Entre o céu e o inferno escrita por Dama da noite


Capítulo 9
Fúria


Notas iniciais do capítulo

9º capítulo
“Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor.”
—Johann Goethe



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Jace saiu correndo de onde estava parado e abraçou as duas com todas as suas forças derramando lágrimas de ódio em seus ombros. Sebastian ficou parado onde estava apenas observando o homem caído no chão.

—O quê vocês duas estavam tinham na cabeça? –Disse Jace com um olhar de fúria sem encará-las diretamente nos olhos. –

—Não está em feliz de nos ver? O quê aconteceu com você, Jace? –Falou Isabelle indignada. –

—Vocês somem, deixam-nos dois preocupados e simplesmente eu que estou errado? Eu não estou te entendendo.

—Parem de brigar, o que aconteceu Jace? –Disse Clary desapontada com a atitude dele, mas ao mesmo tempo curiosa pelo olhar que Sebastian estava lançando para Peter. –

—O que aconteceu? O que aconteceu? Sério? –Lançou um olhar patético para o Sebastian. – Para de olhar para esse babaca, vamos para casa!

—Uau, se revoltou. –Sebastian falou dando uma risadinha de canto de boca. –

—Cale a boca, não estou em um dia bom. Por favor, vamos para casa.

—Não vamos sair daqui enquanto ele não levantar. -Disse Sebastian fitando o homem. -

—Sebastian, não! Não quero mais ver esse homem na minha frente, ouça o Jace. –Falou Clary com um olhar de decepção para ele. –

—Está bem. –Foi se afastando, até que atravessou a rua e esperou todos passarem em sua frente. –

Logo após que todos passaram ouviu Peter gemer de dor, andou em direção a ele tentando não demonstrar que não estava os acompanhando. Ao chegar perto dele, deu uma gargalhada curta e prosseguiu:

—Apanhando por duas gatas, quem diria.

—Quem é você e o que... –Deu uma tossida e começou a gemer de dor novamente. –... E o que você quer de mim?

—Você sabia que aquela ruiva é a minha irmãzinha?

—Parece beijar muito bem, pena que aquela... –Pareceu estar agoniado com a dor, mas continuou. –... Aquela outra nos interrompeu.

Sebastian deu uma risada falsa e continuou olhando ele agonizado.

—Já que tocou nesse assunto, beija muito bem.

—O quê? Vocês dois já...?

—Isso não é da sua conta, mas continuando o que eu vim fazer aqui...

Ao terminar de dizer isso arrancou uma adaga do cinto da calça jeans, girou em seu punho e enfiou com toda a força e raiva em seu coração. O homem o olhou com espanto e gritou de dor. Sebastian riu com frieza e Peter disse suas últimas palavras:

—Ela não o pertence.

Bateu os joelhos no chão ficando ajoelhado, então tirou a adaga presa ao corpo dele e guardou de volta no cinto deixando-o caído como se fosse um animal vulnerável.

***

—Você voltou lá até ele acordar? –Disse Jace ao ouvir a porta bater, estava sentado no sofá batendo os pés rapidamente e escorando sua cabeça nas mãos como se estivesse preocupado. –

—Estava me esperando?

—Preciso desabafar.

—O quê aconteceu?

—Clary.

—O quê houve?

—Não sei, desde uns tempos para cá ela simplesmente tem se distanciando de mim cada vez mais, às vezes até acho que ela tem um novo amor. –Ao dizer isso Sebastian gelou, abriu um sorriso meio torto de canto de boca involuntário e continuou a escutar. – Ela não conversa mais comigo direito, ela não me beija mais daquele jeito, parece que ela não me ama mais.

—Não diga isso, Clarissa largou tudo por você, largou a mãe, Luke, Simon e todos os seus amigos, para que? Para ficar ao seu lado. –Quando disse isso levou um espanto, ele finalmente estava sendo verdadeiramente legal com Jace. –

—Você podia... Podia falar com ela.

—Onde está Izzy?

—Se não se importa ela está dormindo no seu quarto.

—Não estou com sono mesmo, vou subir, para falar com Clary.

Sebastian se virou e foi em direção a escada.

—Ei. –Chamou Jace de volta. –

—O quê?

—Obrigada, de verdade.

Abriu um sorriso mostrando seus dentes retos e incrivelmente brancos.

Continuou subindo as escadas, chegou ao quarto de Clary e ficou parado pensando o quê iria dizer, afinal não seria fácil “Clary, por que você não ama mais o Jace, só por que te beijei não significa que nos gostamos.” Pensou bem e entrou sem bater na porta.

—Clary, eu queria falar... –Sebastian ficou boquiaberto, Clary estava de costas para a porta apenas com a calça do pijama, indo por um sutiã branco sem muito detalhe. Ela virou a cabeça rapidamente se tapando e começou a brigar com ele. –

—Sebastian! Saia daqui agora!

Sebastian saiu do quarto rapidamente e ficou esperando do outro lado da porta.

Passou alguns minutos, então ele deu uma batidinha na porta e falou:

—Posso entrar agora?

—Pode.

—Desculpa ter entrado daquele jeito, não era a minha intenção.

Clary não conseguiu se segurar e fechou a porta trancando-a agarrando-o. Sebastian surpreso retribuiu o beijo, os dois se beijavam tão intensamente, era um beijo longo e ela se sentia como se estivesse queimando. Sentia um gosto apimentado em sua boca, mas era bom. Deitaram-se na cama aprofundando ainda mais o beijo, Clary recuou por um instante, mas permitiu que ele passasse suas mãos investigando seu corpo, primeiramente passou a mão da nuca até a cintura e depois começou a passar a mão como se estivesse desenhando seu corpo.

Ela sentiu um calafrio na espinha e continuou a beijá-lo. Sebastian então tentou tirar a blusa dela permitindo assim mais intimidade, mas ela então retrocedeu, saindo de seus beijos e de seus braços.

—Fui rápido demais?

—Não, quer dizer, não devia ter te atacado desse jeito, me desculpe.

—Não se desculpe. –Disse a olhando com um sorriso malicioso. –

—Por favor, saia do meu quarto.

—Eu continuo precisando falar com você.

—Fala.

—Jace pediu para eu vir até aqui. Ele está se sentindo distante de ti e acha que você não o ama e a propósito, ele até acha que você ama outra pessoa.

—Como é que é?

—Também fiquei surpreso, mas ele nunca vai adivinhar de nós, é tolo demais.

—De nós? O quê? Nós somos irmãos Sebastian, a gente não pode continuar com isso. Até por que, alguma hora alguém vai saber.

—Você acaba de me atacar, a gente se beija para depois você dizer que não quer continuar com isso? Fala sério Clary, essas regras são para mundanos.

—Sebastian, você tem que aprender a respeitar a minha opinião!

—Clary, quer saber, eu não quero discutir. Você que sabe da sua vida!

—Você sabe que me deixa confusa.

Sebastian a pegou pelo braço apertando-a com força.

—Está me machucando.

—Clarissa, para de fazer isso!

—Me solta.

—Você não vê! Você está namorando o Jace e está deixando ele de lado por minha causa, e agora não quer ter mais nada? Clarissa, vê se cresce, parece uma daquelas crianças que não sabe se quer a bala de morango ou de uva. Jace está sofrendo lá embaixo, ele te ama de verdade, mas a dor que você deixa em mim está me corroendo, ver você abraçá-lo, beijá-lo. Se você está em dúvida, não me beije novamente.

Ele a soltou deixando uma marca vermelha em seu braço e saiu do quarto batendo a porta.

Ela passou a mão rapidamente nas marcas do braço para passar a dor e se jogou na cama chorando. Seu choro foi lhe dando sono e simplesmente dormiu, e sonhou.

“Estava de volta ao instituto, havia uma reunião. Lá estava a mãe, Simon, Magnus e Alec.

Clary chegou à frente da mãe e tentou abraçá-la, mas era como se não estivesse ali, era tão bom vê-los novamente, ver que eles estavam bem, embora não pudesse se comunicar.

Ficou parada ao lado de Simon observando atentamente cada detalhe. Então começaram a falar:

—Simon, soube mais alguma notícia de Clary? –Disse a mãe já sem esperança. –

—Não, sinto muito Sra. Fray.

—Magnus, alguma notícia?

—Sem notícias.

—Alec?

—Nenhuma.

—Não é possível! Clary está com Sebastian em um lugar distante, Jace está junto e agora Isabelle desapareceu com riscos de estar morta!

Olhou para o Simon e ele estava chorando.

—Sra. Fray, eu acho que a perdemos para sempre, não tem como separar Jace e Sebastian, e é impossível rastreá-los, pois mudam de lugar facilmente.

—Simon tem razão, Jocelyn, não há mais o que fazer. -Falou Alec seriamente.-

—Vocês vão desistir? Que bom, mas eu não! É a minha filha que está em perigo e você Alec, deveria se preocupar com seus dois irmãos, nada é impossível pra mim.”

Clary acordou ofegante e levou um susto ao olhar para cima, estava Jace a fitando.

—Está tudo bem?

—Só tive um sonho ruim.

Jace aproximou-se devagar do seu rosto sentido sua respiração quente. Abriu a boca tocando em seus lábios e então os dois começaram a se beijar lentamente, quando de repente ouviram um grito de Izzy e uma batida na parede. Levantaram da cama rapidamente e saíram correndo.

Lado de Sebastian

Decidi então, entrar no quarto de Clary e despejar tudo que tenho pra dizer. Abri a porta do quarto e me deparei com ela sem blusa, apenas de calça. Fiquei de boca aberta, cada detalhe de seu corpo era tão lindo, mas não pude observar muito aquela linda paisagem, pois ela havia brigado comigo e mandado ir embora.

E lá estava eu novamente do outro lado da porta pensando no que falar, nas palavras certas.

Bati suavemente na porta e falei:

—Posso entrar?

—Pode.

Abri a porta lentamente e um pouco sem jeito falei:

—Desculpa ter entrado daquele jeito, não era a minha intenção.

Não sabia ao certo se eram aquelas as palavras que ela gostaria de ouvir. Clary se movimentou rapidamente, fechou a porta do quarto, trancou-a e simplesmente se jogou em mim. Começou a me beijar ferozmente, eu é claro, retribui o beijo, sua boca era suave. Era como se eu estivesse beijando um anjo, nossos lábios combinavam.

Deitamos então na cama e continuamos a nos beijar, comecei então passar a mão em seu corpo, no começo fiquei com medo de ela sair dos meus braços, mas ela permitiu com que eu fizesse o que eu queria. Passei minhas mãos da nuca até sua cintura, sentindo-a tremer. Sua pele era tão macia como se fosse a de um bebê. Comecei a explorar cada parte de seu corpo, era tudo tão perfeito, cada curva, cada movimento.

O momento estava maravilhoso, nunca tinha me sentido desse jeito, a não ser que fosse interrompido por minha culpa, eu tentei tirar sua blusa, mas ela recuou e saiu dos meus braços.

Falei então o quê Jace me pediu para fazer, discutimos e disse tudo que precisava falar na cara dela. Agora eu estava me sentindo completo. Ela achava que podia ficar com os dois sem nenhuma consequência, pois agora iria ter.

***

Saí de casa e fui a um bar, pedi uma vodka e fiquei pensando se o quê eu disse foi certo, mas agora não importava mais, eu já tinha dito. Paguei a bebida e fui andar por aí. Estava em Berlim, era tudo tão bonito de noite. Parei em um beco escuro, onde tinha um aglomerado de mulheres, fui até elas sorrindo.

—Olá garotão, ta precisando de algum serviço?

Meu sorriso desapareceu, não tinha ideia como tinha chegado ao ponto de ir até prostitutas, mas já que estava ali, não tinha o porquê de não continuar. Avistei uma garota com cabelos lisos e ruivos, fui em direção a ela e falei:

—Eu quero você.

Todas as outras me vaiaram, mas não dei bola e sai abraçado nela.

—Como é seu nome?

—Rúbia e o seu?

—Sebastian.

Parei-a em um beco onde não tinha ninguém e então comecei a beijá-la, seu beijo era diferente e sua boca tinha gosto de cigarro. Comecei a beijar seu pescoço e apalpá-la com pegada. Fui abaixando até chegar ao zíper de seu vestido, o abri com facilidade e então começamos a nos beijar de um modo selvagem.

Tirei minha roupa e começamos a aprofundar a nossa intimidade, tirei sua calcinha e nos apoiamos na parede, e então assim ela deixou que eu fizesse o que eu queria.

***

Ao acabarmos, pedi que fosse comigo até em casa.

Chegamos lá e sem fazer subimos a escada e começamos a nos beijar, tirei a minha camiseta novamente e entramos no meu quarto, mas o quê não tinha lembrando era que Isabelle estava lá.


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Notas finais do capítulo

Oe, desculpa a demora pra postar gente, eu realmente estou sem tempo, mas então, aí está o capítulo. Eu escrevi bastante dessa vez e já vou me desculpando novamente se tiver alguns errinhos, não deu tempo de revisar. Eu já tinha pedido isso no último capítulo, mas vou pedir de novo, se vocês quiserem podem já dar idéias de como vcs querem que acabem a fic (n está acabando). Críticas?



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