Stay escrita por Anjos Marcados


Capítulo 6
Uma Ida ao Médico.


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que estão acompanhando a fic...Valeu mesmo pessoal.

Fiquei uns dias sem postar porque mesmo ainda estando de férias ando meio ocupada com a volta as aulas,porque começo a estudar nessa segunda agora (dia 07/07) e na outra segunda (dia 14/07) ja começam minhas provas..Então vocês que estudam sabem como é né? E como estudo em escola particular é uma correria só e o pior é que além das provas ainda tem os simulados e tudo mais.

Então peço desculpas pela a ausência...Mas sempre que der tempo eu vou postar capítulos novos ok?

Espero que gostem deste capítulo.E não esqueçam de comentar e favoritar por favor!! Vlw



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Olhando pelo vidro da sala do hospital a vi conversando com o médico.Estava aos prantos,era com se aquilo tudo fosse horrível pra ela.Não conseguia entender o que diziam..Mas pelas suas expressões não era bom.

#C.C.L (conversando com o leitor) – Sei que vocês não estão entendo nada!Mas vou explicar tudo...

~Tudo do Começo~

Duas semanas depois da nossa conversa eu contei a ela sobre meus cortes e ela me chamou de louca..Perguntou o que eu tinha na cabeça pra fazer aquilo comigo mesma. No começo eu não falei nada,achei que fosse normal aquela reação dela,afinal quem gostaria de ver sua própria filha se machucando daquele jeito?

Achei que depois ela iria entender e ia tentar me ajudar.Por um estante me senti livre..Achei que depois dela saber a verdade tudo entre a gente mudaria e que nunca mais precisaria tocar em um lamina novamente!

Mas era tudo bom demais pra ser verdade.Ela começou a me olhar estranho e a chorar.Não entendi nada,apenas a abracei.Então ela se soltou do meu abraço e veio com uma pergunta...

–Dói? –Ela perguntou apontando para meus pulsos.

Mesmo tendo entendido a pergunta,fiquei sem reação e acabei não respondendo-a.

–Alguma vez você já parou pra pensar em como isso te machuca? –Perguntou.

Minhas pernas ficaram bambas e minha boca estava tremula então de minha boca saíram palavras gaguejadas..

–Ma...Ma...Mas,mas não são os cortes que machucam! São as pessoas. –Falei

–Sai do quarto. –Ela disse.

–Mas mãe...-Supliquei.

–Sai do quarto Emma..Me deixe sozinha! –Disse me pegando pelo braço e me jogando no chão,do lado de fora do quarto.

–Mãe o que vai fazer? – Perguntei levantando e emburrando a porta com as duas mãos.

Então depois de fazer tanta força a porta abriu e ela caiu sentada no chão.Entrei no quarto e ajudei-a a se levantar.

–Sai do quarto Emma,por favor!

–Mãe me escuta,deixe-me te explicar...

–SAI DO QUARTO EMMA!! – Ela disse gritando.

Fiquei olhando-a prontamente tentando encará-la,enquanto meus olhos se enchiam de água.

–SAIA ! –Gritou novamente

E eu continuava parada em sua frente...sem consegui reagir. Ela fechou os olhos e respirou fundo!

–SAIA EMMA... –Gritou mais uma vez.

Dessa vez eu encontrei forças para respondê-la...

–Mãe..Você não entende meus motivos. –Falei engolindo o choro.

Ela não disse nada,apenas levantou a mão e ‘’paft’’.

Senti meu rosto virar,minha bochecha queimou.Pela primeira vez em meus 17 anos de vida ela tinha me dado um tapa.

–NUNCA MAIS ME DESRESPEITE...AGORA SAIA! –Gritou

Fechei os olhos e todas as lágrimas escorreram pelo meu rosto.Sai andando e quando me virei para mais uma tentativa inútil de dizer algo,ela fechou a porta do quarto na minha cara.

–MÃE..POR FAVOR! –Gritei enquanto socava a porta e chorava aos prantos.

Corri para o meu quarto.Tranquei a porta e me joguei na cama.Coloquei o travesseiro na cara para abafar o som do meu grito.Entrei no banheiro meio sem rumo.Fiquei encarando meu rosto no espelho,respirei fundo e encostei a cabeça na pia e me joguei de joelhos no chão!

Gritei em silencio ...Gritei por dentro.Engoli o choro e peguei uma lamina.Fiquei com ela na mão encarando-a.Voltei para o quarto ainda com ela na mão.

Rasguei minha blusa e tirei minha calça.Fiquei apenas de calcinha e sutiã e com os olhos em lagrimas fiz alguns cortes na perna. Sentei no chão com uma das pernas ensanguentada!

Chorei...Chorei muito.E acabei dormindo sentada,ali mesmo..No chão! Quando acordei pela manhã ela estava batendo na porta do meu quarto,quase se esgoelado de tanto gritar.

–EMMA...SE ARRUME E ME ENCONTRE NO CARRO DAQUI A MEIA HORA.-Gritou.

Acordei num susto.Limpei o chão que estava sujo de sangue e entrei no banheiro.Liguei o chuveiro na água fria e tomei um banho.Coloquei uma calça para esconder os cortes,e escondi as marcas dos pulsos com pulseiras.

Desci e ela já estava me esperando lá fora.Entramos no carro,me sentei no banco de trás e ela foi dirigindo.

–Aonde vamos? –Perguntei em voz baixa.

–Você precisa se tratar.-Respondeu-me com ignorância.

Não entendi muito bem o que ela quis dizer com ‘’você precisa se tratar’’...Mas não gostei!

Então entramos em um estacionamento.Saímos do carro e entramos no elevador.

–Ando estamos? –Perguntei.

–Vai saber logo. –Respondeu.

Quando saímos do elevador estávamos numa recepção.Olhei em volta e percebi que estávamos num hospital psiquiátrico.Logo tomei um susto.

Minha mãe chegou até o balcão da recepcionista

–Tenho uma consulta com o Dr.Malaly. –Falou

–Seu nome é? –Perguntou a recepcionista.

–Cristina Grey.

–Ah,Dona Cristina o Dr. Malaly já está a sua espera.-Falou.

Então uma enfermeira nos guiou até a sala do tal Dr. Malaly.

–Doutor a senhorita Cristina Grey está aqui. –Disse a enfermeira abrindo a porta.

–Mande-a entrar. –Falou o tal Doutor.

Entramos e minha mãe o cumprimentou.A enfermeira saiu da sala nos deixando a sós.

–Sentem-se .- Disse o Doutor apontando para as cadeiras.

Então minha mãe começou a conversar sobre mim com o Doutor..Como se eu não estivesse lá.Ela disse que estava preocupada comigo,pois eu estava agindo como louca e tinha feito cortes nos braços.

O Doutor pediu que ela saísse da sala e começou a conversar comigo.

–Como se sente Emma?

–Normal. –Falei

–Não sente dores,tonturas ou algo do tipo?

–Não,Não sinto nada!

–Posso ver seus braços?

Dei de ombros colocando os braços cheios de pulseiras em cima da mesa.

–Posso? –Perguntou apontando para as pulseiras.

–Pode.-Falei revirando os olhos.

Ele foi afastando pulseira por pulseira e verificando cada marca.

–Não costuma fazer cortes profundos não é?

–Isso não é da sua conta. –Falei.

–Emma..Estou aqui para ajudá-la.-Falou.

–Ah, O senhor quer me ajudar? ...Então pare de me tratar como se fosse louca e diga para a minha mãe não se preocupar mais com isso.Ai sim o senhor estará me ajudando.

–Mas eu não estaria te ajudando Emma...Só estaria escondendo os fatos.-Falou

Respirei fundo e continuei olhando-o sem dizer nada!

–Vá até o banheiro,tire sua roupa e coloque um avental hospitalar.-Ordenou-me

–Não! –Falei

–Emma...Esse é o meu trabalho.Preciso examiná-la.

Então entrei naquele banheiro e tirei minha roupa pondo aquele avental ridículo.Sentei na maca e ele começou a examinar. É claro que ele viu os cortes na perna,mas não disse nada.

Ficou anotando sei lá o que na prancheta,enquanto eu continuava sentada na maca.

Então depois de um tempo,ele se virou para mim,mas eu continuei virada de costas sem dizer nada.

–Então você que fez isso com você mesmo? Os cortes em seus braços e pernas? –Perguntou.

–Porque? Acha que eu deixaria alguém fazer isso comigo? Não basta achar que sou doida,ainda acha que sou mentirosa? –Falei com voz de deboche.

–Tem razão!Vá se trocar ,vou falar com a sua mãe.

Então me vesti e quando sai.Vi os dois conversando do lado de fora da sala.Fiquei sentada observando-os.

#C.C.L (conversando com o leitor) – Agora que já lhes expliquei tudo.Vamos voltar para o presente...

Então eles entraram na sala.Minha mãe pegou a bolsa,se despediu do Doutor Malaly e então saímos.Ela não disse nada e eu também não pronunciei nenhuma palavra.

Pegamos o elevador e chegamos até o estacionamento.Entramos no carro e antes de dar a partida falou...

–Não me disse que se cortava na perna também! –Falou me olhando pelo retrovisor interno.

–Foi a primeira vez! –Falei.

–Ontem? –Perguntou.

–Sim! –Confirmei.

Então ela respirou fundo.

–O que ele disse? –Perguntei.

–Ele quem?

–O Doutor. –Falei.

–Disse que você não está doida nem louca.Só precisa de atenção e carinho.

Eu meio que paralisei.Não achei que ele fosse tão sensato.Dei um meio sorriso sem que ela percebesse.

–Hum..-Murmurei.

–Mas ele me sugeriu que eu marcasse sessões com um terapeuta para você.

–Ah,Tava bom demais pra ser verdade.


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