–OK...Diga "ah".-Ordenou Will aproximando um copo de minha boca. Tranquei os lábios olhando-o desconfiada.

–Oque foi? É néctar, vai te ajudar, beba!-Coloquei o copo entre os lábios dando o primeiro gole na bebida estranha.

–Confie em Will, Natália...Ele é um dos melhores médicos do Acampamento.-Sorriu Quíron. "Confiar em Will? Primeiro eu tenho que confiar em você" Pensei. Um gosto absurdamente bom invadiu minha boca e meu corpo aqueceu-se. Imaginei em minha cabeça estar comendo um dos bolos de chocolate que minha mãe fazia para mim e sem pensar comecei a dar mais goles na bebida.

–Ei, ow, ow! Quer explodir?!-Perguntou Clarisse. Will tirou o copo de minha mão.

–Desculpe, esqueci de avisar se você beber muito disso seu corpo entra em combustão espontânea.-Falou Will. Olhei incrédula para o garoto.

–Você esqueceu?-Perguntei cética. Will deu de ombros enquanto Quiron dava uma risadinha aproximando-se de mim com sua cadeira de roda. Franzi a testa um pouco temerosa, eu não sabia quem eram essas pessoas, não sabia oque elas queriam fazer comigo. Quiron me encarava diferente, como se soubesse tudo de minha vida mesmo não me conhecendo. Afastei-me um pouco dele olhando-o cuidadosamente.

–Bom, essa é a terceira dose de Néctar que te demos, acho que já pode tirar isso.-O homem apontou para a tipóia que segurava meu braço e com surpresa percebi que o mesmo não doía mais. Retirei meu braço com cuidado flexionando várias vezes antes de meu virar pasma para Quiron.

–Oque...?

–Tudo ao seu tempo, criança. Te explicaremos tudo, fique tranquila.

–Explicaram oque? Primeiramente, quem é você e oque estou fazendo aqui?!

–Bom...Já disse que me chamo Quíron, e sou o diretor de atividades do Acampamento...

–Que acampamento? -Perguntei.

–Esse que vocês se encontra agora.-Respondeu Will.-No momento você está na enfermaria, no Acampamento Meio-sangue.

–Acampamento oque...?!

–Meio-Sangue.

–E por qual motivo eu estou aqui?

–Meio-sangue, dã! Isso não te diz nada?-Perguntou Clarisse. Neguei com a cabeça.-Ah, não é obvio, garota?... Você é uma meio-sangue!

–Hã...Oque? Isso é alguma doença? Ah não...Eu sou mesmo doente?! Essa não...-Clarisse encarou-me incrédula.

–Eu vou te bater.-Prometeu. Quíron pigarreou.

–Isso não é uma doença, criança....Relaxe! Irei te contar tudo.-Falou o homem fazendo-me prestar atenção.

(...)

–Espera...Oque? Pode repetir?-Perguntei confusa. Clarisse revirou os olhos apertando o travesseiro no rosto entediada enquanto Quiron apenas suspirava.

–Natália escute...Oque exatamente aconteceu com você ontem?-Perguntou Quíron.

–Eu...Bom...Eu fugi de casa ontem a noite e...-Comecei a contar nos dedos.- Estava tendo uma festa e a festa sumiu do nada! Um cachorro preto e enorme...Quero dizer, enorme mesmo. Maior...Maior que um carro, tentou me matar e tinha um garoto...-Meu coração se apertou e meus olhos se arregalaram.-O garoto! Onde está ele?!

–Está falando do Nico?-Perguntou Quiron. Senti um solavanco em meu peito abrindo um sorriso. Nico, o nome dele é Nico.

–Sim. O Nico...-Sussurrei.-Ele me salvou ontem.

–Espera...Nico Di Angelo salvou alguém?!-Perguntou Clarisse incrédula.-Nossa, Isso é novidade!

– Ele está bem? Posso vê-lo?-Perguntei. Minha curiosidade era tanta que ver aquele menino se tornou prioridade em minha vida. Meu coração acelerou enquanto um sentimento estranho me tomou. Fiquei confusa não sabendo de onde vinha aquilo. Eu nunca havia sentido isso por ninguém...Era totalmente novo.

–Calma. Uma coisa de cada vez.-Falou Quiron sorrindo.-Não quer suas explicações?

–Eu as quero mas...

–Bom Natália...-Cortou Quíron- Tudo é muito complicado e você precisa acreditar em mim certo?-Assenti aflita.-Diga, você mora com sua mãe ou com seu pai?

–Com minha mãe. Eu não tenho pai.

–Na verdade...Você tem sim um pai, Natália.-Murmurou Quíron. Arqueei uma sobrancelha.

–Você o conhece?-Perguntei. Desde sempre "meu pai" foi um assunto proibido em minha casa. Até mesmo a palavra "pai" soava estranho para mim. Conversar sobre ele? Isso era muito esquisito.

–Pode-se dizer que sim...-Fala Quiron.

–"Pode-se dizer"? Então não sabe quem é ele...

–Ainda não.-Quiron franziu a testa.-Natália você conhece algo relacionado a mitologia grega?

–Eu... Acho que minha mãe falou algo sobre eles um dia... Ela me contou a história de Hércules quando eu era pequena. Mas... Oque isso tem haver com meu pai? -Perguntei sem entender nada do que se passava ali. Céus...Esse cara vai me dar uma aula de história agora? Sério?

–Exatamente. E agora me diga...E se todos ele existissem?

–Isso seria impossível, afinal ...-Quiron lançou-me um olhar estranho fazendo-me raciocinar. Aquele cachorro enorme não parecia coisa do mundo real...E como ele e a festa desaparecerem do nada?-Não está tentando me dizer que eles existem não é?

–Vejo que já entendeu...Sim, querida, Todos os deuses e criaturas da história grega existem.Os monstros caminham pela terra no meio de todos e os deuses tem filhos com humanos. Esses são chamados de meio-sangue.-Encarei Quiron por um tempo assentindo logo depois.

–Espera...Você acredita ?-Perguntou Will.-Quer dizer...Fácil assim?!

–Eu... Acredito. Nada do que aconteceu ontem parecia normal. Essa é uma boa desculpa.-Falei. Clarisse arqueou uma sobrancelha parecendo surpresa

–Bom....Agora chegamos na parte difícil. Escute bem, Você é filha de um Deus Grego.-Falou Quíron. Franzi a testa enquanto Quíron, Clarisse e Will me encaravam esperando alguma reação minha. Dei um sorriso nervoso.

–Hã...Eu acho que não. Estão me confundindo com outra pessoa. Olhe pra mim, não posso ser filha de um deus.-Falei não imaginando como eu, uma garota magrela e um tanto que estranha poderia ser filha de um deus. Simplesmente isso não fazia sentido.-Minha mãe disse que meu pai fugiu de casa quando eu era um....-Novamente me calei quando as coisas se encaixaram em minha mente de novo.-Céus...

–É chocante não é?-Perguntou Will dando um sorriso.

–Não...Quer dizer, olhe para mim! Pareço filha de um deus?! Não tem nada de divino em mim!

–Sua aparência pouco importa, Natália. Porque acha que um cão infernal teria te perseguido? Ele sentiu o cheiro de seu sangue! Um sangue poderoso, devo dizer. Segundo Nico, o cão infernal que te perseguiu não era um monstro qualquer...Ele saiu do submundo apenas para perseguir você.-Contou Quíron. Will arqueou as sobrancelhas.

–Eu deveria me sentir feliz com isso?!-Perguntei.

–De certa forma...Hm, não...Não mesmo.-Murmurou Clarisse. Suspirei pedindo calma com as mãos tentando colocar tudo no lugar.

–Ta, OK! Se eu sou mesmo uma...Como é o nome?!

–Meio-sangue? -Sugeriu Clarisse.

–É, meio-sangue. E se meu pai é um deus, quem é ele?!

–Não sabemos ainda mas em breve vamos descobrir, fique tranquila.-Falou Quíron.

–Céus...-Suspirei massageando as têmporas. Acho que recebi informações demais, sei lá, só acho...

–Hn...Clarisse, preciso conversar com sr.D tenho certeza que você ficará lisonjeada em mostrar o caminho de Natália para o refeitório, tenho certeza que ela está faminta.-Murmurou Quíron.

–Na verdade Quíron eu não estou nem um pouco afim de levar essa garota para o....

–Clarisse, é uma ordem.-Falou Quíron. Clarisse gemeu desgostosa enquanto eu tocava minha barriga sentindo meu estômago roncar. Clarisse revirou os olhos pulando com agilidade de sua maca vindo até mim.

–OK, Sem demora entendeu? Preciso treinar hoje.

–Hm...Certo.-Murmurei. A garota puxou-me com força da maca oque me fez quase cair.

–Você é mesmo uma nadinha...Tsc, tsc, vejo que terei que treinar você, olhe esses braços são quase dá finura do meu dedo!-Exclamou a menina. Franzi o cenho sentindo-me constrangida.

–Então ficarei feliz em colocar Natália em seu grupo de treino, Clarisse.-Falou Quíron.

–Coitada de você.-Falou Will encarando-me com pena. Clarisse acenou com a cabeça para Quíron e Will puxando-me com força para fora da enfermaria. Fui cegada por alguns segundos pela luz do sol acostumando-me logo depois.

–Bom...Esse é o Acampamento Meio-sangue.-Clarisse respirou fundo parecendo feliz.-Bom, para aquele lado é a praia dos fogos, estreito de Long Island. É muito bonita sabe, porém comida é mais...Então vamos para esse lado.-Clarisse apontou para o lado oposto de onde ela disse ser a tal praia.-Para o pavilhão do refeitório.-Fomos andando devagar enquanto a garota me mostrava várias coisas me explicando suas utilidades. Eu olhava tudo surpresa enquanto via vários outros adolescentes passando por mim, rindo , brincando, parecendo irem para o mesmo lugar que nós duas . Entramos em uma parte cheia de chalés que juntos formavam um "U" atrás desses chalés haviam outros um pouco menor mas igualmente bonitos. Eu sorri surpresaenquanto Clarisse me explicava mais coisas.-Eu sou filha de Ares...-Clarisse apontou para um dos chalés.-Aquele ali é meu chalé...Quando você for determinada um desses daqui será sua casa.

–Isso é demais.-Falei admirada continuando a andar. Ficamos em silêncio algum tempo até eu perceber o olhar de Clarisse em cima de mim.-Oque foi?

–Cara, você é branca.-Falou. Fiz uma careta olhando-a de cima abaixo.

–Você também é.

–Não como você, olhe isso...Não toma sol a quanto tempo hein? Consigo ver quase todas suas veias.-Falou Clarisse tocando meu braço. Cocei a nuca tentando pensar numa resposta que não me fizesse parecer tão estranha, afinal eu não podia chegar e dizer "Sabe, é que eu nunca sai de casa então praticamente não tomei sol em toda minha vida".

–Ah...Hm...bem, faz tempo que eu não saio de casa de dia...Na verdade eu nunca...-Fui cortada quando senti algo bater contra minha cabeça. Ouvi risadas altas vendo uma bola de futebol americano quicando perto de meus pés.

–Ai!-Reclamei enquanto Clarisse trincava o maxilar.

–Essa não...Eu não mereço.-Gemeu a garota. Franzi a testa massageando a cabeça enquanto um grupinho de garotos se aproximavam de nós.

–Veja só...Temos uma novata!-Exclamou um dos garoto que tomava a frente do grupo dando uma risada.-Não te machuquei não é?-O garoto riu novamente oque me fez perceber que ele não queria uma resposta sobre meu estado.

–Eu estou bem...-Falei.-Devia prestar atenção onde joga essa bola.-Reclamei. Ele sorriu passando a mão por seus cabelos arrepiados , seus olhos eram puxados como o de um asiático, a camiseta laranja que o mesmo usava estava com as mangas cortadas desleixadamente deixando os músculos do braço do rapaz a mostra.

–Veja pessoal, a novata me disse para prestar atenção onde eu jogo minha bola.

–Michael, não comece seus shows!-Rosnou Clarisse.

–Ah, oque é maninha? Estou apenas conhecendo nossa nova garota.-Michael contornou-me examinando-me curioso. O garoto que aparentava ter uns 17 anos parou atrás de mim apertando meu ombros.-Não é mesmo docinho?

–Argh...Solte-a e nos deixe em paz antes que eu chute você e esses seus amiguinhos idiotas para longe!-Exclamou Clarisse irritada. Um dos garoto do grupo riu alto juntando-se a Michael.

–Ah, oque foi Clair–Clair? Ta magoada por causa da caça a bandeira? Fica tranquila da próxima eu pego mais leve com você.-Exclamou .O mesmo tinha o cabelo loiro escorrido que lhe caia sobre os olhos, a pele era pálida e um sorriso grotesco.

–Na próxima, Jeff, eu irei arrancar um olho seu.-Rosnou Clarisse . Abri a boca para tentar interferir quando senti algo puxando meu cabelo. Me virei dando de cara com uma garota que não parecia nada simpática. A mesma me olhava com desprezo avaliando-me de cima abaixo.

–Não sabia que os níveis desse Acampamento tivessem abaixados tanto.-Exclamou a menina.-Qual foi Michael? Está brincando com a escória agora?

–Quem é você?-Perguntei irritada. A garota sorriu ignorando-me passando por mim como se não tivesse ouvido minha pergunta.

–Rachel, priminha...Não fale assim da novata. Estávamos nos divertindo com ela e com a minha irmã mais velha aqui.-Michael apontou para Clarisse.

–Devia escolher melhor suas amizades Michael... Por mais que sua classe esteja bem abaixo da minha você ainda é meu parente...-Rachel cruzou os braços empurrando com desdém os amigos de Michael. O garoto sorriu fazendo-me perceber uma certa semelhança entre os dois. Ambos tinham a aparência oriental e o mesmo sorriso debochado que me fez automaticamente desgostar deles. Rachel começou a encarar Clarisse como se a garota lhe devesse resposta. Seus dedos penteavam com carinho a franja bem cortada no meio da testa ainda com o olhar fixo na filha de Ares.

–Não acredito que trocou uma irmã minha por isso...-Rachel apontou para mim enquanto Clarisse olhava cansada para ela.

–Rachel, meça suas palavras para falar comigo ou quebro uma unha sua.-Ameaçou Clarisse.-Do que caralhos está falando hein?

–De uma história que ouvi no chalé de Afrodite...Silena Beauregard se lembra dela?-Clarisse semicerrou os olhos ameaçadoramente olhando Rachel com ódio.

–Oque está tentando dizer?

–Não fiquei muito interessada na história dela até porque não ligo para perdedores.-Falou Rachel.-Mas ainda não entendi uma parte...Ela era mesmo uma traidora?

–Ora sua...Eu vou acabar com você!-Clarisse tentou ir para cima de Rachel que apenas riu. Michael e Jeff a seguraram enquanto eu apenas dava alguns passos para trás.

–Clarisse fica calma, eu...Não sei oque ta acontecendo aqui mas não liga para essa...-Me calei quando meus olhos bateram com uma figura atrás de nós. Nico observava nossa discussão parecendo pouco interessado porém seu olhar em cima de mim fez-me quase desmaiar. Empurrei Rachel da minha frente avançando alguns passos vendo-o se escorar em uma arvore. Meu coração acelerou como nunca havia acelerado e um cheiro doce me invadiu minhas narinas. Rachel semicerrou os olhos olhando desconfiada para mim enquanto eu pouco me importava com ela apenas continuando a olha-lo. Nico parecia temeroso e desconfiado, o cabelo desgrenhado estava jogado sobre os olhos e mesmo não estando nada frio ele usava uma jaqueta de couro. A mão estava pousada sobre o cabelo de sua espada como se esperasse um ataque a qualquer minuto.

–Não bata em garotinhas Clarisse, olhe as boas maneiras e...Meu santo Ares, não creio! Olhe só quem voltou! Meus olhos estão mentindo só pode, olhem pra isso!-Michael empurrou-me com o ombro sorrindo abertamente.-Ei, Nico!-Chamou. Nico revirou os olhos adentrando a floresta sem se importar com Michael. O garoto fez um biquinho.

–Ah, qual é...Será que ele está constrangido? Ei , Di Angelo, Não está apaixonado por mim também está?!-Gritou Michael fazendo seu grupinho de idiotas rirem como animais.

–Vocês são nojentos...-Rosnou Clarisse puxando-me pelo braço. Soltei-me dela começando a caminhar rápido.-Ei, onde você vai?!-Comecei a correr pouco me importando com a sua pergunta. Nico já desaparecia entre as arvores fazendo-me apressar-me para chegar até ele. Eu empurrava todos que entravam em minha frente sem me importar. Acelerei meu passo parando apenas quando trombei fortemente com alguém.

–Ai!-Exclamei parecendo sair de um transe. Pisquei os olhos confusa enquanto o garoto na minha frente massageava o braço. O mesmo tinha olhos no mesmo tom dos meus e os cabelos negros. Algo nele prendeu toda minha atenção fazendo-me quase esquecer de Nico.

–Ei, tome cuidado onde você...-O mesmo arregalou os olhos dando alguns passos para trás. Ouvi toda a conversa ao meu redor cessar enquanto todos me encaravam como seu eu fosse um Alien. Um arrepio subiu por minha coluna e um vento gelado bateu contra meu corpo. Olhei para cima vendo grandes nuvens negras cobrirem o céu azul do Acampamento.

–Mas que droga é essa?-Perguntou Clarisse olhando assustada para mim. Michael estava boquiaberto enquanto Rachel parecia estar com raiva. A garota me encarava com ódio virando-se de costas caminhando para longe. Franzi a testa vendo uma luz esverdeada banhar meu corpo. Olhei para cima novamente vendo dessa vez um tridente rodar em cima de minha cabeça.

–Oque é isso...?-Comecei confusa.

–Natália ?-Perguntou uma voz conhecida. Virei-me para Quiron quase morrendo engasgada. O mesmo não estava mais em uma cadeira de rodas e uma parte de seu corpo era igualzinha a de um...Cavalo! Porra, Quíron é meio cavalo!-Céus...

–Garota, cuidado!-Berrou alguém alto fazendo-me acordar. Senti algo quente queimar minhas roupas pulando para o lado ao mesmo tempo que um raio caia bem ao meu lado. Arregalei os olhos assustada. Deuses...Oque está acontecendo?!

PDV NICO.

Eu caminhava devagar entre as arvores tentando me controlar. Eu queria , realmente, ir agora até o mundo inferior e berrar com meu pai até ele me aceitar de volta. Porém eu sabia que se eu berra-se com Hades o máximo que eu conseguiria era virar uma nuvem de poeira.

–Idiotas...-Grunhi enquanto me encostava em uma arvore. Eu sinceramente não acreditava que eu estava mesmo aqui...Ainda mais com aquele garoto me infernizando. Michael Watanabe era meu pesadelo desde o fim da guerra contra Gaia, quando todos ficaram sabendo sobre minha queda por Percy Jackson, o filho de Ares era o verdadeiro demônio e parecia não cansar de me irritar com as suas brincadeiras sem graça. O garoto era primo de Rachel, a patricinha vadia filha de Afrodite, que a anos teve uma queda por mim a anos atrás. Michael alegava estar vingando a prima toda a vez que me enchia o saco, resposta que eu realmente não acreditava.-Merda...-Gemi. Senti algumas folhas caindo sobre mim olhando para cima. Olhei confuso o céu nublado tendo certeza que a minutos o clima era impecável. Ouvi o barulho de trovões ao longe desencostando-me temeroso da arvore.

–Ei, vocês ouviram?!-Exclamou uma ninfa juntando-se a suas colegas.-A novata que chegou ontem a noite... é filha de Poseidon!