Minha Doce Maldição. escrita por Nath Di Angelo


Capítulo 10
Como estragar uma vida.


Notas iniciais do capítulo

Gente...EU sei, eu sei. Demorei.
Aiiin galera, eu estou tão bolada D: Estou com um bloqueio criativo ENORME para "Minha Doce Maldição" e estou pensando seriamente em apagar a fic. Não tem nada a ver com vocês, sério, apenas não sei como continua-la ou termina-la. Juro, juro mesmo, tentar arruma-la mas eu realmente não sei oque fazer.
Mesmo assim desejo boa leitura e saibam que eu não vou desistir tão fácil!



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PDV NATÁLIA.

Arregalei os olhos quando diante de mim a sexta espada que eu segurava se quebrava como se fosse feita de papel.

–Lute comigo, venha!-Clarisse. A garota veio para cima de mim e eu pulei. O cabo de sua espada bateu fortemente no meu pé e eu dei uma cambalhota caindo de costas no chão.

–Ai...-Gemi largando oque era uma espada no chão. Clarisse riu.

–Ainda não acabei com você, levante-se, venha lutar!-Ordenou, enxugando uma gota de suor que lhe escorria pela testa. Levantei a cabeça incrédula.

–Lutar?! Com oque?!-Questionei vendo todas as espadas que pegamos como reservas estilhaçadas no chão. Clarisse bufou, vindo até mim encabulada.

–Use a sua, oras. Não ganhou uma espada para ficar de enfeite.-Rebateu. Voltei-me para as espadas quebradas colocando a mão zeladoramente em cima de Encanto.

–Está louca? Não vai quebrar minha espada assim...-Murmurei emburrada.

–Essas espadas são feitas de ferro normal, sua espada é uma arma magica. Nem em mil anos vai quebrar tão facilmente.-Protestou. Eu gemi, revirando os olhos irritada. Realmente eu não estava com animo para treinar hoje, na verdade, não estava com animo para fazer nada. Minha cabeça apenas parecia funcionar quando o assunto se tratava de Nico di Angelo. Será que eu estava ficando louca? Todos os apaixonados ficam assim ou isso é apenas mais um sintoma doentio da minha maldição?! Deuses...-Natália!-Exclamou Clarisse. A garota bateu o pé em minha mão fazendo Encanto voar longe, cravando-se em uma arvore. A filha de Ares olhou-me irritada fazendo-me ir ao chão mais uma vez.

–Droga...-Lamentei.

–Por Ares, onde está com a cabeça?!-Gritou.

–Eu...Não sei! Céus, podemos fazer uma pausa?!

–Não!

–Clarisse por favor. Um gole de água apenas e eu volto.-Prometi, juntando as mãos. A garota bufou levantando um dedo.

–Te darei cinco minutos. Um segundo a mais e farei você desejar voltar para o saco do seu pai.-Grunhiu.

–Sua sutileza e delicadeza me encantam. Obrigada.-Falei sarcástica enquanto saia correndo. Cheguei rapidamente aos bebedouros,engolindo grandes porções de água, enquanto meu corpo estremecia. Eu estava em êxtase desde daquela conversa com Nico. Não acreditei em como meu corpo obrigou-me a contar todos os meus segredos para ele sem exitar e não acreditei também quando não me sentia nem um pouco preocupada com isso. Minha confiança em Nico surgiu tão rápido quanto eu me apaixonei pelo mesmo. Parecia que minha maldição deixava tudo mais rápido, fazendo fluir normalmente coisas que demorariam tempos para acontecer em um caso normal.

Suspirei pesadamente virando-me rápido em direção ao lugar que eu treinava com Clarisse, constatando que faltava apenas alguns minutos para a mesma vir espumando me buscar, porém, nada poderia sair perfeito não é? Assim que me virei senti meu corpo bater com algo que cambaleou para trás.

–Me desculp...-Começou Nico mas o mesmo se calou assim que me viu. Senti meu chão cair e meu cérebro parecer fazer um logoff. Segundos depois eu não me importava mais com nada, mesmo sabendo que me arrependeria depois.-Ah, é você de novo.

–Sabe...É realmente tocante ver o quanto se anima com a minha presença.-Brinquei,dando um leve sorriso. Nico continuou sério, avaliando-me com o olhar.

–Oque faz aqui?-Perguntou.

–Eu...Vim beber água. Ah...Eu estou fugindo da Clarisse. Quíron me colocou para treinar com ela...Eu estou morrendo.-Gemi enquanto o garoto levantava uma sobrancelha.

–E...?-Incentivou.

–Hm, "E...?" Nada. Apenas isso.-Falei simplesmente.-Continua desconfiado de mim? Jura?!- Nico piscou os olhos e ficamos nos encarando por alguns minutos em total silêncio.

–Ficar aqui comigo pode estragar sua fuga, não? Deveria ir embora.-Aconselhou Nico um tanto que ríspido. Suspirei pesadamente dando de ombros.

–Valeria a pena de qualquer maneira.-Falei sem ao menos pensar. Nico semicerrou os olhos enquanto minha bochechas coravam fortemente. Abri a boca para tentar concertar minha frase, porém, fui cortada quando fui pro chão...mais uma vez.-Ai! Sério...Isso está se tornando MUITO repetitivo!-Protestei incrédula. Clarisse cruzou os braços olhando-me fulminante.

–Eu avisei.-Falou. Franzi o cenho irritada pronta para xinga-la de um nome bem feio quando percebi que a mesma não estava sozinha. Quíron sorriu enquanto seu rabo balançava de um lado para outro.

–Vejo que está treinando bem srta. Ruggiero. -Falou enquanto eu me levantava.

–Hã...Eu, apenas vim beber água.-Murmurei. Nico assentiu um tanto que transtornada virando-se de costas pronto para ir embora, porém, Quíron não permitiu.

–Um momento sr. Di Angelo, creio que precisarei de sua ajuda.-Falou o centauro.

–Ajuda?-Questionou Nico. Quíron assentiu enquanto eu levantava uma sobrancelha, me entre olhando com Clarisse.

–Zeus presenteou os pégasos do acampamento com um dia de folga de seus afazeres e isso foi uma boa oportunidade para limparmos todos os estábulos. Mas todos os campistas estão ocupados com suas tarefas então achei plausível pedir sua ajuda.

–Eu...Não me dou bem com os pégasos, Quíron.-Argumentou Nico.

–Não se preocupe. Todos foram dar uma volta ao Olimpo e voltaram mais tarde. Terá tempo o bastante para limpar tudo.-Garantiu Quíron. Nico trincou o maxilar parecendo não estar nem um pouco afim de limpar os estábulos.

–Eu posso ajuda-lo se quiser, Quíron.-Sugeri.

–Nem pensar!-Rosnou Clarisse.

–Agradeço mas não será necessário, Natália. Nico terá ajuda quando chegar lá.-Falou Quíron.

–Quíron...Sabe que ninguém gosta de mim nesse Acampamento. Vai mesmo fazer isso?-Protestou Nico.

–Fique tranquilo, rapaz. A pessoa que escolhi me deu total certeza que não será problema fazer qualquer tarefa com você. Alias, ele será de grande ajuda.

–É mesmo? E quem é o bem feitor?-Perguntou Nico irônico.

–Percy Jackson.-Respondeu Quíron, fazendo Nico arregalar os olhos. Prendi a respiração olhando para o céu, sentindo meu corpo começar a queimar aos poucos. Afrodite, eu te odeio!

PDV NICO.

Se fosse possível eu arrancaria meu coração do peito e o queimava sem nem pensar. Oque eu sentia nesse momento eu não desejava ao meu pior inimigo. Meu coração batia tão forte que eu quase podia ouvi-lo e minha respiração falhava toda a vez que eu olhava para ele. Eu não acreditava em minha má sorte, não acreditava que as coisas ruins só aconteciam comigo e me perguntava do porque de tudo isso.

–Estou acabando...-Garantiu Percy enquanto terminava de recolher a serragem de sua baia. Meu peito deu um solavanco fazendo-me gemer baixo. Eu já havia terminado de recolher minha parte da sujeira dos pégasos e no momento eu apenas via Percy terminar a sua. O único motivo para mim não ter saído correndo dali era que ainda havia muito a se fazer e isso estava me deixando maluco. Eu tentava não olha-lo, me focando nas lutas que aconteciam a alguns metros de mim. Uma delas era a de Clarisse e de Natália.

Antes disso tudo acontecer minha cabeça estava totalmente perdida em pensamentos sobre aquela garota e a história maluca que a mesma me contará. Confesso que no começo eu não acreditei em nada na história da filha de Poseidon mas depois de ouvi-la inteira eu mudei minha opinião. Era , realmente, estranho Natália ser sido trancada em sua casa por toda sua vida, para não dizer que era bizarro. E ainda por cima pensando ser alguém doente. Eu não entendia o porque de alguém cometer tal atrocidade com alguém mas ainda acreditava que a mãe de Natália tinha seus motivos e não concordava com o comportamento da filha de Poseidon. Só eu sabia o quanto era difícil não ter ninguém, vivi por anos, mais anos do que eu gostaria, e nesse tempo vi tudo oque eu chamava de família se dissipar. Vi minha mãe morrer e minha irmã morrer; Descobri que meu pai é um deus que pouco se importa comigo e me vi totalmente sozinho.Eu não desejava isso a ninguém, nem ao meu pior inimigo. Não que Natália seja minha inimiga é só...u não sabia dizer oque sentia por ela, mas tinha certeza que gostava dela mais do que qualquer um ali. Por um motivo desconhecido, Natália parecia confiar em mim, coisa que eu achava totalmente desnecessário. O jeito que ela me encarava era...Estranho e me fazia sentia um misto de raiva e simpatia pela garota.

–Pégasos são muito inteligentes.-Comentou Percy, fazendo-me encara-lo de soslaio.

–Oque disse?-Perguntei.

–Nada é só...Tudo está muito quieto estou tentando puxar assunto.-Falou o filho de Poseidon enquanto amarrava seus últimos sacos de lixo. Engoli em seco enquanto Percy bufava.-Você se afastou muito, sabia? Pensei que eramos amigos...

–Oque você...-Comecei mas me calei pouco depois.-Está brincando comigo?!

–Eu? Porque faria isso?-Perguntei. Sorri com sarcasmo virando-me parcialmente em direção a Percy.

–Acha que sou idiota? Vai falar que não sabe de nada?-Perguntei. Percy franziu o cenho confuso subindo na cerca dos estábulos para pular para fora. Dei alguns passos para trás afastando-me alguns passos, enquanto desviava o olhar em direção a floresta. Percy resolveu parar no meio do caminho, sentando-se na cerca enquanto cruzava os braços.

–Saber do que, Nico? Tem algo a me contar?-Perguntou. O avaliei com o olhar não podendo acreditar que Percy ainda não sabia de nada. Como ele poderia não saber de nada já que todos não param de falar sobre minha queda pelo filho de Poseidon?

–Como você...-Antes de eu conseguir terminar a frase uma corrente de vento absurdamente forte fez-me cambalear para trás. Ouvi alguns gritos sentindo uma forte quantidade de areia cair em meus olhos.-Ah!-Exclamei enquanto sentia algo pesar em cima de mim,caindo por completo no chão. Meu mundo pareceu ficar em câmera lenta depois disso. Assim que caia a ventania parou como um passe de mágica. Os gritos cessaram sendo substituídos por um silêncio mortífero. Abri os olhos vacilante desejando ter morrido. Percy estava em cima de mim com o rosto a centímetros de mim. Oque parecia ser o Acampamento todo nos observavam de olhos arregalados, visivelmente estupefatos.

–Ai,droga...Alguém me empurrou!-Grunhiu Percy abrindo os olhos. O mesmo me encarou.-Desculpe, eu te machuquei?-Perguntou. Olhei em direção aos estábulos não vendo ninguém ali. Pisquei os olhos devagar sentindo-me impossibilitado de responder.

–Gente...-Começou a única voz que eu não queria ouvir agora. Michael e Jeff começaram a gargalhar feito idiotas enquanto todos , inclusive Percy, viravam-se para os dois. Senti minha bochecha queimar e o pior sentimento que já senti na vida me atingir. Me senti sufocado e com raiva, alguém iria morrer hoje, com certeza.

–Ah, Nico...Está realizando seu sonho? Finalmente o Jackson irá saber que você não passa de uma bich...

–Cale a boca!-Arregalei os olhos quando Natália se colocou na frente de Jeff dando um forte soco no rosto do filho de Hecate. Jeff caiu no chão com sangue jorrando de seu nariz, Michael parou de rir olhando Natália incrédulo. Olhei assustado para a filha de Poseidon vendo uma mascara fria estampada em seu rosto. Seus olhos estavam gélidos e opacos como se outro alguém estivesse a comandando.

–Natália?-Questionou Percy, mas a irmã não respondeu. Um leve tremor percorreu o chão e grandes nuvens pretas invadiram o céu.

–Nunca mais abra sua boca.-Rosnou Natália olhando com o ódio para Jeff.

–Eu vou acabar com você sua vadia!-Berrou o filho de Hecate tentando fazer parar o sangramento de seu nariz.

–Você ficou louca?-Questionou Michael, agarrando o braço de Natália, que se soltou ferozmente.

–Não me toque!-Rebateu.

–Você está ferrada, garota!-Prometeu o filho de Ares.-Ira se arrepender por isso...

–JÁ CHEGA!-Berrou Sr.D aparecendo do nada em meio a uma fumaça roxa. O mesmo encarou a filha de Poseidon com ódio apontando o dedo para ela.

–Você...Para a casa grande, AGORA!

(...)

Eu ainda tremia, ainda me sentia um lixo e ainda me odiava por cada segundo de minha vida. Se pudesse eu me jogaria no punho de Zeus agora mas eu sabia que se eu morresse teria que ouvir meu pai ralhar comigo pelo resto da eternidade. Eu poderia estar louco, porém, ainda sentia cada partícula de meu corpo quente pelo contato com Percy. Eu estava confuso e não sabia oque fazer. Estava na cara que alguém fez aquilo. Percy não iria cair de uma cerca do nada, mesmo com aquela forte ventania e eu estava disposto a descobrir quem fora.

Havia também outra coisa com quem me preocupar. Natália. Eu não acreditava no que aquela garota tinha feito e nesse momento ela era punida por ter quebrado o nariz de Jeff. Mesmo querendo ficar dentro do meu chalé e nunca mais sair de lá eu não podia deixa-la pagar isso sozinha. Por algum motivo desconhecido a mesma me ajudará e novamente quem estava sofrendo por isso era ela. Mais que nunca eu não a entendia e estava dispostos a descobrir o porque de tudo isso.

Adentrei o pavilhão vendo Natália limpando as mesas. O rosto da garota estava pálido mais do que o normal, enquanto a mesma terminava de esfregar a mesa de Zeus. Bufei fortemente indo até ela.

–Nico?-Perguntou enquanto eu tomava o balde de sua mão.-Oque esta fazendo?

–Não fale.-Cortei.-Não ouse abrir essa boca, filha de Poseidon ou eu acabo com você aqui mesmo. -Natália encarou-me sem entender.-Merda...Oque deu em você?!-Perguntei incrédulo.-Fez aquilo por mim? Por acaso você é louca?!-Natália negou com a cabeça, abaixando os olhos. A mesma não respondeu fazendo-me respirar fundo, começando a limpar juntamente com a garota. Deuses...Que droga é essa garota?!


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Notas finais do capítulo

E ai? Oque acharam?
Desculpem os erros, gente :((((((