Diário de confissões escrita por Clary Cahill


Capítulo 4
Primeiras palavras


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Tá faz quase 20 dias que eu não posso. é que fui viajar. Foi mal.
Elisa vai ler o diário. Bom vamos ver o que Letícia nos conta.



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Assim que abri o diário, na primeira pagina, não tive reação.Não tinha examinado a pagina inteira. Até chegar no final e me deparar com a frase escrita com uma caneta vermelha:

Pertence a Letícia Castro.

Letícia Castro.

O nome que vem me assombrando nos últimos anos.

–Isso é uma piada doentia!- exclamei com raiva. Não podia ser real. Não. Estavam brincando comigo. Era uma piada muito cruel. Olhei para Fernando e o vi se aproximar.

–O que é isso?- perguntou ele.

O que eu diria? Que estou olhando para os últimos relatos da curta vida de minha irmã? Ele vai rir, é tão impossível, que chega a ser engraçado.

No entanto, não tenho a mínima vontade de rir.

–Está dizendo aqui, que é o diário da minha irmã.

Não sei por que disse isso. Não deveria ter dito. Podia ter mentido e simplesmente ignorado aquela piada cruel. No entanto, sinto a extrema necessidade de contar a Fernando.

Ele não diz nada apenas me encara.

Então temos uma conversa silenciosa. Pode ser ou não o diário dela, mas não subimos há muito tempo. Ainda a tempo de ver quem deixou o caderno ali.

Descemos as escadas do prédio em velocidade.

–Olá Elisa. –cumprimenta Seu Neves, assim que chagamos a portaria de meu prédio. –Olá Fernando.

–Oi. Quem foi à última pessoa a passar pelo senhor? Sabe alguma característica física ou sei lá?- pergunto.

Devo estar tão desesperada que Seu Neves me encara devastado.

–Vocês foram às últimas pessoas que vieram até aqui. – ele disse.

–Tem certeza? – insiste Fernando.

–Tenho.

–Viu quem foi à última pessoa a sair da garagem? –pergunto.- Estou me xingando mentalmente por não ter pensado na possibilidade da pessoa ter um carro.

–Não foi um morador, disso tenho certeza. Não reparei. Apenas notei uma camionete vermelha, nada mais. Elisa está tudo bem? Por que isso é importante? Levaram alguma coisa...

–Não, está tudo bem- minto. - É só que uma amiga minha esqueceu o celular em casa e ela foi à última que vi que saiu de casa. Achei que podia alcançá-la. Pelo jeito não deu.

Sorrio. Um sorriso que me dói o rosto de tão falso.

Porém, Seu Neves, acredita nele.

–Os jovens de hoje em dia não vivem sem os celulares. – Ele comenta.

Apenas agradeço e entro no elevador seguida por Fernando.

–O que foi aquilo?- pergunta Fernando.

–O que queria que eu dissesse? Que uma pessoa anônima deixou o suposto diário de minha irmã, morta, na minha porta enquanto eu não estava em casa? Não podia simplesmente falar que fui assaltada! Precisava de uma desculpa.

–Tem razão é idiota. Só que... você vai ler?

Penso na pergunta. O que eu devo dizer se nem eu mesma sei?

–Pode não ser nada demais, alguém tentando me fazer sentir péssima. Se for o intuído, deu certo.- comento.

–Você acha que não é nada? –Fernando pergunta.

O elevador para e entramos no meu apartamento. Não posso deixar o diário em cima da bancada, como se não fosse nada. Seria péssimo minha mãe ver aquilo. Real ou não.

Apenas me dirijo até a sala e o guardo na minha mochila.

–Não sei. Quais são as chances de Letícia escrever um diário? Não me lembro disso. Minha mãe saberia, não?

– O diário, existe para que ninguém saiba de sua existência a não ser o autor.

–Eu sei, mas alguém me deu o diário. E não foi Letícia! Por que ela não confiaria a minha mãe?

–Pode ter sido Bruna. - Bruna, a melhor amiga de minha irmã.

É uma boa hipótese.

–Bruna mora em uma cidadezinha no Ceará. Ela me ligou de lá hoje. Vi uma foto no facebook que foi atualizada há cinco horas. Até Fortaleza são três horas. Depois mais umas três de avião e ainda tem o transito na ponte Niterói. Não ia dar tempo.

Fernando pensa nas possibilidades.Letícia não entregaria algo tão intimo há alguém normal. Primeiro tenho que ver se foi ela que escreveu. Não posso ter essa decepção. Tenho alguma necessidade que o diário seja realmente dela.

–Elisa? Ainda acordada?- escuto a voz de minha mãe na cozinha.

–Oi Lisa.- escuto Rafael.

–Oi mãe. Oi Rafa.- digo. -Tentando ser casual. Tenho que agir como alguém sem segredos.

Acabei de dar uma festa sem minha mãe saber e ainda estou escondendo um segredo que possa pertencer a nos duas.

Eu deveria dizer sobre o diário. Mas ao vê-la tão cansada, desisto. Não posse dar a ela a expectativa. Se o diário realmente for só uma piada cruel, vai ser demais para ela. Se tem alguma coisa que aprendi nesse últimos anos, é que não tem nada pior do que perder um filho.

– Você sabia que ele tinha vindo? –pergunta minha mãe apontando para Rafael.

–Sim. – digo.- Ele apareceu em casa de tarde.

Ela suspira.

–Eu teria arrumado a casa se soubesse...

Então minha mãe encara Fernando, o notando pela primeira vez.

–Fernando! Já não está tarde! –minha mãe exclama.

–Sim, é que achei que a Elisa queria companhia. –ele diz.

Minha mãe sorri. Ela gosta de Fernando.

–Você é um bom amigo. – ela diz. – Desculpa filha por não ter vindo mais cedo tive essa reunião...

–Não tem problema mãe.–Que cheiro é esse?- minha mãe pergunta.Meu coração parou. Droga. Ela tinha descoberto tudo. Minha boca ficou seca. Tenho que arrumar uma desculpa. Do que ela está sentindo cheiro? Álcool? Maconha? Vomito?

–Ah, é que Fernando passou mal e vomitou... - comecei. Optei pelo vomito. Levando uma cotovelada discreta e dolorida de Fernando.

–Estava me referindo a pizza.- ela disse.Tive uma vontade insana de rir.– Você está bem Fernando...

–Estou bem agora, obrigada.- ele me olhou. Por um momento achei que ele ia me bater.

–Vamos comer?- perguntei. –Pedimos pizza.

–Ótimo. Estou faminta.- minha mãe disse.

Fomos comer a pizza.Quando terminamos minha mãe foi para o quarto de Rafa trocar a roupa de cama dele. Fico feliz que Fernando seja esperto.

–Lisa, você pode acompanhar o Fernando até a casa dele? Rafael, você vai junto.

–Não precisa.- diz Fernando sem graça.

–Precisa sim, vem.- digo.

Então nos três vamos até a casa de Fernando. Fernando mora muito perto de mim. Meu irmão espera na portaria enquanto eu subo com Fernando até seu apartamento. O abraço para me despedir.

–Pode me ligar, para falar do diário. – ele diz.–Obrigado.

–Preciso descobrir se o diário é mesmo dela. Antes de qualquer coisa.

–Como vai fazer isso?- ele pergunta.

–Vou comparar a letra com os antigos cadernos de escola. Minha mãe ainda os mantém guardados em cima do meu armário. Isso me lembra tenho que pensar em o que fazer com as pessoas escondidas na minha casa.

–Eu vou mais tarde na sua casa.

–Por que?

–Alguém tem que levar as pessoas embora da sua casa.

–Obrigada. –Agradeço.- Não só por isso. Por tudo.

Ele sorri e eu desço de elevador. Encontro meu irmão na portaria.

–Como foi a festa?- perguntou Rafa.

–Boa.- disse.

–Nada a declarar? –ele franze as sobrancelhas.

–O que quer que eu diga?- pergunto.

–Não sei. Eu tentei enrolar a mamãe. Achei hilário você dizer que o Fernando vomitou...

–Eu tinha certeza que ela iria dizer alguma coisa sobre o cheiro da festa...

–Foi hilário. Eu quase morri de rir.

–Fernando me deixou um hematoma.

Ele riu.

–Tem pessoas que não conseguiram sair andando da minha casa e estão escondidas no meu quarto. – comento.

–O que vai fazer sobre isso?

–Não sei. Mas não estou a fim de dormir no meu quarto e já que Caio...

–Tudo bem. Pode dormir lá.

– Pode me ajudar a levá-los para casa?

–Posso.

–Já fez uma festa em casa?

–Já.

–Mamãe descobriu?

–Não.

–Acha que ela vai descobrir.

–Não sei. Está nervosa?

–Estou.

–Tem mais alguma coisa te incomodando?

Outra mentira que vou te contar, por causa do maldito diário.

–Fazer uma festa em casa com drogas, sem a permissão da minha mãe, enquanto tem pessoas no meu quarto praticamente desmaiadas, não é suficiente para estar nervosa?

Ele ri.

–Uma pergunta meio idiota.- ele diz.

Assim que chegamos no meu apartamento, sei que minha mãe já foi dormir. Suspiro aliviada. Pego meu celular na bancada e coloco no meu bolso.

–Vou tomar um banho. - minto.

–Eu vou dormir. Não faça muito barulho ao entrar. –diz Rafa entrando no quarto.

Corro para minha bolsa, a seguro e depois entro no meu quarto. Me seguro par não rir. Não acredito na cena que vejo. Vou poder encher o saco de Tito por um bom tempo.

Abro o armário que tenho evitado. Não mexemos muito nele. Assim que Leticia morreu, temos evitado aquele armário. Dois anos depois de sua morte minha mãe empacotou algumas coisas e doou outras.

Já foi um começo.

Não encaro o armário. Apenas pego a caixa com os cadernos do último ano dela. Pego o primeiro caderno que vejo e volto a guardar a caixa, exatamente onde encontrei e vou direto para sala. Pego o diário na minha bolsa e sento na bancada.

Minha mão treme um pouco. Alguém me deu isso por um motivo.Agora tenho que descobrir qual é.Tenho medo de simplesmente descobrir que não é dela. Não quero me decepcionar. Isso é importante.

Abri onde a primeira anotação do diário.

Pertence a Letícia Castro.

Abro o caderno. Observo o cabeçario preenchido por minha irmã no caderno escolar. A letra é a mesma. Bonita e caprichada. Isso é inegável.

Nome: Letícia Castro

Disciplina: Português.

Professor: Mario.

Ano: 2º ano

O diário é dela. Isso não me alivia. Tenho que ler. Alguém me deu ele. Mas quem? Por quê?

Só tem um jeito de descobrir. Vou ler o diário. Então começo.

Dia 27 de julho.

Esse era o aniversário dela.

Nunca escrevi um diário. Não sei muito como escrever um. Não sei se tem uma regra. Espero que não. Não quero seguir o padrão de “Meu querido diário”.Soa muito falso para mim.

O diário são só seus pensamentos escritos, não uma pessoa. Não sei. Quem sabe eu me apegue a ele como se fosse alguém. Hoje é meu aniversário de quinze anos. Não tive uma festa. Não quero uma. Gosto assim, só eu e meus amigos e minha família.

Assim como eu.

Minha vó me deu esse caderno. Ele é bem legal.

Na verdade, ele não deveria ser um diário. É só que eu não sabia muito bem o que fazer com ele. Então pensei: Ei, por que não um diário?

O bom é que ninguém espera que eu esteja planejando fazer dele um diário. Então, ninguém vai procurar ele. Não quero que ninguém faça isso.

Devia parar. Mas não posso. Desculpa, Letícia. Tenho que ler.

O diário era meio sem graça, passei umas duas horas fazendo colagens. Achei que ficou legal. Não sou uma pessoa interessante. Estou na metade do 1º ano do ensino médio e fiz quinze anos hoje. Tenho três irmãos. Dois irmãos e uma irmã. Minha melhor amiga se chama Bruna. Nós conhecemos desde que começamos o primeiro ano do fundamental. Ficamos amigas, pois nos duas éramos péssimas em matemática.Então tínhamos que ir embora depois de todo mundo para aprender a fazer conta de mais.

É amizades se encontram nos lugares mais inesperados.

Tenho outros amigos, como a Paola, a Carol, a Polyana, Sara, Mateus, Felipe(Lipe) , Ricardo( Rica) e Vinicius. Essas são as pessoas que eu “ ando”. São pessoas legais. Bom, eu acho.

Lembro de alguns deles vindo em casa ou visitando Lê no hospital. Ela mencionou uma Sara. Seria ela a namorada de Fernando? Elas andavam juntas? Pode ser outra Sara. Mas não tenho certeza, pois ela é a única que eu conheço. Essa é a Letícia superficial. Não me contenho só com isso. Decido ler outra passagem.

Dia 1º de agosto.

Hoje foi o primeiro dia de aula.O dia teve uma manhã boa. Depois da aula, nem tanto. Tive aula com meu professor favorito, Dante. Ele é bem legal. Graças a ele estou indo bem esse ano em matemática. Eu achava o fundamental difícil, mas o ensino médio é uma amostra grátis de demônio, sobre o inferno que a faculdade vai ser. Sem deixar de colocar que ele é um cara muito gato. Às vezes é difícil se concentrar.

Não sou apaixonada por ele nem nada. Apenas o acho bonito e simpático, nada demais nisso, certo?

Se tiver, somos duas Letícia

.Espero que não. Se não, todas as meninas da minha sala e eu estamos erradas. Também tivemos aula de português, física e biologia. Gosto de Biologia, é a segunda melhor aula.A professora Marcela é muito boa.

Marcela era bem próxima da minha irmã. Quando Letícia morreu, ela parou de dar aula no nosso colégio. Não sei bem onde está agora. Só sei que Letícia foi alguém importante para ela.

Gosto dela. O jeito como ela fala. Sempre perco o ônibus, pois adoro falar com ela depois da aula. Conversamos sobre casos raros na medicina. Sempre trazemos tópicos.

Rafael, costumava ficar bravo, mas ele não se importa mais. Ele simplesmente busca meus irmãozinhos e volta para casa.

Eu e Marcela conversamos por uma hora, quase todo dia. Minha família já está acostumada. Tanto é que almoço só com meu pai. Elisa às vezes espera, ela gosta de almoçar comigo.

Toda vez que leio meu nome me sinto especial. Mas é verdade, eu não achava justo que Letícia e meu pai comessem sós. Então eu almoçava depois com ele. Quando a fome não falava mais ato.

Combinei de ir com meus amigos no cinema amanhã. Não sei se vou.

Eu passei por um momento muito estranho com meu amigo Mateus. Bom, quando eu tinha doze anos, nos ficamos uma vez. Foi tipo, extremamente, estranho. Não sabíamos o que fazer.

Ficamos por dez minutos em um canto nos encaramos e pensando, no que fazer. Então eu o beijei. Simplesmente fui para frente. Não aguentava mais a tortura de encará-lo e não fazer nada. Não durou muito tempo.

Muitas pessoas dizem que o primeiro beijo é horrível, desajeitado, descoordenado e um desastre total. Devo admitir, o meu, foi bom. Meio forçado e totalmente desajeitado, nada como os contos de fada dizem. Mas foi bom, eu gostei de beijá-lo. Ele não beijava mal. Para mim, foi o melhor primeiro beijo que eu podia esperar. Não queria que tivesse sido diferente. É uma boa lembrança.

O meu primeiro beijo foi com catorze anos. Eu gostaria de ter tido um bom. Foi horrível, o meu foi um desastre total. Completamente. O menino que eu nunca mais vi na vida me beijou quando eu estava voltando para minha casa com minha amiga Lara. Ele tinha vinte e poucos anos. Ele me agarrou e me deu um beijo com gosto de vodca enquanto eu passava na frente de um bar. Depois ele me soltou, disse que eu parecia a mãe dele e que eu beijava bem. Eu nem senti o beijo. Estava apenas desesperada para ele me soltar.

Não culpo Lara por na fazer nada. Por que, foi muito rápido e ela não teve tempo de pensar.O melhor foi o final, quando ele vomitou em mim e eu tive que chamar uma ambulância para ele, pois ele caiu inconsciente no chão.

Lara e eu, nunca vamos esquecer.

Depois nos fingimos que nada tinha acontecido.

Queria que isso tivesse acontecido no meu caso. Mas para que servem os amigos.

Ontem, Mateus me esperou sair de minha reunião diária com a Marcela. Quando o vi o cumprimentei e ele se ofereceu para me acompanharia até em casa. Eu disse que não precisava. Ele foi bem insistente. Então cedi. Quando estávamos perto, ele tocou no assunto que não falamos a três anos. Por quê?

Ele me beijou de novo e depois do beijo, eu disse que não estava interessada e nos meio que brigamos. Eu acho que foi uma briga. Não falamos muito. Mas o clima ficou um pouco tenso. Não muito amigável.

Tá, Mateus é uma pessoa bonita, simpática, gente boa e engraçada. É de se estranhar que ele esteja interessado em mim. Eu só não sinto nada por ele. Não faz sentido para mim ficar ou namorar alguém se simplesmente não significou nada. Meu primeiro beijo com ele significou algo. Pra mim pelo menos. Eu gostava dele na época.

Não quero ir à escola amanhã. Ainda por cima, vamos mais tarde ao cinema com a turma, e ele vai junto. O que eu devo fazer? Ignorar? Fingir que não aconteceu? Eu acho que devia conversar com ele. Mas sou péssima com as palavras quando estou nervosa e se eu piorar tudo?

Quero que ele haja como se nada tivesse acontecido, como da última vez. Mas aconteceu, é infantil simplesmente deixar passar?

Vamos ver o que vai ser. Cruzando os dedos.

Guardo o diário na bolsa da escola e vou dormir. Estou exausta, mas quando deito-me, não consigo dormir.

Encaro Rafael, ele está babando.As palavras dela rodeiam a minha mente.

Será que hoje, vou conseguir dormir? Tem uma parte de mim que quer ler o diário e o terminar ainda hoje. Mas quero ao mesmo tempo, que ele dure para sempre e nunca acabe.

Mas sei que não vai durar.Me forço a dormir.

Alguma hora eu tenho que fazer isso. Além do mais, tenho que acordar mais cedo que a minha mãe e lavar as pessoas da festa em segurança para suas casas. Tive o cuidado de avisar a cada mãe dos bêbados em minha casa que eles teriam que passar a noite fora.Assim que completar a tarefa, vou ler o diário e ligar para Fernando.


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