Garota Cafeína escrita por Codinomeju


Capítulo 15
Vá embora


Notas iniciais do capítulo

Não postei o capítulo ontem, mas hoje trago muitas emoções muahahahaha



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/513809/chapter/15

Martin tomou voz e perguntou o que tinha acontecido e foi aí que meu mundo todo caiu, Sofie começou a chorar mais forte ainda. Ela chorava desesperadamente. Ciena deu um abraço nela e o choro se resumiu em soluços e narizes fungando. Elas saíram para conversar e nós dois fomos até a professora.

– O pai dela sofreu um acidente e...não resistiu. - A professora falou com os olhos vermelhos. Notei que ela tinha chorado muito com a notícia também.

Quando todos já estavam acordados, Sofie já tinha voltado para casa. Ela me disse que iria fazer uma viagem e me entregou a chave da casa dela para que eu pudesse regar a flor que eu tinha dado a ela.

Assim, os dias se passaram e o acampamento deixou de ser algo divertido para ser algo extremamente chato, eu contei os dias para sair daquele lugar e finalmente fomos embora. Minha mãe me esperava do lado de fora da escola. Abracei ela e no caminho contei tudo o que tinha acontecido. Ela levou minha bolsa pra casa e disse que eu poderia ir lá logo pra regar a planta e não esquecer.

Fiz o que ela pediu. Quando abri a porta da casa, um vento congelante bateu em mim, parecia que eu tinha entrado em uma geleira. Fui andando até a cozinha e não vi a planta dela lá. Os armários estavam todos abertos e tinha comida espalhada e derramada pela mesa e no chão. Fiquei em dúvida no que teria acontecido ali. Voltei para a sala e subi as escadas indo direto pro quarto dela. Quando cheguei lá notei que estava mais bagunçado do que o normal. Comecei a procurar pela planta e cansado me joguei na cama dela. Escutei algum barulho de papel onde eu tinha sentado.

– Ops. - Levantei um dos lados e puxei o papel para ler o que estava escrito. Eu não entendia quase nada, mas peguei o celular e tirei uma foto do papel.

– Aqui está você. - Fui até a planta e a reguei, trancando a porta e indo para casa.

Chegando em casa pendurei a chave com as outras, beijei minha mão e fui para o meu quarto. Mamãe já tinha posto a mochila em cima da cama. Liguei o notebook e conectei na internet. Abri o celular e pesquisei no google tudo o que estava escrito ali.

Quando li aquelas palavras fiquei pálido, só podia ser mentira, tinha que ser mentira. O papel dizia que Sofie só tinha mais um mês de vida. Após ler tudo com calma, senti meus olhos fechando e tudo ficou embaçado, tentei gritar o nome da minha mãe, mas tudo ficou preto. Eu não tinha desmaiado, ainda conseguia sentir as coisas em minha volta e, de repente, me vi caindo. Caindo? Caindo da onde? Eu não sabia. Estava caindo no meio do nada. Senti um impacto forte e depois um frio percorreu pelo meu corpo. Depois disso não lembro mais de nada.

***

Acordei com dores na cabeça, levantei e notei que estava na cama de meus pais. Botei o pé no chão e fiquei de pé quando tombei no chão.

– Mãe? - Chamei por ajuda e ela logo chegou.

– Filho. - Ela correu até mim e me ajudou a levantar me pondo sentado na cama.

– O que aconteceu?

– Eu não sei, você chegou daquele acampamento, foi na casa de Sofie, voltou e quando entrei no seu quarto você tinha desmaiado, te levei ao hospital, mas eles pediram pra te deixar em repouso.

– Mãe, quanto tempo eu to dormindo? - Botei a mão na cabeça que doía de leve.

– Três dias seguidos. - Ela me levou até a cozinha e me deu algo para comer dizendo que meu pai estava trabalhando para pagar a conta do hospital em que eu fiquei. Tudo ainda estava muito confuso para mim.

– Mãe...Sofie já voltou?

– Sim filho, mas acho melhor você ficar...- Iterrompi ela levantando e me trocando.

Bati na porta e Sofie abriu com o cabelo todo bagunçado e olheiras enormes.

– Oi... - Ela disse surpresa.

– Oi. - Acenei meio envergonhado.

– Fiquei sabendo que você desmaiou, sua mãe disse que iria me avisar quando você acordasse e...

– Eu vim direto pra cá.

– Ata, entra.

Fomos para o quarto dela e sentamos no mesmo lugar de sempre.

– Sofie...você não tem nada para me dizer?

– Eu? Não. - Ela alisou o chão com o pé.

Peguei o celular e mostrei pra ela a foto que tinha tirado do papel.

– Com que direito você entra no meu quarto e revira as minhas coisas? - Ela se mostrou ofendida.

– Eu só estava procurando pela sua flor.

– Não interessa. - Ela levantou com o rosto vermelho e apontou para saída. - Vai embora...AGORA.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Meio decadente né?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Garota Cafeína" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.