangues e devíamos matá-lo antes de mais perdas. Só pude ver Chris correr como um louco para cima dele. O ciclope tentou lhe acertar com a espada diversas vezes, mas ele estava muito rápido e desviava a cada ataque e avançava como um raio. Ele pulou e usou suas habilidades de assassino para escalar a armadura do monstro e lhe cortar a cabeça. Todos os sobreviventes do acampamento deliraram. Nós comemorávamos enquanto Chris descia com um salto mortal de costas, salvando-nos de mais mortes. Nós gritávamos e quando fui correr para comemorar com ele. Um homem surgiu das sombras atrás dele. Era Malaqueus. Com sua longa espada perfurou as costas de Chris até a espada atravessar quase inteira para o outro lado. Um golpe por trás. Ele riu e puxou a espada de volta, sumindo nas mesmas sombras. Somente Nyx podia ter lhe fornecido tal poder. Chris estava de braços abertos e a boca também. Ele gaguejava e olhava para cima. De repente caiu para trás, morto no chão, deixando todos em choque parados no lugar. E claro, nós, de coração na boca.


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Notas finais do capítulo

Eagle: Por que, mundo por que!?!?!
Fê: Eagle...
Eagle: Quê?
Fê: Se concentra cara!
Eagle: Foi mal... Eai gente? Gostaram?
Fê: Esperamos que sim, e por favor comentem! Até!

Alguém quer pão com chocolate de nutella com Nescau?