Minha Doce Maldição. escrita por Nath Di Angelo


Capítulo 6
Minha doce Maldição.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Desculpem a demora ( e a hora que estou postando)
Confesso que escrever esse capítulo foi meio complicado, eu precisava por muitas informações nele por isso pode parecer meio corrido e cheio demais então desculpem-me! Perdoem também os errinhos básicos e tals!
Boa leitura.
PS: Vou fazer um trailer para a fic sim Ok? será uma coisa básica e ajudará do desenvolvimento da fic no futuro ;)
PS²: Não desanimem nos reviews! :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/512893/chapter/6

PDV NATÁLIA.

Minha cabeça estava a mil e meu coração estava acelerado. Eu não entendia bulhufas do que se passava ali e depois do dia bonito se desfazer, das nuvens negras cobrirem o sol e raios tentarem me fulminar eu começava a ficar um pouco com medo...COMEÇAVA? OBVIO QUE NÃO! EU ESTAVA MORTA DE MEDO!

–Céus...Oque...?-Coloquei a mão na cabeça desesperada dando alguns passos para trás. Todos os adolescentes que me cercavam encaravam-me perplexos. O mais perto de mim era o garoto que eu esbarrará. Ele parecia o mais assustado de todos e o mais incrédulo. Um trovão estremeceu o Acampamento novamente fazendo-me estremecer junto com ele.

–Zeus!-Gritou Quíron ao nada.-A menina não tem culpa!-Olhei assustada para o homem-cavalo pedindo ajuda em silêncio. O mesmo estendeu a mão para mim olhando-me urgente.-Natália, siga-me!-Ordenou. Não perdi tempo correndo até ele enquanto o mesmo segurava-me pelo braço.

–Quíron, Esper...!-O garoto de olhos verdes que estava perto de mim fez menção de nos seguir porém Quíron o impediu.

–Sei que está confuso, Percy! Mas fique aqui por hora...Sr. D quer conversar em particular com Natália.-O tal de Percy encarou-me estranho assentindo pesadamente para Quíron que me puxou junto com ele em seu galope apressado. Adentramos rápido uma grande estrutura branca na qual eu mal pude ver com grandes detalhes. Dentro havia uma espécie de sala de estar , haviam sofás , e uma lareira, alguns quadros e uma grande mesa rodeada por cadeiras de madeira.

–Eu estava pensando...-Começou uma nova voz fazendo-me tremer. Arregalei os olhos vendo um homem roliço atrás de uma mesa de reunião examinando-me irritado.-...Em qual animal marinho eu transformo você.

–Sr.D...Por favor!-Pediu Quíron. O homem levantou-se irritado indo até um das janelas abrindo-a nervoso.

–E VOCÊS AI EM CIMA?! FICARAM MALUCOS? - gritou Sr. D para o céu - ESSA CHUVA DE RAIOS ME ACORDOU!

–Quíron, oque está acontecendo?!-Perguntei aflita.

–Natália fique calma, está tudo bem!-Garantiu-me-Ninguém lhe fará mal!

–Diga isso por você Quíron!-Ralhou Sr.D- Um pestinha eu tolero, mas dois?! Não aguentarei mais crias de Poseidon me azucrinando dia e noite!-Outro trovão soou lá fora.-Você não me assusta Poseidon! Nem ligá para essa garota!

–Sr. D, não vamos fazer nada sem um dialogo formal!-Exclamou Quíron.-Sei que todos estão irritados mas a criança não tem culpa por um erro dos deuses!

– Dialogo formal? Você só pode está maluco, Centauro! Já poupei o garoto Percy Jackson, que por sinal já me deu muita dor de cabeça! Não sou obrigada a poupa-la!

–Espera...-Gemi.-Você...O senhor, quer me matar?!-Perguntei incrédula.

–Matar é uma palavra forte...Eu posso transforma-la em um golfinho se quiser.-Arregalei os olhos.-Que tal uma arraia?

–Mas eu não fiz nada!-Argumentei.-.Eu não sei nem porque estou aqui!

–Você está aqui porque seu pai, seu idiota pai, resolveu engravidar uma mortal! E ele não podia fazer isso!

–Mas quem é meu pai?!-Perguntei aflita.-Eu não sei nem quem ele é!

–Poseidon , Natália. Seu pai é Poseidon.-Murmurou Quíron apertando meus ombros. Olhei confusa para o mesmo enquanto sr. D bufava.- Deus dos mares , portador das tempestades e criador dos cavalos. O segundo maior deus do grande Olimpo...-Pisquei os olhos perplexa.Céus...Nada mais fazia sentido em minha cabeça. Por alguma maneira eu começava a sentir raiva de Poseidon. Uma vontade imensa de gritar para o nada, assim como Sr.D fez, xingando-o por me fazer passar por isso.–Aquele garoto lá fora...-Continuou Quíron– Os de olhos tão verdes como os seus é Percy Jackson, outro filho de Poseidon, seu irmão.-Prendi a respiração.

–Eu...Tenho um irmão.-Gemi.-Um irmão...-Sr.D encarou-me de soslaio como se a proposta de me transformar em um animal marinho ainda estivesse de pé. Olhei suplicante para Quíron.

–Natália irei preparar um chocolate quente para você.Não fique tão assustada, está tudo bem.-Garantiu.- Fique lá fora um pouco e esfrie a cabeça enquanto eu converso com sr. D.-Assenti sem exitar desejando ao máximo sair daquele lugar. Sentei-me nas escadas da casa onde estava, encostando minha cabeça em um dos corrimãos. Fechei os olhos apertados querendo... Eu não me sentia muito bem. Filha de Poseidon? Céus...Isso parecia tão errado, tão...Estranho. Sem perceber acabei pegando no sono não sabendo nem as horas quando Quíron resolveu me acordar.

(...)

Eu estava com deitada virada para parede de olhos apertados. Eu fingia dormir não querendo de maneira nenhuma me encontrar com aquele tal de Percy Jackson. Eu tentava dormir de verdade porém eu estava elétrica demais pra isso. Meu coração palpitava como se uma locomotiva louca estivesse ocupado seu lugar e uma ansiedade maluca me tomava fazendo-me querer bater a cabeça na parede até dormir (ou morrer). Após Quíron me acordar percebi o quanto eu tinha dormido sentada naquelas escadas. O sol já havia sumido do céu ainda nublado fazendo-me sentir envergonhada pensando no tanto de gente que me viu dormir . Porém o constrangimento passou quando Quíron me certificou que sr. D desistiria da ideia de me matar ou de me transformar em um animal marinho. Eu queria ver Nico mas o centauro disse que era melhor eu ir descansar e agora estou aqui: Arrependida por seguir seu concelho.

–Merda...-Grunhi baixinho revirando-me na cama reservada para mim no chalé de Poseidon. O lugar era bonito, feito de pedras e conchinhas coloridas. Tinha um cheiro bom de maresia que vinha da janela juntamente com uma brisa fresca. Mas, mesmo esse clima calmo, não foi o suficiente para me acalmar. Pela primeira vez na vida senti saudades de casa e ao mesmo tempo vontade de nunca mais aparecer lá. Senti raiva de minha mãe por nunca ter me contado tudo isso e me senti mal por sentir isso pela mesma. Era tudo tão confuso...Tão torturante!-Muito obrigada!-Falei sarcástica para o nada. Será que Poseidon me ouvia? Será que ele se sentia culpado por tudo isso? Droga...É obvio que não! Virei-me irritada cobrindo-me até a cabeça. Depois de um tempo acabei enfim adormecendo, esperando pelo menos ter bons sonhos... Mano, que roubada!

~Flash Back sonho on ~

Eu gritei em plenos pulmões quando uma espécie de portal me jogou de cima de um teto. Eu caia em direção ao chão tão rapidamente que não pude pensar em outra coisa a não ser na dor que eu iria sentir. Porém assim que meu corpo bateu contra o piso de mármore não senti nada a não ser um formigamento em minha pele. É, com certeza aquilo era um sonho.

–Mas oque...-Fui calada por um sobressalto. Eu estava em uma construção erguida por paredes de mármore claro e pilares gregos. Nas paredes haviam milhares de quadros retratando um mesmo anjinho loiro, pequeno e com asas. O cupido.

–Me pergunto porque os humanos me retratam de forma tão patética. Olhe pra mim, eu pareço tão fofinho assim? Tenho cachinhos loiros? Um bumbum de bebe? Por favor!-Assustei-me virando em direção a voz vendo um homem esparramado em um divã rosado. Meu coração quase saiu pela boca tamanha beleza daquele rapaz. O mesmo estava sem camisa exibindo um abdômen invejável para qualquer homem, o cós de sua cueca estava a mostra e tive que me segurar para não abaixar mais meus olhos. O rosto parecia ter sido esculpido a mão; O cabelo negro penteado para trás, a boca rosada e os olhos azuis eram hipnotizantes. Ele estava rodeado por mulheres quase nuas que pareciam enfeitiçada.-Querida, Estou falando com você!-Exclamou encarando-me em cheio. Franzi o cenho virando-me para trás só para ter certeza que não havia mais ninguém ali.

–Comigo?-Perguntei. O homem bufou irritado levantando-se. Fiquei perplexa mais uma vez ao ver grandes asas brancas se sobressaindo de suas costas. Pisquei incrédula enquanto o mesmo se levantava dando um sorriso de tirar o folego.

–Natália Ruggiero!-Exclamou feliz.-Não posso nem acreditar!Como está crescida!

–Ah...Você me conhece? -Perguntei. O homem riu aproximando-se de mim. As mulheres que o rodeavam gemeram felizes como se a vida delas dependessem dele. Franzi a testa as examinando.

–Não ligue para minhas garotas...-Falou o homem com desdém. O mesmo entrelaçou seu braço no meu fazendo-me arregalar os olhos.-Vamos dar um passeio que tal?-Perguntou.

–Hã...Eu...-Antes que eu pudesse terminar o homem me guiou para fora rapidamente fazendo o grupo de mulheres choramingar. Andamos em silêncio até chegarmos a um jardim tão bonito quanto o rapaz em minha frente.-Uau!-Exclamei.

–Deve estar curiosa para saber quem eu sou não é?-Questionou o homem tirando minha atenção das belas flores.

–Ah, sim!-Exclamei.

–Bem, é um prazer reencontra-la Natália.-O mesmo beijou as costas de minha mão.-Sou Eros, deus do amor.-Eu engasguei. Céus...Um deus?! Um deus bem aqui na minha frente?!

–Ah, Eros? Quer dizer...O cupido?!-Perguntei nervosa. Eros sorriu.

–O próprio! Está surpresa? Feliz em me rever? Te visitei muito quando era um bebê sabia?-Falou.

–Hm...Me visitou? Porque você me visitaria?-Perguntei confusa. Eros fingiu pensar.

–Me diga, quando você ouve a palavra "amor" qual é a primeira pessoa que vem na sua cabeça?-Perguntou. Franzi a testa não entendendo a pergunta do deus porém não pude deixar de pensar em uma pessoa.

–Nico Di Angelo.-Respondi sem ter nenhuma noção do que falava.

–Mas eu sei que você mal conhece Nico Di Ângelo, nunca trocaram palavras e que eu saiba não existe amor a primeira vista não é mesmo?

–Eu...Onde está querendo chegar?

–Então, porque você ama Nico Di Ângelo? E diz isso com toda a convicção do mundo...! Hein?-Abri a boca para responder mas Eros não me permitiu continuando a falar.-Eu respondo, Natália. Você, cria de Poseidon, é uma criança amaldiçoada!-Um silêncio se instalou no jardim fazendo eu me perguntar qual era o problema daquele deus.

–Hã...Como é?

–Diga-me, oque sente quando olha para mim?-Perguntou fazendo-me corar.

–Hn...Você é bonito.-Falei.-Mas...

–E oque sente quando olha para o Nico?-Continuou. Franzi a testa sentindo meu coração acelerar. Cupido riu animado.

–É disso que eu estou falando! Você...Natália Ruggiero tem uma das maldições mais terríveis já lançadas por Afrodite, minha mãe, a vingança perfeita contra a sua mãe...Nina não é?

–Espera!-Pedi confusa.-Do que você está falando? Como conhece minha mãe?!-Eros pegou meu braço tocando meu pulso onde um pequeno desenho em forma de coração apareceu. Esfreguei tentando tira-lo mas nada aconteceu.-Oque é isso?!

–Uma maldição...-Falou simplesmente.

–Maldição, maldição...De que maldição está falando?!

–Da sua, oras!-Exclamou.

–Céus...Do que exatamente você está falando?

–Deuses, terei que te contar a história?-Perguntou. Eu o encarei sem responder fazendo-o revirar os olhos.- há anos atrás...-Começou Eros.-Poseidon se apaixonou por Nina, uma italiana que não podia ter filhos. Desesperada para gerar uma criança, a mulher pediu ajuda a Afrodite, que lhe concedeu essa dádiva. Empolgada com o nascimento da filha...-Eros apontou para mim fazendo-me franzir o cenho.-... Nina se esquece de agradecer a Afrodite, que vê nisso uma afronta e lança uma maldição a pequena garota recém nascida: ela se apaixonaria eternamente e perdidamente pelo primeiro homem que a tocasse.

–Não! Quer dizer...Isso não faz sentido!-Protestei. Um sentimento de desespero me tomou. Como ele conhecia minha mãe e de que maldição ele falava?

–Eu ainda não acabei.-Argumentou Eros.- Bem onde estávamos? Ah, bem...Natália, o bebe, é imediatamente trancafiada pela mãe e é proibida terminantemente de sair de casa. Em um momento de revolta Natália faz uma besteira deixando sua vida em risco .À beira da morte, ela é salva por um homem desconhecido, que sem querer a toca.-Comecei a recuar enquanto Eros aproximava-se mais de mim.-A pergunta é...Quem é esse homem?...Essa história te lembra alguém criança?

–Não! Não pode ser...Isso não faz sentido. Essa história não pode ser minha!Porque Afrodite me amaldiçoaria?

–Por sua mãe não agradece-la., criança. Por sua mãe tê-la esquecido....

–Por um "obrigada" você quer dizer não é? -Eros assentiu.- Certo...Ela quer um obrigada? Pois bem...Obrigada por me deixar nascer Afrodite!-Gritei. O deus do amor me encarou questionador, não mas sorrindo.

–Os deuses são orgulhosos demais para uma mortal como você entender seus motivos, Natália. A partir de agora você deve começar a se perguntar como se livrar dessa maldição, não como ela aconteceu.-Continuei encarando Eros enquanto o mesmo suspirava.-Sua maldição se chama "O amor verdadeiro" e consiste, no básico, em você se apaixonar pelo primeiro homem que a toca...E esse homem é seu amigo campista, Nico Di Angelo.

–Não...

–Não pense que fizemos de proposito para ser ele...Se quer culpar alguém culpe sua mãe. Ela te trancafiou por todos esses anos para tentar adiar cada vez mais seu destino mas não se pode fugir não é mesmo? Você nunca foi doente criança, seu único problema é ter nascido.-Pisquei os olhos sentindo algo sufocante me invadir por dentro.

–Você...

–Eu te lancei essa maldição quando você tinha apenas alguns dias de vida a pedido de Afrodite.-Falou.-Não posso te dar nenhuma ajuda a não ser as regras básicas para você se safar dessa maldição. Para ficar mais fácil, pense nela como um jogo. Você precisa vencer!-Olhei para minhas mãos começando a me sentir suja. Eu? Amaldiçoada? Isso só pode ser um pesadelo.

–C-como? Como eu me livro dessa maldição?-Perguntei.

–As regras são simples . A única coisa que precisa fazer é conquistar Nico. A maldição ira sumir se aquele rapaz te der um beijo, mas não um simples beijo...Ele precisa estar amando você.-Revelou.

–E se eu não conseguir?-Perguntei temerosa.

–Já ouviu falar em amor doentio? Bom, é isso que acontecerá caso você não consiga o amor de Nico no prazo de 6 meses. Loucura, ciumes, dor e no fim é certo que um dos dois irá morrer.-Arregalei os olhos olhando incrédula para o chão. Céus... como minha situação foi de ruim para terrível em um piscar de olhos? Eu era uma criança proibida, e além disso uma amaldiçoada. Imaginei o tanto de deuses que me odiavam para fazer isso com a minha vida. Eles estavam brincando comigo...Como se eu fosse uma peça de um jogo de xadrez. Eu solucei enquanto lágrimas escorriam de meus olhos. Porque minha vida precisa ser tão ruim? Porque fiz a burrice de sair daquela maldita casa?!-Chorar não vai adiantar, Natália. Precisa se apressar se não quiser ver uma tragédia acontecer. -Falou Eros parecendo não ter muita fé em mim.-Ao conhecer Nico melhor verá o quão difícil vai ser fazer ele se apaixonar por você...Pra não dizer impossível.

–Oque quer dizer?

–Não posso lhe dizer mais nada.

–Mas...Eu não sei oque fazer, precisa me ajudar!-Exclamei.

–Precisa ser forte, Tudo que precisa pensar agora é em Nico, esqueça as outras pessoas, esqueça até mesmo de si própria, você precisa conquistar Nico Di Angelo!

–Droga, isso não faz sentido!-Exclamei, mas ninguém respondeu.-Eros?-Senti o chão sumir embaixo de meus pés e novamente comecei a cair. Gritei novamente mesmo sabendo que a queda não iria doer e , antes de alcançar o chão, fui engolida por uma escuridão que parecia não ter fim.

~Flash Back sonho off~

Estatelei os olhos elevando meu corpo até estar sentada em minha cama, enquanto sugava uma grande porção de ar para meus pulmões. Eu estava ofegante e assustada, mas que merda de sonho foi aquele?!

–Foi um pesadelo...Apena um pesad...-Me calei quando vi o desenho rosado de um coração tatuado em meu braço direito. Gemi angustiada tendo vivido tudo oque Eros disse. Deuses, isso não pode ser real! Olhei para o lado querendo pela primeira vez ter Percy ali no chalé. Eu estava com medo e sua companhia seria boa mas ,mesmo sua cama andando desarrumada, não havia nenhum sinal do mesmo no chalé. Levantei-me rápido correndo para o banheiro onde havia uma pequena muda de roupas femininas em cima da pia. Me vesti rápido, escovando os dentes e prendendo meu cabelo de qualquer jeito saindo apressada de chalé. Corri pelo acampamento não me importando com os comentários alheios dos outros campistas sobre eu ser a nova filha de Poseidon, chegando rápido ao refeitório. Meu olhos passaram por todos porém não vi nenhum sinal de Nico naquele lugar.

–Céus...-Choraminguei.

–Natália!-Exclamou Quíron aproximando-se de mim. Tentei parecer normal abrindo um sorriso nervoso.-Como passou a noite?

–Ah, bem...Muito bem!-Menti.

–Já falou com seu irmão?-Perguntou apontando para a mesa onde Percy se sentava sozinho. Neguei com a cabeça.-Bom...Essa é a hora não acha?

–Sabe oque é Quíron eu acho que não é uma boa hora.-Argumentei sentindo minhas mãos começarem a tremer. O homem riu.

–Não se sinta nervosa, vai lá!-Incentivou. Gemi baixo tentando continuar a sorrir até virar-me. Percy parecia pensativo, estava comendo algo mas sua cabeça parecia estar longe, tanto que demorou a perceber minha aproximação. Caminhei até onde ele se encontrava e me sentei a seu lado como se fizesse isso todos os dias, abaixei a cabeça até estar com a testa colada na mesa sentindo o olhar do garoto sobre mim.

–Olhe...Ficar me encarando não muda o fato de termos o mesmo pai, Eu entendo se você não querer ser meu parente mas não vou sair daqui.-Murmurei. Eu não queria ser grossa com ele mas depois do sonho da noite passada e o concelho de Eros para esquecer as pessoas eu não estava ligando muito para esse tipo de coisa. Porém a reação de Percy me fez levantar a cabeça só para olha-lo.

–Não querer ser seu irmão? Ta brincando?!-Perguntou rindo.-Eu quero muito ser seu irmão! Não havia ninguém no chalé até você chegar e...Além do mais você é a primeira irmã humana que eu tenho! E para melhorar é uma garota! Eu sempre quis ter uma irmã caçula!-Exclamou.

–Ah...Oque?

–Eu sempre quis ter uma irmã caçula-Repetiu sorrindo. Eu o observei por um momento abrindo um pequeno sorriso.

–Você me aceita?

–Claro!-Eu ri passando a mão pelos cabelos.

–Obrigada e...Desculpe por ser tão rude e só...-Deixei minha frase morrer soltando um forte suspiro.-Você foi o único a me fazer sorrir desde que cheguei aqui...

–Teve uma noite difícil?-Perguntou.-Sabe...Você se mexeu bastante durante o sono.-Eu corei.

–Na verdade é minha vida que é difícil... E desculpe também por atrapalhar seu sono.-Murmurei. Percy riu começando a me contar coisas sobre sua vida enquanto nos servíamos de alguma coisa para comer. Eu queria dar minha total atenção para ele ou parecer mais animada com a conversa do que estava mas as palavras de Eros ainda não tinham deixado minha cabeça. Eu ainda tentava absorver tudo oque o deus do amor havia me falado e processar minha real situação. A partir de agora eu tinha uma missão, uma missão para salvar a minha vida e a vida da pessoas que eu amo. Sim, mesmo que tudo isso tenha acontecido, mesmo que eu saiba que meu amor por ele não é real eu não podia negar o carinho sufocante que eu sentia por Nico, e a vontade de te-lo e beija-lo. A partir de agora eu precisava conquistar Nico Di Ângelo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, oque acharam? Comentem o/