A Procura do Desconhecido escrita por Sofia Forbes


Capítulo 38
O chaveiro de flor


Notas iniciais do capítulo

Mds! Isso mesmo, estou aqui, depois de 10 meses! 10 MESES sem postar nada!
Primeiro: eu quero realmente pedir desculpa (se tiver algum leitor aqui ainda esperando, saiba que eu te amo de paixão por esperar tanto assim).
Segundo: como desculpa, para que vocês não precisem ler tudo de novo, vou fazer aqui mesmo, nas notas do capítulo, um resumo de tudo o que aconteceu para que vocês peguem o fio da meada.
RESUMO:
No último capitulo, nossa querida Belle contou para Caroline e Toni que seu pai está vivo. Ela e Allan tomaram a louca decisão de procurá-lo em Washington.
Elizabeth foi ao baile com John, eles finalmente se entenderam e estão juntos novamente. Lembrando que os pais de Lizy não apoia o namoro, já que os pais de John ficaram pobres devido o desvio de dinheiro da própria empresa.
Marie está incrivelmente chateada com Henry, porque o moreno foi pego dormindo com Julie, a garota mais odiada. Então Marie também foi ao baile de Edward (amigo de Lizy, que no momento está interessado em Katrina), mas ela foi com o novo amigo, Max.
Katrina é amiga de John, que trabalha com ele na loja de CD's, que o ama, mas abriu mão do seu amor para que ele ficasse com Elizabeth.
Caroline e Toni finalmente de declararam, e no capitulo 32 a loira perdeu a virgindade com o gato. FOFOS!
Clary e Luke estão juntos, mas enfrentando o gato loiro do Enzo (primo de Dakota, que não quer ver Allan e Belle juntos).
E temos Alice e Christopher, que se acertaram no capitulo 25. Mas Chris vive com ciume da amada por causa do professor Steven. E esse será o tema do nosso capitulo de hoje.
Se alguém estiver boiando ou esqueceu de alguma coisa, pode perguntar nos comentários, mensagem privada, tanto faz. Responderei com o maior love.
Então gente, é isso. Quero dizer que vou fazer o maior esforço para continuar postando e não sumir mais. Tenho ótimas ideias, ideias essas que quero muito compartilhar com vocês. Espero que estejam ai.
Então, sem mais delongas, ai vai mais um capitulo para vocês!



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(Versão Alice)

Era domingo. Depois de muito tempo, e muita cobrança, resolvi que passava da hora de sair com Steven. Ele havia me feito o convite há mais de um mês (Capitulo 20 – E as vadias agem!), e só depois de tudo o que aconteceu que me lembrei que devia isso a ele. Mas não era apenas isso, precisava contar para ele tudo o que estava acontecendo comigo e Chris.

Depois de um almoço de domingo na casa do meu pai, com a minha madrasta e minha meio irmã de catorze anos, (sim, os meus pais são separados) eu disse a ele que iria sair com um amigo.

— Mas que amigo é esse, Alice Petrova? – Ele perguntou naquela autoridade de pai preocupado.

— É o Steven, pai. – Respondi enquanto imitava um bufo. – Não se preocupe, ele é mais velho e mais responsável.

Ele continuou me olhando com um olhar pensativo, enquanto tentava decidir se me deixar ir ao um café com Steven era ou não uma boa idéia.

— Charles, sua filha já é uma moça. Não precisa ficar se preocupando com quem ela sai. – Essa foi a minha madrasta, Agnes, que respondeu depois de um silêncio avassalador.

— Só se você prometer não voltar muito tarde. – Ele propôs.

— Depois de lá vou pra casa da Elizabeth, precisamos conferir um trabalho da escola. Mas não se preocupe, se ficar muito tarde, durmo por lá mesmo. – Respondi tentando passar o máximo de confiança possível a ele.

Mais uma vez silêncio.

Por fim, Emily, minha meio irmã, resolveu entrar no assunto e exclamou já sem paciência.

— Tudo bem Alice! Papai já entendeu que agora você já é maior de idade e não deve tantas satisfações assim.

— Emily! – Agnes chamou sua atenção.

Dei uma piscadela para ela e peguei minha bolsa em cima do sofá. Fui até ela e lhe dei um beijo na testa em sinal de agradecimento. Em seguida, andei até meu pai e lhe abracei.

— Não se preocupe tanto. Se soubesse de tantas as coisas que já fiz, não me deixaria nem ir até a esquina sozinha. – Falei enquanto andava até a porta.

— Como assim? O que quer dizer com isso? – Ele perguntou antes de eu fechar a porta. Dei um sorriso maroto e parti.

(...)

Nós havíamos combinado de nos encontrar no D’express, uma cafeteria na Madison Avenue. Quando cheguei, ele já estava me esperando. O lugar era lindo, as paredes e o chão imitavam estantes cheias de livros, imitava uma biblioteca. (Para quem quiser as imagens estão notas finais).

— Que bom que você veio. – Ele soltou enquanto me dava um beijo na bochecha.

Em seguida, Steven puxou a cadeira para que eu me sentasse. A atendente veio até nós e eu pedi um capuccino e um pedaço de torta de limão. Já ele resolveu pedir um café preto com açúcar e um croissant. A moça se retirou.

— Que lugar lindo. – Disse enquanto dava uma olhada em volta.

— Pois é, não é mesmo? – Ele respondeu enquanto fazia o mesmo. – Vinha aqui algumas vezes com a minha ex-namorada. – Steven soltou e só depois se deu conta do havia dito.

Fiquei encarando-o curiosa. Ele nunca havia me dito que tinha uma namorada. Depois de um silêncio, soltei um sorriso. Realmente queria saber dessa parte da sua vida. Ele entendeu o meu sinal, então começou a falar.

— Ela se chama Marlene Roberts. Eu há conheci cinco anos atrás em uma pousada, quando ia passar as férias de verão.

— E o que aconteceu com vocês? Ou melhor, com ela? – Perguntei quando a moça voltou e deixou nosso pedido na mesa.

Dei um gole no meu capuccino, e esperei que ele terminasse de mastigar seu croissant.

— Ela está bem. Ficamos juntos por três anos, chegamos a ficar noivos, mas... – Ele hesitou antes de terminar a frase. – Mas ela resolveu me deixar. – Steven completou e me encarou. Percebi uma frieza nos seus olhos que não estava lá antes.

— E ela não disse por quê?

— Na verdade, na época ela disse que era o melhor a ser feito... Marlene disse que queria paz. – Steven respondeu e seus olhos se perderam. Fiquei tentando imaginar quais as lembranças que o podiam deixar assim.

— O que ela realmente quis dizer com “paz”? – Perguntei mais uma vez, mas ele não fez questão de olhar para mim. Parecia perdido em pensamentos.

Depois de um tempo, ele perguntou:

— Gostou da sua torta?

— Está deliciosa. – Respondi com um pequeno sorriso.

Estava preocupada com ele. Por um momento ele parecia o mesmo homem da noite do acidente com a mulher, paranóico, louco. (Capitulo 29 – Meu vilão é meu herói). Ele estava tendo devaneios durante a nossa conversa.

— Está tudo bem com você? – Perguntei colocando minha mão sobre a dele.

Ele deu um pequeno colapso com a cabeça e sorriu.

— Estou ótimo. Só estava me perguntando o que anda acontecendo com você e Chris.

Quando ele perguntou de Christopher soltei um sorriso. Na verdade estava acontecendo muito coisa ultimamente. Tivemos uma longa conversa depois daquela noite do parque (Capitulo 28 – Animação de Domingo. Parte 2) sobre Steven. Chegamos a uma conclusão: poderia ser apenas uma colega/aluna. Ele continuava com a doentia preocupação, mas estávamos trabalhando nesse processo mais lentamente.

— Estamos muito bem. Você sabe, te contei o que ele achou de eu ter ido atrás de você naquela noite. Chris é uma pessoa ciumenta, mas é um ótimo namorado.— Disse com uma empolgação eminente na voz, mas Steven não se sentiu bem com a palavra namorado.

— Mas então vocês já estão namorando? – Ele perguntou depois de um gole do seu café. – Ele pediu, com aquelas palavras mesmo?

— Bem, Chris não é uma pessoa tradicional, que pede encontros com os pais, mas ele pediu sim, usando aquelas palavras. – Respondi sorrindo.

Pode ter sido apenas coisa da minha cabeça, mas Steven soltou um sorriso amarelo e seu punho se fechou, as juntas dos seus dedos ficando brancas. Parecia com... Com raiva.

— Você não está bem. – Disse mais uma vez, entretanto não devia ter feito isso.

— Claro que não! – Ele exclamou, quase explodindo de raiva. – Como você quer que eu goste dele e de seus amiguinhos?! Eles não gostam de mim, já me acusaram de coisas horríveis! Tentaram tirar você de mim! – Posso jurar que nessa última frase senti um frio percorrer minha espinha. Ninguém me dizia coisas assim, nem mesmo Chris que era ciumento.

— Olha, acho que você não está bem. – Falei tentando manter o tom da voz mais seguro possível. – Precisa ir para casa, talvez seja apenas um colapso de nervosismo, como teve naquela noite na estrada.

— Acha que estou ficando louco? – Ele gritou dessa vez, e algumas pessoas que estavam em volta começaram a olhar para nós. – Talvez seja isso mesmo, mas se fosse minha como diz ser, não ficaria ouvindo seu namorado idiota falar isso de mim! – Ele continuou e deu ênfase nessas palavras.

Ta, agora nada estava bem mesmo. Várias pessoas, talvez até todos no recinto, estavam olhando para nós. Não sabia muito o que dizer, até mesmo o que fazer. Ele estava fora do controle.

— Steven, olha está tudo bem. Eu... – Gaguejei quando ele começou a acelerar a velocidade da respiração, e seu peito subia e abaixava rapidamente. – Eu sou sua amiga.

— Não! Você não pode ser minha amiga! Tem que ser mais!

Quando ele disse isso, me levantei da cadeira. Meu coração estava acelerado, e realmente estava com medo do que ele poderia fazer. Até que uma pessoa apareceu ao lado dele. Era um homem, já com mais de trinta anos. Tinha olhos verdes, e o cabelo era escuro como piche.

— Ei cara! – Ele falou calmamente enquanto colocava sua mão no ombro de Steven. – Você precisa se acalmar. A garota está assustada – Ele disse apontando para mim – e as outras pessoas daqui também estão com medo.

Steven estava com o olhar frio, e sua respiração continuava acelerada. Até que depois de alguns segundos me encarando, ele começou a voltar a ser o professor Steven.

— Tudo bem, me desculpe. – Ele falou para ninguém ao certo – Já estou melhor.

O homem da outra mesa assentiu, tirou sua mão do ombro de Steven e depois olhou para mim, seu olhar fazendo a pergunta: Você está bem? Assenti com um sorriso e depois ele foi embora.

— Olha Alice... Eu não sei o que deu em mim. Foi como se por um momento não fosse mais eu. – Ele começou a se desculpar enquanto se levantava e vinha na minha direção.

Recuei alguns passos. Ele parou onde estava se sentindo a pior pessoa por me fazer ter medo dele.

— Ta tudo bem, mas eu acho que eu devia ir embora agora. – Falei enquanto colocava uma mecha de cabelo atrás da orelha.

Estava realmente com medo, não podia negar. Todas aquelas coisas que ele havia me dito, parecia um maníaco, possessivo. Precisava de tempo para digerir tudo aquilo, para pensar em tudo. Foi nesse momento que passou pela minha cabeça que talvez Christopher pudesse ter razão do que me dizia.

— Não! – Ele soltou rápido demais, e eu dei um pulo. – Ou melhor, você está certa. Nos vemos depois?

— Não sei... Eu te ligo. – Respondi enquanto pegava minha bolsa na mesa, e deixava uma nota de cinqüenta dólares na mesa. Não sabia quanto iria ficar a conta, só sabia que precisava ficar sozinha.

— Tchau! – Ele disse quando já estava longe.

Passei pela porta e pude sentir vários olhares na minha direção. Estava me sentindo seguida.

(Versão Elizabeth)

A campainha tocou, e eu desci correndo para abrir a porta, já que meus pais não estavam em casa. Era Alice.

Ela estava com uma cara péssima. Seu rosto meio pálido, como quem havia acabado de passar por uma situação não muito boa.

— O que aconteceu com você? – Perguntei enquanto ela entrava. Fechei a porta e percebi que ela estava sentada no sofá, com a cabeça apoiada nas mãos, olhando para baixo.

— Acabei que passar por uma situação péssima. – Ela disse e sua voz saiu abafada.

Sentei ao seu lado e esperei que ela se sentisse confortável para dizer. Sabia, de muitos anos de convivência, que Alice precisava de espaço e poderia te contar todas as coisas que desejasse saber, mas só quando ela estivesse pronta para dizer. Depois de alguns minutos em silêncio, ela se recostou no sofá. Parecia melhor.

— Foi Steven.

— Alice, por favor, me diga o que aconteceu? – Perguntei já ansiosa, com milhões de coisas passando pela minha cabeça. Estava com medo do que ela pudesse responder.

— Calma, não é nada do que está pensando – Alice disse quando viu minha cara – Nós saímos para tomar um café, mas ele não está nada bem. – Ela continuou e percebi sua expressão voltando.

— Bem como?

— Como daquela vez, quando ele me ligou desesperado, dizendo que tinha visto uma mulher caída na estrada. – Ela falou enquanto passava a mão no cabelo. – Lizy, ele está ficando louco.

Não sabia o que dizer. Que ele não tinha uma sanidade normal, isso eu já suspeitava, mas que estava ficando louco, isso já era novidade.

— Nós estávamos lá, conversando sobre sua ex-namorada, Marlene Roberts...

— Ele tem uma ex-namorada? – Perguntei a interrompendo.

— Pois é, também não sabia sobre isso. Mas enfim, ele surtou comigo, começou a gritar quando disse sobre Chris...

Ela não conseguiu terminar de falar e eu não a forcei. Sabia que estava sendo complicado para ela. Então resolvi mudar de assunto.

— John e eu nos entendemos. – Soltei com um sorriso no rosto. Sabia que ela estava precisando de boas noticias.

— Elizabeth! – Ela exclamou surpresa. – Eu não acredito que enfim isso aconteceu. Depois de mais de um mês.

— Pois é! Eu nem acredito também. Mas meus pais continuam com aquela implicância insuportável.

— Ah que pena Lizy, mas eu tenho certeza que isso uma hora vai passar. Sabe vocês se amam, não dá para negar. Mas só te peço uma coisa, não deixe que isso termine como Romeu e Julieta... Sabe, com um veneno e tals.

Ela disse e não teve como não rir.

Alice passou a mão pelo bolso do casaco azul que estava usando e sentiu falta de alguma coisa, devido ao seu olhar.

— Meu celular, não está aqui.

— Você não deixou no carro? – Perguntei enquanto me levantava para ver se encontrava alguma coisa.

— É, pode ser. – Ela disse e tirou a chave do carro do bolso da calça. Percebi um chaveiro, uma flor vermelha, pendurado junto com a chave. – Volto já. – Alice falou e se encaminhou para a porta.

Sentei no sofá de novo e comecei a me lembrar de tudo da noite passada. Todas as palavras de John, de como tudo havia acontecido, e de como sentia falta dele. Sabia que não seria fácil para a gente de agora em diante, não depois de tudo o que meus pais haviam dito, e do que Rebheka tinha feito para acabar com a gente. Sabia que coisas ruins estavam acontecendo, mas não ia desistir tão fácil assim.

Então percebi que Alice estava demorando demais e resolvi ir atrás dela. Talvez ela estivesse procurando seu celular. Fui até a porta e quando olhei para a rua seu carro não estava mais lá. Na verdade, não tinha nada na rua, nem sinal de Alice.

Será que ela foi embora sem avisar? Foi então que vi algo brilhando na rua. Andei até lá e vi: era o chaveiro de flor de Alice. Peguei-o e notei que estava amassado em uma das pétalas. Olhei em volta, mas seu carro e ela não estavam em nenhum lugar.

Olhei para o céu e ele parecia estranho, como se tivesse presenciado algo não muito bom. Andei até em casa e antes de fechar a porta dei uma última olhada: estava com um mau pressentimento.


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Notas finais do capítulo

Coloquei alguns personagens novos e vou mostrar para vocês como imaginei cada um:
Agnes: Jennifer Aniston
Emily: Elle Fanning
Charles (pai Alice): Paulo Pires
Marlene Roberts: Deborah Ann Woll
Imagens cafeteria: http://s968.photobucket.com/user/livroecafe/media/Cafeterias/3-Cafeteria-Nova-York-2-DESPRESSO2-600x447_zpscc2b9566.jpg.html
Gente, foi isso. Como disse lá em cima, espero que estejam ai.
Beijos, vejo vocês no próximo capitulo.



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