A Fórmula do Amor escrita por Gabriel Campos


Capítulo 6
Perdendo o Controle


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é pequeno, mas prometo que vou postar o outro em seguida.
Ah, agradeço à Mary pela recomendação, é a nossa primeira . Ela já leu a fic toda quando eu postava em outro site, e está acompanhando aqui de novo. Ah, recomendo muito as histórias dela, são ótimas *-*



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Diário do Berg

Acordei bem tarde no hospital. Abri os olhos e a minha mãe e a Andreza (minha irmã) estavam do meu lado. Mamãe segurava o seu terço, já deveria ter o rezado umas cem vezes só naquele hospital. Vi aquilo pela expressão de cansaço tanto da minha irmã quanto da minha mãe.

— O que aconteceu? - Eu perguntei.

— Você foi atropelado, Berg.

— Atropelado? Só se for por um bando de valentões!

— Mas foram três meninos bonzinhos que te levaram pra casa! Os retribuí com aquele bolo de cenoura com cobertura de chocolate e um leite geladinho...

Porra, meu bolo de cenoura! Minha mãe deu meu bolo para os meus próprios carrascos! Foram eles, só poderiam ser eles. Deram-me uma surra e depois pra não levar culpa me levaram pra casa.

Preferi ficar calado e deixar todos acreditarem que eu fui atropelado de fato. Pedi um espelho para ver a situação da minha cara de nerd: conseguiram estragá-la, mais do que ela já era. Meu olho direito estava inchado, minha cara toda arranhada, pareciam que tinham esfregado no chão! Além disso, eu quebrei um braço. Quer dizer, eles quebraram o meu braço.

Eu não me arrependi nem um pouco de ter dado aquele chute no John. Se eu soubesse o que iria acontecer, eu tinha dado um chute mais forte, assim ele poderia até quebrar o crânio e morrer de vez (antes ele do que eu, galerinha).

Fiquei internado dois dias, em observação. No último dia eu recebi uma visita inesperada: Madalena Feitosa dos Santos, mais conhecida como minha ex.

Não sabia se sorria ou se chorava. Se ela iria me visitar pra encher meu saco por tudo o que aconteceu entre nós eu choraria; se fosse pra dizer que queria ser minha amiga e sentisse muito pelos fatos todos eu abriria aquele sorriso.

Madalena não me disse nada. Ficou olhando pra mim por uns dois minutos e depois que ela foi falar:

— Com “A” escrevo amor...

Com “P” escrevo paixão...

Com “J” escrevo Berg...

— Desculpa Madalena, mas meu nome não começa com J.

— J de Berg. Judas do meu coração!

Ela pegou um travesseiro e ficou pressionado contra o meu rosto, na intenção de me sufocar (pensei que ela fosse mais inteligente). Eu, mesmo com apenas um braço, consegui reagir legal e dei um empurrão nela, que caiu para trás. Foi como aquela cena de novela clichê, onde o vilão tenta matar o mocinho debilitado com um travesseiro.

— Pirou Madalena?

— Você me paga, Berg! Você me paga!

— Socorro! Socorro!

Meus gritos de socorro foram em vão. A louca da minha ex-namorada ficou assustada com eles e saiu correndo antes que alguém a pegasse. Só sei que a partir daí eu passei a ter um novo pensamento sobre aquela garota: Insensata!

Quando eu saí do hospital, eu só tinha apenas uma coisa na cabeça: saber quem era de fato Madalena.

Quem era aquela menina que eu namorei sem mesmo ter sido consultado se eu realmente queria? Por que ela foi logo para cima de mim, tendo tantos outros garotos dentro daquela escola? Por que ela tentou me matar?

Eu teria que ir em busca de todas essas respostas sozinho.

Depois de perguntar a algumas pessoas eu descobri que a Madalena vivia à base de remédios controlados. Então ela era doidinha de pedra mesmo. Só que os pais dela não sabiam que ela vinha cuspindo os remédios. Era bem simples: guardava o comprimido debaixo da língua e cuspia. Acho que ela já se considerava "curada" da "doença" que ela tinha. Mas os remédios faziam com que ela controlasse sua loucura.

As más línguas diziam que Madalena sofrera uma espécie de trauma em sua infância, mas isso só Deus sabe.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Vou postar outro. Não esqueçam de comentar :3