Como Treinar o seu Dragão Interior escrita por Kethy


Capítulo 23
Silêncio


Notas iniciais do capítulo

Desculpa gente, eu ia continuar escrevendo, mas ai percebi que ficou legal assim. Melhor isso que nada, não é?
Eu também decidi deixar o Soluço com a perna porque dragão perneta não funciona.

Tenho que ir estudar pra prova do colégio, bjs!



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“Não prometo nada”, três palavras que me assustaram mais do que “Eu te mato, sua vaca!”, ou “Cuidado, atrás de você!”, ou qualquer outra frase; Se fosse há mais tempo eu teria dado um chilique, mas ai eu percebi que ele disse isso porque, assim como eu não gosto de ter muitas esperanças para não me magoar, ele não gosta de fazer promessas que talvez não possa cumprir.

“Não chora, sua burra!” – Me repreendi mentalmente quando percebi que meus olhos se encheram d’água. Com o choro engolido, falei tentando ser natural e calma:

— Então, faça o seu melhor... Ele é suficiente, mesmo... – Disse com sangue frio.

Ele reparou que eu estava quase chorando, mas não disse nada, não queria prometer e nem me preocupar.

Não demorou nem cinco minutos a nossa conversa e ele já estava totalmente curado, sem uma cicatriz; o cansaço físico e mental também pareceu sumir. O garoto se levantou e me olhou um minuto. Decidi dar a ultima palavra antes de começar a choradeira:

— Boa sorte... – Falei em forma de suspiro.

O garoto sorriu e correu de novo para a quadra - do jeito que a Jaguadarte estava, com aquela cara nojenta de impaciência, ela devia estar esperando há muito tempo. – e se transformou em dragão atacando primeiro.

Pareceu uma estratégia, deixa-la atacar primeiro e ganhar algumas vezes para ganhar confiança e então atacar com tudo no segundo round. É claro que ela revidou, porém Soluço foi mais esperto e ágil, sempre revidando.

Chegando a hora do ataque final, Jaguadarte estava tão fraca que voltou novamente a forma humana, sangrando; Soluço ainda tinha forças para continuar na forma de dragão, ficou na frente dela e mandou um olhar predatório, percebi um traço de medo naquele demônio.

Soluço começou a rugir:

Jabberwocky facis iudicium priuatosque oppugnatum amicos my family and populo meo Praesent tempus mihi perficere quidquid quaesisti! {Jaguadarte, você mesma se condenou ao atacar meus amigos, minha família e meu povo! Chegou a hora de eu terminar tudo o que você começou!}

Eu só entendi o que estava acontecendo quando o Menino-Dragão abriu bem a boca e apareceu fogo dentro. Fiquei assustada por causa do Soluço prestes a matar alguém. Forcei os olhos até doer, até...

— Não... – Ouvi a voz normal dele e reabri os olhos. – Eu me recurso a fazer as coisas assim. – Olhou-a de maneira firme. – Vou dar a você o mesmo que dei a eles, uma segunda chance, mas se sair da linha um único milímetro, eu arranco seu coração!

Dito isso, o magricela começou a andar de volta pra nós, fiquei tão feliz que mal notei quando a Jaguadarte tirou uma adaga de um esconderijo na sua roupa e correu quase sem tocar o chão até Soluço. Eu já ia avisar por sorte os instintos de dragão foram mais rápidos e o avisaram a tempo de segurar o braço do monstro, segura-lo nas costas e jogar a adaga fora.

— Eu avisei! – Com um olhar de dragão cheio de ódio, Soluço usou sua pata e garras para atravessar o peito da Jaguadarte pegar o coração e esmaga-lo. O demônio deu um grito agudo só depois de ter o coração esmagado e então caiu morta.

Fez-se um silêncio...


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