Like Ghosts In Snow escrita por Drunk Senpai


Capítulo 36
Darkness and Freedom; Hero's Pose


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente, há quanto tempo né?
Desculpa mesmo pelo hiatus forçado e sem aviso prévio, mas aconteceram muitas coisas nesses ultimos meses e não deu mesmo pra escrever, mas parece que as coisas tão voltando ao normal!
Enfim, não vou encher vocês com isso!
Espero que gostem,
Boa leitura!!



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Ulquiorra suspirou em êxtase ao sentir a vida da garota presa em seus braços, se esvair enquanto saboreava as últimas gotas de seu sangue. Deixou que seu corpo sem vida despencasse sobre o assoalho em seu apartamento escuro. Atirou-se em seu sofá e observou a belíssima garota que jazia sem vida. Era realmente bonita, com seus cabelos negros e longos, sua pele morena, macia, e aqueles grandes olhos verdes, que pareciam tão livres quando ele a havia encontrado mais cedo, numa lanchonete qualquer.

Mesmo assim, sua beleza jamais se compararia à Orihime, sua princesa. Suspirou enquanto olhava o teto escuro. Aquela garota, no chão de seu apartamento já era a sétima naquela noite, mais uma tentativa de livrar-se do incomodo causado pelo desastroso encontro com Neliel e Grimmjow na semana anterior.

Desde então estava tentando proteger Orihime, manter Grimmjow distante e ainda preocupar - se com a suposta perseguição que estavam sofrendo. Era demais mesmo para ele. Talvez fosse até mesmo efeito daquela maldita experiência conduzida por Urahara, apesar de parecer pouco provável que fosse o caso. Ah, ainda tinha isso com o que se preocupar: um cientista suspeito e que sabia a verdade sobre si, que tinha como guarda-costas uma das caçadoras mais famosas do mundo, que é claro, também sabia de seu segredo.

Passou a mão pelo cabelo e suspirou em frustração. Seria tão mais fácil simplesmente sumir daquela cidade, ou até do país, quem sabe. E recomeçar em outro lugar, recuperar sua liberdade de todos aqueles problemas. Mas já não podia fazer isso. Amaldiçoava-se pelo momento em que se permitiu importar. Agora tinha Orihime, e sabia que não podia deixá-la e que não seria possível convencê-la a abandonar sua vida de uma hora para outra. Lamentou-se outra vez. Não sentia-se o mesmo.

—Já é a minha vez? - Outra garota surgiu da penumbra de seu apartamento. Essa era tão linda quanto a anterior. Seus olhos azuis como o céu no verão, seus cabelos loiros que desciam até a cintura, seus lábios rosados e sorriso timido, sua voz soava como uma melodia. Vestia uma lingerie branca e delicada.

Ulquiorra a chamou para perto de si, onde ela sentou-se no sofá, ao seu lado, perto o suficiente para sentir sua respiração quente e acelerada. Não sabia ao certo quando obtivera aquela habilidade para controlar humanos, mas era muito útil, apesar de ainda não saber ao certo como funcionava ou seu limite. Mas, conseguira convencer suas ultimas vitimas à lhe obedecerem e oferecerem-lhe seus pescoços esbeltos e a essência juvenil que corria por suas veias.

Sempre achou que sob efeito dessa influencia, os humanos devessem entrar em uma forma de transe, como zumbis ou simplesmente fantoches lhe obedecendo e realizando seus desejos, mas não parecia o caso. Na verdade, as garotas pareciam encantadas, lhe direcionando olhares apaixonados e procurando agradá-lo, como à um amante.

Antes mesmo que pudesse completar seus pensamentos, foi interrompido pelo repentino ataque à seus lábios. A garota lhe beijou apaixonadamente e prosseguiu para seu pescoço e peito desnudo, na camisa preta de botões semi aberta, sem se importar com o sangue que ainda respingava ali. Começava a abrir os últimos botões, quando ele segurou seu rosto e ergueu para que olhasse em seus olhos. Não precisava de palavras, ela parecia ter entendido, quando voltou a sua posição anterior e prontamente lhe ofereceu o pescoço.


 

Seus beijos e suas caricias não pertenciam à ela, eram somente para sua princesa, mais ninguém. Preparava-se para cravar suas presas naquela pele macia e quente, quando sua porta fora aberta sem o minimo de cuidado ou respeito à sua privacidade.


 

Ulquiorra-kun!— Neliel o chamou alto como de costume, antes mesmo de vê-lo. - O que tá fazendo?- Perguntou estarrecida ao ver o corpo jogado ao chão e a garota sentada ao seu lado. - O que eu disse sobre manter a discrição? - Perguntou num tom de censura. Ulquiorra deu de ombros.

—Se há alguém que precisa aprender alguma coisa sobre discrição, é você. O que quer no meu apartamento à essa hora? - Perguntou mau humorado.

—Não precisa falar desse jeito. - Ela disse aborrecida, sentando-se no outro sofá, olhando em volta com pesar. Só então pareceu notar algo diferente.- Ei por que essa garota não tá correndo e gritando por ajuda? - Ulquiorra suspirou. Afastou a mecha de cabelo sobre a orelha da garota, delicadamente e sussurrou.

Vá para o quarto.— A jovem levantou-se prontamente e se foi.

—Você consegue controlar? - Neliel perguntou surpresa. - Como? Desde quando?

—Não sei ao certo.- Respondeu.- Você não consegue?

—Sim mas, não muito bem ainda. E pra falar a verdade não uso muito. - Respondeu simplesmente.-Acho que é uma daquelas habilidades que aparecem com a idade, quer dizer que tá ficando velho.- Riu como se fosse algo comum.

—É, talvez.- Disse simplesmente.

—Mas você não devia abusar tanto disso, não parece justo com essas pobres garotas...- Comentou num tom triste. - É por isso que não costumo usar.

—Você parece se esquecer que ao contrario de você, eu não dou a mínima. - Ulquiorra levantou-se e se serviu com uma dose de whiskey. Sentou-se outra vez. Neliel o olhou, chateada por um momento e então empolgada como alguém com uma idéia milionária.

—É isso! Essa é a melhor forma para evitar atrair atenção!- Ela disse entusiasmada. - Ao invés de assassinar essas garotas cruelmente como você e Grimmjow adoram fazer, você podia usar o controle para deixá-las ao seu dispor para quando precisar. Desse jeito, não precisa matar ninguém, nem alimentar-se das bolsas que vocês tanto desprezam! Não que ter as mentes controladas seja bom, mas vai ser melhor que morrer e serem atiradas numa vala qualquer. - Disse ainda no humor anterior, sem lhe dar a chance de opinar. -Pronto! É isso que farão de agora em diante! E não ouse desobedecer, entendeu?- Perguntou num tom autoritário. - Ah, que ótimo! Sou tão genial! - Disse empolgada outra vez. -Bom, vou dar as noticias ao Grimmjow! - Levantou-se para ir. - Até mais tarde!- despediu-se e partiu, fechando a porta na mesma violencia que a abriu.

—Maldição. - Reclamou para si próprio. Sentia tanta falta de sua liberdade.


 

***


 

Ichigo continuou em direção ao barulho que escutara. Seu coração martelava e seus instintos lhe gritavam para dar meia volta e apressar-se para o conforto e segurança de sua casa. Mas fugir não fazia seu estilo, Kurosaki Ichigo não corria de uma luta. Mais próximo, podia ouvir alguns gritos abafados, e só depois pôde ver o rapaz que parecia um pouco mais novo que ele, sendo rendido por um homem... homem não, mais uma daquelas monstruosidades.


 

Pensou em Rukia. Parecia que por melhor que ela fosse, por mais que se esforçasse, ainda não seria capaz de exterminar todas aquelas criaturas. Se ao menos ela aceitasse sua ajuda, se deixasse que ele tentasse fazer algo para ajudá-la... Essa era sua chance. Sua chance de mostrar que não era tão frágil assim, de ajudá-la, mesmo que ela não quisesse, não soubesse, mesmo que só um pouco.


 

Assim, sem pensar duas vezes, pegou uma rocha do chão e saindo de trás da arvore onde espionava, atacou o vampiro, que atordoado, soltou sua vítima. Ichigo sentia a adrenalina impulsionando seu corpo à continuar se movendo. Considerou pegar mais alguma coisa e atirar contra o monstro, mas não havia tempo, não havia tempo para pensar.


 

Preparou a base e moveu-se para uma luta corpo à corpo. Não tivera muito tempo, mas aprendera algumas coisas com Rukia, além é claro, do conhecimento que já tinha sobre as artes marciais. O vampiro não permaneceu atordoado por muito tempo, e logo estava pronto e avançou para atacar Ichigo, que conseguiu defender-se erguendo seus braços para evitar o golpe.


 

Surpreendeu-se consigo mesmo, não esperava conseguir proteger-se de um ataque aberto como aquele, mas parecia que precisava de um pouco mais de fé em si mesmo. Se fosse comparar com o ultimo “combate” que tivera, onde sequer viu quando fora atacado, essa era realmente uma coisa para se orgulhar.


 

Mas antes que pudesse se empolgar demais, o vampiro deu-lhe outro golpe, e mais um, e mais um até que conseguiu derrubar sua base e acertá-lo no maxilar com um soco com o que ele imaginara ser sua força total. E então, em um instante, Ichigo estava no chão. Sentia o gosto de sangue em sua boca e a dor se espalhava tirando suas forças para voltar a se levantar.


 

Olhou o rapaz deitado no chão. Tinha sido mesmo um tolo. Achou que poderia lutar contra aquele monstro, que poderia salvar o garoto. Mas no fim acabou apenas por dar mais uma refeição ao vampiro que já se preparava para voltar a atacá-lo, dessa vez com suas presas.


 

Foi quando, rápido como um relâmpago, Ichigo sentiu apenas o quente do sangue que espirrara em seu rosto, e então o vampiro estava caído de um lado e seu coração do outro. Havia sido salvo outra vez. 


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Notas finais do capítulo

É isso!
Espero que tenham gostado, e de novo,desculpa pela demora!
Até o próximo!
Kissus ;*



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