As Cicatrizes Mentem escrita por Sereia Literária


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Então, queria me desculpar pela demora para postar esse capítulo... Sabe? Digamos que eu estava em uma crise de F.I.M. (Falta de Inspiração Momentânea)... Gostaram da nova capa? Espero que gostem, mas, quero saber... Leram ´´A Vingança dos Sete``?!Meu Deus, eu li e amei! Agora, vou contar um pequeno (grande) spoiler, quem não quiser saber não leia essa parte...

No final, o Oito e a Marina podem se despedir por um breve momento!!! Eu chorei tanto, tanto, tanto... De alegria, de tristeza... Enfim, não é pra isso que vocês estão na minha fic, então, boa leitura Lorienos! ;)



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(Marina)
No mesmo instante em que a cozinha explode, Oito me agarra e nos teleporta para fora, de onde vemos o restaurante ficar em chamas.

–E os outros?!-pergunto apavorada, sem saber o que exatamente devo fazer. É então que vejo Nove já do lado de fora e Quatro saindo do restaurante com Sarah envolvida nos braços, e me lembro nesse instante de que ele é a prova de fogo.

Então, antes que qualquer um diga qualquer coisa, Seis e Sam saltam pra fora por uma das janelas, um pouco queimados, mas ela já forma uma tempestade, que, em poucos segundos, reduz aquelas chamas à uma pilha de cinzas e fumaça.

–Alex e Adam!-Sam entra correndo para procurá-los, e todos fazemos o mesmo.Encontramos os dois escondidos atrás d o congelador,que sofreu poucos danos com a explosão. Ambos estão queimados, mas, fora isso, parecem bem. Ela, encolhida, com a pele clara e os cabelos ruivos meio queimados e olhos cerrados. Adam está com o braço por seus ombros, e parece que sua intenção era protegê-la. Ele nos vê mas não se levanta, pois sua perna está quebrada, e eu percebo isso agora. Me abaixo.

–Deixe-me ver isso-digo, aproximando as mãos com delicadeza do osso exposto. Começo a curá-lo

(John)

Enquanto Marina cura Adam, me aproximo de Alex, ainda encolhida... Parece estar em choque.

–Alex...-sussurro, e toco seu ombro queimado. Ela leva um susto, mas levanta os olhos, que estão vermelhos e cheios de lágrimas... Mas não sei bem se o motivo é tudo isso que ela passou ou simplesmente a fumaça. Provavelmente, um pouco dos dois. Ela olha as próprias mãos, que tem algo que parece sangue mog seco.

–Eu...-ela engole o seco-Matei aquelas... Coisas... Eu,eu...

Marina, que já terminou o trabalho de cura e Adam, se aproxima e dá um abraço em Alex,que desaba a chorar. Nove e Seis reviram os olhos, Adam se ajeita de pé, novamente com apostura mog (fria e indiferente). Sam e Sarah parecem compreender.

(Alex)

Me sinto ridícula chorando por isso na frente deles. Se eu vim aqui, sabia que ia ter que matar ou morrer. Sou tão sentimentalista... Não posso continuar assim...

–Calma, eu já passei por isso...-diz Marina (pelo o menos, acho que esse é seu nome) a meu ouvido-E, eu sei que parece crueldade ou... Sei lá, frieza, mas você vai se acostumar...

Faço que sim e ergo a cabeça, enxugando as lágrimas nas mangas do casaco.

–Acabou o drama?-pergunta o maior dos Gardes, o que me ameaçou minutos mais cedo, com sarcasmo e impaciência. Marina e Sam o olham com desaprovação. Ele encolhe os ombros.

(Sam)

–Temos que ir-diz Seis, saindo do que antes era um restaurante fuleiro de beira de estrada.

–Vamos aproveitar os carros que os mogs deixaram de cortesia-sugere Oito.

–E quanto às chaves?-pergunto.

–E quanto à telecinesia?-Nove responde.

Reviro os olhos e todos saímos de lá. Os SUVs estão em perfeito estado. Agora, temos uma van e três carros. Nada mal.

Nove se apressa em sentar no banco do motorista de um deles. No outro,John assume o volante com Sarah no passageiro. No outro, Oito e Marina. Meu pai entra na van e eu o sigo, com Seis e Adam. Alex se vê meio perdida, mas, como o carro de Nove está mais perto, ela entra, relutante, no passageiro. Vendo isso, Marina cochicha alguma coisa pra Oito, e, logo depois, ela desce do carro.

–Acho que vou com vocês...-diz ela, indo pro carro de Nove. Está na cara que não querem deixá-lo sozinho com Alex, que parece ficar grata.

(Marina)

Sento-me no banco traseiro.

–Vai deixar seu namoradinho, Marina?-pergunta Nove, com um pouco de sarcasmo-Essa é nova!

Reviro os olhos, e falo com ele por telepatia. ´´Não podia deixar você assustar mais a coitada``. Ele bufa e me ignora. Depois de alguns minutos, pego no sono.

(Alex)

Assim que percebe que Marina pegou no sono, Nove se volta para mim.

–Se eu desconfiar de você...

–Pode confiar em mim-me apresso em dizer.

–Na última vez que confiei em uma humana, passei dois anos preso em uma base morgadorina.

(Nove)

Ela parece se encolher no banco quando menciono a base, quase como se isso a lembrasse de algo.

–Sei como foi...-diz ela, com a voz trêmula.

–Impossível,você nunca...

Mas ela me interrompe, quase como em um estado de hipnose.

–Me jogaram em uma cela pequena... Eu nem servia de pé...-lágrimas brotavam em seus olhos-Me torturaram... Mataram a minha família na minha frente...

–Por que?...-pergunto, mas ela responde antes de eu terminar.

–Estive no lugar errado... Presenciei coisas que não deveria... Coisas que-ela estremece antes de continuar-Coisas, que ninguém deveria presenciar... Muito menos uma menina de treze anos... Fiquei presa por três anos até a base ser destruída... E, eu não quero,que mais ninguém passe por isso. E é por esse motivo que eu vim ajudar vocês.

Ela agora me olha com os olhos verdes molhados, cheios de convicção, e eu tento esconder o que eu sinto.

–Ah tá... Meio deprê essa história, não acha?

Ela dá uma risadinha baixa e concorda, secando os olhos. Parece idiota, mas, sei lá, parece que posso confiar nela.

–Seu nome é Nove mesmo?

Dou uma olhada pra ela.

–E você acha que eu tenho cara de quê?

–Ah, não sei... Mas não de um número! Quatro e Sete tem um nome... Por que você não tem?

–Por que gosto de Nove!-digo,meio bruto. Ela se encolhe. Mudo de ideia sobre como agir com ela.

–Mas, sabe, eu já tive alguns nomes...

–Sério?

–Um deles foi Stanley.

Ela segura o riso. Sorrio pra ela.

–Qual a graça!?

–Esse era o nome do cachorro da minha prima.

–Ah sim, claro...-digo, em meio a um pequeno sorriso-E, esse cachorro era o que? Tipo, um doberman, pastor-alemão?...

Ela sorri.

–Bom, sobre isso... Ele era um poodle.

–Ah, não!-digo, dramatizando e batendo as mãos no volante. Ela coloca a mão na boca e dá um risinho.

–É justamente por isso que eu prefiro ser chamado de Nove! Ninguém bota Nove como nome de... de Poodle!

Ela ri.

–Então, sobre isso...

–Ah, vai me dizer que seu primo tem um chiuaua que se chama Nove!?

–Na verdade, é um Pinscher.

Bato a cabeça no volante e ela se diverte.

–Estou brincando-diz, finalmente, com um sorriso no rosto.

Sorrio também, e a do nada, um grupo de cinco naves mog nos cerca. Dou uma freada forte quando um míssil é lançado, e escapamos por pouco. Marina grita assim como Alex, que arregala os olhos verdes para mim.

–Prepare-se Alex-digo-Aquela briga no restaurante... Foi só uma brincadeira amigável.


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