Minha Doce Maldição. escrita por Nath Di Angelo


Capítulo 4
Bem vinda ao Acampamento meio-sangue.


Notas iniciais do capítulo

Oheooo Galera >.<
Tudo maneiro com vocês? Beem, cá está nosso lindo capítulo.
Ele ficou meio "dã?!" Mas é oque tem pra hoje. Tive que dividi-lo em duas partes porque ele ficou tipo ENORME por isso esse final "WTF?!"
Outra coisa que eu queria dialogar com vocês...Pedi ajuda de umas expert's em fanfics e elas me falaram que a fic está com alguns errinhos básicos, isso está incomodando vocês? Eu juro que passo o corretor nos capítulos mas sempre tem um que sai sem ser percebido, então qualquer errinho me avisem OK?
Bom boa leitura!
PS: Obrigada eternamente pelos reviews maravilindos de vocês, estão me deixando muito feliz *vomitando hipocampos.*



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PDV NICO DI ANGELO.

–Dessa vez você passou dos limites!-Berrou meu pai andando de um lado para outro na sala do trono do mundo inferior. Perséfone o acompanhava com os olhos enquanto as fúrias davam sorrisinhos para mim como se dissessem "Você está ferrado".

–Pai, deixe-me explicar...-Pedi.

–Não, fique quieto e me deixe falar!-Cortou irritado.-Olhe...Tudo bem, eu não me importo de você ser gay e tudo isso...-Trinquei o maxilar.-Mas ser apaixonado por ele. Aquele Jackson...Isso está totalmente fora de cogitação! Oque todos os outros deuses vão falar sobre mim? As fofocas que isso vai causar?!

–Pai...Eu não sou apaixonado pelo Percy...Eu...

–Já mandei ficar quieto Nico!-Gritou meu pai mais uma vez. Fechei os punhos irritado.Abri a boca pronto para falar algo bem malcriado para meu pai, algo que no minimo me deixaria nos campos de punição por um ano, quando Perséfone me cortou com um forte suspiro. A deusa da primavera levantou-se cansada de seu trono caminhando calmamente até meu pai.

–Marido, não fique tão bravo.-Perséfone apertou os ombros de meu pai massageando-os.-Veja você, envelheceu uns 10 anos só com essa discussão! Não julgue nosso pequeno Nico...O coitadinho só tem 16 anos. Li numa revista que é normal garotos nessa idade ficarem confusos com seus sentimentos...-Semicerrei os olhos.

–Eu não estou confuso com nada!-Rosnei. Perséfone sorriu caminhando até mim. Pude ver a falsidade brilhando em seus olhos.

–Oras...Olhe só, pequenino Nico!-A deusa me abraçou fortemente fazendo qualquer esforço meu para sair de seus braços se tornar inútil.-Seu pai está cansado e estressado...Não acha melhor deixa-lo sozinho comigo? Poderei acalma-lo melhor. No momento, querido, você só está atrapalhando.

–Mas...

–Niquinho...Sem discussão.-Cortou Perséfone. Bufei irritado jogando os braços para cima em sinal de rendição.

–Certo, me ignorem...! Eu vou para meu quarto então.-Falei me desvincilhando de seus braços tentando andar, porem a deusa me puxou de volta pela gola da camiseta.

–Não, não...Não acho bom você ficar aqui, no palácio.-Perséfone sorriu virando-se para meu pai que estava sentado desajeitado em seu trono.-Hades, meu amor, oque acha de minha ideia?

–Que ideia, mulher?-Murmurou papai entre os dentes.

–Acabamos de sair de uma guerra, todos estamos cansados por causa dos romanos...Então acho uma boa ideia enviar Nico para o Acampamento meio-sangue, não acha?

–Como é, sua bruxa?-Perguntei incrédulo. Papai arqueou uma sobrancelha olhando questionador para Perséfone.

–Oque isso iria ajudar o menino?

–Pense comigo...O contato com outras crianças, com o ar puro do campo e até mesmo com Percy Jackson poderia deixar a mente do nosso Nico um pouco mais aberta. Poderia acalma-lo! -Perséfone inclinou-se para a frente tampando a boca, como se quisesse esconder um segredo de mim.-E também poderíamos contar com Quíron para vigia-lo não é mesmo?

–Oque?! Nem pensar!-Protestei. Meu pai coçou o queixo pensativo avaliando-me com o olhar.

–Persófone, você...Tem toda razão!-Exclamou papai levantando de seu trono.

–Como é?!

–Eu sempre tenho.-Riu-se Perséfone lançado-me um olhar superior.

–Pai, não pode ouvir essa maluca! Me forçar a ficar no Acampamento seria meu fim! Eu vou enlouquecer!-

–Não tem conversa ,Nico. Obedeça sua madrasta agora! Mandarei Alecto enviar suas malas para lá amanhã de manhã.-Hades olhou para o relógio em seu pulso onde mancavam quase uma hora da manhã.-Você...Pode ir pra lá agora. Use seu tempo naquele lugar para repensar seus atos e quando estiver pronto te liberarei do castigo.

–Pronto para oque?! Eu estou bem...Por favor não me mande para aquele lugar!-Implorei.

–Sem conversa Nico, já tomei minha decisão.

–Mas pai...-Os olhos de meu pai ficaram mais negros que o normal e seu manto da morte tremeluziu em rostos assustados.

–Eu disse sem mas ,Nico. Vá agora!-Ordenou. Perséfone acenou para mim fazendo-me rosnar. Bati o pé no chão sentindo-me sugado pelas sombras. Mal pude desejar estar no Acampamento quando fui cuspido em uma rua qualquer de Manhattan. Me apoiei na parede tentando controlar minha raiva. Deuses...Como eu posso ir para aquele lugar? Conviver no mesmo espaço que aquelas pessoas?! Já não me basta ter que ouvir toda vez que eu passo as pessoas cochichando a meu respeito vou precisar olha-lo na cara todos os dias?!

Céus, É, é isso ai. Nico di Angelo era gay. Essa era a maior fofoca de todo o Acampamento Meio-Sangue, ou a maior piada do Acampamento Meio-Sangue. Saber que eu, o filho de um dos deuses mais malvados e perversos da humanidade, sou gay chocou a todos é claro. Pensei que só Jason, o filho de Júpiter, soubesse de minha ligeira queda por Percy Jackson...Mas como já diziam, "Até as paredes ouvem". Eu realmente não sabia como olhar Percy nos olhos, não sabia como ficar perto dele se quer...Era obvio que eu não passaria de um estorvo para todos no Acampamento, algo muito indesejável. Afinal, todos daquele lugar amavam o casal que Percy e Annabeth faziam e quem seria eu para atrapalhar aqueles dois pombinhos?

–Como eu odeio a minha vida.-Grunhi passando a mão pelos meus cabelos desgrenhados. Fechei mais minha jaqueta de couro enfiando a mão em meus bolsos pronto para viajar nas sombras diretamente para meu chalé, porem fui impedido por um grito alto. Paralisei no lugar em que eu estava arregalando os olhos levemente. Fiquei parado esperando algo mais só ouvindo alguns rosnados.

–CÉUS...PARE!-Sai correndo com a mão no cabo de minha espada. Virei uma esquina arregalando os olhos logo depois. Um cão infernal enorme estava prensando uma garota no chão. A boca do bicho estava a centímetros do rosto da menina que engasgava e arfava em busca de ar. Seu braço esquerdo estava virado em um angulo estranho e eu apostava um dedo que o mesmo estava terrivelmente quebrado.

–Merda...-Rosnei tirando Stygian da bainha presa em meu cinto partindo para cima do cão. O animal se quer virou-se para mim quando me aproximei. Estava tão entretido vendo seu futuro lanche agonizar que se quer viu quando transpassei minha espada em sua carcaça fazendo-o virar um monte de poeira. Ajoelhei-me rápido ao lado da garota que estava imóvel no chão. Sua pele estava roxa em alguns lugares e tive a confirmação que seu braço estava quebrado. Porem sua falta de movimento foi oque mais me deixou em pânico. Tomei-a em meus braços segurando seu queixo tentando notar algo que me mostrava que a mesma estava viva..-Diga que está viva OK?-Implorei. O corpo da garota tremeu fazendo-me suspirar aliviado. Um soluço baixo saiu de seus lábios e seus olhos se abriram.-Você...-Comecei mas não consegui terminar. Me perdi totalmente nos olhos verdes da garota em meu colo. Era estranho o jeito que ela me fitava. Pude sentir seu afeto e carinho por mim apenas olhando-a nos olhos. Era como se minha mãe ou alguém me me conhecia bem me encarasse.-Você está bem?-Perguntei. A garota não respondeu apenas gemeu mais uma vez fechando os olhos verdes. Seu corpo amoleceu por completo fazendo-me aperta-la mais em meus braços. Meu sentidos indicavam que a mesma não corria risco de morte, mas era bom não arriscar. Fechei os olhos segurando-a fortemente viajando pelos sombras diretamente para o Acampamento Meio-Sangue.

PDV NATÁLIA.

Eu realmente tentei acordar logo mas meu corpo pareceu não querer me ajudar. Eu não tinha noção do tempo que fiquei desacordada mas quando acordei não tinha noção nenhuma de onde estava. Abri os olhos ofegando baixo em busca de ar, tive a impressão de ser sufocada por um perfume fortemente doce mas a sensação passou depois de alguns segundos. Eu me sentia meia grogue e demorei mas que o normal para raciocinar. Levantei a cabeça devagar olhando para os lados esperando ver minha mãe fulminando-me com o olhar pronta para falar pelas próximas duas horas como minha fuga foi imprudente. Porém, não foi isso oque eu vi. Fiquei em pânico por não conhecer o lugar onde eu estava...Na verdade ,tirando a lojinha do conveniência e a praça perto de casa, eu não conhecia lugar nenhum no mundo mas aquele lugar me parecia muito estranho. Eu estava deitada em uma maca no que me parecia um pequeno hospital. Contando a minha haviam mais seis macas no lugar onde quatro delas era ocupadas. Tentei não falar alto e não fazer movimentos bruscos pois todos os outros quatros das outras macas estavam dormindo profundamente. Olhei para a janela lo lugar vendo o sol começar a nascer...Devia ser cedo, muito cedo.

–Céus...-Gemi. Certo, espera...Deixe-me raciocinar. Eu, Natália Ruggiero fugi de casa ontem, certo? Fui até a pracinha onde estava tendo uma festa e fui atacada por um cachorro enorme,certo? A festa desapareceu do nada e eu quase foi morta por esse cachorro,certo? E agora...Acordo em um lugar totalmente estranho com outras quatro pessoas também estranhos ao meu lado,certo? ENTÃO PORQUE NADA PARECE CERTO PARA MIM?!

–Ainda não mamãe...-Gemeu um garoto deitado na maca ao meu lado. Franzi a testa tentando sentar novamente percebendo logo depois o porque de minha dificuldade. Meu braço esquerdo estava dentro de uma tipoia, enrolado com faixas do meu pulso até meu ombro. Lembrei da dor que eu sentirá nele ontem estranhando não sentir nada.

–Bom dia...-Desejou-me uma nova voz no ambiente. Dei um pulo na maca soltando um gritinho. Virei-me para a voz vendo um garoto encarar-me surpreso.-Hã...Bom dia?

–Quem é você?!-Questionei assustada. O garoto revirou os olhos.vindo até mim colocando a mão em minha testa.

–Olhe só...Veja quem acordou! A nova garota misteriosa...Fique tranquila, eu venho em paz.-Engoli em seco enquanto o garoto parecia me examinar. O mesmo tocou meu braço machucado fazendo-me franzir a testa.

–Onde estou?-Perguntei. O garoto suspirou.

–Você já vai saber...Chamarei Quíron para falar com você...Ah, a propósito, sou Will.-Apresentou-se.

–Eu...Sou Natália.-Falei.-Mas quem é Quíron?

–Espere, garota apressada, eu vou...-Will se calou quando um travesseiro bateu contra seu rosto. Uma menina que estava deitada em uma das macas sorriu colocando a mão atrás da cabeça despojadamente.

–Vejo que você já acordou, Clarisse.-Murmurou Will não esboçando nenhum traço de humor.

–Acordei? Você me acordou Solace...De madrugada ainda por cima.-Murmurou a tal Clarisse.

–De madrugada? Está de manhã!-Protestou Will.- E por favor, não atrapalhe meu trabalho!-O garoto saiu apressado da enfermaria deixando-me sozinha com Clarisse e mais três garotos ainda dormindo. A menina sentou-se na cama examinando um grande corte que tinha na perna.

–Eu estava quase pronta pra pegar a bandeira quando "puff" o maldito filho de Hecate me achou...-Contou virando-se para mim.-E qual é a sua novata? Como é seu nome?

–Ah...Eu? Hn...Natália.-Falei.

–Céus...Mais novatos. Que você não seja minha irmã, please. Meu chalé está lotado.-Resmungou Clarisse.

–Irmã? Como eu poderia ser sua irmã?-Perguntei. A garota riu.

–Ainda não sabe de nada não é? Bom...Prepare-se para o choque. Ah, esó para constar...Bem vinda ao Acampamento meio-sangue!


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Notas finais do capítulo

Reeeviews?