Almost an Angel escrita por Hana


Capítulo 3
A Chuva de Desordens


Notas iniciais do capítulo

GENTE ME DESCULPE EU DEIXAR UM MÊS ;--------; mas eu mudei de casa e tive problemas aqui e o capitulo nao estava querendo sair peço mta desculpa. Quero agradecer à Mils e ao Jão por me ajuderam



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É como se estivéssemos agora de volta ao começo. Começa como um sentimento, que então se transforma em um pensamento quieto, uma palavra quieta que martela dentro da minha cabeça.

– Adeus papai. – Me despedia em lágrimas do papai na primeira vez que partiria para Hogwarts.

– Você voltará quando acabar. Não é preciso dizer adeus. – Ele me confortava com suas palavras enquanto me abraçava.

Talvez na altura nunca tivesse tomado atenção às suas palavras para lhes dar grande importância, mas até hoje elas continuam a martelar dentro da minha cabeça sem significado algum.

– Adeus crianças! Se cuidem bem, sim? – Acenei pela janela do trem para a tia Katherine meio chorosa.

– Vereemo-nos no natal!

– Escrevam cartas assim que chegarem! – Meus tios gritavam do outro lado da plataforma acenando freneticamente enquanto o trem ganhava movimento.

Quando finalmente os perdi de vista numa das curvas, me voltei para dentro da cabine do vagão. Lá sentados estavam Andrey e Jeremy que falavam sobre o Andrey não ter sido escolhido para ser monitor-chefe e Charlotte que estava procurando por algo dentro da sua mala.

– Droga! – Charlotte falou alto, chamando a atenção dos presentes ali. – Eu esqueci…

– Esqueceu sua roupa de Quadribol é? - Um garoto loiro apareceu na nossa cabine. Phillip Tyller, é amigo da Charlotte, eu acho. - Ouvi que você anda muito pelas vassouras do time da Sonserina. – Falou com um sorriso no canto da boca.

Charlotte se levantou rapidamente e foi em direção a Phillip fitando-o.

– Você é muito babaca. Acha que as suas provocações vão ajudar a Corvinal a ganhar à Sonserina? – Talvez não tão amigos.

– Pára de frescura, sei que andou atrás do Higgs o ano passado.

– Hã?

– E você lembra quanto ficou no último jogo? 40 x 320.

– Este ano vai ser quem? O Sirio? – Phillip começou rindo. Ignorando cada palavra da Charlotte. - Sei que são bastante próximos.

Não estava gostando desta conversa e acho que a Charlotte estava sentindo o mesmo. Queria poder fazer algo, mas Jeremy me impediu e Andrey olhou para mim sacudindo a cabeça em negação como se dissesse em silêncio, “Ela sabe o que faz ”.

– Talvez você queira ser o próximo. - Disse Charlotte, passando a mão no queixo dele e dando uma piscadela. - Me encontre perto da cozinha após o toque de recolher, e vá sozinho! – Porém ele pegou no pulso dela antes que se pode-se distanciar.

– Me acha mesmo babaca assim para cair nos seus truquezinhos Crawford? – Ele apertava o seu pulso. Olhei para o Andrey esperando alguma reação mas ele permanecia no mesmo local sem se opor.

– Claro que sim, isso só provaria que você é mais babaca ainda. – Charlotte sorriu forçado, rodou o pulso até Phillip a libertar e ela saiu para fora da cabine passando por ele.

– Garotas… Não se pode viver com elas, muito menos ser uma. – Bufou Phillip e saindo pelo caminho contrário de Charlotte.

– O que deu nela? – Jeremy olhou para mim e Andrey esperando por uma resposta.

– A Lola é muito competitiva. Não queira nunca jogar uma partida de pedras cuspideiras com ela. – Respondeu Andrey mesmo antes que eu tivesse tempo de pensar em algo.

– Eu vou procurar ela. – Falei me afastando de Jeremy e sai para o corredor do trem. Mas a cada cabine que por que passava apenas via alunos de casas diferentes, alguns que conhecia de vista, outros muito menos, mas nenhum sinal da Charlotte.

Um ruido estranho veio da minha barriga fazendo-a ronronar como um gatinho e encolhi-me. Devia ser perto da hora de almoço. Outro ruido. Calma barriga, a gente já vai comer alguma coisa.

– Deseja alguma do carrinho, minha querida?

– AE?! – Senti um calafrio na pele quando vi que a doce senhora que costuma empurrar o carrinho de doces apareceu no mesmo momento. – M-me desculpe. Eu me assustei com a senhora.

– Ora querida, não tem nada por se desculpar. Então, o que quer? – Ela olhou para o carrinho e analisei os doces.

– Uhum, eu queria apenas uma tortinha de abóbora e uma varinha de alcaçuz, por favor. – A senhora colocou tudo dentro de um saquinho e paguei 2 galeões de ouro e 5 sicles de prata. Ouvi alguns ruídos e tenho a certeza que não era eu de novo. Contornei o carrinho e vi que estava me aproximando de um grupo de garotos, mais especificamente um garoto que devia ser primeirista e os outros talvez mais velhos que eu.

Eles empurraram o garoto e lhe tiraram algo que não consegui ver o que era.

O garoto começou a gritar mas eles apenas se começaram a rir dele.

Então o garoto se aproximou de um deles e socou o garoto do meio que rapidamente reagiu e atirou o garoto no chão.

Ele se preparava para lhe retribuir ao garoto.

Corra Anne!

Eu corri até eles.

Rápido!

Não podia deixar.

Mais perto.

– Não vos permito magoarem ele! – Berrei envolvendo o garoto nos meus braços, protegendo-o com minhas costas.

– Saía dai garota! Prefere apanhar também? – Permaneci sem me mover. – Bom. A decisão é sua.

– Ei vocês, parem imediatamente! – Uma voz fez recuar o garoto. Se eu não estivesse enganada aquela voz era de…

– Dave! – Disse com felicidade por vê-lo novamente.

– O que vocês pensam que estão fazendo com a minha prima?! – Alícia chegou logo atrás de Dave, cruzando os braços junto ao peito.

– Crawford. Weasley. Vocês não tem nada com isto! – Um garoto do trio de cabelo preto falou.

– E sua mãe nunca lhe ensinou a respeitar os outros?

– Caluda Weasley!

– Então vai no jeito mais difícil. – Dave caminhava em direção aos garotos, mas eu intervi.

– Não! Nada de violência, nem brigas! Por favor! Isso não resolve nada.

– Não se preocupe Anne, chega para trás Dave. – Alícia olhou fixamente nos garotos por alguns segundos. – Deem o fora daqui. – A expressão dos três garotos mudou e seguiram caminho dali.

– Por que não fez isso logo? – Queixou-se Dave.

– Fazer o quê? – Os olhos de Alícia possuíam um certo brilho.

– Você sabe o que! Queria me ver batendo num trio de idiotas?

– Isso seria muito… cavalheirismo da sua parte Dave.

– Afinal o que estava havendo aqui Anne? – Dave me perguntou. Expliquei o que vi, o sentimento se formou.

– Obrigada por correrem com eles. – O garoto agradeceu ao Dave e à Alícia.

– Você com certeza cairá na Grifinória. – Falou Alícia.

– Não acho. – O garoto olhou em volta preocupado.

– Você foi corajoso. Qualquer garoto ai tinha saído a correr chorando sem dar luta.

– É, talvez. – Ele disse indiferente.

– O que foi que eles te tiraram? – Eu perguntei enfim.

– Apenas uns doces que tinha comprado à senhora do carrinho.

– Pegue. – Estendi o meu embrulho com a tortinha de abóbora e varinha de alcaçuz. – Não são muitos mas devem chegar. – Sorri quando ele aceitou.

– Obrigada. Obrigada por me vir ajudar. Você parecia um anjo. – Os seus olhos se viraram para mim com um grande sorriso nos seus lábios.

( … )

A temperatura parecia ter descido rapidamente ao escurecer. O trem já tinha parado e eu estava esperando por uma das carruagens até ao castelo. Algo pequeno caiu sobre a minha bochecha. Passei a mão e senti algo húmido. Água.Olhei para o céu.

– Vem Anne. – Não prestei atenção a quem me chamou, apenas me limitei a subir à carruagem.

Olhei pela janela e observei as nuvens e cobrindo o brilho da lua deixando o céu negro e triste. Várias gotas começaram a cobrir os vidros exteriores da carruagem refletindo o meu reflexo.

– Espero que os primeiristas fiquem bem. – Disse uma menina que estava ao lado de Andrey. – Vão ficar todos encharcados por causa da chuva.

Ouvia a chuva aumentando do lado de fora.

– Antes isso que serem comidos pela Lula Gigante. No meu primeiro ano eu pensei que ia ser quase comido por ela. – Andrey começou rindo.

– Crawford… - Ela começou, mas eu e o Andrey reagimos ao mesmo tempo. – Desculpe. Esqueci que vocês os dois são irmãos. – Ela olhou para mim. – Andrey você devia saber que este é o seu último ano e você vai voltar naqueles barcos para o trem.

– O QUÊ? É a Maldição da Lula Gigante. – Ele bufou e começou a fazer gestos com os braços como se fossem os braços de uma lula mas a garota fez cara feia para ele. – Está bem Susan, era só uma brincadeira. – O Andrey sabe sempre quando é boa hora para brincar ou não. Ele é capaz de estar a pensar em cem coisas diferentes e só falar uma.

BRAAMM!

– AAAAAAAH?! – Gritei. Tapei os ouvidos, me encolhendo. A carruagem parou, fazendo todo mundo pular. – AAAH! O-o qu-que foi isto?

– Calma Anne! É só um relâmpago! – Andrey me agarrou pelos ombros e me abanou. – Só um relâmpago. Não seja tão medrosa.

– As carruagens estão todas paradas. Será que já chegamos? – Susan estava olhando pela janela.

– Vamos lá fora. – Disse Andrey.

– Mas está…

– Eu sei que está trovejando lá fora e que você está com medo, mas estamos mais seguros dentro do castelo. – Ele agarrou a minha mão e me puxou para fora junto com Susan.

Todos os alunos estavam saindo das várias carruagens correndo pela terra molhada pela chuva. Andrey me puxou o braço para que eu também começasse a correr. Eu não conseguia ver bem o caminho. As nuvens impediam a luz da Lua. Coloquei as costas da mão direita sobre a testa para que chuva não atingisse os olhos.

Passamos pelos dois grandes portões e subimos a encosta que dirigia ao castelo entre o grupo de alunos. Quando chegamos ao final dos degraus, vi finalmente as grandes portas de carvalho do grande Hall de Entrada.

– Parece que não tivemos a mesma sorte que os primeiristas. – Ouvi enquanto entrava no Salão Principal.

Observei o teto do Salão e notei que apesar de ser apenas um feitiço, ele conseguia refletir igualmente a chuva de lá de fora.

– Que bosta de chuva! - Bufou Summer Weasley.

– Sum, se queixar não vai ajudar a parar a chuva sabe disso né? – Ellie Voillant brincou com Summer. Ela e Summer são do mesmo ano que eu e ambas da Corvinal. Então ela se virou para mim. – Anne! Como foram suas férias?

– Eu…

O Salão tremeu com um ruido de relâmpagos. Seguiram-se mais e só acalmou quando o primeiro ano finalmente chegou. Eles estavam completamente molhados pela chuva e água do lago. Muitos deles tremiam de frio.

– Bem-vindos! Sejam bem-vindo a mais um glorioso ano em Hogwarts! Para aqueles que não me conhecem, sou a diretora Aingremont. – Todos aplaudiram. – Antes de começar a cerimónia de seleção, irei acender as lareiras do Salão e fazer aparecer várias toalhas nas quatro mesas para que se possam secar e aquecer neste dia chuvoso. – Logo assim que a diretora se sentou, fogos iluminaram as paredes do nobre Salão e pilhas de tolhas brancas surgiram sobre as mesas. Peguei numa e fui enxotando a água do corpo. – A Cerimónia de Seleção irá começar!

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Notas finais do capítulo

proximo cap tera spoilers da trama o
comentarios?



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