Garota Cafeína escrita por Codinomeju


Capítulo 14
Algo para fazer


Notas iniciais do capítulo

Uma noticia muito triste: A história já está rumando para o final!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/513809/chapter/14

– Você que pediu, posso fazer o quê? - Clarissa debochou e Sofie foi em direção a ela.

~ Jonna voltando a narrar...


Elas já estavam à meia hora procurando a bandeira, todos já tinham desistido da volta delas.

– Professora, posso ir atrás delas? - Perguntei e ela assentiu.

Quando eu estava prestes a ir, eis que surge Clarissa carregando Sofie que aparentava estar desmaiada com a bandeira presa no bolso da calça. Todos correram e formaram um círculo em volta dela.

– O que aconteceu? - Uma menina do grupo dela perguntou.

– Eu que vou saber? Quando eu cheguei na bandeira, ela estava desmaiada perto do lago. Eu peguei a bandeira, mas não ia deixar ela lá jogada né? - Clarissa respondeu, colocando Sofie no colo de um garoto e saindo da roda. Eu também saí.

– O que aconteceu? - Puxei ela pelo antebraço.

– Eu já disse. - Ela não fez questão de virar, apenas parou de andar.

– Vou repetir a pergunta. - Ela suspirou e se virou levantando uma das sobrancelhas. - O que aconteceu?

Ela puxou o braço da minha mão.

– Chegamos na bandeira ao mesmo tempo aí agarramos. Eu mandei ela soltar, mas ela respondeu "solta você", aí eu soltei, acertou o nariz dela e ela veio em cima de mim.

– E depois?

– E depois o quê? - Clarissa perguntou confusa.

– Depois que ela pulou em você? Como ela desmaiou? Você tacou algo nela?

– Taquei meu punho na cara dela. Que ideia. - Ela entrou na barraca dela.

A professora disse que meu grupo poderia se recolher para cuidar de Sofie, mas os jogos continuariam sem nós. Entramos na barraca e ficamos conversando enquanto Sofie dormia com um pano na testa.

18:00 horas a professora chamou todos para o refeitório. Quando chegamos lá, todos já estavam acomodados, era uma mesa para cada grupo. Eu, Ciena e Martin entramos na fila e colocamos um prato em nossa bandeja. A professora que estava colocando nossa comida. Pegamos nossos sucos e nos sentamos.

– E aí gente? - Tentei puxar assunto.

Ciena comeu um pouco do macarrão jogado em seu prato e bebeu um gole.

– Não achei que esse passeio seria tão chato.

– Nem eu. - Martin concordou.

Terminamos de comer calados e fui em direção a barraca.

– Já ta acordada? - Vi Sofie se levantando.

– Acordei agora...

– Você tem que comer alguma coisa. - Falei.

– Não quero. - Ela protestou. Como era teimosa!

– Toma. - Entreguei uma flor pra ela e ela sorriu.

– Obrigado! - Botou a flor em uma garrafa com um pouquinho d'água e me abraçou.

Tropecei em uma pedra e caí em cima dela.

– Desculpa. - Falei desesperado. - Tudo bem?

– Sim e com você? - Ela riu, sei que ela não interpretou a pergunta errada sem querer.

– Eu quero fazer alguma coisa. - Me joguei para o lado dela e deitei na grama encarando o céu.

– Vem. - Ela levantou e me puxou junto.

– Aonde vamos? - Ela fez um gesto de silêncio.

Começamos a correr e paramos no lago. Sofie tirou as botas e depois a blusa. Arregalei os olhos. Ela tirou o short e vi que usava um mini short quase que como uma segunda calcinha. O short só ia até o final da bunda. Ela também usava um top por cima do sutiã. Soltou os cabelos e pulou na água.

– Vai ficar aí parado? Entra. - Ela chamou e sem pensar duas vezes fiquei de bermuda e pulei no lago.

– Você não me disse que a água estava molhada. - Nadei até ela.

– Do jeito que você é fresco, nem entraria.

– Exagerada! - Mostrei a língua.

Ela ficou de costas tentando olhar algo na água. Já eram 14:00 horas.

– Posso subir nas suas costas? - Ela perguntou de repente.

Sem responder, estendi as costas para ela e a mesma pulou em mi. Eu estava sentindo seus peitos nas minhas costas. Que pecado.

– Tapa o nariz. - Ela tapou.

Levei nós dois para o fundo e ela começou a me bater. Voltamos para a borda.

– Tá maluco? Eu não sei nadar! - Ela falou desesperada e rapidamente levei ela pra parte funda de novo.

– Vamos mergulhar, hein! - Falei e mergulhamos. Ela estava agitada nas minhas costas.

Embaixo d'água soltei ela e a segurei pela cintura, ela me olhava desesperada. Puxei ela para perto de mim e tentei sorrir sem soltar ar. Ela ficou mais nervosa e tentou se afastar de mim. Puxei ela mais para perto e a beijei levando nossos corpos para cima. Quando chegamos na superfície, continuei a beijando.

Deus, é pecado pegar Aids por causa da garota que amo?

***

No dia em que se amanheceu a professora acordou nosso grupo bem mais cedo. Ela tinha recebido uma ligação e precisava falar com Sofie urgentemente. As duas entraram no refeitório e eu, Ciena e Martin ficamos sentados entre os acampamentos e o refeitório. Martin usava uma vareta pra traçar uma linha no chão. Ciena ainda estava tentando acordar e eu olhava pro céu preocupado.

Quando as duas saíram do refeitório, Sofie chorava. Nós três ficamos de pé um ao lado do outro. Dei um olhar desesperado para professora, o que havia acontecido?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!