A Procura do Desconhecido escrita por Sofia Forbes


Capítulo 39
Todo mundo sabe...


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Eu peço sinceras desculpas por ter "abandonado" essa história, mas saibam que nunca deixei de pensar ou até mesmo tentar escrever.
Foi um ano muito complicado e corrido, mas aqui está mais um capítulo de uma parte da fic que vou gostar muito de escrever. Espero que ainda estejam ai para ler, porque será muito importante para mim.
Tenham uma boa leitura e aproveitem bastante.



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(Versão Alice)

Fiquei com medo de ter perdido meu celular, ou pior, ter o esquecido na cafeteria. Isso poderia ser uma desculpa para Steven vim até mim, e nesse momento não estava preparada para vê-lo. Precisava de um tempo para digerir tudo que havia acontecido.

Fui até o carro procurar. Quando sai na rua, a lua já tinha aparecido e conseguia ver as primeiras estrelas no céu, mas algo parecia errado. O vento estava parado e não podia se ver ninguém na rua. Não liguei, já que as noites de verão estavam se aproximando.

Quando entrei no carro e liguei a luz para tentar encontrar o celular, vi um vulto passar por de trás do carro. Olhei pelo retrovisor, mas não vi nada. Devia ser coisa da minha cabeça. Continuei a procurar até que o encontrei caído no meio dos bancos da frente. Sai e acionei o alarme, mas quando fui me virar para ir embora, alguém parou atrás de mim e tentou tirar a chave da minha mão. Não consegui ver nada, apenas quando a mão da pessoa, com um pano, veio parar na minha cara. Tentei me desvencilhar e pedir socorro, mas o cheiro de álcool impregnou no meu nariz.

Estava prestes a dar uma cotovelada no meu agressor, quando meu corpo foi ficando mole. A pessoa tirou a chave do carro da minha mão, e antes que fosse tarde para mim, consegui ver o reflexo da pessoa no vidro. Cabelos pretos, curtos e olhos azuis. Não podia ser!

A última coisa que ouvi foi uma coisa de metal atingindo o chão. Em seguida, tudo ficou preto.

(Versão Elizabeth)

No dia seguinte, meu despertador tocou e logo em seguida meu celular fez barulho de mensagem. Era John. Ele estava pedindo uma carona, afinal, há muito tempo, ele estava sem carro. Respondi com um Okay! e me levantei.

Fiz todas aquelas coisas matinais, coloquei um short cor marsala, uma blusa branca e preta e um oxford cor de pele. Depois disso desci para comer alguma coisa.

— Já está acordada? Achei que teria que subir para te chamar como sempre faço. – Minha mãe disse enquanto segurava uma xícara com café.

— Não, eu preciso sair de casa um pouco mais cedo. – Respondi entre um gole de leite.

Ela parou e ficou me olhando, como quem queria saber o motivo.

— Vou passar na casa da Alice. – Menti, não conseguindo olhar para a cara dela. Sabia que se contasse a verdade, ela meio que teria um surto psicótico. – Não falei mais com ela desde o que aconteceu ontem.

— Tudo bem. – Foi só o que ela conseguiu dizer. Não sabia se tinha sido muito convincente, mas mesmo assim continuei a comer.

— Seu pai está no escritório. Está lá já faz um bom tempo. – Minha mãe falou me olhando de canto de olho. Sabia o que ela queria que eu dissesse. Mas não disse.

Desde que eles ficaram sabendo do ocorrido com os pais de John, meu pai tem entregado currículos em várias empresas. Ele não suportava mais trabalhar lá. Pediu demissão uma semana depois, mas até agora nós não recebemos nenhuma ligação positiva. Estamos sobrevivendo com o salário da minha mãe, que na minha opinião, não é tão ruim assim.

— Espero que ele consiga alguma coisa. – Foi apenas isso que disse.

Ela deu de ombros com a minha resposta e saiu da cozinha. Não estava muito a fim de discutir com meus pais novamente.

Assim que acabei de comer, subi para pegar minhas coisas e a chave do carro.

— Tchau mãe! Tchau pai! – Gritei antes de sair de casa.

A única coisa que ouvi foi silêncio.

(...)

Estava tocando Seafret – Be There no rádio.

Eu perdi tudo, me joguei dentro e você me resgatou quando ninguém estava lá. Bem, você pode pegar o que quiser, pegar o ar que eu respiro. E eu vou dar tudo o que eu possuo. Qualquer coisa que eu perca, é colocado de volta por você de uma maneira que você nunca saberá.

(...)

Quando cheguei, apertei a campainha e a mãe dele quem atendeu.

— Olá senhora Maison. – Disse tentando não parecer nervosa.

— Olá querida. – Ela respondeu com um sorriso.

— John já está pronto? Ele disse que queria uma carona para a escola.

— Na verdade ele acabou de levantar. Por que não entra e toma café conosco? – A mãe dele perguntou estendendo a mão para que eu entrasse.

— Ah... Eu comi antes de sair de casa. – Respondi tentando não corar. Essa era a primeira vez que a encontrava depois de meses, e principalmente, estava nervosa porque ela poderia saber o que aconteceu no baile.

— Então entre e nos faça companhia. Sentimos sua falta. – Ela insistiu.

— Tudo bem. – Cedi e entrei.

A casa dele era a mesma, mas sem toda a decoração. Parecia vazia, sem os tapetes, as cortinas. Os lustres de cristais foram substituídos pelos comuns, os vasos caros e raros já não estavam mais nas estantes. Os quadros que ficaram foram apenas os de fotos, e ainda assim eram menos.

— Tivemos que vender tudo. Precisávamos de dinheiro para quitar a maioria das nossas dividas. – Ela respondeu como quem lesse meus pensamentos.

— Eu sinto muito por tudo o que estão passando. Se tiver alguma coisa que eu possa fazer para ajudar, pode me dizer. – Disse e por um momento seu sorriso sumiu.

— Eu agradeço a preocupação, minha querida. Mas não vamos conversar sobre isso. Venha. – Ela voltou a sorrir e me conduziu a cozinha.

 Carl, pai de John, estava sentado de frente para a mesa com uma xícara de café em uma mão e na outra um jornal. Parecia concentrado, pois quando entramos nem notou nossa presença.

Elise deu uma tossida e ele me viu.

— Ah, olá Elizabeth. – Carl estendeu a mão do jornal para que eu apertasse.

Aceitei e assenti.

— Faz tempo que não a vejo. Como vão as coisas com John? – Ele perguntou sendo o menos discreto possível.

— Humm... – Murmurei sem saber como dizer que na noite do baile John havia se declarado para mim, que nós havíamos nos beijado, e que nesse momento, poderíamos ter reatado o namoro, mas isso deveria ser deixado em segredo por causa dos meus pais.

— Por que você não sobe para ver se John já está pronto? – Elise perguntou tentando quebrar o clima desconfortável. – É na segunda porta a esquerda. – Ela completou depois do meu aceno.

Sem me demorar muito, pedi licença e sai da cozinha. Quando vi já tinha subido todos os lances de escada e estava na porta do quarto dele. Minha mão parou no ar, e fiquei pensando em tudo que tinha acontecido. Era a primeira vez que o veria depois do nosso beijo. Estava com saudade, meu coração doía, e foi nesse momento que percebi que estava sem ar.

Quando ia bater na porta, ela se abriu de supetão e ele apareceu. Estava usando uma camisa branca, uma calça jeans azul escura e um coturno marrom. Estava lindo. Primeiro apenas nos encaramos, e por fim ele me puxou pela cintura, e antes de me beijar, cochichou: “Estava pensando quando você ia aparecer”.

(Versão Christopher)

— Calma cara. Se ela disse que ia dormir na casa da Elizabeth, não tem porque ficar preocupado. – Henrique tentava me alertar pela décima vez.

Estava ligando para Alice desde que havia acordado, mas o celular dava fora de área. Henry me convenceu a não ligar para Lizy, isso poderia me fazer o namorado possessivo, mas ele não estava em um bom momento para dar conselhos amorosos, não depois do que ele fez na noite de sábado.

— Tudo bem. – Disse enquanto guardava meu celular no bolso.

Estávamos no jardim da escola, esperando os outros chegarem. Henry estava jogado em um banco e eu estava em pé na sua frente. Parecia tentar ler um livro, mas eu sabia que ele não estava conseguindo realizar essa tarefa com êxito.

— Por que mesmo que você não leu esse livro nas últimas seis semanas? – Perguntei tentando me lembrar exatamente quando a professora de história pediu que lêssemos a “Odisseia”.

Henrique jogou o livro no chão e passou a mão nos seus cabelos castanhos. Deu um forte suspiro e depois se levantou de supetão.

— Não consigo mais ficar aqui, muito menos ler sobre o chefe dos mares Zeus.

— Pra começar, não é chefe dos mares, é deus, e segundo não é Zeus, e sim Poseidon.

— Que seja! – Ele respondeu pegando sua mochila e o livro no chão. – Não consigo mais ficar aqui. Julie fica me encarando como se fosse um pedaço de carne.

E foi ai que percebi que ela estava a alguns metros de distância, sentada com Rebekah. Parecia a mesma de sempre, com suas roupas curtas e chamativas.

— Ainda acho o que você fez burrice. – Disse encarando a morena.

— Acha que devo falar com ela? – Henry perguntou, e percebi arrependimento nos seus olhos. – Dizer que o que aconteceu foi errado?

— Pode não ter sido errado para ela, nem para você. Mas foi errado o jeito que tratou Marie. Você deveria decidir primeiro o que quer. – Respondi tentando fazê-lo pensar um pouco.

Henry ficou em silencio, depois deu de ombros, como se a ideia que havia acabado de ter uns segundos antes, fosse a mais idiota de todas.

Nós íamos ficar esperando pelo resto do pessoal, mas o sinal tocou.

É isso, teria que esperar o primeiro intervalo para ver Alice.

— Vou pra aula de inglês. – O moreno disse ao meu lado. – Te vejo mais tarde na prova de história.

Assenti e fui para minha primeira aula.

Matemática. Chato. Irritante. E meio desnecessário.

(...)

Como sempre Caroline estava lá. Ela fazia essa aula comigo.

Hoje farei retomada para o conteúdo da prova de amanhã. Isso por causa da senhorita Justine. – Foi a primeira coisa que a professora disse ao entrar na sala. – Que tirou 1 na prova anterior.

Com isso teve alguns risinhos pela sala, mas a professora ameaçou levar os alunos que estivesse fazendo graça para a diretoria, caso houvesse mais comentários sobre a nota da menina.

— Psiu! Care... – Chamei pela loira, que estava sentada duas carteiras para frente da minha.

Ela não olhou de volta. Parecia meio aérea. Bom, ela sempre é, mas dessa vez parecia um pouco mais, se isso é possível.

— Caroline! – Chamei um pouco mais alto e ela olhou assustada.

Disse que quero silêncio. – A professora disse, sem olhar para ninguém em particular.

Fiz sinal para ela vir até mim, mas não tinha lugar para ela se sentar. Afinal, atrás estava Rebheka Swan, ao meu lado direito uma menina ruiva, que sempre esqueço o nome e na esquerda Thomas Wate, o menino apaixonadinho por Care.

Ela fez não com a cabeça, e voltou a prestar atenção na professora.

Precisava perguntar uma coisa para ela, sobre Alice.

Olhei para Thomas e fiz aquela cara de cachorro sem dono.

— Se eu te pedir um favor, você faz?

Ele me olhou com desinteresse, e perguntou o que eu queria.

— Troca de lugar com a Caroline? – Perguntei e logo acrescentei antes que ele dissesse seu não eminente – É muito importante.

Ele levantou emburrado e foi até ela. Caroline quase teve um infarto quando viu ele se aproximar, mas se levantou e sentou perto de mim.

— Se isso não for importante, te mato aqui mesmo. – Ela disse cochichando, mas mesmo assim senti medo dela.

— Você viu ou conseguiu falar com a Alice no período de ontem para hoje?

— Não. – Foi apenas o que Caroline respondeu, mas continuei a encarando, como quem queria saber exatamente o que ela sabia. – Não à vi Chris. Ontem Toni e eu estávamos... ocupados. E hoje cheguei atrasada, não vi Alice.

Assenti, como que agradecendo. Depois virei para frente, passando a mão no cabelo e bufando. Não estava com saco para aula de matemática, sem contar que estava muito preocupado com a minha namorada.

Na geometria analítica, a abscissa e a ordenada podem ou não passar pela origem. O que acontece com a reta e o ângulo se os pontos passarem na origem? E... — Na verdade, tinha parado de ouvir na palavra abscissa, então chamei Care de novo.

— Viu Allan? – Perguntei também sentindo falta do moreno. Aliás, de Isabelle também.

Ela não respondeu de imediato, pareceu ficar pensando na resposta.

— Não, e não posso dizer onde ele está.

— Tudo bem então. – Disse levantando as mãos em sinal de rendimento. Parecia que não era o único em um dia ruim.

(Versão John Maison)

O primeiro período passou mais rápido do que o esperado. Para minha sorte, quando cheguei ao refeitório, Marie e Clary estavam sentadas em uma mesa com três bandejas de comida.

— Como sabiam que iria comer isso? – Perguntei enquanto me sentava ao lado de Clary e começava a desembrulhar um sanduíche.

— Isso não é exatamente para você. – A ruiva disse enquanto me fuzilava com os olhos. – Era para Luke. Ele me pediu para pegar um para ele.

— É que estou faminto... Digamos que o café da manhã não foi o suficiente hoje. – Expliquei fazendo cara de cachorro sem dono, que a fez soltar um sorriso de consentimento.

Comecei a comer igual um esfomeado. Depois de alguns minutos, Elizabeth apareceu e sentou-se ao meu lado.

— Ouvi dizer que a prova de história, sobre o livro, está muito difícil. – Henry falou se aproximando da mesa, como se tudo estivesse normal.

Marie olhou para ele, e senti que se ela tivesse visão raio laser, Henry teria morrido ali mesmo. Por causa disso, ele se afastou e foi comprar alguma coisa para comer.

— Ele está comendo meu sanduíche? – Luke perguntou assim que se sentou ao lado de Clary. Estava meio suado, sinal que tinha acabado de sair do treino de futebol.

— Está, mas pode ficar com o meu. Não estou com muita fome. – Marie respondeu do outro lado da mesa.

Enquanto Luke e Clary estavam cochichando alguma coisa, Caroline e Toni se sentaram na mesa em silêncio. Ficaram olhando um para a cara do outro, como se estivessem escondendo alguma coisa.

— Por que o silêncio? – Christopher perguntou ao se sentar ao lado de Marie. Estava com uma bandeja na mão, onde tinha uma caixinha de leite e um sanduíche.

Todos ficaram se olhando, como se estivessem escondendo segredos que não queriam contar.

— Se estão assim por causa do desastre de sábado e tudo mais com Henrique, estou bem, podem conversar sobre isso na minha frente. – Marie se adiantou, forçando um sorriso.

— Lizzy e eu voltamos! – Soltei alto demais, e algumas pessoas que estavam perto, olharam.

— Ah meu Deus! – Clary disse espantada – Essa é a melhor notícia! Estou muito feliz por vocês dois!

— Todos nós estamos. – Caroline disse.

— Sem querer parecer sentimental demais, mas acho que foram feitos um para o outro. – Luke falou enquanto me dava tapinhas nas costas.

Elizabeth deu risinhos ao meu lado, e posso jurar que ficou um pouco vermelha com a situação.

— Falando em vocês, Elizabeth, viu Alice essa manhã? – Chris perguntou tentando parecer calmo, mas com um certo tom de ansiedade na voz. – Liguei para ela várias vezes, mas só dá na caixa de mensagens.

— Não. Na verdade, não a vejo desde ontem à noite.

— Como? Ela não dormiu na sua casa? – Chris exclamou quase se engasgando com o leite que estava bebendo.

— Ela ia dormir sim, mas foi embora sem avisar. – Lizy respondeu com naturalidade, mas parecia estar preocupada. – Na verdade, quando Alice chegou na minha casa, disse que tinha esquecido o celular no carro. Ela foi buscar, mas quando demorou demais e fui procurá-la, o carro não estava mais lá. Deduzi que tinha acontecido alguma coisa e ela precisou ir embora.

— Mas se ela não está com você, e se eu não consegui falar com a Alice, onde ela está? Aconteceu alguma coisa. – Christopher disse enquanto se levantava da mesa preocupado demais. Parecia até desnorteado.

— Calma Chris – Caroline falou se levantando e indo até o amigo tentar acalmá-lo. – Tenho certeza que ela está bem. Vai ver ela foi para casa, o celular acabou a bateria e estava com cólica, por isso não veio na escola.

— Podemos ligar para a mãe dela, quem sabe Alice está mesmo em casa. – Marie falava enquanto pegava o celular, já pronta para discar o número.

Todos na mesa ficaram em silêncio, mas assentiram como se concordassem com a ideia de Caroline. Os segundos que se prolongaram, esperando que atendessem o telefone, fez com Chris ficasse totalmente impaciente. Ficou cochichando alguma coisa para si mesmo, andando para lá e para cá.

Alô! – Marie exclamou, fazendo com que todos prestassem atenção. – Senhora Petrova, tudo bem?

Ninguém na mesa se atrevia a falar, como se estivéssemos com medo de fazer muito barulho.

— Estou muito bem, obrigada – Marie respondeu e fez um minuto de silêncio, como se estivesse pensando em como fazer aquela pergunta sem assustar a mãe de Alice. – Precisava falar com Alice, mas seu telefone parece estar desligado. Ela está em casa?

— Quando foi que a nossa escola parou de servir pizza no intervalo? – Foi Henry que chegou gritando enquanto se sentava ao lado de Luke.

— Da pra calar a boca? – Soltei, tentando falar o mais baixo possível.

— O que está acontecendo? Alguém morreu? – Ele perguntou para ninguém em específico, e nessa hora todos olharam Henry como estivesse pedindo para ele não falar besteira e apenas fazer silêncio.

— Entendo... Ah, bom e teria como a senhora passar o número do telefone dele?

— Ai meu Deus! – Elizabeth exclamou bem baixinho ao meu lado. – Ela não está em casa.

Não disse nada, apenas passei meu braço pelo seu ombro, tentando confortá-la.

— Na verdade não, Alice não dormiu na casa de Elizabeth... Mas tenho certeza que ela está muito bem. — Marie disse mais para tentar convencer-nos do que a própria mãe de Alice.

— O que aconteceu com Alice? Ela não está aqui na escola? – Henry perguntando, começando a entender a gravidade da situação.

— Nós vamos ligar para ele. Muito obrigada senhora Petrova. Não se preocupe.— Marie falou e em seguida desligou o telefone.

— E então Marie, o que ela disse? – Christopher disse quase se jogando em cima da morena.

— Não vamos ficar apavorados – Ela disse soltando um mini sorriso – Alice não dormiu em casa também, mas como essa semana é com seu pai, talvez ela esteja com ele.

— E nós podemos ligar? Assim pelo menos já esclarecemos essa situação de vez.

— Claro, ela disse que vai me mandar o número por mensagem. Só precisamos aguardar um pouco. – Marie respondeu enquanto checava o celular.

— Lembro que você estava bem preocupado de manhã com Alice – Henry começou mostrando compaixão no jeito que falava – Não é porque ela não veio à escola que aconteceu alguma coisa. Relaxa que Alice está bem.

Ninguém na mesa disse nada, mas percebi que Marie começou a encarar Henrique, parecendo surpresa com o que acabara de ouvir. Parecia que alguma coisa começava a se esclarecer na sua cabeça, mas quando Henry percebeu que ela o estava encarando, Marie desviou o olhar, querendo disfarçar o que estava fazendo segundos antes. Então nisso o telefone dela fez barulho de mensagem e todos se assustaram.

— Nós vamos ligar agora? – Toni perguntando, se manifestando pela primeira vez.

— Eu quero ligar. – Chris respondeu, se sentando na mesa novamente. Parecia estar tentando se controlar.

Marie discou o número e levou o telefone até a orelha. Todos esperamos mais uma vez em silêncio, e Toni falou alguma coisa para Care, que havia sentado ao seu lado de novo.

— Se ela não estiver na casa do pai, vai ver ela está em outro lugar. Você sabe de algum lugar que Alice ia quando queria ficar sozinha? – Perguntei para Elizabeth ao meu lado.

— Não que me lembre, mas podemos investigar – Lizy respondeu, se esforçando para tentar lembrar de alguma coisa.

Quando percebi, Marie já estava falando ao telefone, e pela sua cara não havia boas notícias. Por fim, não prestei atenção na conversa e só esperamos que ela desligasse para nos contar.

Quando por fim Marie disse tchau, começou a dizer lentamente:

— Charles, pai da Alice, contou que não a vê desde ontem à tarde, quando ela saiu para ir a sua casa Elizabeth. – Ela disse enquanto olhava Lizy ao meu lado. – E parece que ele também não consegue falar com ela.

Ninguém disse nada de imediato, todos parecendo digerir a ideia e tentando ignorar as coisas terríveis que poderiam ter acontecido. Por fim, foi Henry que disse, surpreendendo a todos.

— Não importa o que tenha acontecido ou onde ela esteja, vamos acha-la.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e já vão se preparando para os próximos capítulos (que juro solenemente tentar postar), pois serão bem surpreendentes e um desafio para eu escrever.
Comentem o que acharam por favor.
Até mais!



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