Na hora da saída nos encontramos no estacionamento, um monte de gente estava nos encarando, fiquei meio tímida. Eu não podia estar mesmo apaixonada por ele, nem o conheço direito, qualquer um que ver seu sorriso se apaixona, ou pleo menos acha isso.

Decidi não me precipitar, não tenho certeza dos meus sentimento agora que estão bagunçados.

– Oi! - eu disse

– Olá. - respondeu.

– Vai pegar o ônibus?

– Sim - disse ele. - E você?

– Sim, mas tenho que esperar minha amiga, que não sei onde está. - disse procurando Lynn.

– Sem problemas, eu te espero.

– Sério? - Perguntei - Não precisa.

– Sim, não vai ter problemas.

– Tá.

Lynn chegou minutos depois e olhou pra mim com uma expressão surpresa, elevou suas sobrancelhas e assobiou pro Tobias, ele ficou meio tímido, era aquele tipo de menina que eu não parecia pra ele, mesquinha e popular.

– Lynn pare. - Falei envergonhada.

– Que foi? - disse ela. - Ele é seu namorado?

Meus olhos se arregalaram e meu corpo tremeu.

– Não - disse Tobias.

– Ah, então não vejo problemas. - disse piscando pra ele.

Me afastei e fui para o ponto de ônibus sozinha mesmo, não queria ficar ali e ver Lynn agindo como idiota, o ônibus veio e subi nele sem pensar até chegar na casa de Lynn.

Hesitei na porta, mas depois abri, e meu pai estava sentado no sofá. Que ótimo.Pensei. Que tipo de encrenca ele quer agora?

– Vim deixar suas roupas. - disse ele ao me ver. - Encontrou um ótimo lugar para morar.

– Me dê as roupas. - pedi sem remorso.

Ele me entregou a mala e depois suspirou, ele parecia relaxado, bom, eu também.

– Onde está mamãe? - perguntei.

– Ela não sabe que estou aqui. - disse ele.

– Ah. Por que? - perguntei curiosa.

– Não achei que ela precisasse saber.

– Como é? - disse irritada, ele não podia falar assim da minha mãe. - Ela que devia me visitar e não você, não devo nada a você e nem você deve a mim, quero a mamãe.

– Fale direito comigo Beatrice! - disse ficando furioso.

De repente Lynn chega com Tobias, o sorriso de Lynn desaparece quando vê meu pai. Tobias fica parado na porta, ignoro qualquer um que esteja aqui e continuo.

– Não, você não manda mais em mim! - disse com as bochechas quentes. - Você só atrapalha minha vida!

Ele olha para Tobias que está rígido e depois pra mim.

– Está namorando? - agora sua voz era ameaçadora, seus olhos estavam arregalados, me fuzilando imagino.

– Não! - disse sem acreditar em sua pergunta.

– E quem é aquele? - agora ele gritava.

Tobias se aproximou e disse.

– Desculpe senhor, sou Tobias Eaton, e.. - ele parecia nervoso. - Não sou namorado de sua filha, ela é só minha amiga, que conheci hoje.

Sua voz era calma, fez meu pai relaxar os músculos e eu me acalmar, não por muito tempo.

– E se fosse? - queria provocá- lo, para que soubesse que não sou mais frágil. - Não estaria no seu interesse pai.– cuspi as palavras.

– Tome cuidado Beatrice! - disse ele ficando vermelho.

– Não! Você não me assusta mais. - disse.

Todos estavam es silêncio, não precisei gritar minha voz estáva estável, porém alta.

Ele veio pra perto de mim e quando levantou a mão algo impediu que batesse em mim, Tobias. Meus olhos se encheram de lágrimas e não as segurei. Tobias segurava a mão de Andrew com força para que ela não se soltasse. Me encolhi e Andrew - eu recusava o chamar de pai - desistiu.

Todos pareciam chocados, Tobias foi pra perto de mim e abraçou minha cintura.

– Vá embora. - ordenou a mãe de Lynn.