Minha Doce Maldição. escrita por Nath Di Angelo


Capítulo 28
Um minuto de coragem.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, aqui quem fala é Natália Di Angelo, lembram de mim?
Claro que não né.
OKAY, OKAY... Eu demorei. Fim, sem desculpas.... Mentira, tem desculpas sim, mas nada que vocês vão aceitar, então vamos pular essa parte.
Escrevi esse capítulo em tempo recorde, sério, não sei nem como está. Não revisei, não vi o que aconteceu, se eu escrevi o hino nacional aqui, por engano, vocês vão ler isso. Podem começar: Ouviram do Ipiranga...
MAAAS, Esse é um dos capítulos mais importantes da fic. Queria ter dividido ele em duas partes, pois sinto que ficou tudo muito corrido e sem a emoção necessária, mas acho que vocês já estão de saco cheio dessa fanfic sem fim, então resolvi fazer assim mesmo. FALANDO NISSO, não posso deixa-los de lembrar que MDM está em seu fim... trágico fim? Será? Não sei! Vamos ler até o final para saber, okay? NÃO ME MATEM SEM ESPERAR O FINAL DA FIC!
Beem, docinhos, é isso! Até lá embaixo!
PS: Irei responder agora os reviews e as 8 mensagens deixadas para mim! Juro que irei, não esqueci de vocês! NEVER!
PS²: Daqui a duas semanas irei fazer o ENEM, me desejem sorte! UHU! O/



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PDV NICO.

Eu continuava em pé, encarando Éros, ainda não acreditando que o deus do amor estava mesmo em minha frente, mostrando-me claramente que ele não tinha nem um pouco de vergonha na cara.

Éros me encarava com reciprocidade, mas por sua vez parecia certo do que estava fazendo ali, parado em meu quarto. Eu não conseguia ler seus olhos, pois, diferente das vezes que eu o vi, o deus estava sério, indiferente, o que me deixou ainda mais receoso.

— Nico?-Questionou Éros, passando as mãos na frente de meus olhos. Fechei a cara, recuando alguns passos para longe do deus.

— O que raios está fazendo aqui? - Indaguei, incrédulo. Éros suspirou pesadamente.

— Tudo bem... eu sabia que não seria tão fácil...-Murmurou, parecendo falar consigo mesmo e não comigo. Cerrei os punhos, não deixando de me irritar com a calma que o deus do amor me tratava.
Era como estar naquela missão de novo; sentindo a humilhação e o constrangimento me invadirem novamente. Estar ali, de frente para o deus do amor, me transportava à lembranças que eu torcia muito para o tempo me fazer esquecer.

— Posso sentir seu ódio daqui, Nico, mas acredite, não estaria aqui se não fosse necessário.- Revelou Éros, sentando-se em minha cama, como se estivesse em sua própria casa. O deus ofereceu o outro lado do colchão para mim, porém, continuei parado no lugar em que estava.

—  Ainda não me respondeu o que quer aqui...-Falei. Éros revirou os olhos.

— Não precisa ser tão rude, garoto. - Avisou.-Eu só vim conversar com você, filhote de Hades. Quero falar sobre seus sentimentos...

Semicerrei os olhos.

— Desculpe, como é?- Questionei.-Acho que não ouvi direito...

— Ouviu perfeitamente bem, Nico. Quero falar sobres seus sentimentos... e a confusão que eles estão causando a minha pessoa.

— Só pode estar louco em achar que eu faria isso! - Protestei.  Éros me olhou cético.

— E por que não? Já fez isso uma vez...

— Porque você me obrigou a fazê-lo!-Retruquei.

— Quer que eu te obrigue de novo? Pois sabe que posso faze-lo.

— Não! - Exclamei.- Quer dizer...  Por quê?  O que quer de mim dessa vez?! Por que veio aqui?

— De você, ah Nico, acredite... O que eu quero de você, infelizmente não posso fazer... -Éros levantou da cama. - E eu vim para reparar um erro.-  O encarei.

— Qual dos erros?- Indaguei. O deus inspirou.

— O erro que cometi quando fiz você se confessar por Percy Jackson.- Revelou. Segurei uma risada irônica, desviando os olhos para as paredes do chalé.

— Acha que isso funciona? Pedir desculpas por me expor daquele jeito … eu vivo um inferno por sua causa! - Falei, me esquecendo por um momento que eu estava na frente de um deus. Éros fitou-me com o olhar cortante, fulminando-me com os olhos azuis gélidos.

— Acho que você não entendeu, Nico, não estou me desculpando pelo fato em si, não me arrependo de ter te forçado a revelar seu amor. Me arrependo pois te fiz fazer isso pela pessoa errada. Você não ama Percy Jackson. - Afirmou.

Senti meu coração apertando -se, abrindo a boca algumas vezes, sem conseguir falar. Eu não sabia o que dizer, pois tudo que eu imaginava nesse momento não eram coisas para se dizer a um deus; não sem correr o risco de ser queimado vivo.

Neguei com a cabeça.

— O que foi que eu fiz para vocês?! Por que os deuses resolveram me punir?!- Indaguei. - Pelos deuses, meu pai te mandou não é?! Você faz parte do meu castigo?!

— Não seja tolo, filho de Hades… acha que eu participaria de tal besteira?- Éros revirou os olhos.- Por favor... só estou dizendo que não ama Percy Jackson... Que o fiz se confessar pela pessoa errada. Na verdade, não pela pessoa errada... você não a conhecia naquela época. - Resmungou.

— Pelos deuses, pare de falar como se eu não tivesse aqui e fale algo que eu entenda.- Exigi.

— Tudo que interessa a você é que eu posso ver, posso sentir que o que você sente por Percy não é amor.

— Você não sabe o que eu sinto por Percy!- Retruquei.

— Está mesmo falando tais coisas para um deus do amor?!- Indagou Éros, com um falso sorriso no rosto, que, sinceramente, senti vontade de apagar com um soco. - Você era mais jovem do que é agora… sentia admiração por Percy, pela sua força, por suas proezas, você confundiu tais sentimentos com amor!

— Está errado!

—  Pare de ser tão teimoso e olhe para dentro de si mesmo, Nico. Deixe seus sentimentos fluírem, pare de reprimi- los. Se permitir a você mesmo um minuto de coragem verá que tudo o que eu falo é verdade.

— Por que eu seguiria um conselho seu?- Indaguei. - Por que devo confiar em você?!
A expressão de Éros tornou - se sombria. Ele me olhou, como se estudasse um jeito fácil de contar algo difícil.

— Porque se não o fizer pode machucar alguém muito precioso… - Falou, com cautela. - Alguém com quem tenho uma dívida e preciso quitar o mais rápido possível.
Semicerrei os olhos.

— de quem está falando?

— Saberá na hora certa. Por enquanto só siga seu coração… tenho certeza que iremos salva-la se fizer Isso. - Falou.
Salva-la? Um arrepio subiu por meu corpo e ,por algum motivo incerto, o rosto de Natália surgiu em meus pensamentos. Não… não era ela. O que Natália teria haver com Éros? Ela se quer era sua filha, eles não tinham nenhuma ligação. 

Franzi o cenho, sentindo- me sufocado.

— Salvar quem? Me diga…

— Eu não posso.- Negou Éros.- Mas faça o que eu disse, Nico, tenha um minuto de coragem. É tudo que eu peço.- Falou o deus do amor, tão humildemente que quase senti pena dele, porém, eu ainda o via como o deus causador de todos meus problemas.

Éros me encarou uma última vez antes de desaparecer em meio a uma névoa avermelhada.

Fiquei parado no lugar o que me pareceu longos minutos, processando tudo que acontecerá ali. Olhei pela janela do chalé vendo alguns campistas dirigindo-se ao pavilhão, percebendo que o por do sol já havia se instalado no céu.

“Nico, tenha um minuto de coragem.” Disse Éros, e só de pensar nisso senti vontade de bater a cabeça na parede.

— Droga…- praguejei, apertando os ouvidos, tentando abafar qualquer ruído que pudesse me tirar de meus pensamentos. Por um momento desejei ter alguém para pedir um conselho, mas no momento eu não tinha ninguém. Meu pai acharia ridículo qualquer pergunta sobre esse assunto e Natália, a única pessoa que tinha intimidade comigo nesse lugar, parecia não querer me ver nunca mais em sua vida.

Natália…. Eu queria vê-la novamente. Queria contar o que acabara de acontecer aqui ou até mesmo ajuda-la a curar seus ferimentos. Porém, ela estava em estado tão caótico que nada podia fazer por mim e vice versa. Ela era forte… mas agora…

— Não…- falei, tirando as mãos do ouvido. Natália era forte. Continuava forte. Apesar de tudo ela conseguia passar por seus problemas sozinha e os problemas dela eram maiores que os meus, com certeza.

Me lembrei do dia em que voltei de missão e a vi naquela escalada… no caça a bandeira. Ela sempre foi forte… eu iria seguir a sua força.

Abri a porta de meu chalé com determinação, marchando para fora. Eu já tinha me decido. Iria ter um minuto de coragem.

Vi Annabeth a alguns metros de distância, correndo até ela.

— Annabeth!- Chamei. A loira virou- se para mim. - Onde o Percy está?!

— Hã… nos estábulos, eu acho. - Falou. - Por quê? Algum problema?- perguntou, mas eu não respondi, virando- me e saindo correndo de novo. - Ei, Nico! - Eu a ignorei, e continuei a correr sem parar.

Esbarrei em algumas pessoas, mas não parei um só minuto, até me ver diante das baias dos pégasos.

Como Annabeth falará, Percy estava mesmo ali.

O filho de Poseidon acariciava o cabeça de seu pégasos, BlackJack, distraído.

Senti um bolo formando-se em minha garganta, e o nervosismo fazer meu coração começar a bater incontrolavelmente.  Eu quis dar meia volta e sair dali, mas eu havia prometido... um minuto de coragem.

— Jackson...-Chamei, e minha voz soou sufocada.
Percy virou-se para mim, arqueando as sobrancelhas surpreso.

— Nico!-Exclamou. - Algum problema?

— E-eu...- Gaguejei. Cerrei os punhos, odiando-me.- Eu preciso falar com você.

— Falar comigo?- Percy saiu de perto dos Pégasos, vindo até mim, parando em minha frente. Tentei manter o olhar firme, porém, eu ainda sentia vontade de fugir dali.

—  Eu... tenho que fazer uma coisa.- Murmurei, Percy encarou-me confuso. Enquanto eu respirava devagar.

— Hã... tudo bem. - Falou, fitando-me com dúvida. - Mas, fazer o que exatamente?

 Eu me enchi de coragem, dando um passo para frente, ficando perto o suficiente de Percy para conseguir tocar meus lábios nos dele.

Pensei que Percy fosse me empurrar, porém, tudo que eu senti foi seu corpo enrijecendo e ficando tenso.

Fechei os olhos apertado, não suportando a ideia de vê-lo naquele momento e foi na escuridão dos meus olhos e naquele beijo frio que minha ficha começou a cair.

O nervosismo e a ansiedade que eu sentia foi substituído quase instantaneamente por algo ruim. Uma mistura de arrependimento e culpa. Senti como se eu tivesse traindo alguém, como se eu tivesse matando algo importante demais para perder.

Segurei Percy pelos ombros, afastando-o de mim. Meu corpo tremia, e eu ofegava, não pelo beijo, que durou apenas alguns segundos, mas pela incômoda dor em meu peito.

— N-Nico?- Murmurou Percy, tão perplexo que nem precisei ver seu rosto para saber que ele estava com a carranca mais idiota do mundo estampado nele.

— Não é você. - Percebi, com certeza.

— O que?

— Não é você!- Repeti, sentindo cada partícula do meu corpo ficando cada vez mais leve pela constatação. - Eu não te amo, Percy.- Falei. O filho de Poseidon encarou-me confuso, porém, não dei tempo dele me perguntar mais nada, virando-me e começando a correr novamente.

Eu… eu realmente amava alguém, assim como Éros falará. Céus… como não percebi antes?! Eu me preocupava com essa pessoa, sentia falta quando ela se ausentava e a protegia, da minha maneira… Tinha os olhos verdes, a pele bronzeada e o cheiro de maresia por qual eu era apaixonado, mas não era Percy Jackson.

Eu não sabia quando, nem como isso havia acontecido, mas eu realmente sentia algo por Natália Ruggiero.

—  Deuses…- Sorri sozinho, enquanto adentrava o refeitório, procurando- a por cada pedaço daquele lugar.

Minha mente viajava nas melhores possibilidades. Natália gostava de mim? Eu... céus, O que Éros fez comigo? Desde quando fiquei tão idiota?!

— Para trás, deixem-me vê-la!- A voz de Quíron chamou minha atenção para um bolo de gente que se aglomerava perto da fila de comida. Alguém estava caído no chão, no colo de Clarisse La Rue, que gritava, pedindo espaço aos demais campistas que a rodeavam.

Um arrepio subiu por minhas costas enquanto meu raro sorriso sumia devagar. Uma estranha movimentação entre as árvores chamou minha atenção, e, escondido entre os troncos, estava Éros.

O deus me encarou desesperado, apontando com urgência para a pessoa caída no chão.

Meu corpo destravou como uma máquina e eu corri, empurrando cada pessoa em minha frente até estar diante de Clarisse, que segurava a cabeça de Natália em seu colo.

A filha de Poseidon estava desacordada e extremamente pálida. Não respondia aos estímulos de Clarisse e muito menos dava algum sinal de vida.

Ajoelhei-me ao seu lado, olhando aflito para a filha de Ares.

— O que aconteceu?!- Gritei.

— Eu não sei! Ela estava bem, estávamos indo comer e de repente ela caiu!- Contou Clarisse, dando leves batidinhas no rosto se Natália.  Me inclinei, tocando em seu braço, sentindo- o frio demais até para mim. — Natália? Pelos deuses… acorde.

— Clarisse, busque um pouco de ambrósia, Nico, me ajude a leva-la para a enfermaria. - Ordenou Quíron. Eu exitei, mas obedeci, pegando Natália no colo. A garota pendeu mole em meus braços.

Olhei na direção das árvores onde Éros estava, mas o deus não se encontrava mais ali. Em seu lugar estava Rachel. A filha de Afrodite sorriu para mim, acenando.

Franzi as sobrancelhas, questionando-me se ela ou Michael e Jeff tinham algo haver com isso, porém, não demorou muito para eu ver o filho de Ares e o filho de Hecate abraçados, juntos a multidão curiosa em minha volta, parecendo tão confusos como qualquer um ali.

Respirei fundo, apertando mais Natália em meus braços, correndo com ela para a enfermaria.

PDV NATÁLIA.

Esfreguei as mãos, olhando para trás, ficando frustrada ao não ver Nico, mas ao mesmo tempo sentindo-me feliz pela ausência dele. 

Eu não podia deixar de ficar arrependida por ter o expulsado de meu chalé, mas eu não queria envolvê-lo mais nisso. A cada segundo eu me sentia mais fraca e quanto mais eu me afastasse das pessoas menos eu as faria sofrer. 

— Como conseguiu fazer isso consigo mesmo em um treino?- Indagou Clarisse, olhando-me de cima abaixo, referindo-se aos machucados causados pela surra que Rachel me dera.

Os ferimentos estavam quase todos cicatrizados devido ao néctar que eu havia bebido, porém, ainda havia alguns arranhões e manchas roxas espalhados por meu corpo.

Sorri para Clarisse.

— Acho que perdi o jeito em treinar...- Comentei.

Estávamos juntas na fila do jantar. Apesar de minha falta de fome, Clarisse insistiu em comer comigo, ameaçando chamar Percy caso eu não o fizesse. Meu irmão já era cheios de problemas para ficar se preocupando comigo, e como eu disse, quanto mais eu me afastasse das pessoas, melhor.

— A partir de agora volte a treinar comigo.- Falou Clarisse, não como um convite, mas como uma ordem. - Veja você, todo o trabalho que fiz te preparando se esvaiu!

— Agradeço, Clarisse, mas não estou a fim de voltar a treinar.- Falei, dando de ombros.- Talvez eu não tenha nascido para ser guerreira... sabe, estou me dando bem cuidando dos pégasos.- Clarisse me encarou de soslaio, dando um pesado suspiro. A filha de Ares de uma batidinha compreensiva em meus ombros.

— Sabe que não precisa se isolar assim. Você é filha de um dos três grandes, é mais forte que isso!- Argumentou. - Além do mais ocupar sua cabeça será bom. Vai te deixar menos... zumbi.- Falou, fazendo uma careta. Dei um fraco sorriso.

— Obrigada. - Falei, irônica. Clarisse balançou a mão, desdenhosa, ignorando meu falso agradecimento.

— Não fique zombando. Estou falando sério... Irei acabar com você caso não cumpra minhas ordens. Eu sou veterana, esqueceu? Sou quase tão importante aqui quanto Quíron, ou Sr. D.- Falou. Neguei com a cabeça, olhando-a com melancolia.

Céus... eu queria tanto voltar a ser como eu era antes. Treinar com Clarisse, sentar embaixo das árvores com Nico, mesmo ele detestando minhas ligeiras aproximações. Tudo isso parecia ter acontecido a milênios atrás, em um sonho distante, que agora se tornava uma lembrança nostalgicamente triste.

— Ei, olhe só...- Chamou Clarisse. A olhei, vendo que ela encarava Michael e Jeff sem pudor. Os dois estavam sentados no chão do refeitório, cada um com seu respectivo prato de comida. Eles pareciam estar se divertindo, pois de tempos em tempos, um deles soltava uma gargalhada, sendo olhado com carinho pelo outro.

Empurrei Clarisse levemente com o ombro.

— Deixe-os... eles parecem felizes. - Falei. Clarisse negou.

— É como se não fosse eles. Michael e Jeff estão tão... bons. - Ela me olhou.- Como eles podem mudar tanto de um dia pro outro? Que Afrodite nunca jogue tal feitiço para cima de nós!

— É...- Respondi apenas, sentindo-me quase que ofendida, afinal Afrodite já havia jogado um feitiço para cima de mim, e quem dera fosse como o de Michael e Jeff.

A filha de Ares suspirou, continuando a seguir com a fila. Já estávamos chegando perto das bandejas, e, sinceramente, nada ali me dava apetite.

Respirei fundo, esticando a mão para uma maçã, porém, parei no meio do caminho, tocando meu peito. Uma queimação começou a subir por minha barriga, fazendo- me grunhir. Pisquei os olhos, confusa, enquanto minha visão se embaçava.

— Droga...- Sussurrei, pensando que eu estava prestes a desmaiar, mas não era isso.

Diante de meus olhos a visão do refeitório se apagou, dando lugar a imagem dos estábulos. Era como um sonho, confuso e desfocado, porém, pude reconhecer Percy e Nico facilmente. Eles estavam frente a frente, encarando-se, conversando, mas eu não conseguia ouvia uma palavra do que eles falavam.

Franzi o cenho, apenas por alguns segundos, antes de arregalar os olhos, sentindo cada gota de meu sangue gelar.

Nico deu um leve passo para frente, inclinando o corpo para dar um cálido beijo em Percy, que se sobressaltou, abrindo as mãos sem saber o que fazer. Neguei, não querendo acreditar, inclinando meu corpo para a cena.

Senti a primeira lágrima escorrer por meu rosto percebendo naquele minuto que não havia mais esperanças para mim. Nico jamais me amaria. Eu estava perdida, nada que eu fizesse poderia me salvar...

— Não...- Grunhi, apertando os olhos. Mesmo com a confirmação de meu destino eu não podia deixar de me sentir arrasada. Por mais que fosse tudo por causa de minha maldição eu tinha a certeza que eu amava Nico, e mesmo querendo ficar feliz por ele estar feliz, eu não podia impedir de meu coração doer em extrema tristeza.

A visão de Nico e Percy se apagou, e eu me vi novamente no refeitório. Clarisse continuava em minha frente, pegando sua comida, o que me fez perceber que tudo aconteceu mesmo em minha cabeça. Eu não sabia nem se aquilo foi mesmo real, mas mesmo assim continuava tremendo e com a queimação espalhando-se por meu corpo.

— Do que será que são esses bolinhos?- Indagou Clarisse, cheirando um croquete em sua mão, mas eu não consegui responde-la, sentindo-me como se meu cérebro derretesse. Levei minhas mãos a cabeça ao mesmo tempo que minha visão era prejudicada novamente, dessa vez não por uma visão e sim por uma névoa avermelhada. Meu coração acelerou como nunca havia acelerado, senti dor, uma dor que eu nunca havia imaginado que podia existir, e no fundo de minha consciência uma voz soou:

— Acabou, mia ragazza... Acabou.- Balbuciou a voz adocicada de Afrodite, e então, tudo apagou-se.


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Notas finais do capítulo

E então gente? quem, assim como eu, está cansado de ver nossa mocinha nesse estado caótico? o/
Beeem, vamos ter que esperar até o próximo capítulo para ver se isso vai acontecer (Eu acho bem díficil, Natália nasceu pra sofrer, geral sabe disso né nom?)
Desculpem qualquer erro de ortografia e até o próximo capítulo!
Aaaah, não esqueçam dos reviews! (Eu deixo vocês me xingarem muito, vão lá)
BYE!