As Cicatrizes Mentem escrita por Sereia Literária


Capítulo 13
Capítulo 13




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(Marina)

Assim que me recupero do tombo, percebo que o caos recomeçou.

As janelas estão quebradas, e por elas entram os morgadorianos e os krauls. Tudo ainda está meio embaçado quando um tiro passa fino de mim. Levo um susto, mas volto a realidade.

Levanto-me e começo a utilizar meu novo Legado.

(Nove)

Enquanto Marina usa do seu ´´let it go``, Alex corre para a cozinha. Sabia que ela não seria útil. Medrosa. Enquanto me distraio com raiva dela, um kraul agarra a minha perna.

–AH MISERÁVEL!-Arranco ele com toda força e o jogo na parede e, antes mesmo de ele bater nela, já estou partindo para cima dos mogs.

(John)

Marina está aprendendo os truques de seu novo legado. Ela cerca os krauls e faz uma espécie de cerca em volta deles, depois a fecha como um iglu, os congela e os explode em mil pedaços. Sarah atira com uma mira de ouro, e sinto muito orgulho dela. Seis está invisível...

(Seis)

John parece estar em outro mundo, pois nem percebe que um tiro vai em sua direção! Tarde demais. Ele cai, confuso.

(Marina)

Assim que percebo que John caiu, vou até ele para o curar.

O tiro acertou o seu peito, e muito sangue jorra.

–JOHN!-Grita Sarah, e nesse segundo três krauls a derrubam. Adam os pega com telecinesia,e os joga no chão, e mesmo assim ela já está machucada e arranhada, mas ainda assim pega a sua arma e se levanta meio cambaleante. Um tiro perdido atinge Seis na perna, que fica visível enquanto cai no chão. Sam corre a seu socorro, protegendo-a contra os krauls que se aproximam. Todos estão ficando machucados, todos, e eu tenho que curá-los! Essa pressão me distrai.

–ANDA MARINA!-Grita Nove no meio de um gancho.

Concentro-me e posiciono as mãos.

–Por favor, por favor...-cochicho.

Finalmente, John começa a ficar mais corado e vai mostrando sinais de melhora. Tudo vai bem, até que Oito grita de dor e cai no chão. Isso me desconcentra, e me levanto, mas o ferimento de John piora. Ah não. Me agacho, mas assim que ouço Oito gemendo de dor e vejo os krauls se preparando para atacá-lo. Paro o trabalho de cura e ergo as mãos, formando uma espécie cela de gelo que protege Oito. É muita tensão. Me agacho novamente.

–Vamos, concentração... Quanto mais rápido terminar, mais rápido vou até Oito-então fecho os olhos e esqueço tudo ao meu redor. Em menos de dez segundos, John começa a se mexer. Solto o ar aliviada quando um kraul pula em cima de mim, e eu caio no chão. Ele morde meu ombro, e mais alguns mordem o resto do meu corpo. Não consigo mais ver nada, e é então que John os agarra e me levanta.

–Você está bem?

Zonza, faço que sim.

–Tem certeza.

–Cadê o Oito?

John aponta, e é nesse segundo que um morg atira contra o iglu.

–OITO!
Corro até lá, mas eu acho que estava mais pra me arrastar do que pra correr...

Oito está jogado perto de uma parede e um morg está prestes a atirar, mas Sarah é mais rápida. Sorrio para ela e corro até Oito. Ele está muitíssimo fraco, cheio de hematomas e sangrando muito.

–Desculpa, desculpa... Eu queria... Devia ter vindo antes, eu...

Ele sorri daquele jeito lindo, como quem diz que eu me preocupo demais, enquanto eu o curo.

–Você está machucada... –Ele diz, quanto passa as mãos nos meus cabelos, preocupado.

–Não é nada... Vamos.

Me levanto junto com ele e vamos à luta.

(Alex)

Droga, droga, droga! Quando vai dar?... Não sei quanto tempo mais vão aguentar... Meu objetivo é criar uma bomba usando o gás da cozinha e soltando uma faísca, mas antes, a cozinha tem que estar impregnada de gás... Eu vi isso em um filme, e espero que essa seja uma coisa que funcione, e não mais uma das magias de Hollywood.

–MÃOS AO ALTO GAROTA!-Grita o guarda, com uma arma apontada para mim. Faço oque ele diz.

–Sério que você vai atirar em mim enquanto tudo isso acontece atrás de você?!

–CALA A BOCA!

É nesse segundo que um monte de bestas que parecem cachorros pulam em cima dele e arrancam a sua carne. Ah não. Eles me veem. Pego a faca mais próxima e assim que eles pulam em cima de mim, caem mortos. Nunca tinha matado... o sangue deles, negro, escorre pela faca e suja minha camiseta e meus braços... Lágrimas brotam, mas é então que percebo que não há tempo para sentimentalismo. Corro para a porta da cozinha, pego a arma do policial e saio para o restaurante.

–TODOS PRA FORA!-Grito, e não espero mais que três segundos.

Atiro na cozinha, que explode, levando também o restaurante e todos os que nele estavam para as chamas da morte.


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