Quando você apareceu escrita por A Garota Dos Livros
– Ethan! Acorde agora mesmo !
Abro os olhos e vejo Berna parada na frente do sofá olhando para mim e Emily. Emily dorme entre mim e o encosto do sofá, seu rosto está tranqüilo, e ela não acorda com as palavras de Berna.
– O que ? – eu falo baixo – O que aconteceu Berna ?
– O QUE ACONTECEU !?
– Fala baixo !
– Ok – ela sussurra – você nunca trás nenhuma moça para casa e quando trás, ela tem idade para ser sua filha !
– Ela não tem idade para ser minha filha Berna – eu digo sorrindo – tenho vinte e oito e ela vinte e um .
– Mas... Vinte e um ?
– Vinte e um .
Berna sai andando em direção a cozinha mas volta.
– Por que a Sra. Albert está dizendo que você trouxe sua namorada para morar com você ?
– Porque ela viu Emily vindo aqui comigo com as coisas dela.
– ELA ESTÁ MORANDO AQUI ?!
– Fala baixo, Berna! – olho para Emily, mas ela não acorda – Ela está aqui por uns tempos, estou ajudando.
– Quer me explicar o que está acontecendo, filho ?!
– Ok – eu digo depois de um suspiro – só espera eu leva ela pra dormir na cama.
Levanto do sofá com Emily no colo, ela é extremamente leve. Coloco-a deitada na cama e ela se encolhe como uma bola, pego o cobertor e a cubro. Saio de dentro do quarto e percebo que o dia ainda está amanhecendo.
Sento de frente para Berna na mesa e conto o que aconteceu com Emily, durante o relato sua expressão se suaviza e uma expressão de compaixão toma seu rosto.
– Que coisa horrível que fizeram com essa menina ! – ela diz – Eu sinto muito, filho. Agora, vá dormir pra eu poder limpar aquela sala que está uma zona.
Eu rio e lhe um beijo na testa antes de ir para o quarto. Emily dorme do mesmo jeito, eu dou a volta na cama e me deito ao seu lado, seu corpo sobe e desce com a sua respiração , suas mãos estão apertadas na borda do cobertor, mas seu rosto está suave.
Durmo poucos minutos depois
...
– Ethan não tem nada na sua casa !
– Eu geralmente não como aqui – dou de ombros, pego as chaves em cima do balcão – vamos.
– Vamos ?
– Ao mercado .
– Ah, ok.
Emily sai andando atrás de mim. Quando o elevador para no estacionamento nós seguidos até um Audi A6 preto. Emily para de boca aberta na frente do carro e eu rio.
– Vamos – eu seguro a porta do passageiro aberta para ela.
Dentro do mercado, Emily me mostra uma lista de coisas para comprar e nós andamos juntos, até ela decidir que é melhor nos separarmos para ir mais rápido.
Cinco minutos depois eu estou com todos os item da lista em um carrinho enquanto Emily escolhe verduras, ela prendeu o cabelo em um nó no alto da cabeça, usa uma calça jeans e uma camiseta justa azul marinho e chinelos, mesmo simples ela se destaca entre as outras pessoas por sua aparência.
Vejo que três universitários a observam, um dele é empurrado pelos outros dois em direção a ela, ele anda em sua direção e começa a conversar, Emily responde ao homem e olha em volta nervosamente, o universitário parece não perceber.
Chego ao seu lado e a abraço pela cintura, sinto seus músculos relaxarem com meu toque. O universitário me olha, claramente intimidado.
– Pois não ? – digo com um voz controlada.
– Ah, eu só... vim... pedir uma informação... obrigado... hm... tchau.
Ele sai e vai em direção aos amigos, que riem da sua reação.
– Você viu o tamanho daquele cara ? – ele diz para os amigos.
Olho para Emily que controla sua respiração.
– O que ele disse ?
– Perguntou meu nome.
– Vamos embora.
Nós pagamos a conta e andamos em direção ao carro com a sacola, mantenho Emily perto de mim até entrarmos no carro, ela afunda no banco com a respiração irregular.
– Não foi um ideia muito inteligente nos separarmos, não é – eu sorrio para ela.
– Eles não fariam nada em um lugar cheio de gente como este – ela respira um pouco – eu só me assustei com aquele cara.
...
– Sinto muito, Amy, mas agora você vai ter que cozinha para mim todos os dias – ela ri do meu comentário.
– Vai ser bom retribuir um pouco.
Nós conversamos, enquanto o som da TV fica de fundo para a nossa conversa, falamos sobre assuntos leves.
– E a sua família ? – Amy pergunta.
– Era só eu e meus pais, mas eles morreram a cinco anos em um acidente de carro – dou de ombros – a herança ficou pra mim, e eles eram , tipo, ricos, porque como você deve ter notado, não dá pra pagar tudo isso com o meu salário.
– Sinto muito !
– Tudo bem – sorrio.
– Agora, Berna é sua família ? – ela diz sorrindo.
– Basicamente, ela era amiga dos meus pais a anos , e depois que eles morreram, ela começou cuidar de mim, ainda mais.
– Entendo – ela diz sorrindo.
– Três dos sistemas de segurança mais bem protegidos do país foram invadidos está noite... – o som vem da TV.
Amy se levanta da mesa e vai em direção a sala, eu a sigo, ela ouve atentamente e depois se senta no sofá.
– Ethan, pode me emprestar seu computador ? – Amy diz .
– Claro.
Ando até o escritório e pego o notebook em cima da mesa, volta a sala e lhe entrego.
– O que está acontecendo ?
– Ontem o segundo, o terceiro e o quarto sistemas de seguranças mais difíceis de invadir do país foram invadidos – ela olha para o computador – todos pela mesma pessoa.
– E isso quer dizer ... ?
– Que estão me mostrar alguma coisa – ela aponta para a TV - viu as fotos, é o mesmo padrão em todas as invasões, e vê o desenho que o padrão forma ? Um fantasma, era assim que eles me chamavam, porque eu nunca deixei nenhum rastro.
– Entendo. Mas por que não invadiram o primeiro ? – seus dedos digitam freneticamente o teclado do notebook.
– Não conseguem.
– Por que ?
– Porque foi eu que fiz – ela olha para mim com os olhos cheios de lágrimas.
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