Because Of You escrita por Beatriz Prior


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Eu sinto muito, muito, muito mesmo por não ter postado antes, eu estava sem idéias e fiz a fic pouco a pouco até chegar onde ela está agora.
Espero que gostem e fiz com uma surpresa pra vocês. Emocionante, ou não emocionante?
Bom, aí vai: Vocês terão que descobrir hahaha!
Desculpem ser malvada, bjs e até lá em baixo.



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É hoje, pensei. Hoje as pessoas iriam se rebelar, eu estava deitada no pequeno sofá quando Flynn abre a porta do quarto tão desesperadamente que me assusta. Ela está com uma torrada na boca, um copo de leite na mão esquerda e sua mão desocupada procura alguma coisa em grande desespero, ela acha seu celular e cospe a torrada em minha direção.

– Ei! – exclamei, mas ela não pareceu escutar.

Digitou um número e esperou que a pessoa do outro lado da linha atendesse, depois de duas tentativas falhas a terceira pareceu funcionar, ela pulou para fora do quarto e observei a torrada que ainda estava ali, na minha barriga completamente babada. Lynn é louca, pensei. Voltei meus pensamentos para a rebelião e pensei no que iria fazer, ainda não avisei para Tori que Tobias não iria, ela vai ter uma grande surpresa. Desativar a segurança, roubar os soros, impedir Jeanine... Isso que eu iria fazer.

Vesti-me com uma calça preta colada e uma blusa cinza sem mangas – Tori pediu para que eu usasse roupas escuras. – e um tênis. Avisei á Tobias que eu iria sair com Flynn, assim ele não precisa vir me visitar. Enquanto descia as escadas vi Flynn correr de um lado para o outro roendo suas unhas.

– Nossa, o que aconteceu de tão mau para você estar roendo as unhas? – perguntei franzindo a testa.

– Christina, ela está no reformatório! – sussurrou.

– Mas o que ela fez?

Ela olhou pra mim como se eu fosse uma estranha e perguntou.

– Vai sair?

– Sim, eu-.

– Ótimo, preciso ficar sozinha por algumas horas.

Acenei com a cabeça e saí observando sua expressão vazia.

Andei até a casa de Tori e bati em sua porta, ela estava usando roupas semelhantes á minha e seu irmão estava com uma aparência determinada. Entramos e havia várias pessoas dentro da casa, todos me olharam confusos e Tori se apressou em me apresentar. Depois de alguns minutos discutindo sobre o plano e o que iríamos fazer, ela olhou para o relógio, virou pra mim e perguntou nervosa.

– Onde está Tobias?

– Ele teve que faltar, quebrou a perna.

Ela fez uma careta, mas considerou.

– Pode fazer o trabalho dele? – perguntou.

Acenei com a cabeça preocupada, e se não houvesse tempo? Guardei esses pensamentos em uma caixinha no fundo da mente e as tranquei, eu vou conseguir. Íamos saindo da casa de Tori e andamos bastante até chegarmos á escola, minhas pernas estavam em protesto, mas respirei fundo e juntei minhas forças novamente. Algumas pessoas estavam indo por trás da escola e me chamaram para ir pelo telhado, olhei para baixo e vi um carro preto vindo em direção á escola, só pode ser Jeanine.

Toquei o ombro de George que estava me acompanhando e apontei para baixo, ela acenou como se fosse tudo parte do plano, ele seguiu em frente e parou quando viu uma claraboia, ele apontou para mim e depois para ela. Eu teria que pular nisso? Não tive escolha, ele abriu a claraboia e a altura fez meus pés contraírem. Imaginei a dor que eu iria sentir em meu calcanhar se pousasse de mau jeito no chão. Ele pegou em meu ombro preocupado, engoli em seco e assenti informando que estava bem.

Respirei fundo e pulei, senti uma pontada em meu pé direito, mas não era nada sério, apenas câimbra. Olhei para ele perguntando qual era o local e ele apontou para um corredor escuro e largo, os ladrilhos eram tão brancos que me preocupei com meus sapatos sujos, fazendo uma bagunça. Segui pelo corredor, e vi algumas sombras se formarem mais na frente, prendi a respiração e entrei numa sala cheia de vidros e uma lousa enorme com alguns conteúdos de Ciências, eu estava no laboratório.

As sombras passaram e vi que eram dois homens enormes e uma mulher com o cabelo loiro curto. Senti um frio na barriga ao notar que eles usavam armas. Estavam nos esperando. Saí da sala e segui em frente. Fui até uma sala que ficava no final do corredor e tentei abrir, mas estava trancado, estava sem tempo e precisava desligar a segurança logo então fiz a primeira coisa que veio em minha cabeça, chutei a porta com toda a minha força e me surpreendi com o resultado, a porta se abriu tão violentamente que fiquei assustada com a possibilidade de que alguém escutasse.

Fiquei confusa com tantos botões e aparelhos, eu não sabia o que fazer, ou o que apertar, apertei cada botão que me pareceu certo, apertei um que era grande e redondo e um som agudo alarmou por 5 segundos, pulei pra trás com susto e me encolhi no chão tapando os ouvidos. Depois que o alarme parou ouvi paços vindo em nossa direção, estavam perto, muito perto. Fiquei alarmada e tentei correr para algum lugar, mas a sala era íngreme, não havia para onde correr. Levantei os punhos e esperei cautelosamente os passos chegarem aqui, vi uma sombra se formar e um dos homens apareceu com a arma apontada pra mim, em um ímpeto eu bati meu punho sobre a arma e ela caiu para longe dele.

Sua perna me empurrou para longe chutando minha barriga e fiquei com falta de ar por alguns instantes, ao recuperar meu fôlego vi que ele estava novamente com a arma em meu rosto, varri a sala com meus olhos, mas não havia nenhuma brecha. Fechei os olhos tentando controlar minha respiração e senti algo cair em meus pés, era o cara que estava com a arma apontada para mim, ofeguei um pouco e olhei para frente com os olhos arregalados de emoção e medo.

Tobias... Era ele quem estava ali, o mesmo que derrubou o homem que estava me ameaçando. Senti algo quente em meus olhos, e lágrimas caíram, ele estava ali e provavelmente chateado por eu ter mentido pra ele. Seu corpo veio mancando até mim, ele me fitava profundamente, seu olhar parecia pedras que eram atiradas contra mim, espinhos que me sufocavam, fogo borbulhante que me fazia se contorcer e gritar de dor. Movi-me desconfortável de seu olhar, ele segurou-me firme, pousando sua mão em meu queixo para que eu pudesse olhar sua face.

– Vamos, temos que sair daqui antes que mais homens venham. – disse ele.

Acenei com a cabeça e ele apertou alguns botões atrás de mim.

– O que está fazendo? – perguntei.

– Desligando os alarmes, você parecia não saber fazer isso.

Seu olhar sobre mim era acusador, abaixei a cabeça e saímos, fomos por um corredor á frente, havia cinco homens vindo em nossa direção, Tobias hesitou e puxou meu braço para outra direção, eu o puxei sabendo que correr, não era algo que ele pudesse fazer perfeitamente com essas condições. Viramos um corredor e havia homens atirando em nós, senti uma ardência em meu braço, chequei rapidamente o ferimento mas fora só um tiro em raspão, nada de mais.

Agora Tobias estava ofegando e sabia que era difícil para ele fazer aquilo, senti uma onda de culpa se passar em meu corpo, eu não devia ter saído. Lágrimas rolaram pelo meu rosto em pensar que ele poderia estar em casa sentado tranquilo assistindo Tv, mas minha teimosia e egoísmo não pensara nisso.

Parei ofegante e o fitei por alguns segundos, logo, os homens nos alcançaram e nos rodearam, Tobias estava de pé agora, posicionado, o que ele está tentando fazer? Se matar? Me posicionei em suas costas e segui seu plano, atacar manualmente.

Fiz o primeiro movimento contra o que estava em minha frente dando-lhe um soco na mandíbula. Sem esperar para que ele reagisse virei-me e ataquei outro com um chute entre as costelas, notei que Tobias também começava a se mover, não tão bem, mas do jeito que lhe era possível. Concentrei-me em um que estava caído e minha intenção era fazer com que ele não conseguisse se levantar.

Esmurrei seu rosto várias vezes, não deixei tempo para que ele revidasse, minhas mãos estavam doloridas agora, ele percebeu minha fraqueza e respirando fundo me chutou para longe. A ardência em meus pulmões me consumiram, tentando respirar senti um par de mãos me agarrarem pelas costas e joguei meu cotovelo pra trás afim de acertar sua barriga, acertei mas logo me arrependi quando vi Tobias se contorcendo sobre seus joelhos, ele se levantou ainda com a mão sobre a barriga e me guiou mancando mais que o normal. Novamente a culpa me consumiu, parece que só faço besteira nessa vida, pensei.

Ele se recostou em uma parede, tentei tirar seus braços da barriga, mas ele só apertava mais. Olhei para seu rosto e ele estava visivelmente agoniado com a dor, sua respiração agora se tornava pesada e percebi que ele não estava assim por causa de mim, seus braços relaxaram e vi que sua camisa estava encharcada de sangue.

Caí no chão e esqueci que havia levado um chute nas costelas – duas vezes -, que havia levado um tiro de raspão, ou até mesmo havia me esquecido de que o machucara emocionalmente. Minha dor voltara para um pequeno furo que havia bem no meio de sua barriga, ele percebeu minha aflição e agonia pois me chamou para perto e acariciou meus cabelos.

– Fique calma meu amor... Eu te perdoo, eu te amo. – disse ele, sua voz estava fraca e seus lábios brancos.

– Fiz isso com você. – minha voz falhou.

– Não se culpe, fiz isso por você.

Não impedi que lágrimas rolassem, apenas o abracei mais forte e sussurrei em seu ouvido.

Eu te amo.

Senti seu corpo relaxar e ficar imóvel, não havia nada que eu pudesse fazer, ele havia ido. Gritei desesperadamente chamando-o de volta, mas nada aconteceu, segurei seu corpo mais contra o meu e balancei como se estivesse o consolando, ele havia ido e isso foi tudo culpa minha!

Ouvi a voz de George atrás de mim, ele havia me tirado dos braços de Tobias, lutei contra sua força e tentei ao máximo chegar mais perto do meu Quatro, mas George não deixava nada fácil, e nem eu!

Senti algo bater em meu rosto e apaguei.


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Notas finais do capítulo

olá novamente e me desculpem se não gostaram do final, e se gostaram ficarei feliz em continuar a fic...
Deixem seus comentários, são importantes pra mim assim como seu envolvimento na fic. Bjs!!



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