As Cicatrizes Mentem escrita por Sereia Literária


Capítulo 15
Capítulo 15




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(Alex)

Marina já desceu do carro e Nove praticamente quebra a porta ao sair. Antes que eu perceba, uma batalha digna dos Avangers está sendo travada. Fico meio paralisada e só volto a realidade quando um monte daqueles cachorros horríveis pula no vidro e começa a quebra-lo. É então que abro a porta e saio correndo para a batalha, sem saber na verdade o que fazer.

(Marina)

Helicópteros sobrevoam atirando, e eu tenho uma ideia.

–Oito, me dê cobertura-grito por sobre o barulho da batalha. Ele faz que sim e se teleporta para o meu lado. Agora posso fazer isso.

Fecho os olhos e estendo os braços, concentrando-me ao máximo nas hélices dos helicópteros, congelando-as.

(Oito)
O plano de Marina foi genial, e agora os cinco helicópteros estão perdendo o controle e caindo... Uma pena que ela não possa controlar onde eles caem. Ponho-me em ação. O primeiro ia cair longe assim como o quarto, mas o segundo...

(Alex)

Um deles ia cair em cima de mim, e era tarde para correr. Apenas me abaixei e me protegi com os braços. Foi quando duas mãos grandes e quentes envolveram meus ombros, e o mundo pareceu virar do avesso. Meu estômago se embrulhou e minha cabeça parece ter sofrido algum tipo de pressão, como quando estamos em um lugar muito acima (ou abaixo) do nível do mar. ´´Essa é a sensação da morte? Essas mãos seriam de um ceifador encapuzado ou de um anjo? Iria pro céu? O céu existiria? E quanto ao inferno?`` Meu devaneio foi interrompido quando percebi que estava em solo, mas com os tiros da batalha um pouco ao longe. Eu não morri, e Oito estava ao meu lado.

–Você está bem?-perguntou ele, sem tirar os olhos de Marina, que está distante de nós, em meio a batalha.

–Sim, sim... Estou bem-ele faz que sim e me lança um breve olhar antes de desaparecer.

Levanto-me e penso. ´´Na batalha eu sou inútil. Só sirvo como um fardo e a mocinha em perigo. Tenho que mudar isso... ``.Olho em volta e vejo um carro. Um sorriso maquiavélico demais até pra mim aparece em meu rosto, e eu me esgueiro até ele, passando despercebida tanto para os mogs e suas mini bestas quanto para os Gardes. Precisava fazer uma ligação direta. Mas a porta estava trancada.

–Droga!-tento forçar a porta, mas não dá certo. Então, vou até uma árvore próxima e quebro um galho relativamente grande. Me aproximo da janela.

–Um, dois TRÊS!-Bato com forca na janela, mas ela apenas racha e o alarme dispara. Há! Como se alguém fosse ligar para o alarme de um carro em meio a um confronto como esses...

–TRÊS, TRÊS, TRÊS!-Finamente o vidro se parte, e eu me enfio dentro do carro. É aí que eu me dou conta de que eu não sei fazer uma ligação direta. Bato a cabeça no volante. Idiota. Saio do carro com a realidade sendo esfregada na minha cara, me sentindo a inútil que era. Sem saber o que fazer, decidi ser corajosa e seguir para a batalha. Sinceramente, meu porte esguio e baixo não ajudaria, mas eu seria pelo o menos uma distração para os cães infernais... Minha única arma é aquele pedaço de galho. Se eu ia morrer, seria com dignidade.

(Adam)

A batalha continua e se torna mais ferrenha a cada minuto. Soldados não param de surgir, mas o que me chama a atenção vem do céu. Um pequeno ponto se aproxima rapidamente. É nessa hora que a tensão no ar fica mais densa, quase tangível... Aquele é o número Cinco.

(Sarah)

Assim que fica claro se tratar de Cinco, Marina lança uma rajada de lâminas de gelo no ar, e no último segundo ele fica com a pele de aço. Então, sem esperar mais um segundo, Seis ergue um dos braços e com um grito, aponta na direção de Cinco, que é atingido por um raio gigantesco. Ele cai no chão e começa a ter espasmos enquanto Seis e Marina se aproximam dele de maneira vingativa e perigosa.

(Seis)

–Seu traidor...-digo entredentes, e ele levanta o olhar, que fica amedrontado, mas ao mesmo tempo sombrio. Na hora que vou dar o primeiro soco, Marina ergue o queixo, e sinto o lugar perder cerca de 20 graus de forma drástica. Nesse meio tempo, um braço de borracha agarra Marina pela cintura e eu sou pega pelo pescoço. Ele me afasta uns dez metros e puxa Marina para perto de si.

(Cinco)

–Marina... Por favor, fique comigo...-mas ela continua fria mesmo depois de minhas palavras. Seus olhos estão frios, e seu corpo, que já irradiava um frio extremo, começa a ficar cada vez mais rígido, ao mesmo tempo que seus olhos vão ganhando um tom azul gelo, e ela fala de maneira fria, cruel e indiferente;

Nunca-Então sinto meu braço sendo congelado, meu sangue parando de circular... Grito e a solto no chão. Quando meu braço se desenrolou de sua cintura, um som de vidro quebrando tomou conta do meu corpo, e eu acho que se eu a houvesse segurado um segundo a mais, meu braço se partiria em quatro. Antes de mais nada, sou atingido por um soco no maxilar.

–Eu cuido dele-diz Seis, dando-me mais um soco. Marina sai meu relutante, e agora tenho o que queria: Seis sozinha.

Ela se prepara para mais um gancho, mas eu seguro seu punho com telecinesia, e, antes que ela desapareça, tiro um longo chicote da capa, que eu prendo em seu braço. Esse chicote está imantado com o poder do Grande Líder, de retirar o poder de quem atingir. A energia de Seis parece ser sugada para a arma, e ela se dobra.Sorrio e me aproximo, dando-lhe um soco de aço que a faz desmaiar.

(Alex)

Um deles, mais atarracado e moreno se aproxima de Seis com um punhal erguido, e pouco antes que ele corte a sua garganta, uso toda a minha força para acertá-lo na cabeça com o galho. Isso não o joga no chão, nem mesmo deve ter doído muito, mas serve para que ele largue-a no chão e repare minha presença. Ele se vira e parece ficar surpreso. Ele tem a pele de aço, e é assustador. Levanto o galho como se fosse um taco de baseball.

–Fique longe dela-digo, com a voz falhando e bem menos confiante que eu gostaria. Ele sorri de maneira maldosa e começa a andar na minha direção. Engulo o seco.

–Como quiser.


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