–Como assim? -Digo um pouco confusa.

–Ele chamou ela pra sair algumas vezes, só que ela não quis, ai hoje ela finalmente aceitou, só que não porque ela gosta dele e sim porque ela que "brincar" com ele. A Carrie de sempre.

–Ela não pode fazer isso, é só um garoto. Ela vai mata-lo?

–Acho que você tá querendo saber de mais. Não chego a ver mortes, apenas o futuro mesmo. -Ela disse como se não fosse uma coisa muito boa, pelo menos ela podia ver o futuro. Ouvi a voz da Carrie e chamei ela.

–O que é. Oi! -Ela olhou Melissa e deu um sorriso que pela primeira vez não parecia falso.

–Quero perguntar como foi com o seu namo... namorado.- Era difícil pensar em Carrie namorando. Ela ergueu as sobrancelhas e deu uma risada seca.

–Quem disse que é da sua conta?

–Vai Carrie fala, é só mais um papo de garota. -Melissa disse. Carrie fechou a porta. Ela se sentou na minha poltrona verde que ficava ao lado esquerdo da porta.

–Foi a melhor coisa que já me aconteceu desde que inventaram a eletricidade. -Ela disse em tom apaixonado encarando a janela. Franzi o cenho e olhei para Melissa, ela não podia estar gostando dele de verdade, podia?

–Vocês vão sair de novo. -Melissa pergunta um pouco chocada.

–Acho que sim. -Ela sorri muito animada. -Agora tenho que ir.

–Não estou acreditando, será que ela está mesmo apaixonada? -pergunto.

–Se está, eu estou vendo as coisas erradas, o que não é muito provável.

–Você acha que ela mentiu?

–Acho, eu confio nas minhas visões e pelo o que eu sei das coisas que elas faz, não acho que estava falando serio, sem ofensas. -Ela levantou as mãos. Não sabia em quem acreditar, a Carrie sempre foi encrenqueira, mas ela parecisa estar falando a verdade. Melissa tem mesmo visões verdadeiras, ela descobre varias coisas antes de todo mundo, fazer o que né?

Melissa foi embora, me chamou para ir na casa dela amanhã depois da aula, eu aceitei. May poderia ficar algumas horas sozinha em casa, afinal com toda essa historia de namoro da Carrie ela não iria ficar em casa.

Quando estávamos na escola dei de cara com Matt umas cinco vezes e na ultima ele feliz... infelizmente falou comigo.

–Oi Natasha, como vai? -Ele disse em um tom irônico e sorriu.

–Oi Matt.

–Você parece meio triste, aconteceu alguma coisa que queira compartilhar comigo? -Ergui as sobrancelhas, ele só podia estar brincando.

–Eu mal te conheço.

–Se quiser podemos mudar isso. -Abri a boca para protestar mais ele foi mais rápido.

–Nos vemos mais tarde. -E se foi.

Na hora de ir embora, Melissa pegou uma carona comigo porque ela não veio de carro e estávamos indo para o mesmo ponto.

–Eu vi você conversando com o Matt. -Ela deu seu sorriso malicioso.

–Da um tempo Melissa.

–Ele é legal, um bom amigo se quer saber. -Revirei os olhos.

Quando chegamos Melissa disse que eu poderia estacionar na vaga dela pois seu pai estava com o carro.

–Vou logo avisando, minha mãe faz algumas perguntas meio... estranhas.

–Estou acostumada.

A sala dela era enorme, o chão de mármore branco, o sofá em L de couro branco, com uma televisão enorme, uma mesinha de centro bem chique, que tinha algumas coisas para enfeitar, tinha uma escada para o andar de cima, e um degrau que dava para a cozinha. Estava muito silencioso.

–MÃE? -Melissa chamou duas vezes.

–Estamos sozinhas? -Pergunto.

–Sim! ufa não aguentaria ver minha mãe e seu quiz vida pessoal com você. -Ela jogou a mochila no sofá e falou para eu fazer o mesmo. -Fomos para a cozinha, também muito chique, ela pegou um pote de sorvete de creme no frízer e pegou duas colheres na gaveta e entregou uma para mim. Ficamos lá na bancada comendo e conversando. A campainha toca, ela foi ver quem era e eu continuei comendo. Ouvi uma voz familiar e fui ver quem era.

–Eai Natasha?

Era o Matt.