A Busca escrita por Lola


Capítulo 8
Se levante


Notas iniciais do capítulo

Então, bati recorde, dois capítulos em um dia!! Digamos que estou super inspirada hahaha Espero reviews!!



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Eu seguro o livro nas minhas mãos. Alex está sentado na poltrona da sala, os cotovelos apoiados nos joelhos, e Mariah está com Liz e Emma na cozinha, fazendo algo muito semelhante a pizza. Joseph está parado a minha frente, dizendo gentilmente:

–Você precisa respirar, Ana. Tente respirar a cada palavra, sinta.

Joe assente animadamente. Não é ele que está tentando tirar alguém dos mortos, penso ironicamente.

–Tudo bem... - concordo, direcionando meu olhar para a página amarela.

Leio as palavras escritas na letra curvada:

Ut cum vivit. Renascuntur.

É latim, e não tenho a menor ideia do que significa, até que Joe traduz:

–Junte-se aos vivos. Renasça.

Ergo as sobrancelhas.

–Seu passatempo é falar latim?

Ele ri.

–Olha, Alex, eu não consigo. Talvez, só talvez, Átropos tenha conseguido porque ela foi a Parca original. Eu sou uma versão moderna, e falsificada. -digo, me jogando no sofá.

Emma aparece na sala, carregando um bule com chá.

–Tenta mais, Ana. - ela diz, cínica.

Alex a observa. Ele não parece feliz. Seu cabelo loiro está especialmente bagunçado, e seus olhos verdes, preocupados.

–Emma, não entra no meio disso. -rosno, estreitando os olhos.

–Ana, eu posso morrer também se você não conseguir fazer isto! Vamos ficar sem proteção por sua causa! - ela grita, soltando o bule, que se estilhaça no chão em mil pedacinhos.

–Emma, você não quis dizer isto! - minha avó guincha, a mão pousada no peito.

Não estou surpresa com Emma. Não sei porque. Emma sempre foi impulsiva, e egoísta. Mas acho que ultimamente, ela cruzou a linha do egoísmo. A raiva transborda em mim.

–Você é uma covarde, Emma. Eu nasci com o pior dom do mundo, e você, com o melhor. É por isso que não sabe, nem faz ideia do que eu estou sentindo. -falo, baixo, com a raiva contida em minha voz.

–Eu não preciso saber! Preciso que você ache um jeito de não matar todas nós!- Emma diz, os olhos arregalados.

Cubro o espaço que está entre nós tão rapidamente que não dá tempo de ninguém se mover.

–A única pessoa que poderia deixar morrer é você, Emma. - sussurro no seu ouvido.

Então ela faz o que não deveria ter feito. Ela se movimenta para meu lado, sua mão no alto. Ela iria bater no meu rosto, mas se lembra que não deve me tocar, então seu braço pára no ar. Agarro seu pulso, e vejo seu rosto desvanecer.

–Ana! - ouço Liz gritando.

Posso sentir o fio de Emma começar a se partir. Ele vai se estreitando a medida que seguro sua pele, e conto em minha cabeça os segundos.

–Ana, você não quer fazer isso. - ouço Alex falar ás minhas costas, enquanto vejo o rosto de Emma perder a cor.

Balanço a cabeça, levemente.

Tenho cinco segundos antes que ela morra.

–Não, Alex, eu quero. - murmuro.

Dois.

–Só não irei fazer. - digo finalmente, a soltando.

Um.

O corpo de Emma cai com um barulho surdo no chão, e dou ás costas a ele.

–Você está maluca, Ana? - Liz pergunta, se ajoelhando no chão.

Pego minha jaqueta que está pendurada ao lado da porta.

–O que é isto? - Kane pergunta, parecendo entediado, surgindo da cozinha.

–Vamos. - eu digo, jogando a chave do meu Jeep para ele.

Kane me segue, ignorando Emma no chão. Quando saímos da casa, ele sorri para mim.


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