Stay escrita por Anjos Marcados


Capítulo 52
Fim?


Notas iniciais do capítulo

Estive fora por um tempo,é que estamos no final do ano então tenho que me preocupar muito com a escola e minhas provas começam daqui a duas semanas,e também estou atolada porque quarta-feira tenho uma apresentação de dança na escola,e estou tentando que ensaiar durante a tarde.
Então eu estudo de manhã,ensaio de tarde e quando chego estou exausta,só tomo banho,faço os trabalhos da escola e vou dormir,as vezes nem como direito nessa correria '-'

Enfim..espero que me desculpem! E por favor continuem lendo e comentando..Obrigada!



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–Arthur?

–Oi Emma

–O que houve?

–Nada,só..vim te ver.

Olhei pra ele desconfiada e depois olhei pra baixo sem dizer nada.

–Posso entrar?

–Ah,Claro! Entra ai.-Falei dando espaço pra que ele entrasse.

–Licença.-Falou em um tom meio alto,como se pedisse permissão a alguém para entrar.

–Não se preocupe,não tem ninguém em casa.-Falei o acompanhando até a sala.

Ele ficou de pé parado ao lado da Tv.

–Quer sentar?-Perguntei encabulada.

–Ah,sim! –Falou sentando-se ao meu lado.

Ele tava mais estranho do que o normal.Ele nunca tinha sido tão formal.Ficamos em silêncio,achei que ele iria se pronunciar.Mas nem se quer abriu a boca.

–Então..O que veio fazer aqui?

–Precisamos conversar.

–Precisamos?

–Sim!E é urgente.

–Ok..Então,quer subir?

–Pode ser.

Subimos para meu quarto.Era mais seguro lá,e mesmo que não tivesse ninguém em casa a qualquer momento alguém poderia aparecer.Então chegamos ao meu quarto,sentamos na cama um ao lado do outro.

–É,não sei por onde começar.-Falou nervoso.

–Comece pelo começo.Ah Arthur,corta essa...-Falei curiosa.

–Ok! É sobre o Tyler.

–O que tem ele?

–Vi ele com a Lisa ontem.

Soltei uma breve risadinha irônica –Ah,me poupe.Porque acha que eu acreditaria nisso?

–Sei que você tem todos os motivos do mundo pra duvidar de mim mas,eu estou sendo sincero.Por mais que eu esteja distante eu ainda gosto de você e pra mim você sempre será uma grande amiga.

–HURF.-Bufei.-Sai daqui.-Falei empurrando para fora do quarto.

–EMMA...POR FAVOR!-Suplicou.

Não disse nada,apenas desci o empurrando e ele foi descendo na frente.

Parei em frente a porta,a abri e o encarei.

–Se você não acredita em mim,veja com seus próprios olhos.Ouvi eles dizendo que iam janatr hoje a noite no Leme.

–SAI DAQUI ARTHUR.-Gritei.

–Emma,eu nunca inventaria uma coisa dessas.

–SAI DAQUI...E VÊ SE NÃO ENCHE.

Ele saiu e eu bati a porta com força.Comecei a chorar,de raiva dele,e um certo ódio me consumiu quando imaginei a possibilidade da Lisa e do Tyler terem se encontrado.

Respirei fundo e me veio uma dor,comecei a sentir náuseas,então subi para o meu quarto novamente e cai sentada no pé da cama.Me arrastei até o criado mudo,tomei um comprimido para dor e minha vista escureceu.

–EMMA..EMMA,FILHA! ACORDA!

Abri os olhos pesados devagar ao sentir meu pai me chacoalhando.O encarei com um certo receio de dizer o que havia acontecido.Então levantei de pressa,minha cabeça girou,me senti um pouco tonta,então olhei o relógio e eram 18:40 quase que dei um grito.Mas me segurei.

Olhei pra trás e meu pai ainda estava parado,me olhava prontamente.Entrei no banheiro,peguei minha toalha e olhei de relance para meu pai que agora estava parado bem em frente a porta do banheiro.

–Não vai me dizer o que houve?-Perguntou.

–Náuseas.

–Por isso o remédio jogado no chão?

–É,digamos que sim e também eu acabei cochilando.-Falei fechando a porta do banheiro.

Quando sai do banheiro ele já não estava mais no quarto.Coloquei uma roupa qualquer.Abri a janela e senti o vento forte,estava frio,mas ao mesmo tempo abafado.

Troquei de roupa.Pus uma blusa azul de manga cumprida,uma calça jeans e desci com o celular e as chaves de casa na mão.

–Onde vai?-Meu pai perguntou ao me ver descendo as escadas.

–Preciso resolver um assunto.

–E não vai nem jantar comigo?

–Desculpa.Eu prometo que janto com o senhor amanhã.-Falei sorrindo.

–Sua mãe chega amanhã Emma!

Então me dei conta de que esse seria o último dia dele em casa.

–Ain...Pai,me desculpe! Eu amei esses dias que o senhor ficou aqui,tivemos nossas desavenças mas o senhor é meu pai e eu te amo muito,muito mesmo! Mas por favor,não peça que eu fique,eu realmente preciso ir,é um assunto de extrema urgência.Algo que eu preciso ver com meus próprios olhos.

–Não não vou lhe pedir que fique.Essa é uma escolha sua.Só espero que tenha consciência de que amanhã pode ser tarde.

Suspirei e sai de cabeça abaixa.Eu estava me sentindo péssima,mas eu precisava tirar essa história a limpo. Ter certeza do que o Arthur falou e como ele mesmo disse...Ver com os meus próprios olhos.

Mas por dentro uma esperança vivia em mim e eu pensava comigo mesma enquanto caminhava até o ponto de taxi.Pensava que isso poderia ser só mais uma invenção do Arthur e eu estaria perdendo um último jantar com meu pai por uma mentira.E se nada disso fosse verdade eu me sentiria aliviada,mas iria querer esganar o Arthur depois.

Então peguei um taxi e pedi que me levasse ao Leme,um restaurante do Centro.Quando chegamos eu pedi que ele esperasse,porque voltaria logo,ele parou um pouco mais a frente do restaurante,eu desci,andei até a porta do restaurante e uma espécie de porteiro abriu a porta sorridente,eu entrei e fui recebida por uma recepcionista.

–Quer uma mesa?-Perguntou sorridente.

–Não obrigada.-Falei ficando na ponta do pé e olhando cada canto daquele restaurante.Sem nem olhar ou dar muita atenção para o que a recepcionista dizia.

Então eu avistei.Numa mesa do fundo,rodeados por uma luz azul vinda de um pequenos holofotes postos no chão,la estavam eles,assim como o Arthur havia dito.Sorridentes e conversando..’’JOGANDO CONVERSA FORA’’ como dizia minha mãe.

Meu corpo tremeu,senti náuseas e comecei a ficar tonta.Lagrimas escorreram.

–Moça,a senhorita esta bem? Parece pálida.-Falou a recepcionista ao me ver mudando de cor e chorar aos prantos.

Balancei a cabeça negativamente e nesse instante enquanto o olhava com dor e ódio,percebi que ele havia me visto também.Balancei a cabeça em sinal negativo novamente,mas desta vez era se referindo a ele.Então soltei todo meu ar em um só suspiro. Sai correndo pra fora do restaurante.

Entrei no taxi e pedi que ele me levasse de volta para casa.Ele segui,e o vi correr pela calçada lado a lado com o taxi gritando meu nome,fechei as janelas e pedi ao taxista que colocasse uma música.

Ele colocou uma música que abafou o som do meu choro,Fiquei de joelhos no banco traseiro e dei uma ultima olhada pra trás. O vi parado com as mãos nos joelhos com uma expressão ofegante,enquanto ela o abraçado com uma carinha de preocupada.

Paguei o taxista e subi a rua correndo,estava pálida e ainda chorava,mas chorava baixinho para não acordar os vizinhos,entrei no condomínio de cabeça abaixada para não me verem naquele estado.Continuei a correr sem cumprimentar ninguém.

Quando cheguei em casa subi direto pro quarto.Passei pelo corredor indo até meu quarto e vi meu pai no seu quarto com a porta aberta arrumando suas malas.Aquilo me doeu mais anda.

Soltei um suspiro e solucei.Ele levantou o olhar e ao me ver chorando andou até mim,eu envergonhada,corri para dentro do meu quarto batendo a porta na sua cara.

–Eu não sei o que houve.Mas,seja o que for..eu estou aqui!-Falou encostando a cabeça na porta do meu quarto.

E eu sabia que ele estava fazendo isso porque eu também estava.E podia ouvir sua respiração contra a minha sob aquela porta.

Depois não o ouvir mais.Abri a porta devagar e o vi sentado em sua cama com a porta aberta me encarando.Andei devagar,meio insegura.Entrei em seu quarto e sentei ao seu lado.Olhei em seus olhos preocupados,dei um meio sorriso mesmo ainda chorando e deitei em seu colo.

Ele começou a alisar meus longos e lisos fios de cabelo.Fazendo-me sentir segura.

–O que aconteceu?

–Eu falho, não consigo dar conta de tudo, tem vezes que acho que não vou aguentar, piso feio na bola, erro pra valer. E não consigo muitas vezes lidar com meus sentimentos, sonhos, anseios. Não consigo lidar com minha felicidade. –Falei soluçando.

–Isso é normal.Normal não conseguirmos dar conta de algumas coisas e errar as vezes.

–Mas,eu tenho vergonha de quem eu fui um dia.Quer dizer,não que eu não tenha vestígios da antiga eu em mim,eu tenho,mas não sou a mesma,eu sei que mudei.E tenho vergonha do antes.

–Ei,você não pode sentir vergonha do seu passado!É normal ocorrer mudanças,todos nós mudamos,na verdade tudo muda.Todos nós teremos que passar por mudanças e aceitar a mudança dos outros,sempre,todos os dias,em toda a nossa vida.Então não se sinta inferior por isso e nunca tenha vergonha de quem você foi um dia,e nem do seu passado,porque o seu passado faz parte do que você é hoje.

Eu virei a cabeça sem eu colo ficando cara a cara com ele.Eu ainda chorava um pouco.Mas conseguia me sentir um pouco melhor.

–Eu tenho o vício de entender as pessoas. Eu só não tô conseguindo me entender muito bem.

–Isso também é normal!Nem sempre vamos nos decifrar.

–Sabe pai..Não existe sensação melhor do que saber que alguém se importa com você.Mas ai parece que isso é destruído de uma hora pra outra e você se sente um lixo de novo.

Acho que ele não soube o que dizer,porque ficou calado u bom tempo,mas depois retrucou.

–Você poderia fazer muito mais com sua vida, mas, por algum motivo, se contenta em simplesmente ir levando.

Então ele sorriu e me deu um beijo na testa.Eu levantei de seu colo e sai de seu quarto.Cheguei no meu quarto,deitei e fiquei pensando no que ele havia dito.

Peguei aquele meu velho caderno que fazia de diário e voltei a chorar enquanto escrevia.

~ Escrevendo ~

Talvez eu passe alguns dias chorando, talvez eu me encolha na cama e soluce por me sentir tão sozinha. Eu sei que um dia vou superar tudo isso.Queria poder continuar com esse pensamento,mas as vezes enquanto continuo aqui escrevendo sobre você,sem nenhum outro tema em mente,me vem a cabeça a imagem de vocês dois juntos. Algumas horas eu não consigo lidar com isso. Não sei como dizer ao meu coração para se manter forte quando eu nem mesmo tenho forças para me manter de pé. Tá tudo muito triste, muito lamentável. Sabe,eu estou sentido ódio de ti,mas não sei se posso superar .Sabe o qual o problema? Alguém entra na sua vida, rouba seu tempo, destrói sua confiança, agride sua auto-estima, estilhaça o pouco que resta da sua esperança no amor. E sai ileso. Não adianta desperdiçar sofrimento por quem não merece. É como escrever poemas em papel higiênico e limpar o cu com os sentimentos mais nobres.Mas eu não consigo ser forte o suficiente para superar essa queda.É,talvez você não seja uma queda. Achei que seria uma quedinha qualquer, mas você é um belo tombo.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos! Espero que gostem e por favor comentem!



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