Like Ghosts In Snow escrita por Drunk Senpai


Capítulo 39
Cloudy Days


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas saiu! haha
Desculpa pessoal, os últimos meses têm sido complicados pra escrever!
Bom, boa leitura!



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Ulquiorra abriu os olhos com dificuldade, sentia-se estranhamente letárgico. Não sabia dizer se era manhã ou noite, suas janelas estavam fechadas como de costume, e não entrava luz o suficiente para que soubesse, a princípio, sequer o que estava acontecendo ou onde estava. Havia algum peso sobre seu corpo e uma sensação viscosa em sua pele. Suspirou e passou a mão em seu rosto. A sensação viscosa agora estava também em seu rosto, ou talvez já estivesse ali antes, não sabia ao certo.

 

Pôs um pouco mais de esforço em entender o que se passava. Forçou seus olhos a distinguirem tudo a sua volta. Não muito depois, o peso sobre seu corpo transformou-se em cadáveres e a sensação viscosa, sangue que cobria tudo ao seu redor. Suspirou ao sentar em sua cama. Tinha perdido o controle uma outra vez. Perder-se no frenesi não era algo comum para ele, pelo menos não costumava ser. A verdade era que, recentemente, paralelo com tudo o que estava acontecendo – a descoberta de sua habilidade de persuasão, adquirir seus “fantoches” como Neliel gostava de chamar, tudo isso apesar de parecer um bom plano para mantê-lo sob controle, parecia ter o efeito oposto. Agora, percebia se tornar mais forte, sim, mas as mortes eram também mais violentas, uma vez que após alcançar um certo ponto, sentia-se perder-se muito rapidamente e não muito depois, sua consciência se esvaía, como parecia ter acontecido agora.

 

Olhou os dois corpos atrás de si, e então o que estava no chão, ao pé de sua cama. Todas com marcas de mordidas espalhadas por seus corpos, suas gargantas rasgadas como se causado por um ataque animal… Talvez fosse um agora. Levantou-se. Seu quarto parecia saído de um filme de horror de baixa qualidade. Havia sangue espalhado por todos os lados, e ao chegar ao seu banheiro e olhar seu reflexo no espelho, a figura pálida, coberta de sangue, com cabelos negros desgrenhados e olhos sinistros, notou que suas presas continuavam à amostra, como se de fato fosse um ser selvagem, um monstro.

 

Observou ao seu redor com desgosto. Era um verdadeiro transtorno, precisava dar um jeito naquela bagunça e livrar-se dos corpos. Desta vez, não poderia apenas jogá-las numa viela qualquer e deixar por isso mesmo. As marcas em seus corpos, o estrago que fizera, acabaria por chamar para si uma atenção que não queria. Talvez devesse queimá-las e livrar-se de uma vez por todas desse assunto, era a melhor opção. Suspirou enrolando os corpos em seus lençóis e até mesmo seu tapete que estava agora estragado. Colocou os corpos juntos e os contemplou uma outra vez antes de ir até a sala.

 

Quando alcançou o próximo cômodo, percebeu que o caos não estendia-se somente ao seu quarto, na verdade, a situação parecia estar ainda pior em sua sala, apesar de não haver corpos. Estava pronto para dar um jeito em tudo aquilo, quando sentiu cada célula de seu corpo congelar e o mundo pareceu parar de girar por um instante. Escondido atrás do seu sofá, havia mais um corpo. Sua pele era de uma palidez própria aos cadáveres, como todas as outras, mas seus cabelos eram ruivos, longos e ruivos. Não era ela, não podia ser! Ulquiorra não se lembrava de tê-la encontrado, mas também não se lembrava de nenhuma das outras. Já não sentia o chão sob seus pés, e sua mente estava ocupada demais repetindo “Não pode ser! Não é verdade!” para que conseguisse pensar em qualquer coisa que fosse. Forçou seus pés a caminharem mais para perto, seu corpo à se agachar e finalmente suas mãos à cuidadosamente tirar do caminho as madeixas que cobriam seu rosto.

 

Sua mente era um caos de negação e terror, e por um momento, era como se seus olhos tentassem fugir daquilo à sua frente. Mas Ulquiorra precisava ser mais forte que aquilo. Voltou seus olhos ao cadáver que jazia diante de si. A linda garota, mais parecida com uma boneca de porcelana, encantadora mesmo com sua garganta dilacerada e coberta do próprio sangue, ainda assim era delicada e parecia tão frágil… Mas aquela garota não era a sua.

Sentiu como se o peso do mundo tivesse acabado de ser retirado de suas costas. Aquela não era a sua princesa.

 

Não era, mas poderia ser, e quanto tempo até que realmente fosse? Afinal de contas, já não tinha mais controle sobre si, como poderia se assegurar que Orihime estaria a salvo ao seu lado? Estivera todo esse tempo preocupado em protegê-la de Grimmjow, mas o verdadeiro perigo estava refletido agora na frente de seu espelho.

 

Depois de livrar-se dos corpos e do maldito cenário sangrento que se fez em sua casa, Ulquiorra pôs-se a pensar, mas tudo que conseguia fazer, parado em seu banheiro, era olhar dentro de seus próprios olhos refletidos no espelho. O susto de mais cedo ainda lhe atormentava e nem as horas que se passaram o fizeram se aquietar. Precisava encontrar uma solução, estava certo de que não poderia continuar daquela forma por muito mais tempo. Como se já não bastassem os problemas que já haviam se instalado e acumulado.

 

Sua busca lhe trouxe três opções, nenhuma agradável, mas sabia que eram as únicas que teria. A primeira seria ir até Neliel e solicitar que lhe desse algum conselho, afinal, Neliel vivera mais e certamente teria passado por, pelo menos, algo parecido – não tinha como ter certeza, apesar de passar boa parte de seus anos acompanhando-a, não se incomodava em se envolver com seus problemas. O risco desse plano era de permitir que ela interferisse outra vez em seus assuntos, como se ela já não fosse inconveniente o suficiente. Outra opção era voltar ao cientista, o maldito Urahara, e fazer com que lhe desse alguma solução. Mas como poderia convencê-lo? E ainda que o fizesse, como poderia confiar nele? Não sabia ainda suas verdadeiras intenções e não sabia de que lado estava – apesar da presença de Yoruichi lhe dizer que certamente não estava do seu. A última alternativa era uma que preferia nem considerar, era sem dúvidas a pior. Mas era a única que lhe restava: Deixar Orihime para trás e afastar-se dela de uma vez por todas. Aquilo o deixava com um sabor amargo na boca.

 

Era desastroso. Sua mente parecia presa em uma espécie de labirinto enquanto caminhava pelas frias e cinzentas ruas de Karakura. Respirou fundo, sentindo o ar gélido e o cheiro do outono lhe preencherem. Nem mesmo assim conseguia se acalmar. Apenas seguia um passo após o outro sem saber exatamente para onde.

 

—Ah, olá!- Uma garota cortou sua distração enquanto esperava o movimento do trânsito lhe deixar atravessar a rua. A garota tinha grandes olhos castanhos e cabelos de um breu profundo. Parecia feliz em vê-lo, sua voz era um misto de excitação e insegurança. - Lembra de mim? - Perguntou tornando a insegurança ainda mais evidente. Quando pareceu notar que Ulquiorra não sabia do que ela estava falando, apressou em apresentar-se. - Haruka! Do restaurante!- Sorriu. Aquilo certamente lhe trazia algo à memória, mas não tinha certeza do que. - Ainda espero por seu telefonema. - Riu timidamente. Ulquiorra não sabia ao certo o que dizer, ou se deveria dizer, mas o fez mesmo assim.

—Sinto muito. - Disse simplesmente, com os olhos profundamente nos dela, sem que notasse.

—N-não tem problema! - Viu suas bochechas enrubescerem, e então voltar o olhar que tinha desviado, uma outra vez para ele.- Mas tenho uma ideia, caso queira se desculpar.- A inocência de seus olhos se esvaiu muito rapidamente.

 

Em qualquer outro momento, a ideia seria completamente incabível, mas o borbulhar de seu sangue quando junto ao calor e o som dos batimentos da garota à sua frente transformaram tudo numa confusão, o mundo era um borrão ao seu redor e os pensamentos pareciam ainda mais confusos do que antes.

 

***

 

O ruido ao seu redor parecia martelar em sua cabeça enquanto Tatsuki caminhava. Estava estressada e angustiada. Sua próxima luta era a porta que poderia levá-la ao campeonato nacional, seu sensei a estava pressionando e havia também, é claro, toda a situação com Orihime. Sua ideia de criar um plano para separar sua melhor amiga de seu suspeito e arrogante namorado, tinha se provado um fracasso antes mesmo de começar. Isso por que, parte de seu plano dependia de colocar outra pessoa no caminho de Orihime, e não qualquer pessoa, seu amor de infância, Ichigo. Parecia um bom plano, tinha tudo para funcionar, exceto o fato da confirmação de que o ruivo não estava disponível de maneira alguma, estando tão pateticamente apaixonado por Rukia. No início, foi frustrante é claro, mas depois de sua conversa com Ichigo, não poderia desejar para ele nada além de felicidade com seu amor.

 

Mas isso lhe deixava novamente numa posição difícil. Queria muito ser capaz de desejar essa mesma felicidade para Orihime e Ulquiorra, mas não parecia possível. Estava fortemente convencida de que havia algo de errado no rapaz de cabelos negros e sombrios olhos verdes. Bastava lembrar-se dele e podia sentir um frio na espinha. Não conseguia imaginar deixar sua melhor amiga correr algum risco. Mas o que podia fazer? Já gastara tanto tempo pensando no assunto, que chegava a sentir-se até mesmo fisicamente cansada.

 

Passou a mão pelas madeixas rebeldes, irritada, enquanto adentrava a cafeteria. Não demorou muito para ver uma das razões de suas dores de cabeça. Orihime estava sentada em uma das mesas, com uma xícara de cappuccino nas mãos, com um semblante preocupado, o qual ela tentou disfarçar no instante que a viu se aproximar.

 

—O que houve? - Perguntou no instante em que se sentou. Orihime tentou sorrir, mas ao perceber que não funcionaria, suspirou, colocando a xícara de volta na mesa.

—É que eu senti que… ah, não é nada demais…- Tentou convencê-la. - Não foi por isso que te chamei aqui! - Fingiu estar bem e empolgada como de costume. - Na verdade queria saber se você vai tá livre no dia primeiro. - Bebericou de sua xícara enquanto esperava que Tatsuki desse sua resposta.

—No sábado? - A ruiva assentiu. - Depende de você. - Respondeu simplesmente, preparando-se para fazer o pedido quando uma garçonete se aproximou. - Um suco de laranja, por favor.- Pediu e voltou sua atenção para a outra. Orihime parecia confusa.

—Como assim? - Perguntou.

—Bom, depende de você me dizer a verdade sobre o por que tá com essa cara. - Respondeu num tom que não permitia mais fuga do assunto.

—Tá bom! - A ruiva suspirou, dando-se por vencido. - A verdade é que, ultimamente tenho a sensação de que tem alguém me seguindo…- Comentou num tom um pouco assustado.- Alguém me observando. - Aquilo era como um soco direto no seu estômago. Sentiu o sangue borbulhar ao imaginar o que Orihime estava passando sem que ela ao menos percebesse, estando sempre tão ocupada nos últimos dias, e quando não estava, inventando desculpas somente para não ter que ver ou mesmo ouvir sobre Ulquiorra. Ulquiorra… Aquilo a fez lembrar a aflição que sentira daquela vez em que o viu seguindo a ruiva, sem que pudesse fazer nada. Sentiu a fúria aflorar-se.

—Tem certeza que não é só o bizarro do seu namorado? - Perguntou, mas logo arrependeu-se. Viu o semblante preocupado de Orihime tornar-se triste. Suspirou. - Foi mal. - Desculpou-se. - Mas esse não é o tipo de coisa que ele faz? - Tentou diminuir a tensão, mas não parecia ter funcionado tão bem.

—Não, não é ele.- Ela disse simplesmente. - Eu tenho sentido isso com mais frequência ultimamente, e hoje… - Respirou fundo antes de prosseguir.- Hoje eu podia ter certeza de que estava muito próximo de me pegar. - Tatsuki conseguia ver o medo nos olhos de Orihime, um medo que não via havia anos.

 

A última vez que a viu com aquela expressão, elas ainda não podiam ter mais que 14 anos. Tatsuki podia sentir os pelos de seus braços se arrepiarem. Da última vez, não fosse por ela aparecer de última hora em direção à casa de Orihime, esta teria sido levada, talvez para sempre, por sequestradores. Quando Tatsuki alcançou uma viela próxima do apartamento da ruiva e teve sua atenção atraída por um tumulto, eles já haviam vendado e amarrado Orihime, e pareciam à espera de algo ou alguém, um automóvel talvez, para levá-la. Não eram lembranças que gostava de ter, mais ainda quando pensava no fato que um deles tinha conseguido escapar antes que a polícia chegasse e levasse os outros dois, os quais ela nocauteara. Depois disso, Orihime passara um bom tempo assustada, ambas, ao bem da verdade. Tatsuki jurou então que estaria sempre lá para protegê-la, e o fizera até então. Mas conforme o tempo foi passando, o trauma de Orihime foi se curando e ambas voltaram a relaxar. A ideia de que poderia acontecer outra vez, parecia lhe sufocar.

 

—Por que não me contou antes?- Perguntou séria. - Eu te fiz uma promessa, não fiz? Eu vou te proteger não importa o que! - Disse, firme.

—Eu sei disso! - Segurou sua mão por sobre a mesa. - Mas eu acho que não posso mais ficar dependendo de você dessa forma, Tatsuki-chan. - Lhe mostrou um sorriso fraco. - Você não pode ficar me colocando acima de seus próprios assuntos. - “Mas você faz parte de minha vida! Você faz parte dos meus assuntos!”, quis dizer mas preferiu continuar ouvindo.- Eu tô cansada de te dar tanto trabalho, de depender tanto de você! - Disse por fim. Tatsuki respirou fundo, queria soar firme, mas não rude.

—E quanto ao Ulquiorra? Contou isso a ele? - Perguntou, mas não sabia exatamente qual resposta esperava. Saber que sim, e que tinha sido deposta do cargo de sua protetora, ou que não e que Orihime sofria em silêncio, correndo perigo. O rosto de Orihime era um enigma de preocupação ou incerteza.

—Não…- Respondeu num tom que refletia a expressão em sua face.

—Por que não? Pra isso ele deve servir!- Aquilo lhe deixava furiosa, de que ele servia se não pudesse ao menos garantir que sua própria namorada se sentisse segura?

—Não é isso!- Orihime interveio.- Não é isso! É que…- Pausou sua fala com aquele olhar preocupado, e então voltou a falar. - Encontramos um daqueles rapazes que me admiram…- “Que te stakeiam em silêncio, quer dizer.” Tatsuki pensou mas preferiu nada dizer uma outra vez.- E tava tudo bem, o garoto estava pronto para se falar de seus sentimentos e eu pronta para rejeitá-lo, quando o Ulquiorra voltou para a nossa mesa. - O rosto de Orihime não mudava e quem estava preocupada agora, era a própria Tatsuki.

—Ele brigou com o cara?- Perguntou, apesar de aquele esquisito, ainda que fosse assustador à sua maneira, não parecia ter o perfil de quem entra em brigas.

—Não, mas…- Orihime distraiu o olhar com a caneca. - Havia algo nele… Seus olhos, seu tom de voz quando falou com o rapaz… Não parecia ser ele mesmo… Não é uma sensação que quero voltar a ter.- Aquilo lhe surpreendeu. Parecia então que Orihime não era tão cega a ponto de não perceber algo de errado em Ulquiorra. Mas nesse caso, não tinha certeza se esse cuidado que estava tendo era uma boa ideia. Afinal de contas, como poderia se assegurar que a ruiva estaria segura enquanto estivesse longe? Se entrasse para o campeonato nacional, não poderia recusar, por mais que quisesse.

—É mais ainda uma razão para contar pra ele. - Era mais difícil do que imaginava, admitir. - Se não quer minha proteção, deve pelo menos ter a dele. - Disse enfim.- Precisa contar pra ele.

—Você acha mesmo?- Tatsuki suspirou assentindo. - Bom… vou pensar nisso.- Orihime disse num tom que indicava que não mais tocaria no assunto. - Agora, de volta ao que estávamos falando antes! - Voltou ao tom alegre.- Você precisa vir no sábado!- Disse animada.

—Para onde, exatamente?- Respondeu bebendo um gole do suco que finalmente chegara.

—O aniversário do Ulquiorra! Sei que vocês tem suas diferenças, mas acho que é a oportunidade perfeita para, pelo menos tentar mudar isso.- Ela anunciou, esperançosa. Tatsuki tomou mais um longo gole, antes de voltar a falar.

—Vou pensar. - Disse enfim. E pensaria mesmo. Mas não com o objetivo de fazer amizade, tinha muito sobre o que conversar com ele.

 

 

***

 

Ulquiorra coçou os olhos preguiçosamente, enquanto se preparava mentalmente para despachar outro cadáver e limpar a zona em sua casa ainda mais uma vez. Sentou-se e suspirou olhando em volta. Havia algo de errado, para início que não existia um corpo ali, ao menos em nenhum canto em seu raio de visão. Levantou-se. Aqueles blackouts eram mesmo um problema, não tinha como saber o que acontecera. Checou seu relógio de pulso. Haviam se passado duas horas desde que encontrara aquela garota. O breu da noite já devorava o que restava da luz do dia, enquanto o moreno tentava entender o que teria acontecido. “Será que me livrei dela quando tava inconsciente?”, peguntou-se indo até o quarto. Não havia nada ali também, passou para o banheiro e olhou seu reflexo no espelho, havia vestígios de sangue em seu rosto e peito, o que significava ao menos, que teria se alimentado.

 

Começara a se despir para um banho, quando ouviu um ruído vindo de algum outro cômodo. Quem poderia ser agora? Apostava suas fichas em Grimmjow enquanto caminhava em direção à cozinha, de onde o barulho parecia ter vindo. Mas nada garantia que não pudesse ser a Neliel também, afinal de contas, ambos pareciam sentir um prazer imenso em lhe incomodar. No entanto, ao chegar ao seu destino, não podia se provar mais errado.

 

Para sua surpresa paralisante e confusa, a pessoa em sua cozinha, vestida em uma lingerie preta e provocante, não era ninguém menos que sua última vítima. Não tinha certeza o que era mais surpreendente, o fato de que ela estava ainda viva, diferente de todas as outras, ou o fato de que parecia estar tão bem, como se nada lhe tivesse acontecido. Não fosse a pequena marca que suas presas causaram, poderia jurar que sequer havia tocado na garota. Ela sorriu quando o viu, o mesmo sorriso tímido de antes.

 

—Ah, você acordou! - Lhe cumprimentou em tom alegre. - Eu estava pensando em fazer uma surpresa, um jantar!- Ela parecia sem jeito por um instante.- Apesar de que, fiquei um pouco confusa, você come comida normal, não é?- Perguntou sem esperar por uma resposta e prontamente prosseguiu.- Afinal você ia sempre lá no restaurante.- Sorriu. A mesa estava posta e havia algo assando no forno. -Sente-se!- Pediu lhe indicando a cadeira.- Espero que goste.- Disse e então pareceu ficar sem jeito. - Apesar de saber que não é seu prato favorito!- Riu timidamente, tocando de modo suave nas marcas de mordidas que Ulquiorra causara.

 

Enquanto observava a garota ir checar o forno e manter conversa sobre o que quer que fosse, Ulquiorra podia ter certeza de que estava com problemas e que agora, mais que nunca precisava resolvê-los.


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Notas finais do capítulo

É isso!
Espero que tenham gostado!!
Até mais! ;*



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