Abdication escrita por oakenshield


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora. Emoções estão por vir.



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Melanie sente a raiva inundá-la como ondas arrebentando as comportas. Tudo volta: amor, raiva, desprezo, tristeza...

Ela puxa a arma e dispara para o alto. Eles se assustam.

Ela passeava pelas ruas, desnorteada. Havia tentado contar a Josh sobre a gravidez, mas ao passar por um restaurante chique no centro viu que ele estava em um jantar com a loira dos Whitmore. Uma pequena caixa negra foi aberta. Anel de diamantes. Amber sorrindo. Melanie assistiu à sua ruína com lágrimas nos olhos.

Estava arrasada também porque ultimamente Vincent estava ocupado demais no Centro de Pesquisas de Meurer. Uma vez ela o questionou, mas ele desviou o assunto.

Ela jamais se sentiu tão sozinha.

A sua raiva aumentou ao ver um casal se beijando na rua. Ele tinha cabelos loiros e pele pálida, já ela tinha os cabelos negros e a pele em um tom de oliva. Melanie acabou lembrando de si mesma com Josh e isso a cortou mais profundamente do que qualquer faca.

– O que é isso? - ele questionou, exasperado, abraçando a garota, que tremia.

Desde a morte de Morgana ela se sentiu abalada, mas então matou todos aqueles baderneiros que não falavam o Idioma Comum e algo dentro dela mudou. Algum molde de moralidade se partiu e ela construiu um castelo de cartas no lugar, fadado a cair a qualquer tempo.

Essa hora havia chegado.

– Isso é uma execução.

Então ela atirou. Apenas uma vez nele e uma vez nela. Ambos na testa. Nada de tortura. Apenas um tiro. Um tiro para matar.

Apenas para matar, ela sussurrou para si mesma.

+++

Melanie passa a mão na barriga. Já estava crescendo. Como ninguém havia percebido?

Vincent entra no quarto.

– Mel... o que é isso?

Bosta!

– Não vai dizer que você...

Ela levanta os ombros em sinal de rendição, um sorriso escapa de seus lábios. Ele sorri logo em seguida, correndo até ela para beijá-la. Depois de descer para seu pescoço, ele começa a despi-la.

Porém aquela noite seria diferente. Melanie não sabia. Nem Vincent sabia. Foi totalmente inesperado. Depois do ato, extasiado pelo momento, ele sorriu. Seria pai novamente, dessa vez pai do filho de uma mulher de quem gosta, admira. Não se lembrava da última vez que estava tão feliz. Então sussurrou:

– Eu amo você.

+++

Tyler entrega o dossiê para ela.

– Mas... tem certeza?

– É claro que eu tenho. Veronica Herzog e todos os outros trezentos exilados trabalhavam no Centro de Pesquisas de Meurer.

Ela folheia rapidamente e analisa os dados de cada um.

– Todos eles trabalhavam no mesmo setor - ela percebe. - Laboratório Avançado IC2023 - ela olha para Tyler. - O que quer dizer IC2023?

– Não sei, mas os trezentos foram todos despedidos no mesmo dia: 13 de junho. O setor inteiro foi demitido. Eles fecharam por um ano e depois retomaram com uma equipe completamente nova.

Ela o encara.

– E adivinha? Veronica Herzog era a Pesquisadora-Chefe do LA IC2023. Ela mandava no setor.

– Tyler, não pode ser coincidência todas essas pessoas terem sido demitidas e mandadas para longe, sem nada ter sido questionado, levantado... como se nunca tivessem existido.

– Meu pai me contou uma vez. Eu lembro. Ele era o Diretor do Centro de Pesquisas na época. Ele me contou que pegou fogo. Eles reconstruíram...

– Eles podem ter incendiado o prédio - Melanie sugere. - Mas duvido que trezentos fariam isso.

– Sim, por mais que a segurança fosse fortificada, era só contatar um hacker... De qualquer forma, eu acho que é algo bem mais sério do que pensamos.

– Tipo o quê?

– Não sei, mas Veronica Herzog e os outros trezentos foram dados como mortos no incêndio. E, bom, eles estão bem vivos. Vincent está escondendo algo.

– Ele é o Senhor de Meurer - ela sussurra -, é claro que esconde.

Tyler balança a cabeça.

– Os Fieldmann nunca se importaram em varrer a sujeira para debaixo do tapete. Se dessa vez eles calaram essas pessoas, é porque um grande segredo de Estado está sendo escondido.

Ele olha para ela, os grandes olhos azuis estão mais intensos do que nunca. Ela vê a adrenalina correndo por eles quando ele murmura com um sorriso nos lábios:

– E nós vamos descobrir.

+++

Em todo o continente Manske, o aniversário de vinte anos de um nobre é sinônimo de uma grande festa. O nobre da vez? Na verdade, eram os nobres: os gêmeos Beckering.

Melanie olha para o vestido em cima da cama. Como uma das Cinco, Melanie deve usar algo feito sob medida, algo que entregassem a ela. Beatrice disse que gostaria que as suas Cinco usassem o mesmo vestido, porém em cores diferentes. As Cinco de Beatrice? Jasmine Mitchell, Hillary Fieldmann, Melanie Hemingski, Heather Duninghan e sua irmã, Paige Beckering.

Com o homem não costumava ser a mesma coisa. Os homens normalmente faziam uma festa para a Corte com os amigos nobres, bebedeira e coisas do tipo. Porém, como gêmeos, os Beckering decidiram fazer algo do agrado dos dois. Então Beatrice convenceu Benjamin a escolher os Cinco para ele também. Seus cinco eram Matthew McNaughton, Martin Torkearch, Christian Whitmore, Andrew e Joshua Duninghan.

Melanie ficou com o vestido rosa clarinho. Beatrice achava que contrastava com a pele oliva dela e que ficaria bonito. Melanie não achava, costumava usar roupas escuras, mas depois de vestida viu que ficava mais do que bonito. As criadas a ajudaram a fechar o zíper e fizeram sua maquiagem: uma sombra da cor da pele, delineador leve e um batom vermelho nos lábios. Finalizou colocando um salto alto branco depois das criadas fazerem um coque levemente frouxo para ela.

Sorriu diante do espelho.

Vincent entrou no quarto. Dispensou as criadas com a carranca de sempre, porém assim que a porta foi fechada e ficaram apenas os dois no quarto, ele sorriu. Melanie gostava daquela sensação. Vincent era mau com todo mundo, menos com ela. Pelo contrário, ela o tornava bom. A morena não entendia porquê, mas gostava dessa exclusividade.

Ele a abraçou por trás, depositando um beijo no seu pescoço.

– Não sei como você fica mais bonita: com ou sem esse vestido.

A morena se vira para ele, sorrindo.

– Você pode me ver de ambos os jeitos.

Ele sorri de volta e a beija devagar, sua mão grande posicionada no maxilar dela.

– Ahn, Vince - ela o chama. - Sei que não conversamos sobre, mas acho que está na hora.

Ele a encara, esperando que ela continue.

– Eu sei que você provavelmente disse da boca para fora, porque estava feliz demais e deixou algo escapar que não era de verdade, mas no dia que eu te contei sobre a gravidez e nós dormimos juntos, você...

Ela sente as mãos suarem frio. Não sabe se conseguirá continuar. Por sorte, Vincent percebe do que se trata.

– Eu sei o que eu disse - ele fala, sério, tocando o rosto dela com o polegar levemente áspero - e em momento algum eu me arrependo. Pelo contrário, jamais diria se não tivesse certeza.

Ela sente seu coração disparar dentro do seu peito. Algo a incendiou, seu corpo queima. De repente, ela sente que o mundo desabou ao seu redor e que há apenas eles dois.

– Então... então você...

– Você quer ouvir de novo, não quer? - ele sussurra, um sorriso nos lábios. - Tudo bem. Eu digo.

Ele posiciona os olhos dela pra cima, para que ela o veja enquanto ele fala:

– Eu te amo, Melanie.

E ela sorri. Sorri porque, naquele momento, ela tem certeza que sente o mesmo.

+++

Melanie respira fundo, conta até três para conter a raiva. Josh era seu par nos Cinco. Beatrice achava que o bebê era de Josh e estava decidida a unir os dois, mesmo com Melanie dizendo que estava gostando de Vincent.

Depois do discurso do pai dos gêmeos, os cinco entraram para a dança. Bea e Ben dançaram juntos primeiro e depois houve uma troca de pares, o que a fez se sentir um pouco aliviada quando encontrou um rosto mais do que conhecido.

Andrew.

– Melanie - ele sorriu para ela. - Quanto tempo!

– Algumas semanas, não é mesmo?

Ele concorda.

– Senti sua falta - ele admite.

Ela sorri, olhando para baixo.

– Você e o meu irmão, então...

– Ah, não! - ela diz rápido demais. - Não. Nós terminamos.

– Ah.

Ela olha para ele.

– Andrew, eu sei que eu posso confiar em você.

– Sim.

– Mas você é certo demais.

Ele não diz nada, apenas a gira quando é necessário, a puxa para cintura de volta para ele, com os lábios a centímetros dos dela. Porém ele não tenta nada.

– Eu tenho medo de contar e você me repudiar. Você foi meu primeiro amigo nesse mundo, a primeira pessoa que me fez algo bom sem pedir nada em troca. Você... você foi meu primeiro namorado. Você foi e continua sendo muito especial. E eu gostaria de te contar.

Ele a afasta quando precisa e depois a puxa novamente. Então ele a empurra de leve para a frente e quando a puxa, ela está de costas para ele, levemente inclinada.

– Se você soubesse metade das coisas que eu fiz no passado, você me repudiaria também - ele sussurra, a puxando de volta devagar. - Eu virei uma pessoa melhor depois de tudo. Tirei algo de bom da minha lição, mas a besta ainda está aqui dentro.

Ele pega a mão dela e a posiciona no peito dele. Ela sente seu corpo rígido debaixo da mão dela e se sente envergonhada ao notar os olhares para os dois, por isso se afasta levemente e volta a dançar com ele.

– Você trancou minha besta, Melanie. E quando tudo terminou, ela tentou escapar. O fato de você estar viva a deteve, mas não sei se isso é suficiente agora.

Melanie não podia se permitir àquilo. Sabia que Andrew gostava dela, mas para ela, ele era apenas seu amigo. Seu melhor amigo. Não podia usá-lo. Tentou ser apenas sua amiga, mas ele acha que não é o bastante. Ele quer mais. Ela adoraria sentir o mesmo, mas não sente. E isso a machuca, porque sabe que está doendo mais ainda nele.

– Eu te amo, Melanie.

Então toma uma decisão. Como ela não pode amá-lo, faria ele parar de amá-la. Contaria tudo.

Porém perdeu a sua oportunidade. Os pares foram trocados e ela estava novamente nos braços de Josh.

– Por que você está me ignorando?

– Por quê? - ela sorri debochadamente. - Você ainda pergunta?

– Foi você quem disse que amava outro.

– Eu não disse isso - ela se afasta. - Você entende tudo errado.

– Certo. Porque eu sou um otário.

– Sim, você é. É um otário mesmo por voltar com aquela vagabunda.

– Voltar?

– Eu o vi com Amber. Soube que vocês retomaram o noivado. Parabéns. Vocês se merecem.

Ele ri.

– Eu não voltei com Amber.

É a vez dela rir.

– Eu vi o anel, vocês no restaurante. Ela sorriu. Eu vi. Não negue.

Josh franze a testa.

– Você acha que tem o direito de tirar satisfações depois de estar morando com o meu chefe? Acho que não estamos mais nesse nível, não é?

– Eu já disse que tenho que pagar pela minha dívida. Você não quis esperar, eu entendo.

– Você que me disse que eu não deveria esperar.

– Eu não sei quanto tempo eu terei que ficar lá.

– O quanto você quiser. Eu ofereci o dinheiro para pagar a dívida pela vida do seu irmão. Você que não quis.

– Não quero que você me compre como uma mercadoria.

– Eu não posso pagar a dívida da mulher que eu amo, mas um otário metido a boss pode te comprar como um objeto e te ter a hora que ele bem entender?

A dívida da mulher que eu amo, as palavras ecoam no ouvido dela. Seu coração dispara. Da mulher que eu amo.

Josh a afasta e a puxa por trás, exatamente como Andrew, exatamente como os outros faziam.

– Eu te amo, Melanie.

É a terceira vez que ela ouve isso no dia. E jamais pensou que ficaria tão infeliz por isso. Ela decide que está na hora de acabar com esse sofrimento, essa angústia. Tinha uma dívida com Vincent, gostava dele, e talvez tivesse um laço inquebrável: um filho. Jamais poderia se desligar dele.

– Eu amo Vincent.

Ela deixa um Josh boquiaberto enquanto os pares são trocados. A dança lenta é parada e uma música agitada soa em seus ouvidos. Ela sente vontade de dançar e pular, mesmo quando estava prestes a acabar com a sua moral diante de Andrew.

About time for anyone telling you off for all your deeds

– Eu matei Morgana.

A música soa agradável em seus ouvidos e ela balança o corpo enquanto vê um Andrew surpreso.

– Eu a destrocei com minhas facas. A cortei ao meio, arranquei suas vísceras. Senti seu sangue quente contra minha pele, rasguei suas veias com vontade.

Andrew está estático no meio da pista de dança. Ela ri diante do medo dele. Não sabe mais se controlar.

The sun shines on everyone, everyone love yourself to death

Me senti culpada. Seu irmão causou esse desespero em mim, sabe. Vincent o arrancou do meu peito sem anestesia e mesmo que tenha doído no começo, é melhor agora. Não preciso mais da minha dose de droga diária, minha porção de visão de Josh. Eu consigo sobreviver sem ele agora e isso é libertador.

Ela puxa as mãos de Andrew, tentando fazê-lo se mexer. Ela logo desiste.

– Matei aqueles rebeldes desgraçados que tentaram queimar Beatrice e Benjamin vivos. E eu desfrutei daquele momento. Então descobri que amo a morte e não parei mais.

So you gotta fire up, you gotta let go

You'll never be loved till you've made your own

– Não parou mais? - ele balbucia depois de um tempo.

Ela sorri.

You gotta face up, you gotta get yours

– Essa é a melhor parte: estou matando casais. Sou uma serial killer agora, igual aquelas daqueles filmes antigos.

– Matando casais... - ele parece processar a ideia.

Melanie estava fazendo aquilo para afastá-lo, inicialmente, mas não mentiu em momento algum. No fundo, sentia que estava enlouquecendo, mas estava gostando. Gostava de delirar, de jogar tudo na cara das pessoas, de rir alto, de debochar delas ao ver que ela gostava de morte.

– Casais parecidos comigo e com Josh. Ela é sempre morena e ele sempre loiro. Já foram nove casais - ela sorri. - Dezoito pessoas desde que voltei à Meurer.

– Melanie... - ele sussurra. - Isso é horrível.

You never know the top till you get too low

– Bom, e eu estou grávida. Não sei de quem é o pai - ela dá de ombros. - Mas isso não importa, não é? Não hoje. Porque aqui está cheio de casais - ela abre os braços para a pista de dança - esperando para serem mortos.

No lies and no deceiving man is what he loves

Andrew a pega repentinamente pelo pulso e a arrasta para longe da pista.

– Drew - ela rosna. - Drew, me solta. Me solta, por favor.

Ele apenas continua a puxar.

– Me solta, porra!

Ele a joga em um quarto e a tranca. Ela chuta e esmurra a porta, grita, mas a música é alta demais lá fora.

Life isn't always what you think it'd be

Turn your head for one second and the tables turn

Cansada, ela desiste. Então a porta é aberta.

– Drew, graças a Deus...

Não é Drew.

– Josh. O que você faz aqui?

– Meu irmão me chamou.

Melanie suspira.

And I know, I know that I did you wrong

But will you trust me when I say that I'll make it up to you somehow

– Que merda ele está pensando? Eu quero sair daqui!

– Melanie - Josh segura seu pulso sem a apertar. - Eu te amo.

Ela tentou, tentou e tentou. Mas não consegue se afastar. Jamais conseguirá, sabe disso. Não pode lutar contra si mesma quando sua cabeça e seu coração estão trabalhando juntos.

Ela poderia ter amado Vincent naquele momento, pode gostar de estar com ele e gostar do modo como se sente quando está com ele, mas seu amor verdadeiro é Josh. É épico, é de verdade e para sempre, ela sabe disso. Ela sente isso. Sempre diz a si mesma que o ama, mas que não está apaixonada por ele. Estava apenas se enganando, dizendo isso quando não estava diante daqueles olhos azuis. O amava. Estava apaixonada. Sempre amaria. Sempre estaria.

Toda vez que o vê é como se seu corpo fosse derretido e moldado novamente, ela sente calor e frio e vontade de rir e de chorar e de abraçá-lo, de repudiá-lo, de afastá-lo para sempre. Mas nunca consegue. Não consegue porque o ama.

– E Amber...

– Amber não me importa. Eu te amo. Estou livre para você. Se você quiser me mandar para longe, me mande. Se me quiser aqui, apenas me diga para ficar. Estou cansado desse jogo que estamos travando. Eu te amo, Melanie. Você me ama. Não importa Amber, Vincent ou qualquer outra pessoa. Isso se trata de nós. O que importa é a nossa felicidade e a nossa vontade. Porque se você quiser agora, eu juro pela minha vida, eu jamais a deixarei ir embora novamente.

Não havia nada que ela pudesse dizer para contrariá-lo ou para completá-lo. Estava cercada: deveria fazer uma escolha. E fez. Certa vez tinha escolhido a si mesma, escolhido a sua liberdade. A liberdade também custa. Seu filho ou sua filha poderá crescer tendo Josh como pai. Sabia que ele aceitaria. Eles podiam ir para longe se Vincent não a libertasse. O amava. Não podia ficar mais nem um segundo longe daquele homem.

Por isso Melanie escolheu. Escolheu Josh. E o beijou com tanta vontade que sentiu que o mundo poderia acabar naquele exato momento que os dois continuariam ali, vivos. Porque era isso, essa era a chave para eles: perto de Josh, Melanie se sentia viva.

– Eu te amo - ela sussurra de volta.

E era tudo o que queria: se sentir viva para sempre.


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Notas finais do capítulo

E então? Agora é para sempre ou será apenas um período? Melanie pode amar Josh, mas ela é uma mulher de temperamento forte e os súbitos ataques de raiva dele não passarão despercebidos. Eles poderão lidar com isso? E Vincent e Amber?



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