Storytails escrita por Alekz Fergues


Capítulo 5
Como um Sonho de uma Noite de Verão




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Ambos caminhavam por uma pequena trilha em falsa, adentravam na floresta, no entardecer a luz do dia evadia para dar uma noite naquele mundo. Diante de uma imensa árvore Mel dá um sinal, senão o outro saberia e seguiria em frente. Ainda mais que era um lugar escuro, já era o começo da noite, e ela puxa um cordão que estava camuflado até mesmo para os olhos mais atentos. Assim,  ele escutou algo se mover por cima, era um mecanismo de elevador feito de madeiras e cordas, mais uma coisa que ele se sentia surpreso por ver.

Lentamente chegou o elevador, e tocou levemente ao estofado de folhas caídas. Subiram, enquanto notava-se um pouco de dificuldade de Beto pela ansiedade e o escurecimento repentino, então, ela puxa uma cordinha de canto da engenharia que aciona para subir no mesmo ritmo que desceu. Admiração dele foi ver que em seguida os olhos de Mel brilhavam, como as de um gato realmente no escuro, e no mesmo tempo que sentia temor e alegria de estar ali naquele mundo.

Sobre um leve tranco eles estacionaram ao lado de um galho modificado, onde este tinha ficado plano e reto, fora bem trabalhado para os conceitos de Beto, mas mesmo assim pela dificuldade de ver, foi sendo guiado pela gata que te ajudava no meio de tantas folhas que cercavam ao redor. Mas a entrada era recoberta por um simples tecido que sentiu pela sua face, o ar quente e o brilho tomava sua visão ao encanto, via saindo um lugar simples, mas ao mesmo tempo feérico.  As luzes de certas cores ficavam numa aresta que circundava o recinto, esse brilho eram emitidos por larvas que eram postos ali com folhas e frutas.

De repente, num assalto Beto foi derrubado. Não sabia do que se tratava no primeiro instante, era uma fera, e logo se lembrou do bicho que a Mel tinha falado.  

— Mingau! Sai de cima de nossa vista, miau!!! – Exclamou alto quase que esbravejando, era o felince de Mel que logo atendeu o chamado dela.

 Quando Beto o observou estava lá num canto lambendo as patas como se nada tivesse acontecido, com os olhos fechados e toda elegância, lembrava um lince realmente, porém com olhos maiores, e sua cor castanho-amarelada com manchas.

— Desculpa, ele é como se fosse um guardião daqui, e tem ciúmes de mim sabe, então, acho  que foi proposital.

— Ah! Relaxe, isso não foi nada comparado que já passei no meu ofício de trabalho.

— Gostaria de tomar algo?

— Sim, por favor. – Ele senta e se apoia na mesa de madeira, assim como todo local era cheio de coisas com essa base, e eram cheio de adornos e desenhos simples.

— Como pode ver, aqui fica o local de visita, apesar de que raramente tenha alguma, a não ser de amigos. – Ela apertava uma espécie de garrafa esculpida de madeira, em forma de um maneki neko no qual em sua pata estendida lançava o conteúdo num copo de madeira.

— Eu tenho tanta curiosidade sobre este mundo, e chego a pensar sobre muitas coisas existenciais... Ou se não passa tudo de um sonho, eu estava num hospital e... Será que não sentiria mais vontade de voltar, mas ao mesmo tempo ainda não tenho um lugar pra mim, sinto uma sensação muito estranha sobre isso.  – Recebe o copo de Mel.

— Nyah, independente de suas escolhas, eu te ajudarei, sou sua amiga daqui pra frente, e ainda mais que não tenho um familiar...

— Obrigado, não sabe como isso me alivia... – Ele leva a boca o copo, e abre os olhos. Era uma bebida doce e amarelo ouro, leve e suave, era quente mas não queimava, sentia estar na presença de um campo florido, que o  fazia naquele instante ficar mais leve.

— Sabia, este é o meu favorito, saburá dourado, esta bebida deixa você calmo, no meu caso me lembra do contato de meus pais no começo da minha vida.  – Ela fala com certa alegria, e tomando os seus goles logo em seguida.

— Isso é muito bom, como pode ser feito uma coisa assim?

— Sabe, eu também sou uma coletora, eu sei como fazer, mas é um conjunto de ingredientes e processos. Eu coleto os favos de mel dos aguilhões voadores, que são chatos de pegar, você deve coletar frutas e itens de cor amarela, assim como a água suave amarela de Castália, é claro que pode haver umas pequenas alterações, colocar água comum, variar os frutos, alguns botões de flores, algumas folhas, néctares, etc. Levo para a doce dona Leonora, ela faz o cozimento, a fermentação, e tudo mais. Sempre abastecemos num tanque para acesso, assim como todos daqui cooperam com sua parte no que pode, para todos tenham acesso também.

— Nossa que legal, até o funcionamento entre vocês são diferentes lá da minha terra.

— Temos muitas bebidas, os félins se orgulham por serem especialistas nisso, e ter quase completamente as fontes de águas suaves em nosso continente.

— E o que vocês gostam de comer?

— Frutos do mar, peixes, e algumas aves. Adoramos misturar em saladas de frutas e outros condimentos.  Pelo menos aqui da região sul do continente tenho certeza...

—Olha que legal, acho que tenho muito que aprender com vocês.

—Ummmhummm! – Respondeu com uma alegria no rosto. – Então, acho que você vai gostar de uma coisa. Vamos lá, para cima. – Ela puxa um dispositivo que abre um vão do lado oposto da entrada.

Ela vai até Beto e puxa pela mão, guiando pela escuridão que se encontrava lá fora, subindo ao redor da árvore pelo suporte de madeira e alguns troncos atravessados pelo caminho. Um pouco de pressa, e com o sorriso que parecia tomar conta de Mel. Indicara onde fica o recinto ao qual ela dorme, passando por outras partes, chegaram até um ponto que ela pediu para segurar uma corda firmemente, e apoiar os pés num pedestal acoplado.

— Preparado?

— É, sim, hummm... – Ele fala com certo receio.

Num instante Mel o abraça, e disparam numa subida rápida que deixa Beto aos berros ao mesmo tempo em que ela fica rindo.

Os dois são lançados ao ar de mãos dadas, ela poderia ter parado sem o arremesso, e estavam como se tivessem planando ao ar. Ele por instante, de medo e encanto, olhou como era fantástica a noite daquele mundo, um céu de três luas, maiores que o satélite da própria Terra, o céu era límpido e muito estrelado, a noite era de uma claridade espetacular. Mas voltou ver o escuro abaixo enquanto caía... Percebeu que estava logo no colo de Mel, pois tinha uma incrível habilidade que assegurou que não acontecesse nada a ele. Sem jeito, e ao mesmo tempo queria brigar com ela por causa do susto, logo tomou a frente numa plataforma que foi projetada em cima da copa da árvore onde se encontravam.

— Não é lindo, nyah!?

— Sim! Sim! Sem palavras, não consigo tirar os olhos, nem sei por onde começar, o céu é a coisa mais linda que já vi... Parece um sonho...

— Hoje as trigêmeas estão cheias, que sorte ou será que as coisas não acontecem por acaso!?

— Acho que estou sonhando realmente.

— Elas são chamadas de Tésis, Poros e Tecmor. Eu venho muitas noites para contemplá-las, sinto que elas me guiam, miau, que me fazem companhia, nyah...

— As estrelas, nebulosas coloridas, e... Como posso dizer, nunca senti tanta alegria!

— Nyan, nyan...

Estava olhando além do horizonte hipnotizado, talvez ele nunca tivera outro espetáculo tal.

— Olhe pra mim.

Lentamente ele virou, só exclamou:

— Ual, Mel... Você está parecendo uma humana.

Ele ficou estacionado olhando para ela, e ela respondia da mesma forma. Ele não havia percebido o que tinha acontecido, enquanto que sua atenção se encontrava presa à paisagem. Mel havia todas as características humanas, exceção de suas orelhas e cauda. Sua pele era lisa e era parda clara, da cor do jambo. Os olhos cintilavam a cor do mel, e um semblante de quem saíra de contos de fada. Beto aproximava lentamente com a expressão de perplexo, enquanto ela imóvel com as entrelaçadas acima da região dos seios.

Ele se aproxima, e lança:

— Posso tocar suas orelhas?

— Nyah?

— Nossa Melzinha, você também é muito linda nessa forma, o que será que aconteceu?

Ela não responde, e fecha os olhos. Enquanto Beto aproveita, e coloca a mão em seu rosto para sentir a pele depois de ter tocados as orelhas de gato.

— Você é tão bela quanto o céu que acabo de ver... – A intenção era agradar, até por causa do momento que ela havia proporcionado para ele, logo em seguida ele demonstra um sorriso afável. Então, desde que havia percebido quando tocava a sua face, retornou a dizer: - Você está ronronando!?

Assim furtivamente Mel joga as mãos no rosto, se vira, afasta um pouco, e se agacha sem dar nenhum retorno ao Beto.

—Mel, está tudo bem?


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