Storytails escrita por Alekz Fergues


Capítulo 4
Na Vila




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Como era essa tal Bia? Vocês se acasalam pro resto da vida? Quantos filhotes vocês tem por casal? Que vestes vocês costumam usar? Que tipo de coisas vocês comem? O que é esse treco de avião? Por que prendiam os bichinhos em jaulas? O que é televisão? Como é esse treco que vocês podem falar com o outro num outro reino, que tipo de magia é essa? (…)

— A curiosidade matou o gato, sabia? - Falou Beto, pedindo arrego, e o pior, ele que estava curioso para saber onde estava.

— Nyah nyah nyah! Você fala engraçado.

— O que tem de engraçado que falei?

— Você fala que a curiosidade matasse a beleza, no meu caso seria gata nyah!?

— Mas você é uma gata. - Com essas palavras Meaul abaixa a cabeça, como um sinal de certa timidez, e dá um tapa semelhante um gato ao arranhar.

— Oh! O que eu fiz? Só disse por que temos animais de estimação que são a sua cara, tipo assim do seu jeito, que se chamam gatos, apesar que expressamos da mesma forma essa conotação.

— Myaaaaah! Entendi, bichinhos que vocês cuidam, tipo, nós também temos, sabia nyah?

— É?

— Sim, se parece com a gente também, os felinces.

— Hummm, devem ser tipo os gatos para gente. Mel...

— Meaul!

— Éeeer... Então posso te chamar de Mel?

— Pode!

— Meu... - “He he será que ele são espontâneos assim mesmo”. Beto ficou com um sorriso estampado no rosto de surpresa, mas logo pressentia que ela já ia fazer mais perguntas, enquanto eles caminhavam em uma trilha:

— Sabe, Be... Coisinha de outro mundo, isto me fez lembrar o que nós tokimeki guardamos em nossas histórias, te contarei, mas não agora, por isso vou pedir pra você um favor, me aguarde ali que preciso cobrir você, quietinho nyah?

Então planejava ocultar a identidade dele, por isso foi atrás das vestes da qual fazia parte daquela companhia, enquanto Beto ficava pensando em como acordar daquele sonho qual estava preso, mas será que era possível acordar? Ele reconhecia que esta era uma experiência e tanta, mas ao mesmo tempo que também questionava sobre a Bia, logo ao pensar isso se abateria, pois começara invadir pensamentos de que ele mesmo teria morrido.

A gata humana lhe oferece um modelo de uniforme tokimeki, que tinha capuz e todas as regalias de um oficial, junto com uma máscara que era metade azul e vermelha, os aspectos expressam de uma face alegre. Para a surpresa dele, orelhas falsas preta de um gato, e uma espécie de suporte para pendurar um grande rabo de gato, aos quais também eram pretas. De certo que ele se espantou antes de vesti-las, notou que no manto havia um grande símbolo de um formato de coração em chamas ao qual formava um traço que segmentava num redemoinho pela metade, o que muito lembrava ao da gatinha que ele teve naquele evento que o levara até ali no começo desse lugar estranho. Perguntou:

— O que significa esse símbolo?

— Bem, eu ia te contar depois, vou adiantar essa parte. Este símbolo é o primeiro dos tokimekis, daqueles que veio antes mesmo de alguma formação formal. Um dos mais antigos por sinal, é o que conta as lendas, diz que foi trago pelo povo das estrelas, este que nos trouxeram muitas coisas, e nos transformaram de selvagens para o que somos hoje...

— Sério? Eram alienígenas?

— Alienígenas? Myah myah myah, o que é isso?

— São seres que vem do espaço, bem, ele tem diversas formas, alguns assim, outros assados, blá, blá, e blá.. Mas de qualquer forma, ainda o mais conhecido entre nós humanos, especulamos bastante, são os cinzentos cabeçudos desse tamanho, - ele gesticula – mas isso é história que o povo conta, nunca vi um.

— Humanos? Humm... Segundo que aprendemos dos nossos mestres, eles se parecem assim com você.

— O que?

— Meaul com muita dúvida, por isso deixemos para conversar sobre isso depois, onde moro...

— Aaaah, entendi. Tá bom.

— Vamos para a vila próxima daqui, e de lá para minha caserna.

Caminharam mais um pouco, e percebia que ali a floresta ficava menos densa. Podia-se notar abertura das copas das árvores o céu que agora estava em aspectos alaranjados, e começaria se aprofundar em um tom mais vermelho nunca antes visto por Beto. Conforme seguiam, ouvia-se algazarras de crianças, notava uma certa brisa infiltrando adentro da floresta ao qual mexiam as vestimentas de ambos.  Qualquer um que chegasse ali, depararia com um cenário que diria ser de contos de fadas, e que realmente aquele momento marcaria às memórias, era um olhar que buscava através daquela máscara. Entretanto, ele também seria notado, pois Mel não havia contado para ele que o manto dele era de um oficial das companhias de Hieros, ao qual os tokimekis faziam parte.

Como poder descrever tudo isso? Ao olhar naquele instante, o mundo dos félins, que eles muito bem sabiam utilizar dos recursos da própria floresta, faziam suas casas dentro das árvores. Sim, eram um tanto vaidosos, porém com trajes bem simples, com efeito de que muitos usavam tecidos que lembravam os dos nativos, tons amarronzados que se intercalavam com costuras e amarras de cordinhas. Bem como os mais jovens pareciam lembrar índios que usavam apenas algo, muito lembravam os pequenos saiotes, e outros no entanto, usavam apenas suportes ou cintas que tampavam as partes íntimas que de tal maneira que alguns serviam para carregar pequenos materiais.

Em certos cantos se via espécies de lhamas, que eram muito usados por tropeiros que usavam grandes botas, pois, estas lhamas faziam carregamentos e transportes de várias coisas. Havia barracas que se estendiam muitos peixes, que por sinal eram bem limpos os locais, não se viam moscas, os peixes tinham diversas formas e cores, o que deixaria Beto muito curioso. Seguiram adiante para dentro da vila, e ele notou as cores dos félins. Sua grande maioria eram de únicas cores que compunham a maioria deles, embora alguns tivesse duas ou mais, ou seja, de cores amarelas, pardas, cinzas e até tons de mognos. Como também, observa-se que o tamanho médio de um félin era aproximado dos humanos, ou seja, para Beto eram humanos felinos, belos para os olhos dele, em que se sentia extasiado e quieto... Admirando, notava a cada detalhe, e assim como Mel percebera, por isso andavam à marcha lenta.

Via-se muitas estruturas de madeiras, que se usavam para divertir, e de certo passatempo ao dizer num grosso modo, pois aquilo seria um tanto social para eles, e os mais jovens félins faziam muitas festas e brincadeiras, e suas crianças de tanto divertir, que alguns filhotes trombou em ambos que caminhavam desfilando as vestes. Viviam a garotada de félins correndo e saltitando, o que parecia ser comum nesse cenário. Observava-se que os félins ocupavam de suas atividades e ofícios, e os mesmos devolviam seus olhares de curiosos, pois que vestido à caráter, o que já era diferente do comum deles, a curiosidade também parecia fazer parte da natureza deles.

Entre os mais velhos, eles se tratavam de forma indiferente um dos outros, mas, sabia-se que os mais novos eram de certo modo livres, e que todos cuidavam um dos outros, e os mais baixinhos recebiam alimentos à vontade e muitas vezes sem custo algum. Acesso de água era fácil, muitas minas se brotavam em Castália, eles eram bem cuidadosos com isso, tanto que faziam valetas cobertas para o escoamento do esgoto, que jogavam para mata dentro num lugar onde chamava a mina dos destrecos, eram uma espécie de minhocão que comiam de tudo, e que adoravam ambientes lamacentos. Por falar nisso, se via poucos insetos, pois a maioria eram inofensivos, mas se escondiam porque eram presas de muitas aves, que eram um ambiente naturais desses voadores nas copas das árvores. Entretanto, diz Mel que muitos insetos apareciam durante a noite, pelo motivo de ter menos atividades dos predadores. Por azar do destino, algumas aves eram presas dos félins, que preferiam aves de porte médio a grande, eles ignoravam os pequenos, e, muitos desses eram benéficos por serem limpadores e comedores de insetos.

Eles entraram numa espécie de taberna, pois que Mel tinha que pegar algumas coisas, logo alguns félins encaravam Beto, causava tanta curiosidade por estar coberto, pois poderia ser de outra raça, ainda mais que eles pensavam ser um oficial, o que causava certo respeito por parte deles. Mas geralmente o pessoal da vila sempre encaravam meio torto os forasteiros. E como estava na companhia de Mel, velha conhecida do pessoal, em seguida já não davam mais importância. Então Mel estaria com um saco cheio, disse que era mantimentos, mas pegou algumas coisas por causa dele.

A caserna era depois da saída da vila, virando numa pequena trilha da estrada onde passava muitos tropeiros para chegar à cidade. Era dado o  exato momento de um começo da noite, até voltaram de novo para uma parte da floresta que começava a ficar mais densa.  Era escuro para ele, Mel o ajudou guiando, e os olhos de Mel mais que brilhavam comparado aos de um gato. Beto não percebeu, mas já estavam no local onde Mel residia.


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