O Diário Secreto de Anna Mei escrita por Fane


Capítulo 28
O Quarteto Idiota


Notas iniciais do capítulo

Ain *-------* eu simplesmente adorei fazer esse capítulo, inventar personagens avulsos nunca foi tão legal!!! Bom, eu espero que gostem tanto quanto eu, por que ficou muito top! (pelo menos eu achei)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/512527/chapter/28

– Então, onde é o quarto da Hanna? – pergunto para Dennis, ele esta se divertindo muito jogando com o seu console portátil de última geração, não é de interesse meu se ele perder, então puxo o braço dele.

– No segundo andar, – ele nem percebe, então vamos à estratégia final, vou para detrás dele, ele está no sofá, então fica fácil fazer isso, então me jogo no pescoço dele, apertando-o como uma chave de braço.

– Onde fica? – falo, mas quando ele murmura algo ininteligível percebo que não foi boa ideia obstruir a passagem de ar, (obstruir? É sério? Eu vi essa palavra em Bob Esponja, acho que significa interromper).

– Eu digo... – ele respira, quando finalmente o solto – Se pedir por favor....

– Ah, nem vem – falo.

– Diga...

– Onde está o quarto da Hanna, seu projeto de poste! – começo a balançar os ombros dele enquanto a cabeça dele balança.

– Ai, ai, ai... Já chega!

– Me leva logo ao quarto dela! – respiro fundo, já sem paciência, e ele ri.

*

– Mas o q... – digo quando chegamos ao quarto. Pra não exagerar, o quarto é enorme! Bem diferente da minha realidade... Bom, no meu quarto tem uma cama, um guarda-roupa, um computador, prateleiras com livros e alguns ursos de pelúcia diabólicos... Não, diabólicos não, são fofos. Mas o quarto de Hanna é enorme, a cama é enorme, ela não tem guarda-roupa, tem um closet do tamanho do meu quarto cheio de roupas, enfim... Tudo branco e rosa bebê, bem diferente do que eu imagino ser o quarto de Ellie, claro, o quarto dela deve ser um condomínio inteiro.

– Você vai dormir aqui! – olha pra ela e ela está pulando numa segunda cama, igualmente grande.

– Hãn? – bom, esse meu “Hãn” foi, primeiro, porque aquela cama não estava lá quando eu cheguei, segundo, eu poderia muito bem dormir nesse tapete de veludo... é tão macio... e, terceiro... Quem diabos colocou aquela cama ali tão depressa?!

– Eu pedi pra irem pegar a cama do quarto do lado, você não percebeu? – ela para de pular – Você está aqui há tempos.

– Bom... que seja... – continuo a admirar o quarto enquanto Hanna faz uma ligação pra não-sei-quem...

– Vá tomar um banho e tirar esse uniforme, as suas roupas já vão chegar.

E eu vou... Em qual porta é o banheiro... Deve ser... Essa, ah não... O banheiro parece mais um SPA! Com uma banheira de hidromassagem que cabem dez pessoas... que tipo de gente tem isso?

Meia Hora Depois

– Anna, morreu aí dentro? – Hanna bate à porta.

Não é culpa minha se eu aprendi a ligar a hidromassagem... e também não é minha culpa se é tão relaxante que dormi e quase me afoguei... Agora minha pele está parecendo uma passa.

Saio do banheiro enrolada numa toalha e com outra na cabeça (eu tive que molhar meu cabelo, já estava ficando duro – mas agora está com cheiro de xampu de Hanna).

– Finalmente, princesa – Ellie fala, sarcasticamente.

– Cadê as roupas...?

– Ellie trouxe! – Hanna diz, Ellie bufa... Ela está vermelhinha?

– Vista isso logo, é da sessão infantil, mas vai servir como uma luva... – ela ri na ultima parte. Sessão infantil?

Abro a sacola que ela me entregou, tem uma camisa cinza, um casaquinho marrom, uma saia de veludo preta e botas marrons, assim como a meia-calça cinza. Está tudo combinando?

– Vou servir de modelo, de novo? – sussurro para Ellie.

– Quando precisarmos de você de novo eu aviso – ela pisca, sarcasticamente.

Visto a roupa.

– Vamos ao shopping! – credo, a vida dessas meninas é irem ao shopping, todo dia?

Quando chegamos no térreo, alguém me puxa e me abraça, Gabriel... Quem mais poderia ser? Dennis? Ah, nem pensar.

– Meizinha, você está fofa! – ele diz.

E fomos ao shopping, Dennis me olha estranho... Ele não falou comigo desde cedo, acho que está me ignorando.

Acho, não. Tenho certeza.

Quarta-Feira/19 De Março

Levanto bem cedo e visto meu uniforme (que foi lavado e seco por uma das empregadas) pego minhas coisas e saio do quarto, Hanna ainda ronca na cama, fecho a porta com cuidado e vou pé ante pé pelo corredor.

– Você acha que pode fugir?

– Dennis? – me viro de repente? – Ah, que susto...! O que está fazendo do lado de fora do quarto?

– Só estava esperando você, sabia que você sairia mais cedo... – ele começa a andar.

– E daí? – vou atrás.

– E, nada... – estranho, ele me ignora, depois fica falando pouco, tem alguma coisa de errado.

*

– Na reunião de representantes... – Lianna fala quando as aulas acabam – Disseram que, temos que coletar assinaturas de pessoas importantes, celebridades, pessoas ricas – ela olha para Dennis e Ellie como se os repreendessem. – Enfim, dividirei as salas em grupos para coletarem pelo menos vinte assinaturas cada grupo.

Bom, tudo correu maravilhosamente, e iria correr melhor ainda se minha vida fosse como contos de fadas e o grupo ia ficar: “Anna Mei, Dennis, Hanna, Amandha e Ellie”, mas como não é nada como os contos de fadas os grupos foram separados assim: Grupo 1: Dennis, Sabrine, Jasmine e Dafny. Grupo 2: Ellie, William, Bia, CJ – Carlos João, mas todos chamam ele de CJ pra não confundir com o outro Carlos, o que faz parte do trio de bocós. – Grupo 3: Amandha, Rodrigo, Coraline, Douglas e Roberto. Grupo 4: Hanna, Sara, Diego, Matheus e Stefan. Grupo 5: Lianna, Lucas, Ricardo e Kelly. Grupo 6: Solara, Juan, Daniel, Fabrício e Juliet. Grupo 7: Anna Mei, Jorge, Felipe e Carlos.

Fomos todos separados.

Isso é irônico, pois eu fiquei num grupo onde a única garota sou eu, e Dennis ficou em um grupo onde ele é o único garoto... Mas não importa... O pior de tudo... é que... Eu fiquei junto com o trio de bocós.

A aula acaba e eu faço algo inédito, espero do lado de fora da escola, não Dennis, nem Mandy, nem Hanna e muito menos Ellie... Espero o trio... os três patetas! Eles atravessam o portão fazendo brincadeiras ridículas como sempre, nem me notam... Preciso fazer algo.

– Ei, vocês! – grito e eles me olham.

– Olha, a baixinha está falando com a gente... – Felipe chega perto, eu giro a mão dele até soltar um estalo. – Tá, eu vou parar.

– Vamos logo pegar essas assinaturas, quando mais cedo acabarmos, melhor... – digo.

– Humm... – Carlos murmura – Quando a Anna faz essa cara fria, minhas tripas derretem!

– As minhas também! – os outros dois falam.

Aí eu imagino uma cara desses dando uma cantada numa garota... Não, não quero imaginar isso.

Quando vamos saindo vejo um grupinho meio bizarro, Dennis no meio e aquelas três enxeridas em volta, elogiando o cabelo dele, tudo por causa do aparecimento dele na revista “Charm”, duvido que, se ele continuasse sendo o bobão escondido de sempre, essas idiotas nunca notariam ele... Agora vejo duas loiras e uma morena atacando ele... Jasmine é a pior, com aqueles cabelos alisados e puxados descoloridos com descolorante barato. Sabrine, sempre foi uma vadia, ela se acha com aqueles cabelos encaracolados com luzes... E Dafny? Eu até tinha algum respeito por ela, mas agora...

– Ei, pequena! – Felipe fala, parece que ele percebeu que eu estava olhando Dennis. – Vamos coletar essas assinaturas. – e passa o braço pelo meu ombro.

Pode ser até que esses patetas sejam legais.

– Temos sorte, minha tia é cantora e vai viajar amanhã – Jorge fala – Nós podemos correr até o hotel em que ela está e conseguir a assinatura.

– Sua tia é famosa? – falo. – É tipo, cantora profissional? – falo pensando em quando custaria um autógrafo dela, mas Jorge me desanima.

– Não, ela só canta em bares.

Conseguimos a assinatura da tia dele, ela tem os mesmos cabelos marrons dele, além dos olhos cinzentos... Parece que é a mãe.

– Bom, e agora? – Felipe fala.

– Jura? Vocês não conhecem mais ninguém que valha à pena? – digo.

– Meu tio é pintor! – Carlos fala.

– Sério? Ele já tem algum quadro num museu?

– Não... Ele pinta paredes... O nome dele é Giu!

– Giu? – falo. – Ah, fala sério, esse grupo é cheio de zero á esquerda.

– Ei! – eles dizem juntos.

– Eu vou resolver isso... – sigo para o prédio de Beatrice.

Quando chegamos lá...

– Você mora aqui? – ele mechem e remexem em tudo.

– Não, minha irmã mora, parem de mexer!

– Mei, o que faz... – Beatrice aparece, com seu cabelo de duas cores (a tinta já desbotou tanto que o cabelo ficou meio ruivo – tipo, o cabelo era loiro, foi tingido de preto, agora desbotou pro ruivo... Eu, hein, loiros e suas esquisitices) – O que faz aqui... E quem são esses?

– Essa é sua irmã? – Carlos fala, babando e chegando perto de Beatrice como se ela fosse uma estátua.

– Sai fora garoto... – Beatrice sai de perto dele. – O que quer?

– Você poderia assinar aqui? Como uma guia de turismo formada? Aproveite e convide Alex para assinar também! – falo, apontando para o ruivo que está fazendo algo na cozinha.

Eles assinam, temos três assinaturas... Não sei a quem pedir...

– Depois de um dia cansativo como esse, que tal irmos à sorveteria? – Felipe fala.

– Que dia cansativo? Só temos três assinaturas! – digo, vendo que já está quase escurecendo.

– Vamos lá, – Carlos fala – Hoje é quarta-feira, quem paga é o Jorge.

– Cara! – Jorge esmurra Carlos. Esses três são uma comédia só.

– Você riu? – Felipe pergunta, e os outros dois param.

– Hãn? – paro de rir... qual o problema, eu sou uma palhaça, estou sempre rindo.

– É que você quase nunca ri, sabe... – Carlos coça a cabeça.

– Não desse jeito – Felipe diz.

– Não sem aquele olhar assustador... – Jorge completa. – Quando você está na escola sempre parece estar brava com alguma coisa... – Claro né! É a escola... Agora entendo, as porcarias que me vem à cabeça ficam nela... Ninguém pode saber o que eu ando pensando e do que eu ando rindo às escondidas.

– Que seja... Vamos tomar sorvete! – aponto para o Jorge – Ele paga.

Foi um dia divertido, agora sei como diferenciá-los, Jorge é o de olhos cinzentos, Carlos tem cabelos cacheados e olhos pretos, Felipe tem olhos verdes. Eu os confundia porque Jorge e Felipe têm cabelos da mesma cor, é difícil distinguir uma pessoa quando ela está junta de outras duas.

Mas eles são legais.

– Agora você faz parte do nosso grupo? – Felipe diz.

– Quarteto de bocós, os quatro patetas, os quatro idiotas... – penso alto e eles parecem animados, antes de murcharem ao me ouvirem dizer, sorrindo – Não, obrigada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, já estão criando shipps com os três idiotas? (Annelipe, Carlanna e Meiorge ficam muito lindinhos *--*, ou não).
Bom, Felipe, Carlos e Jorge são meus xodózinhos, amem eles por que eles são muito importantes! ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Diário Secreto de Anna Mei" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.