POV Uhura (da próxima vez vou colocar o Spock pra narrar no meu lugar)

Leo explicou que ele tinha poderes e tal, demonstrou de novo e a cada vez que ele lançava um raio, uma mecha azul aparecia em seu cabelo, depois de umas vinte amostras de poder, o cabelo dele estava completamente azul. Tipo isso:

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Eu estava normal com isso, já estava acostumada ao cabelo azul dele, passei muitos anos com eles, acredite, quando consegui me separar foi uma choradeira minha, da Mia, da Ashley e é claro, uma choradeira maior ainda do Leo, ele parecia um bebê chorando.

– Então gente, vamos ficar aqui mesmo, ou vamos embora? – Ashley diz impaciente, com certeza ela não gostava de ficar aqui.

– Ah claro, vamos – o capitão fala já indo embora, fomos todos abraçados, afinal, agora somos uma grande família, em breve Jim e Mia vão se casar, e ainda tem a parte delicada da história, o Khan, que pela minha parte e do Leo está ótima, mas pela parte do Jim e do Spock é uma confusão, oh gente esquisita, passado é passado.

Ashley, se casou com o Khan, tem uma filha, Mia está grávida e vai se casar com o Jim, o pai (se não fosse seria outra história), Leo e Carol se casaram e estão esperando o primeiro filho, eu me casei com meu lindo vulcano e estou grávida, nossa, como tudo isso aconteceu? Foi tudo tão rápido, já estávamos na nave auxiliar voltando pra Enterprise e eu pensando nisso, só me percebo quando chegamos quando Mia fica me cutucando.

– Que foi?

– Chegamos.

– Ah tá – nós saímos e o capitão avisa que vamos voltar pra Terra, deixar a Ashley, eu só sei de uma coisa, eu vou ficar na Terra, não importa nada, eu vou ficar, chegamos em um dia, não aconteceu nada, absolutamente nada nesse dia, mas Mia me contou que também iria ficar, disse que era melhor ficarmos de repouso nos primeiros meses de gravidez, já que esses são os mais difíceis, o corpo está se adaptando ao feto.

O capitão aceitou, ele vai ter que nos substituir quando retomarem daqui a uma semana, a Frota sabe que estamos voltando, duh, eu tive que avisar, senão eu seria incompetente, bom, ficamos uma semana na Terra e também não aconteceu porra nenhuma, depois que eles foram, a desgraça chegou, ficamos meio depressivas, três mulheres grávidas longe dos maridos, um mês se passou, eu estava com dois meses, quase três, fui para minha primeira consulta.

POV Carol

Vamos dar um descanso pra Uhura, ela já narrou demais, agora vem a segunda diva daqui narrando, bom eu estava com cinco meses de gravidez, minha barriga já estava grande, ótimo, eu não vejo a hora do meu bebê nascer, estávamos eu, Mia, Ashley e Lea (a filhinha da Ashley) na minha casa, assistindo desenho animado, Ash brincava com sua filha no chão, ai ela é tão fofa, a Lea, não a Ash, de repente meu celular toca.

Ligação on

– Senhora Carol McCoy?

– Sim, pois não?

– Aqui é do Hospital de São Francisco, uma mulher chamada Nyota Uhura, disse para ligarmos para você.

– O que aconteceu com ela?

– Ela prefere que a senhora venha até aqui.

– Ok, estou indo, tchau.

Ligação off

– Carol, o que foi? – Mia pergunta assustada, eu não devia estar com a melhor das expressões.

– A Nyota, ela está no hospital, eu tenho que ir vê-la – eu digo me levantando e pegando meu casaco.

– Eu vou com você – ela se levanta.

– Você vai ficar bem sozinha Ashley?

– Claro, eu tomo conta da casa, vão ver o que aconteceu com a Ny – nós vamos, chegamos lá e fomos levadas até o quarto em que ela estava.

– Ny, o que aconteceu? – eu digo triste por ver minha amiga naquele estado, ela começa a chorar, os olhos dela estavam vermelhos, acho que ela chorou muito antes.

– Eu estava vindo pra cá, um caminhão perdeu o controle e bateu no meu carro, disseram que é um milagre eu estar viva, mas eu perdi meu bebê – ela consegue dizer, mas chora desolada no final, eu sento na beirada da cama e abraço ela, Mia faz o mesmo do outro lado.

– Ny, tá tudo bem, você ainda vai ter muitos filhos – Mia enxuga as lágrimas do rosto de Nyota.

– O que o Spock vai falar?

– Tá tudo bem Ny, foi um acidente, vocês dois ainda vão ter muitos filhos, ele vai aceitar tudo muito bem, ele te ama – ela dá um sorriso, mas um sorriso triste.

– Eu nem descobri se era menino ou menina.

– Tá tudo bem – Mia abraça ela de novo.

– Não está nada bem, vocês não sabem como dói, tanto emocionalmente como fisicamente – olhamos pra ela tristes, deve ser horrível, perder um filho, depois de uns dias, Nyota me ligou, ela disse que ia embora, ela ia pra Inglaterra, e queria que eu não contasse pro Spock pra onde ela foi, ela já havia chegado lá, na verdade, Mia disse que ela ligou pra ela também e disse o mesmo, um mês depois, eles voltaram.

– Leo, meu amor – ele me abraça forte e me dá um beijo apaixonado, eu olho pra Spock, ao mesmo tempo que Mia faz o mesmo, nós duas vamos até ele.

– Spock...a Ny, ela... – Mia começa, mas olha pra mim tipo “termina, eu não vou conseguir” eu respiro fundo.

– Ela fugiu, certas coisas aconteceram e ela foi embora.

– O quê? Não pode ser verdade.

– Infelizmente, é verdade – ele passou por nós duas, entrou no seu carro, e foi embora, é muito difícil falar sobre isso, nós duas ficamos tristes, Leo veio até nós duas.

– O que aconteceu?

– A Nyota fugiu – Mia falou de uma vez só, bem rápido.

– O quê?

– Ela foi embora – eu digo abalada.

– O que aconteceu? A Uhura fugiu?

– Sim – Mia fala impaciente.

– Por quê?

– Porque ela quis ir embora, e assim eu vou embora também, tchau – eu viro as costas e volto para meu carro, não corri porque nas minhas condições, correr não é uma opção, fiquei observando Mia tendo que lidar com os dois, eles ficaram surpresos, depois um pouco tristes, e contrariados, mas aí Leo veio até mim.

– Ela perdeu o bebê?

– Num acidente de caminhão, ela não aguentou a pressão e fugiu, não me pergunte pra onde porque eu não sei – eu vou manter minha promessa – ela queria ficar sozinha, não aguentou a dor.

– Eu queria poder fazer alguma coisa – ele me abraça e beija minha testa.

– Por enquanto não podemos, vamos deixar o Spock sozinho por um tempo, depois vemos o que podemos fazer, vamos Leo.

– Você já sabe se é menino ou menina? – ele ia dirigindo e me perguntou.

– Sei, mas não vou te contar.

– Conta, eu sou o pai, eu mereço saber – ele estava quase implorando.

– Ok, é uma menina.

– Sério?

– Sim, algum nome em mente?

– Não...

– Fala logo.

– Ok, eu pensei que se fosse menina, poderia ser Alexia – awnnn, é um nome fofo.

– Eu gostei, pode ser que eu deixe você escolher.

– Pode ser que você me deixe escolher um nome porque você gostou do nome ou porque você ainda não escolheu um nome? – eu achei melhor ficar calada – eu sabia.

– Ok, eu ainda não pensei num nome, mas gostei de Alexia, e tenho mais três meses para pensar em um.

– Ok, por enquanto é Alexia.

– Por enquanto é Alexia – eu gosto de Alexia, penso nisso passando a mão na minha barriga.