A cama de Sebastian era realmente mais confortável do que a do Instituto. Isabelle estava deitada sem conseguir pegar no sono, porque não entendia mais o que estava acontecendo, ela tinha algumas ideias de que Clary estava se apaixonando por Sebastian, mas ao mesmo tempo parecia apenas que estava um pouco deprimida.

Izzy finalmente conseguiu pegar no sono, mas um sono leve, qualquer barulho podia acordá-la. Ouviu a batida da porta da cozinha e logo depois passos na escada, levantou rapidamente pensando no que Sebastian poderia fazer com ela deitada em sua cama, então pegou um vaso no qual era para ter flores dentro e ficou segurando para quando ele entrasse.

Sebastian abriu a porta do quarto, estava sem camisa e aos beijos com uma mulher, a qual estava com um vestido tubinho preto meio erguido mostrando as maçãs de seu traseiro. Isabelle sem pensar jogou o vaso neles, mas Sebastian foi rápido e jogou Rúbia para longe, fazendo-a bater as costas na parede e caindo no piso, desmaiada.

Izzy começou a gritar enquanto Sebastian estava caído no chão cheio de cacos de vidro sobre ele.

Clary e Jace abriram a porta e se depararam com a situação.

—Santo Raziel, o quê aconteceu aqui? –Disse Jace apavorado. –

—Eu não sei, Sebastian chegou se agarrando com ela e eu levei um susto, joguei um vaso de flores neles.

—Você está louca? –Disse Clary desesperada por Sebastian. –

—Me desculpa, agora os dois estão desacordados!

Os três ajeitaram a bagunça e limparam os ferimentos de Sebastian.

—A garota está morta. –Disse Jace. –

—Não! Não pode ser, eu matei uma pessoa! -Disse Isabelle assustada. -

—Não foi você, se acalme.

—Claro que foi, Clary!

Passou-se uma semana, livraram-se do corpo e Sebastian continuava desacordado.

—Clary, fique em casa cuidando dele, eu e Iz vamos sair e já voltamos.

—Aonde vocês vão?

—Nós vamos fazer compras, não tem quase mais nada para comer.

—Vocês demoram?

—Acho que sim, até mais.

—Tchau, Clary.

Clary apenas abriu um sorriso desanimado para eles e sentou-se na ponta da cama observando Sebastian, passou uma pontinha de desespero de ele nunca mais acordar e começou a chorar. Engatinhou até ao lado dele e sentou, uma de suas lágrimas caiu sobre ele e percorreu da testa até a bochecha.

Os olhos de Sebastian tremeram e ele suspirou, assim, foi abrindo lentamente os olhos até encontrar os de Clary.

—O quê aconteceu? –Disse ele transtornado. –

Clary contou a ele o quê havia acontecido e ele pareceu pirar, levantou-se da cama rapidamente até tontear e ter que sentar novamente.

—Você está a uma semana desacordado, é melhor não se movimentar muito rápido.

—Tudo bem.

—Eu senti sua falta. –Disse Clary ruborizada. –

Ele a olhou de canto de olho e continuo quieto. Ela se movimentou devagar até ele e cheirou seu pescoço fazendo-o arrepiar, mas ele continuou parado e sem dizer absolutamente nada.

—Sebastian?

—O que?

—O que está acontecendo?

—Você.

—Eu?

—É, você está me tratando como se eu fosse o único homem da sua vida e eu não quero me machucar mais.

—E se eu escolhesse você?

—Jace, você simplesmente iria deixá-lo?

—Não, mas...

—Foda-se, só preciso esquecer isso de uma vez por todas.

—Foi por isso que contratou aquela mulher?

—Rúbia?

—Ela está morta.

—Ela o quê? –Disse apavorado. –

—De acordo com a Izzy, você a jogou muito forte para longe, ela bateu a cabeça no armário.

—Meu Deus, Clary, eu poderia estar morto.

Clary não disse nada, apenas continuou encarando-o.

—Eu te amo, Clarissa Morgenstern.

Ela o olhou surpresa e abriu um sorriso sem mostrar os dentes, então ele foi chegando pertinho como um gato pedindo cafuné. Seus lábios se encontraram e se beijaram suavemente, foram deitando delicadamente e Sebastian estava acariciando-a. Clary então, sem perceber botou a mão embaixo de sua blusa e ficou desenhando com os dedos quadradinho por quadradinho. Ele não evitou e deu uma risadinha até por a mão em sua cintura e puxá-la para mais perto, a calma foi passando e eles estavam se beijando ferozmente.

Sebastian começou a passar a mão em suas curvas e apalpá-la, Clary não recuou e continuou com uma mão na nuca e a outra sobre o abdômen definido, os dois cada vez mais começaram a aprofundar o beijo, ele tentou tirar a blusa dela, ela recuou por um instante, mas permitiu, ele a olhou com surpresa e tirou a sua também. O garoto começou a abrir os botões de sua calça quando ela interrompeu e sentou-se rapidamente na cama.

—Desculpe, fui rápido demais.

Ela apenas ficou calada.

—Clary?

A garota então o beijou novamente ferozmente e tirou sua própria calça, o mesmo ele e então os dois estavam apenas de roupa íntima. Sebastian delicadamente botou a mão em suas costas e abriu seu sutiã. Clary sentiu-se ruborizar e então estavam à mostra seus pequenos seios para Sebastian. Os dois então ficaram nus e continuaram a se beijar, ele interrompeu o beijo ofegante e perguntou:

—Tem certeza que quer isso?

Ela apenas fez um sinal que sim com a cabeça e Sebastian sorriu maliciosamente.

***

E lá estavam Izzy e Jace na gigantesca fila do supermercado.

—Você ainda acha que Clary me ama?

Isabelle ficou quieta por um instante e respondeu:

—Por que a pergunta?

—Eu a sinto tão distante de mim.

—Você não acha que deveria perguntar a ela?

—E se ela se ofender?

—Se ela te ama, ela vai dizer.

—Eu não sei.

—Vocês já...?

—O quê?

—Já?

—Ah, não.

—Fala sério, se eu estivesse em um lugar diferente a cada semana eu ficaria com meu namorado em cada um desses lugares.

—Que namorado?

—Simon.

—Ele não tenta chupar seu sangue a cada vez? –Disse com um tom sarcástico. –

—Muito engraçadinho. –Fingiu uma risada e olhou-o com uma expressão patética. –

—Alguma ideia para Clary? –Disse envergonhado. –

—Hoje à noite, faça um jantar especial e leve-a para cama. Simplesmente se ela permitir vai ser uma prova de amor, não acha?

—Tem razão.

A menina do caixa gritou:

—Próximo.

E os dois compraram tudo que precisavam e foram para casa.