Diário de confissões escrita por Clary Cahill


Capítulo 2
Minha história.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Eu gostaria de agradecer a : A FoxFaceFoxy por comentar! DreamYas por comentar, favoritar e acompanhar. Nossa valeu de verdade! Bom esse capítulo é para vocês!
Espero que gostem e comentem!
Eu disse que ia postar uma vez por semana, mas essa semana tá meio corrida, por isso postei hoje!



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Como eu previ, não dormi a noite. Às seis da manhã, meu despertador decidiu tocar.

Meu nome é Elisa. Hoje é meu aniversário de dezessete anos. Talvez você tenha achada minha reação na noite passada, exagerada. Talvez realmente tenha sido.

Minha irmã Letícia foi diagnosticada com uma doença rara chamada Aplasia de Medula Óssea quando tinha dezesseis anos.

Letícia tinha completado 16 exatamente três meses antes do diagnostico. Ela morreu sete meses depois dele. O paciente com aplasia de medula não produz suficientemente as células do sangue, por isso recebe transfusões visando controlar a anemia grave e o baixo número de plaquetas no sangue.

No tratamento são utilizados alguns medicamentos chamados de drogas imunossupressoras, que agem estimulando a produção de células sanguíneas pela medula óssea. Uma boa parte dos pacientes pode responder ao tratamento imunossupressor e ter boa qualidade de vida. Outra parcela, não apresenta boa resposta e se torna dependente de transfusões e esse foi o caso da minha irmã.

Ela tinha aplasia grave. Ela precisava de um doador. Por isso fizeram testes em todos nos. Eu, por sorte, era compatível. Eu fiz a doação. Faria de novo. Na época meu medo mortal eram agulhas, ainda são, imagine que não deve ter sido tão fácil me convencer, mas deu certo. Mas o corpo de Letícia não teve um reação boa e rejeitou a doação.

Então ela começou a piorar.

O pior veio. Quando eu tinha treze anos, minha irmã mais velha morreu.

Isso afetou a família inteira. Até hoje afeta. Já faz quatro anos.

Eu tenho três irmãos. O mais velho é o Rafael, que é cinco anos mais velho que eu, atualmente ele tem 22; em seguida tem Letícia que era três mais velha do quer eu; e o Caio que é quatro anos mais novo do que eu, ele tem treze anos atualmente.

Rafael está na faculdade em São Paulo prestando engenharia civil, Caio está no final do fundamental e eu no último ano do ensino médio em um colégio em Niterói, RJ.

Levanto-me com dificuldade. Terei aula hoje. A última coisa que eu que eu queria era sair de casa.Meu irmãozinho entra no meu quarto enquanto eu luto para acordar, segurando um bolo nas mãos, minha mãe está ao seu lado, segurando pratinhos de plástico e garfos também de plástico.

–Feliz aniversário Lisa. - diz Caio. Ninguém me chama de Lisa sem ser minha família. Olho para o bolo de brigadeiro com confetes, M&Ms, que forma a seguinte frase: Feliz 17 anos!

Quero falar para minha mãe como estou me sentido. Mas não consigo. Apenas sorrio enquanto os dois cantam parabéns para você. Minha mãe pega o isqueiro que está em seu bolso e acende um fósforo pela falta de uma vela.

–Faça um pedido- diz minha mãe olhando para mim em expectativa.

Assopro o fósforo e peço: Que Letícia volte. O mesmo que peço todo ano. O que é idiota, pois ela não vai voltar e eu sei disso. Mesmo assim... é o que mais dejeso em minha vida.

–O que você pediu?- pergunta Caio.

–Nunca ouviu a frase, se eu te falar não se realiza?-pergunto sorrindo.

Minha mãe me dá um beijo no topo da cabeça.Então ela corta três pedaços de bolo e coloca nos pratinhos e nos comemos.

Caio ,assim que deixo o prato de lado, depois do segundo pedaço, começa a fazer cosquinhas em mim. Acabo caindo da cama, cosquinhas são meu ponto fraco.

–CAIO PARA!- digo eu rindo no chão com ele em cima de mim. -Mãe, me ajuda!

Minha mãe pega a câmera de seu celular e tira uma foto. Grande ajuda. Então Caio para e começa a rir da minha cara, que está, provavelmente vermelha.

–Mãe, você é minha heroína. - falo sarcástica.

–Sua primeira foto com 17 anos. – diz minha mãe sorrindo.

A frase é como um soco no meu estomago. 17. 17 anos. Respiro fundo.

–Deixa eu ver a foto.- falo tentando tirar esse pensamento da minha cabeça. Não posse chorar.

Pego o celular e vejo a foto. Rio. Caio parece um maníaco. Eu pareço um pimentão,como suspeitava, em contraste com meus dentes. Rio da cena. É uma foto engraçada.

–Não quer mesmo uma carona para escola querida?- pergunta minha mãe.

–Não tem problema. De qualquer jeito Fernando pega o ônibus comigo e ele não ia ficar nada feliz se eu não for. -Fernando é meu melhor amigo, desde que eu entrei para o fundamental.

–Eu não dispenso.- disse Caio com a boca cheia de bolo.

–Caio, se sua irmã for de ônibus, você também vai.- ela disse. -Ele levantou as sobrancelhas com uma cara tipo: Isso serio mãe? -Vão se arrumar.

–Obrigada mãe. – disse sorrindo. Ela me abraçou e levou o bolo do meu quarto.Então eu me troquei. Olhando para a cama vazia do meu quarto.

Era ali que minha irmã costumava dormir.Moramos em um apartamento bom. Herança da minha mãe. Três quartos. Um era meu e da minha irmã, outro de Caio e Rafael, e o último era dos meus pais.

Bom, agora cada um tem seu próprio quarto. E tenho o meu, Caio o dele ( agora que Rafael não mora mais em Niterói) e minha mãe o dela.

Meus pais se separam assim que Letícia morreu.Acho que poucos casamentos duram depois de uma tragédia dessas. Mas eles ainda se dão bem. Não parece ter ressentimentos, foi um divorcio amigável.

Tranco a minha porta. Tiro o pijama e coloco o primeiro soutien que vejo na frente.Coloco a blusa do uniforme, uma calça jeans e meu típico All Star verde musgo. Pego um elástico laranja em cima do meu criado mudo.

Por algum motivo tem uma mania de andar com um elástico de cabelo no pulso. Não consigo ficar com o cabelo solto por muito tempo. Mas assim que prendo, depois de um tempo, tenho que solta-lo.

Vou até o banheiro e escovo os dentes. Olho-me no espelho.Meus cabelos pretos estão cheios de nós. Tenho olheiras profundas de baixo de meus olhos azuis. Minha pele é clara, o que dá mais destaque a elas.Pego pente e tento penteá-los, mas a situação está critica. Por sorte, consegui realizar a operação diária que é pentear meus cabelos.

O pior de tudo é que não tenho cabelo crespo, mesmo assim ele embaraça muito fácil. Assim que acho que meu cabelo está bom suficiente, passo base. Eu quase nunca uso, mas as pessoas vão reparar se eu for para a escola com essas olheiras.Minha aparência agora está completamente normal. Saio do banheiro que eu e meu irmão dividimos e o espero na cozinha. Em casa a única pessoa que tem seu próprio banheiro, é minha mãe.

Descido esperar meu irmazinho na sala. Para minha surpresa minha mãe está lá e ainda veste um roupão. Ela nunca consegue ficar muito tempo de pijama, por isso estranho. Ela segura um pacote grande na mão.

–Eu achei que você gostaria.- diz ela.

–Mãe! Não precisava. Eu disse que não queria nada!

Era serio.Eu não gosto muito de ganhar presentes, ainda mais quando minha situação financeira não está boa.

–Bom, eu na verdade não comprei a bolsa. Eu a reformei. Eu comprei uns broches ali. Pedi pela internet. Na verdade foi o Caio que pediu, mas a intenção foi minha, você sabe que eu sou péssima com computadores.

Vou desconfiada até o pacote e o abro sem muita delicadeza.Abro a bola e congelo. É a bolsa marrom que minha irmã ganhou da melhor amiga, Bruna, no seu aniversário de dezesseis anos. Ela não está igual, minha mãe a reformou de verdade. Ela tinha alguns furos. Agora não tem mais. Mesmo estando diferente, ainda reconheço a bolsa.

Sorrio.E a abraço.

–Obrigada mamãe. –digo meio sem palavras.

–Eu te amo ,você sabe né?-ela diz.

–Sei sim. Também te amo.

–Use-a para ir na escola. A sua outra está quase rasgando.

Troco meu material de bolsa.

Caio sai do banheiro angustiado.

–Lisa, vamos perder o ônibus! –disse Caio atravessando a sala correndo.- Tchau mãe!- ele grita.

–Tchau amor!- grita minha mãe em resposta.

–Depois eu coloco os broches. -Abraço minha mãe rapidamente e saio correndo atrás de meu irmãzinho.

Descemos de elevador e cumprimentados o velho porteiro, seu Neves. Saímos correndo em direção ao ponto.Minha escola é não é longe de casa, mas é bem mais fácil pegar o ônibus.

Ao chegarmos todos os bancos do ponto estavam ocupados. Fernando estava apoiado na parede atrás dos bancos. Parecia entediado ao extremo. Então ele me viu. Sorriu e veio até mim e me abraçou.

–Parabéns pequena. – ele disse.

Eu sou muito baixa. Tive um problema na tireóide e tive que lutar para conseguir chegar no meus 1, 52. Minha media antes do tratamento era 1,45. Essa é a diferença mais visível entre mim e Letícia, ela tinha 1,66. Além de ela ter os olhos verdes azulados, como meu irmão Caio. Fora isso, somos iguais. Temos os mesmos traços. Embora as vezes, eu não pense assim.

Fernando é bem mais alto do que eu, o que convenhamos não é difícil. Até meu irmão de 13 anos é maior que eu. Frustrante. Eu sei.

–Obrigada. –respondo.

–E ai, Caio?- Diz Fernando. Levantando a mão para um toca aqui. A verdade era que Caio e Fernando se adoravam. Eles trocam um bate aqui e Fernando passa a mão no cabelo de Caio o bagunçando, como de costume.

Eu e Caio nos parecemos, mas ele tem cabelos castanhos em vez de preto, tem cor de olhos diferentes e nossa diferença de altura.

Ônibus chegou naquele momento. Sentei um assento e Fernando ao meu lado. Caio atrás de nos.

–Tenho um presente para você.- Disse Fernando.

–Fernando...- Ele tirou da mochila uma caixinha e me entregou.

Abri e vi a pulseira. Era muito bonita.

–Fer! É linda.

–Eu sei. – Ele sorriu.

–Não foi você que comprou. – disse. - Tem muito bom gosto e você é meio brega.

–Tá, minha irmã deve ter ajudado um pouco. - ele deu os ombros.O abracei.

–Eu adorei. - disse. Ele sorriu.

–Será que podem parar de namorar? Acabamos de chegar. – disse Caio rindo.

–Caio!- disse corando. –Ele já tem namorada.

–Essa mochila é nova? –perguntou Fernando, provavelmente tentando disviar o assunto.

–Minha mãe me deu de aniversário.- Digo e saio do ônibus.

–Bem legal.- ele diz com um sorriso sincero. Fernando é uma pessoa que gosta de tirar sarro de mim. Dessa vez ele não estava. O que me deixou muito feliz.

O ponto de ônibus fica em frente a nossa escola. Como todos os dias entro na escola, me despeço de Caio e digo a ele para me encontrar naquele mesmo lugar e Sara está lá, como sempre.

Sara é a namorada de Fernando. Ela á mais velha que ele. Ela estudava na sala da minha irmã, embora ela tenha ido até minha casa duas vezes enquanto minha irmã estava viva. Ela é loira, tem olhos castanhos claros, maçã do rosto bem definidas, ela é alta e bem esbelta.

Ela sempre o encontra no ponto a caminho da faculdade, acho a relação um pouco engraçada. Pelo fato de Sara ser uma universitária.Eu gosto dela. Ela é bem legal, só que é um pouco grudenta demais. Eu não curto ficar de vela, por isso sempr que a vejo apenas digo "Oi" e entro na escola. Não sei se ela responde meu "Oi" de volta. Hoje foi diferente. Pela primeira vez, ela olhou pra mm antes de Fernando.

–Parabéns Elisa. - Ela disse.

Ela estava tão, simpática que tive que sorrir.Achei muito estranho ela saber meu aniversário, já que mal nos falavamos.

–Obrigada Sara.

Ela olhou para minha bolsa e pareceu... preocupada? Mas a expressão sumiu tão rápido que não tenho certeza se ela existiu.

Então ela foi beijar Fernando. E eu fui para sala, para mais um dia entediante.

Vi Lara no caminho para a sala de aula. Ela é minha melhor amiga. é uma menina de cabelo castanho crespo e sardas. Ela é bem bonitinha. Eu acho.Eu não tenho tantos amigos, não sou o que se chama de popular ou mesmo simpática. Não temos uma relação tão próxima dela quanto eu tenho de Fernando. Mas, conversamos muito pelo whats e durante as aulas. Ela me chama muito para ir no cinema, comer um lanche ou ir na sua casa ver um filme triste. Acho ela bem divertida.

Ela me abraçou.

–Há de 17 aconteceu o maior desastre mundial. – disse Lara seria.

Sorri e ela depois de um tempo também.

Logo alguém me abraça por trás e já sei que é. Thiago. O melhor amigo de Fernando e um grande amigo meu.

–Oi Tito. - digo. Esse é o apelido dele. Desde criança, já que ele não sabia falar o próprio nome.

Ele sai de trás de mim com seu típico sorriso convencido. Tito tem um jeito de falar, que parece que está flertando com você. Não vou negar o fato de ele ser realmente bonito. Ele mesmo sabe disso. Ele tem a fama de “pegador” e está no time de futebol do colégio. Ele é muito bom.

–Parabéns. - disse ele.

–Você lembrou-se do meu aniversário? Que honra. -Comento para ele.

–Na verdade, eu estava saindo de casa hoje e vi no facebook.

–Gosto da sua sinceridade.- digo.

–Eu mal lembro o meu Elisa. Não sei o da minha mãe. Minha irmã tem que me acordar no dia e me contar.

Eu e Lara rimos.

–Não duvido. –Diz Lara.

Fernando chega e cumprimenta Lara e Thiago. Ele vai até Tito e comenta algo sobre Sara. Não estou interessada. Por isso eu e Lara vamos até a sala.

Logo os meninos chegam.Fernando se senta atrás de mim nas aulas. Onde conversamos. Desde que ele começou a namorar, ele fica uma parte da aula trocando mensagens com Sara, o que eu acho um pouco irritante. Como ele fica no celular eu converso com Lara, que senta ao meu lado esquerdo. Tito senta atrás dela.

Primeira aula era de matemática.Eu não quero me gabar, mas meu professor é lindo. Ele tem o sorriso mais lindo que eu já vi. Não sou apaixonada por ele, como a maioria das meninas da minha sala. Apenas o acho extremante atraente. Ele era uma pessoa simpática.

Não converso na aula dele. É uma das únicas que consigo realizar essa proeza. Eu tenho melhorado em matemática.

Nunca fui próxima do professor. Vi ele duas vezes fora da sala de aula. No enterro da minha irmã e uma vez no supermercado.

Pela primeira vez não consegui me concentrar. Eu tentei, mas viaja para longe sem perceber.

–Eu sei que ele é gato e tudo mais, mas não tem que ficar hipnotizada.- diz Tito para Lara. Eu escuto.

Eu estava saindo da sala quando ele me chamou.

–Elisa Castro?

Virei-me. Ele nunca tinha me chamado no final da aula. Recebi olharas invejosos de muitas meninas e uma encarada fixa de Fernando e Tito. Lara sorriu e fez um sinal que dizia : Mas que sortuda! Aproveita.

–Professor Dante?- respondi. Ele sabe meu nome! Isso não é uma atitude madura, mas eu não me importo.

–Só queria lhe dizer que estou feliz que com o aumento das suas notas.

–Obrigada. - sorri sem jeito. Não sabia que ele reparava em mim. –tenho estudado mais.

–Fico feliz. Soube que é seu aniversário hoje. Parabéns.

Ele me abraçou. Ri de nervoso.

–Como você está?- ele perguntou depois de sair do abraço.

–Hãm... Bem?

–Quero dizer sobre sua irmã.

Meu rosto ficou pálido.

–Não é um assunto que eu gostaria de falar agora. – disse. Na verdade, não é um assunto que eu goste de falar. Já faz quatro anos, mas é um ponto em mim, que sempre vai ser.

–Elisa, me desculpa eu só achei que gostaria de falar com alguém. Fiquei feliz com seu desempenho. Não deve ser fácil. Você era tão destruída no primeiro ano, estava em um período difícil e... Achei... que colocar tudo para fora ajudaria. Parece que durante a aula hoje, você voltou a ser a Elisa do primeiro ano e...

–Está tudo bem.Obrigada, Dante. Eu vou tentar me concentrar mais.

–Elisa...

Sai da sala. Ele não merecia isso. Ele estava se importado. Devia tê-lo deixado se importar? Talvez.

Estava andando pelos corredores, tentando achar um lugar para pensar.

Eu estava me sentido culpada por fazer 17 anos e ela não. Eu não entendia o porquê.

–O que o Professor Dante queria com você?-perguntou Fernando me tirando dos meus devaneios. Surgindo do nada.

Olhei para Fernando. Para seus olhos castanhos. Ele parecia apreensivo.

–Você está bem?- ele perguntou.

Eu ainda devia estar pálida e com olhos marejados.

–Sim. Só quase morri de vergonha. Tipo, ele, me chamar para conversar. Ele só me disse que meu desempenho melhorou e me disse Parabéns. Ele sabia que era meu aniversário. Só isso. –falei. O que era meia verdade.

Fernando não caiu totalmente.

–Só isso?

–Sim- menti.

Ele me encarou e esperou que eu dissesse alguma coisa, mas eu não disse nada. Por isso ele supirou e se deu como derrotado.

–No meu aniversário você me comprou um salgado na cantina, vou retribuir o favor. – disse ele.

O acompanhei.


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Notas finais do capítulo

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