Contos do Tio Charlie escrita por Charlie


Capítulo 3
O Maníaco do Central Park


Notas iniciais do capítulo

Conto de Terror/Horror...
Não recomendado para quem tem estômago fraco.



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AS DUAS AMIGAS CAMINHAVAM SORRIDENTES pelo Central Park em Nova York. Uma loura e outra morena, as duas se amavam por conta disso — uma queria ter o cabelo da outra, mas não podia. As duas amigas tinham os mesmo costumes; o típico de melhores amigas hoje em dia.

Apesar de terem acima de vinte anos, as duas se viam como socialites de Manhattan, não trabalhavam e eram bancadas pelos pais que tinham status na cidade. As duas iam para todas as festas, frequentavam os mesmos locais, moravam juntas e tudo o mais, mas isso não significava que eram amantes, pois não eram. Era bem visível e notável que as meninas eram heterossexuais. Mas é claro que rolava alguma coisinha entre as duas.

De qualquer forma, caminhando pelas ruas de Manhattan em pleno outono — com uma temperatura fria por sinal —, as duas chegaram ao Central Park com facilidade. Moravam ali perto e depois da ideia da de cabelos pretos sobre o Central Park ser lindo no outono, as duas amigas foram passear pelo parque.

Ao chegarem ao local, era exatamente com Cassie, a de cabelos pretos, achava que fosse. As árvores com as folhas de coloração laranja caindo todas as vezes que o vento soprava. Alguns pássaros cantavam em alguns galhos e alguns turistas e habitantes de Nova York andavam por aquelas estradinhas cobertos de folhas. Era uma cena muito bonita de se ver e, segundo Cassie, ela poderia visitar o Central Park com a amiga sempre que quisesse.

Segundo Erin, a de cabelos louros, aquele local realmente era lindo. Ela não tinha visto o Central Park naquela estação do ano desde que tinha quinze anos. Fazia muito tempo que ela não tinha dado um passeio ali e, depois de muitos anos, dar um passeio com a melhor amiga era a melhor coisa que se podia acontecer.

Mas algo chamou a atenção das amigas.

Um belo rapaz brincava de jogar um graveto com os dois cachorros, um de raça Serra da Estrela e o outro cão de raça Cáucaso. O rapaz era muito belo, as meninas notaram. Ele era alto e de porte físico forte. Ele era ruivo de barba e cabelo. E ele começou a fazer carinho em seus cachorros assim que os animais latiram ao soltar o graveto que tinham trazido para o dono. O rapaz virou-se para as moças, pois tinha percebido alguém o vigiar, olhou bem para elas, deu um sorriso de lado que fez o coração das duas acelerarem e voltou-se para seus cachorros para jogar os gravetos novamente.

As meninas tinham ficado eufóricas. É claro, um rapaz como aquele não deveria ser passado por despercebido. Não era o certo. E Cassie e Erin não eram de deixar homem bonito nenhum passar por elas. Lógico que elas já estavam de olho no rapaz — outro detalhe das amigas: elas não se importavam em dividir homem. Como elas mesmas diziam: “por que apenas dois se três é diversão?”.

De dedos entrelaçados, as duas moças foram até o rapaz. Elas chegaram bem a tempo que os dois cães traziam o graveto.

— Com licença — disse Cassie com sua voz suave e doce. — Podemos fazer carinho em seus cães?

— Eles são tão fofinhos — disse Erin, inclinando-se um pouco para olhar melhor os cães. Mas a sua intenção mesmo era para ver se conseguia sentir o cheiro do rapaz, e conseguiu.

Ele não cheirava a sabonete, também não cheirava a creme de corpo e tampouco a desodorante dos fracassados de quem ela ou a amiga já tinham saído. Ele cheirava ao L’eau D’issey Pour Homme, de Issey Miyake, a qual era bem cara, o que significava que ele era rico. O rapaz perfeito para nós duas, pensou Erin.

— Sim, claro — disse o rapaz em uma voz rouca e grossa, igual ao dos galãs de tevê norte-americana. Ele fez um assobio fino para os cães e os animais sentaram sobre a pata traseira.

— Ai, que fofo! — disse Cassie e coçando a cabeça do de raça Serra da Estrela.

— Eles são bem educados e treinados — disse Erin coçando a cabeça do de raça Cáucaso.

— Sim, sim — disse o rapaz. — Eu os treino desde que eles são filhotes.

— Qual é o seu nome? — perguntou Cassie.

— Eu sou Chad — disse o homem. — Chad Hale. E as senhoritas? — cortejou o rapaz ao perguntar.

— Eu sou Cassie e está aqui é minha melhor amiga Erin — apresentou Cassie.

O rapaz pegou na mão das duas e beijou as costas das mãos das mesmas e olhou no fundo dos olhos das moças.

— Prazer em conhecê-las, madames — disse ele com o sorriso de lado que fazia o coração das moças acelerarem.

As duas amigas se entreolharam e sabia o que se passava na cabeça de uma da outra. Lindo, adestrador de cães e cortejador... sexy, pensaram em sincronia.

As meninas começaram a perguntar mais sobre o rapaz e seus cães, mas o que elas queriam de verdade era se o bom adestrador de cães era bom adestrador de cama — se é que isso fosse possível. Mas elas não duvidavam; elas só o queriam.

As meninas não conseguiam parar de reparar nele. Repararam que ele tinha arcaria dentária perfeita e branca. Tinha os olhos azuis tão intensos e mais sedutores que as meninas já tinham visto. Sua forma de dialogar... elas já estavam tão excitadas que não se contentaram ao impulso de jogar uma indireta dizendo que se o rapaz podiam passar no apartamento delas para que ele pudesse dar alguma dica em seu cão — o que era totalmente mentira, pois elas não tinham animal algum. Na verdade, não gostavam muito de animais, só estavam sendo educadas para conseguirem o rapaz. Mais nada.

Mas o rapaz fisgou a ideia e os três, mais os dois cães, foram para a casa dele para deixarem seus animais, para que o rapaz pudesse ir para a casa das moças. Porém as meninas não se contiveram e, no apartamento do rapaz — que era um apartamento era apenas dele, era espaçoso e tinha uma vista para o a Time Square incrível —, eles transaram parcialmente a tarde toda e quase a noite toda.

E foi perfeito para o rapaz. Lógico que seria. Porque negar uma das coisas que ele mais queria na vida? Sexo e vitimas? Era tudo o que ele precisava para ter seu dia completamente perfeito.

Antes que ele mandasse as moças irem embora, ele dera uma bebida com sonífero para as moças e as idiotas tinham tomado, e caíram no sono cinco minutos depois.

Agora, no começo da tarde do dia seguinte, as duas moças se encontravam nuas. Uma de pé, presas por tiras de couro nos tornozelos e nos pulsos à parede, e a outra deitada na cama de metal, também presa pelos pulsos e tornozelos. Elas tinham um belo corpo, isso o rapaz não podia negar. Foi bom ter usado-os por um bom período, pensou o rapaz.

Chad era bom de cama, ao menos era o que as meninas diziam para ele quando iam embora — as que ele não selecionava, é claro. E ele também sabia como seduzir suas vítimas, era fácil. Bastava dizer e fazer aquilo que a mulher gostava de ouvir e ser feito por elas e pronto! Vítimas.

Ele se encontrava em sua câmara habitual para as vítimas. O local era de azulejo branco e com uma luz fluorescente que pendia no teto que iluminava todo o local. Ainda ali, tinha estantes com a coleção dos restos de suas vítimas: alguns dedos, alguns olhos, o pedaço da placenta arrancada do bebê que ele matou e tirou da mulher grávida que ele tinha matado no mês passado. Tinha o útero da mulher que ele arrancou (ela ainda estava viva) na semana passada, tinha os seios rosados da bela moça ruiva de ontem e tinha o vidro contendo centenas de clitóris que ele arrancava para coleção — sua obra mais interessante, segundo ele.

Ele pegou um bisturi de sua mesa de prata e se aproximou da bela morena de olhos castanhos, a tal Cassie. Deu-lhe tapas no rosto para que ela acordasse e a mesma acordou. Sonolenta, mas acordou.

— O que... o que você fez... o que está acontecendo? O que houve? — dizia ela ainda completamente drogada pelo sonífero que ele tinha dado e, claro, a anestesia.

Ele sorriu de lado, dando aquele sorriso de galã, mas, daquela vez, aquele sorriso não era sensual e nem mais charmoso. Aquele sorriso era diabólico e até maníaco.

— Que bom que você acordou — disse Chad e, virando-se, foi em direção até a Erin, que estava deitada na cama de metal.

Cassie seguiu o trajeto de Chad e despertou.

— Você! — gritou ela. — O que você fez com Erin? Socorro! Alguém me ajude! Socorro! — e ela começou a se agitar nas correntes de couro.

Chad apenas riu.

— Eu não fiz nada com ela — disse ele. — Ainda. Mas quero que veja isso...

Ele largou o bisturi ao lado de Erin na cama de metal e, pegando dois aparelhos que Cassie assemelhou serem alicates de pedreiro, porém com fios, ele os depositou nos mamilos da amiga.

— Solte-a, seu desgraçado! — disse Cassie. — Socorro! Por favor! Socorro!

Mas antes que Chad pudesse apertar o botão para dar a descarga elétrica que despertaria Erin, ele suspirou completamente revoltado.

— Por que diabos será que todas elas gritam?! — berrou ele impaciente.

Relutante, ele foi até a outra estante, tirou uma fita crepe cinza e, indo até Cassie, tampou sua boca com a fita.

— Será que dá para calar a merda da sua boca? — perguntou ele. — Pronto, melhor agora — debochou, ele.

Cassie emitia sons, mas Chad não deu importância.

— Observe e fascine-se... — disse ele assim que chegou aos controles.

E puxando a alavanca para baixo, Erin sentiu o choque que fez todo seu corpo se debater e se arrepiar. Ela despertou, chorando e berrando.

— Erin? — disse ela grogue. — Erin?! Você... socorro! Alguém! Socorro!

Chad ficou tão impaciente com os gritos de socorro que foi até Erin e lhe esbofeteou a cara e pegou seu bisturi de volta.

— Cale a boca — disse ele tranquilamente e Erin se calou.

Ele andou contornando a mesa até chegar perto da vagina de Erin.

— Você — ele apontou para Cassie. — Você irá observar enquanto eu arranco o clitóris de sua melhor amiga e depois ela morre. E depois, você é a próxima.

Cassie tentou gritar para que ele não fizesse aquilo, mas seus gritos não saiam por conta da fita que tampava sua boca.

E Chad faz o que tinha dito. Ele segurou a vagina de Erin com a mão esquerda, puxando o clitóris para fora e, em um movimento lento e eficaz, arrancou o clitóris da moça e, sorrindo por estar feliz por ter mais uma peça para a sua coleção, ele a guardou no pote dos clitóris.

As moças não tinham o que reclamar, ele não fazia com que as moças sentissem dor. Ele era até misericordioso, pois poupava suas vítimas da dor — um hábito que ele tinha pegado após ele ver que seria mais fácil, pois assim as vítimas não iriam se debater. Mas ele sentia falta dos gritos de agonia.

Aproveitando do prazer que ele sentia ao ver o sangue derramar e a moça na cama de metal pedir para que ele parasse, ele afundou o bisturi no peito da moça e rasgou do peito até o seu umbigo em uma linha simples e profunda. O sangue começou a escorrer pelos lados da moça, mas era aquilo que Chad queria. Deixando o bisturi de lado, ele começou a abrir, à mão, a barriga dela, onde o intestino, o útero e todos aqueles órgãos ficavam à mostra.

Claro, ele não podia deixar de alimentar seus cães.

Com um assobio, os dois cães apareceram e, jogando o pâncreas e o apêndice da moça para os cães, os animais começaram a devorar aquilo em questão de segundos.

— Aproveitem o café da manhã, meus filhos... — disse Chad e deu uma risada que Cassie ficou totalmente arrepiada.

Erin se debatia na cama, mas depois que Chad tirou seu intestino, seus pulmões (dando um para cada cão), pâncreas, apêndice, útero, as duas mamas, seu coração e tirando e comendo um de seus rins, e se deliciando por isso, a garota não se mexeu mais, pois já se encontrava morte desde que o rapaz lhe retirou os pulmões.

Cassie tentou gritar, mas novamente seu grito não saiu.

Mas Chad fez uma coisa que ele não tinha feito antes: abriu a cabeça de alguém e, como Erin era a morta mais próxima, fez isso com ela. Ele foi até a cabeça da moça, passou o bisturi pelo seu coro cabeludo e, segundos depois, seu cérebro estava à mostra. Ele pegou um pedaço (depois de ter cortado com o bisturi) e comeu. O gosto era diferente, porém saboroso. Tão saboroso que ele comeu mais e deu alguns pedaços para seus cachorros.

Depois de ter comido metade do cérebro de Erin (com a ajuda dos cachorros, é claro) Chad se virou para Cassie e foi até ela.

— Por ter sido uma garota má e ter gritado bastante... — disse Chad tirando a tira de fita da boca de Cassie. A menina chorava e implorava para que a deixasse ir embora, mas era inútil. Chad não faria isso. — Eu vou matá-la sem que esteja sobre o efeito da anestesia.

Pegando os dois alicates que davam choque e ponto um em sua vagina e um em seu pescoço, Chad abaixou a alavanca e começou a eletrocutar a moça. Cassie sentiu o maior choque de toda a sua vida. A garota gritava nos primeiros segundos e se contorcia como uma gelatina. Espuma saia da boca da moça e os seus dedos dos pés e das mãos estavam começando a ficarem pretos. E Chad, é claro, só podia sorrir com aquilo. Dor e sofrimento alheio, tudo o que ele mais prezava.

Depois de ter eletrocutado Cassie por três minutos e ver que ela estava morta, Chad a deixou ali. Ele tinha mais coisa para fazer, tinha que limpar os cães e a si mesmo — ele deixara sangue derramar em seu pijama.

Após ter limpado os cachorros, limpado a bagunça na habitual câmara para suas vítimas e ter tomado um bom banho, Chad assobiou para seus cachorros. Ele sabia que aquele seria um dia melhor, tinha bons pressentimentos.

Assim que seus cachorros vieram para perto dele, ele passou a coleira no pescoço dos dois animais, abriu a porta e disse:

— Vamos passear.

Chad e os animais chegaram ao Central Park em questão de minutos.

Completamente sorridente consigo mesmo, o rapaz foi em busca de uma nova vítima e vinha uma bela moça ruiva em sua direção. Chad só deu aquele seu sorriso charmoso e viu que a mulher já se encantara por ele.


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