Just a Time(The Next) escrita por G A Garcia, The Next


Capítulo 4
I am a Prisoner


Notas iniciais do capítulo

Desta vez postei bem mais rápido que antes, e espero postar mais rápido ainda que agora.



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7 de Janeiro de 1986 – Paris, França.

– Ei novato, ta na hora de acordar – Eu ouço uma voz juvenil seguida de um chute de leve em minha costela.

Onde eu estou? À um minuto atrás estava no continuo espaço-tempo... O que aconteceu? Abro meus olhos e visualizo uma sala com nada além de um local circular com algumas camas nas paredes e também um pequeno corredor, Eu visualizava quatro outras pessoas na sala. O primeiro era um garoto de pele clara, cabelos castanhos que chegavam até o meio do tronco, eu iria dizer que era uma garota se não fosse os olhos castanhos sérios, era como se este garoto já tivesse passado por mais coisa que inúmeros adultos pelo mundo à fora. A segunda era uma adolescente, asiática de cabelos negros e compridos, quase chegando à cintura, ela estava meio longe, e por isto não enxergara seu rosto com perfeição, mas seus olhos pareciam ser amarelos, nunca havia visto isto antes... mas eu sou um cara que tem a onipresença e olhos vermelhos, do que estou reclamando? Logo ao seu lado, um garoto de cabelo curto e castanho, olhos verdes que se destacavam, e ele era claramente o mais velho entre os aqui presentes sem me incluir. Por último, a pessoa que havia me chutado, era uma garota com um tom de pele moreno, olhos azuis e cabelos negros que beiravam os ombros. Todos os garotos estavam com um macacão cinza. Era como se fosse um padrão.

– Novato, não vai falar nada não? – A menina que me chutou faz uma pergunta a mim.

– Como onde eu estou, que lugar é esse, quem são vocês e porquê estou aqui? Essas coisas vão acabar sendo respondidas... – A respondo tentando não parecer assustado com tudo isto.

– E você tem razão. Essas perguntas serão respondidas por mim – Uma voz externa vindo de cima, que logo revela-se ser de um homem extremamente loiro, com uma jaleco de laboratório, mas mesmo com esta roupa, ainda dava para perceber que ele possuía um corpo realmente sadio.

– E quem você seria afinal? – O perguntei sério, sabia que boa coisa ele não era.

– Me chamo Stefan, e você está na StreetCode, uma organização europeia que busca a salvação da humanidade, e nós o trouxemos aqui para podermos prosseguir com o segundo passo de nossas pesquisas. – Ele possuía uma postura séria, digna de um ditador.

– Quer dizer então que existem pessoas que sabem sobre minhas habilidades. Não espera que eu vá te ajudar de livre e espontânea vontade né? – O respondo tentando parecer o mais firme possível. Toda esta situação estava me assustando ligeiramente. – Estou saindo daqui.

Um portal se abre, mas por mais estranho que seja, ele não vai para o continuo espaço-tempo. Como isto é possível.

– Você não sairá daqui tão cedo. O local todo possui um campo de força que inibi pessoas como você de sair daqui... – Stefan é interrompido pelo garoto de cabelos curtos.

– Traduzindo, você tá preso aqui meu camarada. Agora senta a bunda e relaxe até a hora das lutas. – O garoto dos olhos verdes diz com um tom de sarcasmo.

Stefan se direcionou a ele, e todos ficaram com uma postura assustada, e em seguida o garoto levou um tapa ligeiramente forte do loiro.

– Eu já avisei que não suporto ser interrompido! E a próxima vez que isto acontecer, você irá lutar contra o Fight ouviu bem? – A seriedade em sua voz era quase como se fosse fúria.

– Sim senhor... – O garoto que antes estava com um tom humorado, agora parecia ser bem pra baixo.

– Muito bem, agora continuando. Você está na sala dos mais fortes de todos, cada um aqui é especial de sua forma. O garoto petulante ali, se chama Max. Ele possui uma curiosa habilidade de controlar a temperatura daquilo que a mão dele toca, ou até a dele próprio, e também pode aguentar sem sofrer nenhum efeito colateral grandes temperaturas ou mesmo valores abaixo do zero absoluto. – Max apenas acenou com a mão, agindo como se ele fosse o rei do mundo. – A garota séria aqui é Yui, pelos traços nó achamos que é japonesa, mas ela nunca confirmou. Ela possui uma habilidade de controlar as ondas eletromagnéticas, e também acelerar seu corpo para se movimentar em altas velocidades. – Yui parecia não ligar nem um pouco para o que ele dizia. – A garota que te acordou é Maria, por mais clichê que pareça, ela pode usar telecinese para controlar qualquer tipo de objetos. Nós achamos que com certos estudos, podemos faze-la desenvolver telepatia, mas nada com sucesso ainda.

Maria se afastou de mim, e se aproximou de Yui e Max.

– Por último, mas não menos importante, temos Fight. Ele não possui poderes propriamente ditos, mas é uma máquina de matar, e tem todos os sentidos elevados e também desenvolveu uma força e agilidade sobre-humana. Mas não tente falar muito com ele, Fight é do tipo calado. Fala mais com os punhos que com a boca. – O garoto apenas me cumprimentou com um balançar de cabeça.

– Agora que apresentou tudo isto, acho que deveria me apresentar também não? – Pergunto com um tom de naturalidade.

– Que seja, apresente-se. Estou indo por agora. – Stefan subiu em uma plataforma que começou a se erguer e voltou pelo mesmo caminho em que se foi.

– Bem, eu me chamo Joshua Mendez, pode soar estranho, mas eu sou onipresente, e estou em todos os locais. Seja no passado, no presente ou no futuro, mas parece que existe algum tipo de força que está me impedindo de sair daqui, não sei o que é. Mas acho que aquele tal de campo de força não iria alterar meus poderes.

– E se você está aqui porque tem algum tipo de missão divina como salvar à nós quatro? Seria interessante isto.

– Quem sabe, quando recebi meus poderes, uma divindade me disse eu tenho que monitorar as coisas que estão acontecendo, talvez eu deva estar realmente aqui para ajuda-los.

– Não me venha com essa, ninguém pode nos ajudar. O campo pode não impedir você de usar seus poderes, mas nos impede de machucar qualquer um que esteja aliado de Stefan. Tudo o que fazemos é viver, e então lutar na arena uma vez por semana – Yui falou ainda sem perder sua seriedade.

– Eu confio no Joshua. – Essas foram as primeiras palavras que Fight havia dito desde o momento em que cheguei, e pareceu algo realmente espantoso para os outros.

– Eu não falei? Se até o Fight está dizendo que ele tá aqui pra isso, não tem mais discussão. Agora é pra valer, vamos ter início à operação arreda o pé! – Max adotou uma postura mais animada que antes, e então todos sorriram.

– Mas antes eu iria precisar aprender como controlar melhor meus poderes... Eu nunca consigo entender como eles funcionam. – Falei um pouco sem graça.

– Nós vamos lhe ajudar. – Maria disse com um breve sorriso em seu rosto, e todos concordaram balançando a cabeça.

– Mudando então, hoje começa a operação controle! – De novo a postura do garoto era animada.

A partir de hoje, viverei em uma prisão, aprendendo a controlar minhas habilidades e então, irei salvar estes quatro jovens daqui.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueça de comentar, sua opinião vale muito, e se realmente gostou, que tal uma recomendação(Brincadeira, não precisa recomendar não... mas seria legal...)