Because Of You escrita por Beatriz Prior


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Outro para vocês ;)
Espero que gostem. Boa leitura.



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Eu estava na aula de espanhol, Tobias já podia voltar á estudar mas preferia ficar em casa, sua mão compreendia perfeitamente , – quem dera eu ter essa sorte – se eu faltasse aula, Lúcia avisaria para minha mãe e ela com certeza me mataria. Eu já não tinha mais essa dúvida, depois do que eu – e Tobias – fizemos com Andrew, eu estava em sua lista negra. Mesmo que ele merecesse, ela estava de seu lado. Estremeci. Minha mãe que tem um amor incondicional por mim estava contra sua própria filha, bom, acho que contra é um pouco de mais. Só estávamos com o relacionamento á flor da pele.

Voltei minha atenção á Sra. Gilbert, pensaria no que dizer para minha mãe depois. Ela estava falando sobre a história de alguns países espanhóis, suas culturas e economias, sua voz terrivelmente fina estava me deixando com dor de cabeça, chequei o relógio e não deixei de dar um suspiro de alívio quando vi que já eram 12:58, faltavam apenas 2 minutos para essa aula acabar, tentei me concentrar em alguma coisa, qualquer coisa que não fosse na sua voz explicando o assunto. Pensei em uma música da Taylor Swift “You Belong With Me”, o ritmo não saía de minha cabeça, era algo que me confortava, música.

Quando eu não estava pensando em todos os meus planos e problemas, eu pensava em música, as preferidas eram: Taylor Swift, Selena Gomez e Ellie Goulding. Claro que eu gostava de mais, mas eram só elas que eu escutava frequentemente. O sino tocou indicando a hora da saída me tirou dos meus devaneios. Fiquei agradecida por não precisar esperar Lynn, ela estava fazendo um curso de português. Diz ela que sempre teve vontade.

Não tive paciência de esperar o ônibus, fui a pé para pensar, não em problemas, mas sim em música, agora era: Ellie Gouding – Beating Heart. Alguns versos iam e viam em minha cabeça: Eyes make their peace in difficulties

With wounded lips and salted cheeks

And finally we step to leave

To the departure lounge of disbelief

And I don't know where I'm going

But I know it's gonna be a long time

And I'll be leaving in the morning

Come the white wine bitter sunlight…

Me contia para não cantar muito alto e assustar alguém, alguém bateu fortemente em meu ombro atrapalhando meus pensamentos.

– Ei! – reclamo olhando para o rosto de Caleb. Raiva borbulha por todo meu peito e sinto que devo ignorá-lo, mas não consigo. – O que você quer?

– Sinto muito por ter esbarrado em você, foi o único jeito de chamar sua atenção. – diz ele me examinando.

– E por que não me chamou? – digo repreendendo-o.

– Chamei, mas não ouviu. – respondeu.

Não respondo, suponho que eu estava inerte em pensamentos.

– Me desculpe por tudo... – continua ele.

Começo a andar ignorando-o, mas ele me puxa pelo cotovelo, seus olhos estavam pedindo, clamando compreensão, mas eu não queria entender suas intenções. Esperei até que começasse a falar, ele suspirou e continuou.

– Me desculpe pelo o que fiz, não devia ter dito para nosso pai...

Seu pai. – corrigi.

Meu pai, sobre a rebelião.

– Não mesmo, ele não tem controle sobre minha vida. – digo.

– Ele ainda está com raiva, vai fazer de tudo para que esse plano dê errado.

Um grunido se formou em meu peito e fiz uma careta.

– Ele não vai conseguir deter Tobias. Agora, se me der licença, estou tentando esquecer meus problemas, pelo menos hoje! – digo desviando de seu corpo imóvel. Sabendo que eu não iria parar novamente, decidiu gritar.

– Ele não pode deter Tobias, mas vai tentar deter você!

– Veremos. – murmuro dando um sorriso malévolo.

Volto á minha imaginação inicial a fim de esquecer o que Caleb acabara de dizer. Sinto outro empurrão no ombro.

– O que você quer Ca... – começo, mas o rosto de Al me interrompe.

– Ca? – pergunta ele confuso.

– Nada, achei que fosse meu irmão. – digo.

– Ah, ele disse que não estão se falando, é verdade?

– Sim. – digo poupando-lhe de detalhes.

– Porque?

– Nada de importante. – menti.

– Se não quer me contar tudo bem.

Aceno a cabeça como resposta.

– Tris. – diz parando em minha frente.

Ele segurou meus ombros e olhou em meus olhos, me senti desconfortável.

– Faz tempo que nos conhecemos... – começa a falar.

– Mas nunca nos falamos. – Completo sua frase.

– Sim. Mas eu sinto uma coisa forte por você. – diz ele.

Eu o encaro com vontade de dizer que aquilo era irracional por que não nos conhecemos direito e nem sequer tivemos nada. Mas apenas o encaro. Ele se aproxima e me beija, eu o empurro, apesar de ser menor – muito menor – que ele, Al se afasta. Olho com incredulidade para ele, sua cabeça se abaixa e ele se retira.

Estou com vontade de gritar, corro para casa e subo para o quarto de Lynn, deito na sua cama e fico pensando. Tento esquecer os problemas, mas eles nunca me esquecem. O que deu em Al? Ele estava confuso, só isso. Não vou contar á Tobias, ele já tem muito com que se preocupar. Viro meu rosto para o travesseiro e fico assim até que meus pulmões clamam por ar. Tobias planeja se rebelar, mas com a perna quebrada... Do que será útil? Esse pensamento ganha senso em minha cabeça e decido lhe enviar um e-mail, estou muito cansada para sair de casa.

Vou para o computador de Lynn e começo a escrever.

Oi! Cheguei da escola (ainda bem), você não perdeu nada, foi horrível todas aulas, como sempre são.

Caleb... Ele veio me pedir desculpas, mas não aceitei, acha que fiz bem? Bom, mudando de assunto, acha que vai poder se rebelar com uma perna nesse estado? Se não puder, posso fazer seu trabalho.

– Tris

Apertei enviar e deixei o som das notificações alto, me deitei na cama novamente e fiquei pensando em sua resposta – tanto ao meu favor ou não. As ideias foram: Claro que não, eu estou bem. Ou Sim, mas tome cuidado.

Minutos depois ouço o som das notificações e corro para ver sua resposta. Mas era apenas Al...

Olá Tris, me desculpe por hoje, eu.. eu não sei o que aconteceu comigo... Eu só estava confuso. Por favor, me desculpe?

– Al

Exclui sua mensagem e esperei Tobias, alguns minutos depois sua resposta chegou.

Bom, Tris, quem decide se fez a coisa certa é você. E... sobre a rebelião, eu não vou, e nem você.

– Tobias

Apressei em lhe dar uma resposta.

Claro que vou! Decidi isso!

– Tris

Fechei o computador zangada e desci para comer alguma coisa. Pequei uma fatia de bolo que Lúcia havia feito ontem e comi acompanhada de um suco de laranja.

Ouvi alguém bater na porta, fui atender e era Tobias. Ele parecia cansado, era mesmo difícil andar com muletas.

– Você não vai. – diz ele

– Não pode decidir isso por mim. – respondo.

– É perigoso.

– Não me importo.

– Não posso te perder.

Fiquei em silêncio e ele continuou.

– Tris... Entenda.

– Quer entrar? – pergunto.

Ele entra e senta no sofá, suspirou e me fitou por um longo momento. Sei que ele só está preocupado comigo, mas preciso fazer isso. Me sinto forte.

– Tris... – começa. – Lhe peço, imploro, não vá.

Aceno com a cabeça.

– Diga que não vai.

– Não vou. – menti.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem e diga o que acharam, o que precisa ser melhorado, o que está bom... Enfim, me ajudem.
Até o próximo capítulo. Bjus!



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