Like Ghosts In Snow escrita por Drunk Senpai


Capítulo 8
When I'm With You I'm Free




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When you are with me, I'm free, I'm careless, I believe...”

–Talvez você devesse seguir os conselhos dela.- Ulquiorra lhe disse sério, desviando seu olhar. Orihime sentia-se frustrada, mesmo depois de todo esse esforço, ele não mudaria de idéia? E além do mais, ele a estava seguindo esse tempo todo, tinha que haver uma razão para isso! E ainda mais importante, ela se recusava a ouvir essa resposta.

–Mas eu não posso!- Ela disse alto forçando-o a voltar a olhar para ela.- Eu não quero!- disse honestamente, precisava deixar bem claro para ele.- “É a única forma!”– Ela pensou consigo mesma e então continuou.- E a menos que você me dê uma razão justa para ficar longe, eu vou continuar te perseguindo! E não se engane pelo que aconteceu dessa vez, - Ela disse já com um bom humor.- Eu também posso ser furtiva como você! - Ela notou enquanto terminava, que o rosto de Ulquiorra havia mudado, ele parecia mais relaxado e isso a fez feliz. Era só o que ela queria, poder conversar com ele, lhe fazer rir, descobrir seus mistérios.

Foi então que ela o sentiu pegar sua mão. A sensação era de alguma forma, quente e confortável e fez seu coração acelerar, sentia como se tudo estivesse certo enquanto segurasse sua mão. Só então notou que ele a estava levando à algum lugar.

–Onde está me levando?- Orihime perguntou, mesmo que nem por um instante houvesse passado por sua mente largar de seu toque.

–Vamos provocá-la um pouco.- Ele respondeu com um pequeno sorriso de canto. Normalmente Orihime acharia que não era uma boa idéia incitar Tatsuki. Contudo, neste momento tudo o que sentia era que podia fazer qualquer coisa que quisesse enquanto estivesse com ele.

Uma descarga de adrenalina tomou conta dela enquanto eles corriam e se misturavam com a multidão de pessoas na rua principal, e ela sentia-se inatingível, tinha um sentimento libertador, pela primeira vez fazia algo sem cautela, sem se preocupar com o que viria a seguir.

Eles continuaram se misturando com a multidão até que Ulquiorra encontrou um beco que serviria perfeitamente como esconderijo. Orihime já podia sentir seu celular vibrar com as inúmeras mensagens enviadas por Tatsuki, ela pegou o aparelho e olhou em sua tela, já passavam de 3 sms.

–Wow, ela deve estar furiosa.- Ulquiorra comentou calmamente, e ela podia ver que ele estava divertindo-se com a situação.

–Pois é.- Orihime concordou.- Aposto que se ela soubesse onde estamos ela te daria uma surra!

E assim que ela terminou, seu telefone começou a tocar. Deveria atender? Já sabia o que Tatsuki tinha para lhe dizer e todo o sermão que iria ouvir, mas não atendê-la também seria ruim, não podia ignorar sua melhor amiga desse jeito.

Antes que pudesse se decidir, contudo, Ulquiorra já estava perigosamente perto dela. Orihime sentiu seu coração acelerar e suas bochechas queimarem enquanto olhava e perdia-se em seus olhos verdes e sentia sua respiração tão próxima. E então, antes que pudesse notar, seu celular estava nas mãos dele e tudo tornou-se catastrófico quando ele pressionou a tecla de atender. Orihime sentiu seu coração parar por um instante. Não sabia o que ele faria, mas sabia que não terminaria bem.

–Você é insistente!- Ele disse simplesmente.- Está nos incomodando. - Ele disse e Orihime ficou sem palavras, não podia deixar que ele falasse daquele jeito com Tatsuki. Foi o que ela decidiu e então começou a tentar pegar seu telefone de volta, frustradamente uma vez que com uma mão ele a impedia de se aproximar. Ele ficou em silencio e ela deduziu que Tatsuki estava falando agora. Era terrível! Ela devia estar tão brava! - Quem você acha? - Ele parecia lhe estar respondendo. - É claro que ela está. - Ulquiorra agora tinha um sorriso sádico em seu rosto e vê-lo fazer aquilo só deixava Orihime mais irritada.

–Ulquiorra, para com isso!- Ela pediu aborrecida.

–Sério? Estou apavorado! - Ele continuava cinicamente conversando com Tatsuki. Ele era forte e tudo o que Orihime podia fazer era um esforço inútil de libertar-se para pegar de volta o celular.

Eu tô falando sério!– Ela tentou mais uma vez, dessa vez já num tom alto e irritado. Ele a olhou surpreso, ainda com o aparelho na mão. - Você é um estupido!– Ela gritou num disparo de raiva e adrenalina. Ele pareceu surpreso por mais um instante até que a soltou e devolveu o telefone, ele já parecia frio quando a olhou uma ultima vez e então foi embora, deixando-a ainda irritada, mas também surpresa. Mas não tinha tempo para lidar com isso agora. - Tatsuki-chan? - ela perguntou já um pouco mais calma.

Orihime?– A voz da outra também parecia se acalmar aos poucos.- Você tá bem? Ele te fez alguma coisa?

–Não... tá tudo bem, foi só uma brincadeira sem graça. - Ela continuou, deixando o beco e voltando para onde estava antes, onde encontraria Tatsuki.

~*~*~*

O vento frio da noite brincava com os cabelos laranja e deixava suas bochechas geladas enquanto Ichigo caminhava em silencio e pensativo. Sabia por alto onde seria a casa da morena, nunca havia entrado, no entanto. Sentia um leve frio na barriga, não sabia mais se era uma boa idéia, talvez – pensou consigo mesmo – estivesse exagerando. Mas, uma vez frente à sua casa, era um pouco tarde para mudar de idéia, mais ainda quando viu a porta se abrir. Escondeu-se instintivamente atrás de um carro da casa ao lado. Resolveu observar de lá.

Foi quando a viu sair. Rukia estava em roupas casuais, shorts preto e thank top branca embaixo do moletom lilás. Ainda parecia no minimo chateada. E então uma outra pessoa saiu da casa, dessa vez era um homem que deveria ter seus 30 anos, cabelos negros e longos e olhos violeta como os de Rukia, quem era esse?

Eles começaram a conversar e Ichigo sabia que não devia, mas precisava saber sobre o que, e esforçou-se para isso. A principio não podia ouvi-los bem, mas depois de concentrar-se um pouco mais, finalmente conseguiu escutar algumas palavras.

–Eu sinto muito!- Ele ouviu Rukia dizer num tom triste. - Eu juro, não vou deixar que aconteça uma outra vez!- Do que ela podia estar falando? Ichigo sentia sua curiosidade crescer de forma incontrolável.

–Eu sei.- O homem finalmente falou alguma coisa. - Eu já tomei providencias que vão garantir isso.- Ele dizia calmamente.

–O que quer dizer? - Rukia perguntou com um tom um tanto que receoso.

–É simples,- Ele começou.- Vamos sair dessa cidade. - Tão logo ele terminou sua sentença, Ichigo já não conseguia ouvir mais nada. Rukia estava partindo? Queria ter forças para sair de lá e perguntar o que estava acontecendo, quem era esse e porque estava levando Rukia embora. Mas de repente não conseguia se mover, sua mente em branco, sentia como se a tivesse perdido, e nunca imaginara que a tormenta seria tão grande.


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Notas finais do capítulo

Trecho da música: "[...] Quando você está comigo, eu me sinto livre, descuidado, eu acredito..." - ("My Sacrifice" - Creed)
Espero que tenham gostado!
Beijos ;*



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