Entre o céu e o inferno escrita por Dama da noite


Capítulo 3
Sangue de demônio


Notas iniciais do capítulo

“Amor é um conhecido. Amor é um demônio. Não há anjo malvado além do amor.”
— William Shakespeare



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Clary estava deitada no sofá da sala esperando uma ideia clarear sua mente, alguma coisa que pudesse seguir em frente e conseguir salvar Jace. Passou uma pontinha de desespero quando se lembrou do anel, fazia dias que não dava mais notícias para Simon, ele deveria estar desesperado.

“Simon?”

“Clary! Que alivio! Não dava mais notícias, você está bem?”

“Sim, quer dizer não. Sonhei com Valentim.”

“Valentim?”

“Sim, ele disse que era pra eu tomar cuidado com Sebastian, porque ele faria qualquer coisa para me ter.”

“Isso foi só um sonho, não precisa se preocupar.”

“Izzy e Alec estão bem?”

“Sim, mas você nem vai acreditar o que aconteceu!”

“Eu sei, segui Sebastian até uma casa abandonada onde ele foi se encontrar com o homem que tentou matá-los.”

“Clary, você está louca?”

“Sebastian matou o homem.”

“Mas ele não te viu?”

“Sim, fiquei desesperada, mas ele falou que não iria fazer nada comigo, por que... ah... por nada.”

“Que sorte Clary! Eu e todos aqui estamos com muitas saudades!”

“Também estou”

Clary ouviu passos descendo as escadas, era Jace. Ele sentou ao lado dela e a abraçou.

—Quer dar uma volta?

—Vamos.

Estavam em Londres, era lindo. Umas das coisas boas de ela ter abandonado tudo por Jace, era conhecer todos os lugares que sempre sonhora em visitar.

Pegaram um táxi e foram até um parque onde ficaram sentados na grama, conversando e se beijando.

—Você está bem, Clary?

—Sim.

—Estou sentindo-a tão distante de mim.

—Impressão sua.

—Pegue meu casaco, está frio.

Ela negou, mas Jace insistiu até ela aceitar.

—Obrigada.

Clary estava viajando em sua mente, tentando imaginar onde Sebastian estaria, até que ela viu no meio da rua um homem desesperado como se estivesse fugindo de um assassino, ele estava correndo entre os carros e o barulho de buzinas estavam incomodando-a. Ela estava tentando entender do que ele estava fugindo, olhou para trás e lá estava o motivo, Sebastian.

—Jace, hm, eu já venho.

—Posso saber aonde vai?

—É um minutinho, fique ai.

Clary começou a andar rápido seguindo-os. O vento frio que batia em seu rosto lhe dava calafrios, tentava não olhar muito para a paisagem linda, pois a última vez quase se perdeu e botou tudo a perder. Começou a andar em direção a um jardim, era afastado de toda a cidade, por isso desejou que estivesse algum lugar para se esconder, uma árvore.

—Você viu o que você fez? Olha a atenção que chamou correndo no meio daqueles carros.

—Por favor, tenha piedade!

—Eu tenho piedade, sou a pessoa mais piedosa do mundo. - Disse Sebastian com um tom de ironia. -

—Obrigada, Sebastian.

Foi então que Sebastian fez movimentos tão rápidos que Clary ficou tonta. Ele pegou a adaga do cinto, o que a fez paralisar, pois era a mesma adaga de seu sonho, na qual matara Jace. Girou a adaga em sua mão direita e fez um corte na bochecha do homem, pois ele foi mais rápido e conseguiu desviar.

—Connor, você acha que vai conseguir desviar para sempre?

—Você tem sangue de demônio correndo em suas veias! Aquela sua irmã, a Clarissa, não sei como ela te aguenta! Ah sim, lembrei, ela ama Jonathan!

—Cale a boca, seu imbecil! Você não tem o direito de tocar no nome dela!

O homem, o qual se chamava Connor, pegou sua adaga rapidamente e a jogou em Sebastian, fazendo um corte profundo em seu braço.

***

Jace estava sentado na grama preocupado pela demora de Clary, então começou a procurá-la. No início não sabia ao certo para onde ir, mas começou a andar pela direção que ela havia ido. Estava frio e ele tinha dado seu casaco a Clary, seu braço começou a latejar como se estivesse machucado, olhou e estava com um corte profundo, pensou em Sebastian, pensou em Clary, então saiu correndo, tentando encontrá-los rapidamente.

***

—Você quer guerra? Então é guerra que vai ter Connor!

Sebastian pegou a adaga que Connor havia jogado e pegou a sua adaga também, jogou uma delas nele o que o feriu gravemente. Enquanto Connor estava distraído com a dor, Sebastian girou a sua adaga e a enfiou em suas costas, acertando diretamente o coração. Clary levou um susto ao ver o homem morrendo, gritou e caiu de trás da árvore.

—Clarissa! O que você está fazendo aqui? - Perguntou Sebastian surpreso. -

Clary ficou olhando para o morto com uma expressão de nojo e ao mesmo tempo pavor.

—Connor? Ele era um inútil, mereceu!

Clary tentou desviar o olhar e olhou para frente, e lá estava Jace encarando-os boquiaberto.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem do capítulo, críticas e opiniões são muitoo bem vindas. O próximo capítulo depende da minha criatividade.



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