Você acreditaria? escrita por Peter Valdez


Capítulo 5
Decisions


Notas iniciais do capítulo

Oi. Primeiro o meu muito obrigado a todos que estão lendo e comentando. Estou muito feliz que porque nos últimos dias tem melhorado o número de visualizações. E vocês ai fantasminhas deixem um review.
PS. Ha alguns dias atrás modifiquei o capítulo 1 você que já le a mais tempo volte e releia pois a modificação será importante pra esse capítulo. E mais uma vez o meu muito obrigado.



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Cupido

Depois que Jack foi embora eu me sentei e tentei me concentrar pra tentar descobrir mais algum poder. Mas por mais que eu me concentrasse não conseguia descobrir mais nenhum.

Eu estava impaciente e frustrada comigo mesma e comecei a andar e lembrar inúmeras situações que vários personagens se sentiam assim. Lembrei-me de Nico di Angelo que por vezes tentara suicídio dentro do labirinto pela falta que sentia de Bianca.

De repente senti novos poderes se manifestarem e lembrei-me da garotinha que não sei se salvei no dia em que morri. E ali naquele lugar puro e repleto de magia antiga ela apareceu. Do jeito que eu me lembrava loira pequena com franja e cabelos compridos grandes olhos castanhos e com a pureza de uma criança.

–Oi, eu me lembro de você. –Ela disse com a expressão de quem se lembrava aos poucos do que aconteceu.

–Oi me lembro de você também, mas nunca soube seu nome. Como você chama? –Apesar de fisicamente ela ser a mesma seu olhos eram sem vida e sua pele pálida, ela era apenas um espectro.

–Sara, e você? Eu sinto muito você tentou me salvar, mas no final não conseguiu. Eu sinto muito. Mas você não morreu a toa. Eu acabei descobrindo que as pessoas que amam a infância ou a odeiam e também proteger ou destruí-la as vezes se torna um espírito e no caso dos bons se tiver sorte um guardião.

–Eu sou Ellie. Sabe Sara eu sempre amei a infância em vida e pelo que entendi é exatamente como Dumbledore disse uma vez: “São as nossas escolhas que revelam o que realmente somos, e não nossas habilidades.” E parece que é essa regra que escolhe os espíritos.

–Sim, Dumbledore era um homem realmente muito sábio. Mas Sara como vou saber que essa conversa e tudo isso que me falou a respeito das escolhas é verdade? Como posso confiar que o seu julgamento é verdadeiro você não é espírito, somente morreu.

– Bem Ellie não posso pedir que confie cegamente em mim. Mas você pode conversar com os outros guardiões e eles te dirão se é verdade ou não. Agora eu vou porque o lugar dos mortos não entre os vivos.

–Sara espere! Antes só me diga como é pós-vida. É o pós-vida dos gregos? Ou o católico?

–Ele é o que você acredita que é Ellie. As coisas só são de determinado jeito se você der a elas o poder ser. Até algum dia.

Após dizer isso ela se foi caminhando e se desfez em fumaça. Eu não sabia quantas horas eram, mas sabia que era tarde. De repente me deu conta de um problema:- Como vou sair daqui sozinha? –Disse em voz alta pra mim mesma. –Eu vim voando com Jack, mas não sei voar. – Me lembrei do sonho impossível de criança de poder voar.

E senti esse desejo tomando conta de mim e comecei a flutuar centímetros a cima do chão e ia cada vez mais alto. Sorri feliz sem entender direito o que aconteceu, parece que basta pensar que as coisas acontecem. E assim sai do Palácio das Fadas e voei na direção oeste de onde vim com Jack e onde o sol começava a descer o céu.

Após algumas horas de voo. Eu cheguei à oficina de Norte. A essa altura o sol já estava se pondo a oeste. Na oficina estavam os yetis fazendo brinquedos e aparentemente ninguém tinha chegado ainda. Sentei-me em cima de uma mesa cheia de caixinhas com a imagem de um boneco e cartas desenhadas e olhei o nome “Mitomagia”.

Abri uma e comecei a brincar pra passar o tempo. Organizei todas as cartas e estatuazinhas e Coelhão chegou. Saindo de um buraco acompanhado por Frost que me deu um aceno de cabeça.

–Gente boa esse pessoal grego, menos o Ares ele é chato, acha que espadas são melhores do que boomerangs.

Ah oi. –Eu disse meio sem jeito. Eu sou Ellie. Você seria o coelho da páscoa.

–Em carne e osso e pelos. Sou o Coelhão. Ele disse. Mas eai Ellie sabe por que o motivo da reunião? Não muito bem, só sei que tem a ver com a lua cheia de hoje.

–Ah beleza. –Disse ele meio sem jeito.

–Aah vejo que já se conheceram. –Disse Cupido entrando pelo buraco da janela.

–Ah ai está o Batman angelical! Espalhou muito love entre os bandidos hoje? –Perguntou Coelhão a Cupido num tom sarcástico.

–Sim, estão todos se pegando lá na cadeia. –Respondeu Cupido rindo.

No meio dessa conversa extremamente séria e normal chegou a Fada do dente. Ela era linda vestida com uma roupa toda colorida e com assas brilhando que batiam rápido que a mantinham flutuando.

–Oi gente. –Disse ela. Ai meu deus nunca imaginei que ela fosse tão fofa!

–Oi Fada. –Responderam Cupido e Coelhão em uníssono, que conversavam entretidos sobre chocolate na páscoa e Valentine’s days.

–Oi, você é Ellie? Disse ela olhando pra mim com a expressão de quem tentava se lembrar.

–Sim sou eu. –Respondi sem jeito. Tinha certeza que minhas bochechas estavam corando.

–Eu me lembro de você, como tinha os dentes bem cuidados. –Disse ela animada.

–Ah como é bom ver a família reunida novamente. –Disse Norte que vinha andando enquanto Sandman acabava de entrar pela abertura no teto montado no que parecia um Pégasus dourado.

–Bom te ver também Bom velhinho. –Disse Jack. –Então qual o motivo da reunião de hoje? Algum problema com Breu novamente?

–Não o problema não é com Breu, na verdade não é nem por motivo de problema. Sinto que hoje na lua cheia um novo reforço será apresentado a nós. Sinto isso aqui, na minha pança.

–Você e essa pança sua. Isso são gases cara. –Disse Coelhão. Que provocou uma gargalhada de Norte. E sorrisos dos outros.

–Não subestime Coelhão. Se lembra da última vez que eu aconteceu? Eu estava certo. –Disse Norte parando de rir e fazendo uma cara de sério.

–Sim, mas sem querer ofender Ellie - disse Coelhão olhando pra mim e continuando - porque ela está aqui se uma reunião é dos guardiões?

–Porque tenho a impressão de que ela é a nova guradiã. –Disse Norte num tom calmo.

–Eu a nova guardiã? Não tenho talentos pra isso. E morri a pouco tempo pra que seja conhecida entre as crianças. –Não entendia como eu poderia ser a nova guardiã. E a voz de Sara ecoou em minha mente. “As coisas só são de determinado jeito se você der a elas o poder ser”.

–É ai que você se engana quando existe um cerne sem guardião e ele por ventura aparece fica visível as crianças que acreditam fielmente nos guardiões já existentes. Desde que o novo guardião seja um espírito novo e o cerne por que ele passa a proteger seja poderoso. Isso aconteceu comigo, Fada, Sandman e Coelhão quando nos tornamos guardiões. –Disse ele sério e com uma expressão como se lembrasse de quando isso aconteceu.

–E esse seria o meu caso? Se eu realmente for a nova guardiã. –Não me sentia preparada pra ser guardiã se esse fosse o caso.

–Não há nada que nós possamos fazer a respeito. –Disse Jack se sentando numa mesa cheia de brinquedos. –Só nos resta esperar a lua despontar no céu e ver se a pança do Noel está certa.

Eu me sentia tensa e de repente me lembrei que Cupido tinha me falado que sabia alguém que podia me ajudar. E fui andando em sua direção. Cheguei perto dele e perguntei:- Cupido com relação àquela pessoa que você disse que conhece que pode me ajudar com o fato de eu não lembrar todos os detalhes da minha morte seria essa pessoa um dos guardiões?

–Sim. –Ele respondeu. –Seria a fada do dente se ela tivesse algum dente seu com essa lembrança, essa foi a única coisa que eu consegui pensar Ellie. Mas acho que você já sabe da verdade. E em minha opinião por que se lembrar de algum ruim? –Disse ele em resposta.

–E você está certo, hoje eu descobri sim. –E contei a ele tudo que aconteceu desde que sai daqui com Jack na manha até voltar pra cá no fim da tarde.

–Então essa garota Sara era quem você tentou salvar na hora em que morreu? E pelo jeito que você me contou no susto o ladrão te matou e a ela logo em seguida? –Perguntou ele após ter ouvido tudo pacientemente.

–Sim. Ele matou as nós duas. –Disse meio triste. De repente a luz da lua se direcionou pra dentro da sala de onde estávamos e parou no centro da sala. Todos olhavam para esse mesmo ponto prendendo a respiração de ansiedade. E um buraco se abriu do chão e um cristal azul subiu e nele estava a minha imagem totalmente azulada do jeito que eu estava ali. Vestidas com o uniforme da Corvinal.

Senti meu corpo gelar e sem saber o que fazer. Eu sou uma guardiã e agora não faço ideia do que fazer. No entanto fiquei parada no mesmo lugar espantada.

–Parabéns nova guardiã! –Disse Norte me abraçando e levantando no ar totalmente feliz. –Seja bem-vinda a família. –Ele disse.

Os duendes dançavam e faziam festa estourando chuvas de prata e confete pra todo lado.

Todos vieram me dar os parabéns e depois de algum tempo voltei pra casa de Valentim voando junto com ele, mas dessa vez eu voava sozinha. Sentia o vento bagunçar meus cabelos o vento no rosto e o cachecol balançando ao vento.

Quando chegamos eu me sentei no sofá preto da sala de estar enquanto Cupido colocava fogo na lareira depois ficamos um tempo em silencio fitando o fogo e ele disse:- Você precisa de uma arma, todo guardião tem a sua. –Disse ele.

–Uma arma? Acho que por agora não seria uma boa ideia, pelo que sei até agora acho que não preciso de uma arma se basta pensar em um poder conhecido ou personagem que ele aparece.

–Sim, se bem me lembro tenho uma coisa perfeita pra você então. É apenas um experimento que fiz um tempo atrás. –Dizendo isso ele se levantou e foi até um grande armário que ficava na parede abriu uma gaveta e tirou algo que parecia um palito gigante de uns 25cm de madeira e me entregou.

–Esse graveto se transforma e alguma arma que o possuir conheça contanto que a arma não seja de fogo e não importa se a arma escolhida precisa de magia para funcionar e a pessoa saiba fazer. Ele vai de um simples bastão de beisebol até um cetro para magia. – Eu pensei em um porrete de madeira maciça e insanamente o graveto se transformou nele.

–Uau! Impressionante. Posso ficar com ele? –Perguntei pensando no que poderia fazer com ele futuramente dominando meu poder.

–Claro! É todo seu. Eu já uso meu arco e flecha. Junto com algumas bombas e poções que eu mesmo faço.

Ficamos um tempo na sala conversando e comendo uma deliciosa tábua de frios que ele preparou e depois nos deitamos. Fiquei deitada pensando no que seria o meu cerne e poder até adormecer. Espero que Sandman me traga a resposta em sonhos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Deixem sua opinião e ideias se alguém tiver alguma. Alguém se arrisca a chutar o cerne da Ellie? Obrigado por lerem seus lindos! Até a próxima!



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