Stay escrita por Anjos Marcados


Capítulo 3
Minha empregada...


Notas iniciais do capítulo

Desculpem por ter ficado tanto tempo sem postar.É que eu estava passando uns dias na minha madrinha...Mas tá aí o 3º capítulo. Favoritem e comentem por favor... :)



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Quando eu acordei ainda havia sol,entrando no meu quarto. Olhei pro relógio e eram 16:30.

‘’Nossa como eu dormi...Acho que devo manerar nos remédios.’’-Pensei.

Quando me pus de pé senti minha cabeça girar,era como se eu fosse cair. Me sentei na beira da cama e respirei fundo.

‘’Acho que levantei rápido demais.’’ –Pensei.

Então me pus de pé novamente,desta vez com calma. Desci e a casa estava vazia como sempre. Provavelmente a Lia tinha aproveitado que eu estava dormindo e deu uma saidinha. Peguei um suco e voltei para o quarto.

Eu não tinha o que fazer. Minha vida era patética. As únicas coisas que eu tinha pra passar o tempo era a televisão e meus desenhos.

~Pensamentos on~

Eu sinceramente não era de ficar no computador. Era revoltante ver tanta gente patética reclamando da vida,ver como as pessoas eram mesquinhas,como as pessoas falam o que querem e gritam suas ‘’mágoas’’ aos sete ventos,ver pessoas xingando e julgando umas as outras por trás de uma tela. Ver pessoas se acovardando e deixando que os dedos ágeis falassem por elas.

E eu com certeza não queria fazer parte desse mundinho fútil,baseado em aparências...Onde todos se escondem atrás de seus computadores,onde todos tem milhões de ‘’amigos’’ pra curtir suas fotos e seus status mas quando realmente precisam nenhum desses ‘’amigos’’ aparecem. E do que adianta ter alguém pra comentar suas fotos dizendo que você esta linda se no fundo essa pessoa te odeia e te inveja e vive ao seu lado com uma máscara de amiga pra na primeira oportunidade te largar e pisar em você como se fosse lixo?

Todos olham pra mim e dizem que eu sou sozinha e talvez eu seja mesmo...Bem,pelo menos eu tenho a solidão pra me fazer companhia. E sinceramente ela era bem mais amigável do que muitos ‘’ amigos’’ por ai.

~Pensamentos off~

Então eu peguei meu bloco de desenhos comecei a fazer meus rabiscos.

Quando eu percebi já era noite. Meu celular começou a vibrar em cima da cama. Pulei na cama a procura dele.

–Alô?

–Oi Filhota...Como cê ta?

–Ah,Oi Mãe...Eu to bem.

–Ah,Graças a Deus!

–Só isso?

–Por que? Está ocupada?

–Não...Só desenhando.

–Ah,que ótimo. Quando eu chegar vou querer ver todos os desenhos.

De repente eu abri um sorriso bobo. Era bom saber que ela tinha voltado a se interessar por mim e pelo o que eu fazia.

–Filha você ta ai? –Ela perguntava do outro lado da linha.

–Sim mãe. To aqui. –Respondi meio travada por conta da emoção.

–Olha eu volto pra casa amanhã. Vou chegar a tarde.

–Ta bom mãe.

–Tenho que desligar. Beijos.

–Beijos mãe.

Então ela desligou de lá e eu desliguei de cá. Voltei pra minha escrivaninha e continuei meu multou desenho. É claro que eu tinha que fazer um desenho para mostrar pra minha mãe,eu não queria mostrar meus desenhos tristes.

Então eu desenhei uma menina limpando a maquiagem...Como se tivesse chorado e estava se recompondo.

Quando eu terminei já eram quase 23:00 horas,eu estava cansada e com sono. Eu não havia comido nada durante todo o dia e talvez eu nem quisesse comer mesmo. Eu estava arrumando minhas coisas pra poder tomar banho quando a Lia entrou no quarto.

–Licença. –Ela disse entrando no quarto com uma bandeja.

–Pode entrar Lia. Estou guardando meus desenhos.

–Você não comeu nada o dia inteiro,então resolvi trazer esse lanche. –Falou pondo a bandeja sobre a escrivaninha.

–Obrigada Lia, Mas eu estou sem fome.

–Mas você precisa se alimentar.

–Pra que? Do que adianta comer se vou por tudo pra fora?

Ela não disse nada,apenas me olhou com receio.Acho que peguei pesado e ela acabou se sentindo culpada. Mas ela não tinha culpa.

Então depois de alguns segundos calada,voltei a falar:

–Me desculpe Lia. Não precisa ficar assim. –Disse enquanto a abraçava.

–Eu lhe entendo querida. Entendo que não queira comer porque sabe que vai por tudo para fora depois. Mas você precisa se alimentar. Mesmo que vomite depois,você precisa comer algo.

–Tem razão Lia. Pode deixar o lanche ai. Eu vou comer.

–Tudo bem..Mas tarde eu venho buscar a bandeja.

–Ok..Obrigada. –Falei sorrindo.

Ela saiu do quarto e eu fiquei sentada em frente aquela bandeja. Fique encarando-a e só de olhar já me vinha uma anciã de vomito. Respirei fundo e comecei a comer. Era pouca coisa,meia xícara de chã de hortelã e duas torradas com nutella. Quando terminei de comer estava me sentindo completamente cheia.

Deitei um pouco...Alguns minutos tinham se passado e eu resolvi tomar banho. Levantei,fui até o banheiro e tirei minha blusa e meu sutiã. Me abaixei um pouco pra tirar o short e minha cabeça girou. Levantei e me apoiei na pia...Meus olhos se encheram de lágrimas e eu fiquei ali parada me encarando no espelho. Comecei a babar e de repente já estava de joelhos com a cara dentro da privada.

Como era de se esperar,coloquei tudo pra fora. Quando levantei a cabeça a Lia estava parada na porta do banheiro. Olhei-a de relance com a boca suja,as bochechas rosadas e os olhos cheios de lágrimas.

–Vem aqui...-Ela disse me pegando e me pondo sentada na beirada da banheira.

Ela deu descarga no vaso e me deu papel pra que eu limpasse a boca. Ligou o chuveiro na água morna e eu entrei com os shorts mesmo.

Ela saiu do banheiro e ficou me esperando no quarto. Eu tirei meu short e minha calcinha e tomei um banho um pouco demorado e por algum motivo eu não conseguia chorar. As lágrimas estavam presas em meus olhos e o grito me sufocava a garganta. Acho que eu queria me mostrar uma menina forte. No fundo eu tinha medo de chorar na frente das pessoas,ainda mais da minha própria empregada.

Sai do banheiro enrolada na toalha,peguei uma blusa e uma calcinha e vesti. Sentei na beira da cama e ela sentou ao meu lado.

–Quer que eu fique aqui com você?

–Não,Obrigada. Eu estou bem..Só quero dormir. –Falei em tom baixo.

–Tem certeza?

–Sim. –Respondi.

Então eu deitei e ele me cobriu como minha mãe fazia quando eu era pequena. Pegou a bandeja e saiu desligando a luz e deixando só o abajur ligado.

Eu me virei pro lado e foquei pensando. Como minha própria empregada podia ser mais atenciosa e carinhosa comigo do que minha própria mãe? Então lágrimas escorrem sob meu rosto.

Peguei um remédio e um copo d’água que estavam no meu criado mudo e tomei. Minha vista foi ficando escura e meus olhos estavam começando a pesar. Desliguei o abajur e apaguei.


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Notas finais do capítulo

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